O Homem é Essencialmente Bom ou Mau?

O Homem é Essencialmente Bom ou Mau?


O Homem Nasce Bom ou Mau? Uma Perspectiva Teológica

Muito se discute na filosofia e na psicologia sobre a natureza humana: será que o homem nasce bom ou mau? Antes de responder, é preciso compreender os termos da pergunta.

1. Esclarecendo os Termos

Essencialmente: refere-se à essência, ao núcleo ou origem do ser; aquilo que é natural, nato e primitivo.

Mau: significa moralmente reprovável; relacionado à índole e à conduta, não apenas à violação da lei. Ser mau envolve egoísmo, mentira, injustiça ou atitudes prejudiciais aos outros, mesmo em pequenas ações.

A questão, portanto, não é se o ser humano pode agir bem ou mal ao longo da vida, mas qual é sua essência ao nascer.

2. A Perspectiva Bíblica sobre o Homem

A Bíblia, no Antigo Testamento, usa o termo hebraico אנוש - ’Enosh, indicando fragilidade, mortalidade e imperfeição. O homem foi criado consciente de sua condição limitada e vulnerável.


“Certamente em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sl 51:5)

Davi reconhece que sua natureza original é inclinada ao pecado. Aproximadamente mil anos depois, Paulo reafirma a tendência humana ao mal:

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico.” (Rm 7:18-19)

Paulo ainda explica que existe uma luta interna entre a carne e o Espírito:

“Porque a carne deseja contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” (Gl 5:17)

Esses textos mostram que o pecado é latente e natural no ser humano, mesmo quando ele deseja agir corretamente.

3. Evidências na Conduta Humana

O comportamento das crianças confirma essa tendência natural:

Choram ou fazem birra para conseguir o que querem, sem ninguém ensinar.

Demonstram egoísmo quando disputam brinquedos.

Retribuem agressões de forma natural.

Mesmo pessoas bondosas podem reagir violentamente diante de ameaças à família, demonstrando que o instinto de defesa e a inclinação ao mal coexistem na natureza humana.


Apesar dessa realidade, existe um caminho de transformação. O salmista clama:

“Cria em mim, ó Eterno, um coração puro; e renova em mim um espírito justo.” (Sl 51:10)

A Bíblia ensina que somente Yahweh pode purificar o coração humano, transformando um ser essencialmente mau em justo.

5. Conclusão

O homem nasce com uma tendência natural ao pecado; o mal está latente em sua essência.

A bondade ou justiça humana não é natural, mas fruto da ação divina na vida do indivíduo.

O consolo e a esperança estão na graça de Deus, que renova o espírito humano e possibilita viver de forma justa e ética.


Refletindo sobre a importância da família na sociedade

Reflexão sobre a Importância da Família na Sociedade

Texto Base:

1 Pedro 3:1-7 (ARC)

“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus e estavam sujeitas ao seu próprio marido, como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós sois filhas, fazendo o bem e não temendo nenhum espanto. Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.”


Introdução

A família é uma jóia preciosa, lapidada e polida pelo próprio Deus. É o projeto redentor divino, através do qual a humanidade poderá ser alcançada para a salvação. Satanás, entretanto, busca destruir a família, lançando:

  • Frieza;

  • Falta de tempo;

  • Desilusões;

  • Mentira;

  • Adultério;

  • Rebeldia; entre outros males.

A Bíblia alerta sobre a importância de cuidar da família:

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.”
(1 Timóteo 5:8)


I. Propósitos de Deus para a Família

O Senhor estabeleceu propósitos claros para a família:

“Por isso, deixará o homem a sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne.”
(Efésios 5:31)

O casamento exige união física, emocional e financeira, transformando marido e esposa em uma só carne, unidos em corpo e alma. Este ensino exclui:

  • Adultério;

  • Poligamia;

  • Homossexualismo;

  • Fornicação;

  • Divórcio.


II. Responsabilidades dos Membros da Família

a) Homem: Esposo, Pai e Sacerdote

O marido deve:

“Amar a sua própria mulher como a si mesmo.”
(Efésios 5:28)

Ser cabeça da família implica:

  1. Provisão – atender às necessidades espirituais e materiais da família, como Cristo ama a Igreja (Gênesis 18:14).

  2. Honra – demonstrar apreço, compreensão e consideração (Efésios 5:25-31).

  3. Lealdade – fidelidade absoluta na vida conjugal (Efésios 5:33).

  4. Idoneidade – sensatez e ensino diário aos filhos (Deuteronômio 6:6-7).

“A família que segue fielmente a Jesus será abençoada e vencedora.”


b) Filhos

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.”
(Efésios 6:1-3)


c) Mulheres: Esposa, Mãe e Ajudadora

“O Senhor criou a mulher para ser amável companheira do homem e sua ajudadora.”
(Gênesis 2:20-25)

O papel da esposa é cooperar com o marido, cultivar a família e praticar amor e submissão piedosa.


III. O Amor no Casamento

“As muitas águas não poderiam apagar esse amor, nem os rios afogá-lo.”
(Cantares 8:7)

O verdadeiro amor conjugal evita motivações secundárias, como interesses financeiros ou sociais, sendo centrado em Deus e no bem-estar do cônjuge.

Tipos de Amor no Casamento

  1. Eros – amor físico e sexual, baseado na atração; deve existir, mas controlado.

  2. Phileo – amor fraterno e altruísta, cuidado mútuo (Lucas 7:34).

  3. Storge – amor familiar e romântico, demonstrado em gestos e lembranças especiais.

  4. Ágape – amor divino, sacrificial e desinteressado (Romanos 5:5; 1 João 4:8; 1 Coríntios 13:4-7).


IV. Como o Marido Deve Amar a Esposa

  1. Como Cristo ama a Igreja: amor sacrificial, zeloso e exemplar.

  2. Como a si próprio: cuidar, proteger e respeitar, evitando violência e práticas contrárias à Palavra de Deus (Romanos 1; Levítico 20).

V. Mantendo o Amor Conjugal

  1. Avaliação diária da conduta dentro do casamento.

  2. Humildade para reconhecer erros: “errei”, “desculpe-me”, “perdoe-me”, “obrigado”, “eu te amo”.

  3. Diálogo e reconciliação constantes.

  4. Oração em conjunto para fortalecer a união.


VI. Conselhos Práticos para a Família Cristã

  • Escute mais e fale menos.

  • Não maltrate seu cônjuge.

  • Separe o cônjuge dos problemas existentes.

  • Seja brando no falar.

  • Ceda mesmo estando certo.

  • Não rotule seu cônjuge.

  • Exerça sempre o perdão e dê novas oportunidades, inclusive aos filhos (Lucas 15:20).


Conclusão

Imaginemos Adão: estaria ele ao lado de Eva quando a serpente a tentou?
O Senhor nos alerta sobre o silêncio diante das ameaças à família.

“Que governe bem sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo a modéstia; porque, se alguém não governa a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?”
(II Timóteo 3:4-5)

O cuidado da família é a base para receber aprovação de Deus em qualquer ministério ou missão, e o amor, o respeito e a obediência são essenciais para manter a família unida e abençoada.

COISAS QUE A BÍBLIA NÃO DIZ que Deus aceita o divórcio





COISAS QUE A BÍBLIA NÃO DIZ que Deus aceita o divórcio.


A BÍBLIA NÃO AFIRMA que Deus aceita o divórcio.

Embora algumas passagens, como as de Mateus 5.32 e 19.9, mencionem que “qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição...”, isso não indica que Deus aceite o divórcio. É importante esclarecer que, apesar de permitir essa possibilidade em casos de grande pecado moral ou sexual da esposa, essa não é a vontade de Deus. Desde o início, Ele preza pelo amor.

No capítulo 19, versículo 8, os fariseus questionam Jesus sobre o divórcio, e Ele explica que Moisés permitiu isso devido à dureza do coração dos homens. Ou seja, o divórcio é uma permissão, não uma aprovação. Um exemplo claro disso é como um pai pode permitir que um filho saia de casa, mas não deseja que isso aconteça. Assim, apesar de Deus permitir a emissão da carta de divórcio, isso não reflete o que Ele realmente deseja.

Jesus, em Mateus 19.4, destaca que “No início o Criador os fez homem e mulher”, reafirmando a união sagrada do matrimônio, onde se tornam “uma só carne”. Esta união é tão profunda que, assim como um braço se torna parte do corpo, o casal se completa em uma só essência.

Retornando ao Gênesis 2.22, vemos a criação da mulher a partir da costela do homem, com Adão reconhecendo sua parceira como “osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Além disso, em Mateus 5.33, Jesus reforça a importância dos votos feitos, mesmo que um dos cônjuges tenha falhado. A verdadeira essência do amor, conforme 1 Coríntios 13.7, é a capacidade de sofrer, crer, esperar e suportar.

A história de Oséias, que perdoou repetidas traições de sua esposa, simboliza o perdão de Deus em relação a Israel, que também cometeu adulterações espirituais. O ideal de Deus é que o cônjuge traído demonstre graça, perdão, misericórdia, compaixão e amor, mesmo diante das dificuldades.

Você retornou ao local de onde veio. Gênesis 2.22 nos diz: “E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher e trouxe-a a Adão”. No versículo 23, Adão declara: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, pois do varão foi tomada.” Em Mateus 5.33, Jesus, ao tratar sobre o divórcio, afirma: “ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor.” Mesmo que ela tenha quebrado o voto feito no casamento (Ml 2.14), insisto: o amor (1Co 13.7) “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Ao ler o livro de Oséias, observamos que sua esposa o traiu diversas vezes, mas ele a perdoou. Deus o instruiu a voltar para ela, simbolizando o perdão divino a Israel, que também foi infiel várias vezes, mas recebeu o perdão de Deus. O ideal de Deus é que o cônjuge traído demonstre graça, perdão, misericórdia, compaixão e amor.

Oséias exemplificou esse amor misericordioso por parte de Deus, quando foi mandado a procurar e se casar com uma prostituta. Após um tempo, ela começou a traí-lo repetidamente, mas ele, em sua compaixão, a cuidou, esperou pacientemente e a perdoou, até que ela realmente se arrependesse e passasse a amá-lo. Você pode estar pensando: “Isso não se aplica a mim!” No entanto, é importante lembrar que este é o ensinamento da Bíblia.

Esse foi exatamente o temor que os discípulos sentiram após Jesus expor uma verdade tão dura: “Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar” (Mt 19.10). Se acreditarmos que essa situação pode ocorrer conosco, talvez nunca consideremos o casamento. Jesus respondeu aos discípulos: “Nem todos são aptos para receber este conceito...” (Mt 19.11 ARA).

O casamento é um plano divino e é perfeito. Nos dez mandamentos, o sétimo - que simboliza a perfeição - diz: “Não adulterarás”, ou seja, não destrua o casamento. Esta é a essência da questão: Deus ODEIA o divórcio, a quebra do juramento "até que a morte os separe". Compreendendo que a dureza do coração humano torna difícil o perdão, Deus, com tristeza, permitiu o divórcio, já que ele é uma realidade praticada pelo homem, visando limitar o mal. Contudo, amar e perdoar são os ideais perfeitos de Deus para nossos casamentos, mesmo diante da infidelidade de nossos cônjuges.

Deus desaprova o divórcio! Isso é mais que evidente! Se o seu parceiro não se casou novamente, recomendo que se arrependam e se perdoem mutuamente, buscando a reconciliação e a renovação dos votos. Provérbios 10.12 diz: “O ódio provoca discórdias, mas o amor encobre todas as ofensas”. Em 1 Coríntios 7.10-11, lemos: “Aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido; e se se separar, que permaneça sem casar ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher”. Confira ainda Oséias 3.1-3; 2.14-15; 2.16; 14.8. O casamento, somente Deus pode desmanchar, e isso com a morte. Romanos 7.2 afirma: “A mulher está vinculada ao marido enquanto ele vive; mas, se o marido morrer, ela fica livre da lei do marido”. Nos casos de adultério, a pena era a morte. Levítico 20.10 diz: “O homem que adulterar com a mulher de outro, certamente morrerá o adúltero e a adúltera”. Em Deuteronômio 22.22, lemos que um homem casado encontrado com a esposa de outro deve ser morto, assim como a mulher, para eliminar o mal do meio do povo de Israel. E em Deuteronômio 22.25, se um homem forçar uma noiva, ele será o único a morrer. No tempo da lei, isso era o que acontecia. Contudo, agora vivemos sob a graça, e o que prevalece é o amor. Em 1 Coríntios 13, vemos que esse assunto gera polêmica entre aqueles que desejam viver em pecado, tentando encontrar brechas nas Escrituras, que não existem. Assim como os fariseus, que seguiam a Lei de Moisés e suas tradições com rigidez, e os saduceus. Concluo dizendo: Deus nunca desejou e nem deseja que um dos cônjuges caia nas armadilhas do inimigo; o que deve prevalecer é o amor. Quem não está sujeito a pecar? Até Davi, que era segundo o coração de Deus, pecou, assim como muitos outros.

DE ONDE VEM O CASAMENTO CIVIL, QUEM E QUANDO INSTITUIU?

📜 Origem do Casamento Civil: Da Igreja ao Estado

O casamento civil, como o conhecemos hoje, é fruto de um longo processo histórico e social.
Ele nasceu na Europa, na segunda metade do século XVIII, após dois grandes movimentos que mudaram o rumo da civilização ocidental: a Reforma Protestante e a Revolução Francesa.

Antes desses eventos, somente os casamentos celebrados pela Igreja Católica eram reconhecidos como legítimos — tanto do ponto de vista espiritual quanto jurídico. A Igreja detinha o monopólio da vida civil, e o matrimônio era considerado um sacramento indissolúvel, administrado exclusivamente pela autoridade eclesiástica.

⚖️ O Surgimento da União Civil

Com a Revolução Francesa (1789–1799), um novo paradigma jurídico e político emergiu.
O Estado passou a se libertar da tutela religiosa, e a sociedade começou a ser regida por princípios como igualdade, liberdade e laicidade. A Igreja Católica, vista como um dos pilares da monarquia absolutista, foi afastada de muitas funções civis, entre elas o controle dos casamentos.

Assim, o casamento civil foi instituído na França como uma forma de união reconhecida pelo Estado, independente de religião.
O objetivo era garantir a todos os cidadãos o direito de se casar — inclusive os que não pertenciam à fé católica — e assegurar que o matrimônio tivesse efeitos legais, mesmo sem cerimônia religiosa.

Essa mudança marcou o nascimento do direito civil moderno: o Estado, e não mais a Igreja, passou a regular a vida conjugal, a herança e os direitos da família.

“Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
(Mateus 22:21)

Este princípio, ainda que dito séculos antes, reflete bem a separação que se estabeleceu entre o sagrado e o civil — cada um com sua esfera de autoridade.


🇧🇷 O Casamento Civil no Brasil

No Brasil, o casamento civil foi oficialmente instituído em 1890, pouco depois da Proclamação da República (1889).
Esse ato representou a separação formal entre Igreja e Estado, rompendo com o modelo colonial em que o catolicismo era a religião oficial e única reconhecida.

O novo governo republicano buscava implantar um Estado laico, inspirado nos ideais liberais europeus. Assim, o Decreto n.º 181, de 24 de janeiro de 1890, regulamentou o casamento civil, tornando-o obrigatório para todos os efeitos legais.

Com o passar dos anos, o conceito se ampliou.
O Código Civil de 2002 (Lei n.º 10.406/2002) passou a reconhecer também as uniões estáveis, conferindo-lhes direitos semelhantes aos do casamento civil formal, conforme o artigo 1.723.

Essa evolução mostra que o Estado moderno passou a valorizar a liberdade de escolha e o reconhecimento jurídico da convivência, mesmo fora das formas tradicionais de casamento religioso.


💍 Reflexão Espiritual

Ainda que o casamento civil tenha nascido de um processo político e jurídico, para o cristão o casamento continua sendo uma aliança sagrada.
A cerimônia civil é o reconhecimento humano; o matrimônio diante de Deus é o reconhecimento divino.
Ambos têm seu valor, mas apenas quando a união é firmada com amor, compromisso e fidelidade ao Senhor é que se cumpre plenamente o propósito do Criador:

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne.”
(Gênesis 2:24)

O casamento civil regula direitos; o casamento diante de Deus molda corações.
O primeiro é contrato; o segundo, aliança eterna.


📚 Referências Bibliográficas (formato ABNT)

  • BRASIL. Código Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Brasília: Presidência da República, 2002.

  • FRANÇA. Décret du 20 septembre 1792. Loi relative à l'état civil des citoyens. Paris, 1792.

  • SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 39. ed. São Paulo: Malheiros, 2023.

  • VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Família. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2021.

  • ARAÚJO, Luiz Alberto David. Estado e Religião: A Separação no Direito Brasileiro. Brasília: UnB, 2010.

  • A Bíblia Sagrada. Nova Almeida Atualizada (NAA). Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

FASES DO CASAMENTO


🌿 As Oito Fases do Casamento: O Amor que se Renova em Cada Estação

“O que Deus uniu, ninguém o separe.”
(Marcos 10:9)

O casamento é uma jornada divina. Não é uma linha reta, mas um caminho com curvas, subidas e descidas. Cada fase traz desafios e também oportunidades para amadurecer o amor. Assim como a videira precisa ser podada para dar frutos, o matrimônio precisa ser cuidado, regado e fortalecido pela presença de Deus.

Todo casal que constrói uma união sólida passa, inevitavelmente, por fases — e em cada uma delas o Senhor deseja nos ensinar algo sobre o amor, a paciência e a graça.


1. Fase da Lua de Mel – O Encantamento

“E o homem se unirá à sua mulher, e serão ambos uma só carne.”
(Gênesis 2:24)

É o início da caminhada a dois.
Tudo é belo, tudo é novidade.
Os olhos brilham, o coração pulsa acelerado, e o amor parece perfeito.
Nesta fase, os defeitos são invisíveis, e a alma se sente plenamente preenchida.
É o tempo do encantamento, do cuidado mútuo, das juras de amor e das promessas eternas.

Mas o amor verdadeiro não se prova apenas no perfume das flores, e sim quando o vento sopra e o jardim precisa ser cuidado.


2. Fase da Realidade – O Despertar

“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.”
(Eclesiastes 4:9)

O véu do encantamento começa a cair, e o casal se depara com a verdade:
o príncipe tem falhas, e a princesa também.
A rotina revela diferenças, hábitos e imperfeições que antes passavam despercebidos.
Mas essa fase não é o fim do sonho — é o começo da realidade.
É quando o amor deixa de ser idealizado e começa a ser provado.
É a hora de aprender a amar o real, e não o imaginário.


3. Fase da Disputa pelo Poder – O Choque de Vontades

“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade.”
(Filipenses 2:3)

Aqui, os temperamentos se encontram — e às vezes, se chocam.
A mulher quer de um jeito, o homem de outro.
É a fase em que cada um tenta marcar território, impor opiniões e definir papéis.
Mas o casamento não é uma arena, é um altar.
Não é campo de batalha, é campo de semeadura.
Quando ambos aprendem a ceder e a dialogar, a relação amadurece.
Pois onde há humildade, o Espírito Santo reina.


4. Fase da Desilusão – O Vale da Dor

“O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
(1 Coríntios 13:7)

É a fase do desencantamento.
As máscaras caem, e as fragilidades vêm à tona.
Feridas do passado reaparecem, expectativas se quebram, e o outro já não parece corresponder ao ideal sonhado.
É aqui que muitos casais pensam em desistir, acreditando que o divórcio é a solução.
Mas o amor maduro é lapidado no fogo da paciência e do perdão.

Nesta fase, é preciso olhar para Deus e dizer:
“Senhor, ensina-me a amar como Tu amas.”
Pois só o amor que vem d’Ele é capaz de atravessar os desertos e florescer novamente.


5. Fase do Crescei e Multiplicai-vos – A Correria da Vida

“Filhos são herança do Senhor.”
(Salmo 127:3)

Os filhos chegam, as responsabilidades aumentam, e o tempo parece escorrer pelos dedos.
O homem se dedica ao trabalho; a mulher, à casa e às crianças.
E, muitas vezes, o casal se perde um do outro no meio da correria.
O risco é grande: deixar que a rotina substitua o romance e que o dever apague o desejo.

Mas este é o tempo de buscar a Deus juntos,
de orar lado a lado,
de não deixar que o amor se torne apenas convivência.
Quando o casal convida o Espírito Santo para dentro do lar,
a casa deixa de ser apenas abrigo e se torna altar.


6. Fase da Reconciliação – O Tempo do Perdão

“Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente.”
(Colossenses 3:13)

Depois das tempestades, o sol volta a brilhar.
Nesta fase, o casal aprende a dialogar, a perdoar e a recomeçar.
As feridas são curadas, e o amor se torna mais maduro.
Descobre-se que perdoar não é esquecer o que aconteceu,
mas decidir amar apesar do que aconteceu.
É o tempo de reconstrução, onde o casamento deixa de ser sonho e se torna testemunho.


7. Fase do Compromisso – O Amor Fortalecido

“Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”
(Amós 3:3)

Agora o casal já não caminha por impulso, mas por propósito.
Aprenderam a dividir o peso, a enfrentar as dificuldades juntos,
e a encontrar força na comunhão.
O amor se transforma em parceria, cumplicidade e missão.
O “eu” cede espaço para o “nós”.
É o tempo em que o casamento se torna sólido, e o lar — um farol.


8. Fase da Frutificação – O Amor Maduro

“Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala.”
(Salmo 125:1)

Chega o tempo da colheita.
Os filhos crescem, os netos chegam, e o casal olha para trás com gratidão.
Já não buscam a paixão impetuosa da juventude,
mas desfrutam da serenidade de quem construiu algo eterno.
O amor amadureceu, floresceu e deu frutos.
Agora, a missão é ser exemplo, transmitir sabedoria,
e mostrar ao mundo que quando Cristo é o centro, o casamento é eterno.

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.”
(Salmo 127:1)


Reflexão Final

O casamento não é uma linha reta, é uma escada que nos aproxima do céu.
Cada fase tem seu aprendizado, cada estação tem seu propósito.
A chave é permitir que Jesus Cristo seja o Senhor do lar,
porque só Ele transforma tempestades em testemunhos
e faz o amor florescer mesmo no inverno da alma.

Como seduzir seu marido todos os dias


As coisas que conseguimos conquistar na vida, não devem ter valor maior do que aquela conquistada em seu lar, que é o seu marido.



Conquistar Todos os Dias: O Amor que se Renova

O encanto da conquista

Quando estamos na fase da conquista, o coração pulsa mais forte.
A mulher capricha no perfume, escolhe o melhor vestido, ensaia o sorriso mais cativante.
As amigas se tornam conselheiras, e o espelho, um confidente.
O sonho é conquistar o coração daquele que parece o príncipe prometido.
O homem, por sua vez, faz de tudo para ser o herói dela — atencioso, presente, gentil.
É a fase dos olhares longos, das mensagens inesperadas e das promessas eternas.

Mas quando o sonho se torna realidade e o casamento começa, a rotina chega silenciosa.
O trabalho, as responsabilidades e o cansaço diário tentam roubar a leveza do amor.
E o que antes era conquista se transforma em convivência.
É nesse ponto que muitos se esquecem: amar é verbo, mas conquistar também é.
Ambos exigem ação, esforço e cuidado diário.


O sorriso que acolhe

Mulher, quando ele chega em casa cansado, seu sorriso pode ser o abraço que ele precisa.
Antes mesmo das palavras, um olhar amoroso diz: “Eu me importo com você.”
Perguntar como foi o dia, ouvir com atenção e demonstrar interesse são gestos simples,
mas que têm o poder de reacender o amor.

A Bíblia nos lembra:

“A mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a destrói com as próprias mãos.”
(Provérbios 14:1)

Edificar a casa é também regar o relacionamento com gestos de carinho e gentileza.


Pequenos gestos, grandes conquistas

Não espere uma data especial para demonstrar amor.
Envie uma mensagem inesperada:
"Te amo. Que Deus abençoe o seu dia."
Ou então prepare o prato favorito dele, mesmo que precise pedir ajuda à mãe ou às amigas.
Essas pequenas atitudes são sementes de amor que, regadas diariamente,
fazem florescer o companheirismo e a admiração.

Andar de mãos dadas, assistir a um filme juntos, partilhar uma refeição,
orar lado a lado antes de dormir — são gestos simples, mas sagrados.
Eles lembram que o amor verdadeiro não vive de grandes espetáculos,
mas de constância e entrega.


O poder da ação

A palavra “conquistar” é um verbo — e verbo significa ação.
Não basta desejar um bom casamento, é preciso agir para construí-lo.
Amar é mais do que sentir: é escolher, servir e perdoar.

“Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca,
mas de ação e em verdade.”
(1 João 3:18)

Assim também deve ser o amor conjugal: demonstrado em gestos,
sustentado pela fé e alimentado pela graça de Deus.


O casamento como jardim

Um relacionamento é como um jardim: precisa de cuidado diário.
Não há flores sem rega, nem perfume sem dedicação.
O casal que deseja permanecer unido precisa cuidar das raízes —
a confiança, o respeito, o diálogo e a oração.

“Dias iguais são como um rio correndo pra trás,
não deságua em nenhum lugar.”
(Sandy – Dias Iguais)

Não permita que a monotonia roube o brilho do amor.
Renove o encanto, reinvente os gestos, reacenda a paixão.
Conquistar é lembrar ao outro, todos os dias, o quanto ele é amado e desejado.


O amor que amadurece

Com o passar dos anos, os filhos crescem, os netos chegam,
e o casal percebe que o tempo deixou marcas — mas também maturidade.
É quando descobrem que o amor verdadeiro não é feito apenas de emoção,
mas de companheirismo, paciência e fé.

Os filhos um dia seguirão seus caminhos,
mas o casal permanecerá lado a lado, sustentado pela promessa feita diante de Deus.

“O que Deus uniu, o homem não separe.”
(Marcos 10:9)

Priorizar o casamento é manter viva a aliança,
é lembrar que o amor é um dom divino que precisa ser cuidado.


Conclusão: O segredo da conquista eterna

Conquistar é servir com amor,
é oferecer o melhor de si mesmo mesmo quando o outro parece não notar.
É escolher amar, mesmo nos dias difíceis,
porque o amor verdadeiro é decisão, não emoção passageira.

Mulher, use o poder que Deus lhe deu:
seja esposa, amiga, confidente e intercessora.
Homem, seja protetor, companheiro e abrigo.
E juntos, cultivem um amor que amadurece com o tempo,
porque onde há entrega e fé, Deus faz o amor florescer novamente.

“O amor é paciente, o amor é bondoso.
Tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba.”
(1 Coríntios 13:4-8)

O quer dizer: “e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu”


O Sentido de Eclesiastes 12:7

Texto-base:

E o pó volte para a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Ec 12:7)

1. Contexto e Propósito do Texto

O versículo pertence à conclusão do livro de Eclesiastes, escrito por Salomão em tom reflexivo sobre a brevidade da vida e a inevitabilidade da morte. Após discorrer sobre as vaidades humanas e a limitação da sabedoria terrena, o autor encerra o livro lembrando que o homem, criado do pó, voltará ao pó, e que o espírito, origem divina da vida, retornará a Deus, seu Criador.

Essa passagem descreve a dissolução da unidade humana no momento da morte, quando o corpo físico se separa do espírito. É uma exposição poética e teológica sobre a finitude da carne e a eternidade do ser espiritual.


2. O Sentido Presente: “O pó volte para a terra”

Desde o princípio, a Escritura revela que o homem foi formado do pó da terra:

“Do pó és e ao pó tornarás.” (Gn 3:19)

A sentença de Gênesis ecoa em Eclesiastes: o corpo físico, constituído de elementos da terra, retorna à sua origem natural após a morte. Jó reconheceu essa mesma realidade:

“Todos morrem; o homem expira, e o homem volta ao pó.” (Jó 34:15)

O salmista também expressa essa verdade ao dizer:

“Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó.” (Sl 146:4)

Esses textos confirmam que a morte física é o retorno do corpo ao ciclo natural da criação, conforme o desígnio divino.


3. O Sentido Futuro: “E o espírito volte a Deus, que o deu”

O segundo elemento da passagem refere-se à dimensão espiritual. No princípio, o homem tornou-se alma vivente quando Deus soprou o fôlego de vida:

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida.” (Gn 2:7)

O termo hebraico ruach (רוח) significa “vento, sopro ou espírito”, e descreve o princípio vital dado por Deus. Assim, quando o homem morre, esse sopro de vida retorna Àquele de quem procedeu (Jó 34:14-15).

Trata-se, portanto, de uma referência ao princípio vital, e não à salvação universal, pois o “retornar a Deus” não implica comunhão eterna, mas prestação de contas diante do Criador.


4. A Dimensão Escatológica

O retorno do espírito a Deus aponta para o juízo futuro, como declara Salomão:

“Deus há de trazer a juízo toda obra, quer seja boa, quer seja má.” (Ec 12:14)

Essa prestação de contas é confirmada no Novo Testamento:

“Diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua confessará a Deus.” (Rm 14:11; cf. Is 45:23; Fp 2:10)

Assim, cada ser humano comparecerá diante do Senhor para receber o destino eterno — vida com Deus ou separação eterna, conforme Marcos 9:44-45 descreve sobre o castigo dos ímpios.


5. A Realidade do Espírito Humano

O “espírito” é a centelha divina que diferencia o homem dos demais seres criados. Enquanto o corpo se desfaz, o espírito permanece consciente e segue para seu destino eterno. O fôlego que Deus soprou é o princípio vital e imortal que reflete a imagem do Criador (Gn 1:27).

Deus é a fonte da vida, e somente Ele tem autoridade sobre a existência e o destino final do homem (Hb 9:27). O espírito humano não se extingue, mas permanece em estado de consciência, aguardando o juízo final.


6. Aplicação Pastoral

Salomão, consciente da transitoriedade da vida, aconselha:

“Alegra-te, jovem, na tua mocidade... sabe, porém, que por todas essas coisas Deus te trará a juízo.” (Ec 11:9)

A mensagem é clara: a vida deve ser vivida à luz da eternidade. O corpo volta ao pó, mas o espírito encontrará seu Criador. A verdadeira sabedoria consiste em temer a Deus e guardar os Seus mandamentos (Ec 12:13).


7. Conclusão

Eclesiastes 12:7 ensina que a morte não é o fim, mas a transição da existência terrena para a realidade espiritual. O corpo retorna à terra; o espírito volta a Deus.
Essa verdade reforça a responsabilidade humana diante do Criador: a vida presente é temporária, mas o destino eterno depende da comunhão com Deus.


Referências Bibliográficas 

  • BÍBLIA SAGRADA. Tradução Almeida Revista e Atualizada. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.

  • HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

  • TENNEY, Merrill C. Enciclopédia da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 2008.

  • RUSCONI, Carlo. Dicionário Bíblico Universal. São Paulo: Paulus, 1999.

  • GEISLER, Norman L.; NIX, William E. Introdução Bíblica. São Paulo: Vida Nova, 2002.