A Revelação dos Sete Selos: Explorando a Obra da Salvação

 


O Livro da Redenção

Hoje, vamos mergulhar no profundo significado dos sete selos revelados no Livro do Apocalipse. Este é um tema que tem intrigado e inspirado estudiosos bíblicos por gerações, e é uma honra poder compartilhar essa revelação com vocês.

O livro que João viu na mão daquele que estava sentado no trono é chamado de "Livro da Redenção". Este livro contém o maior plano e a maior obra das mãos de Deus - a salvação do homem. Desde a criação dos céus e da terra, nada se compara à grandeza deste projeto divino de resgatar a humanidade da ignorância espiritual e trazer o Evangelho.

O homem, por natureza, é um ser religioso. Ele nasce com essa inclinação para buscar um objeto de culto. Quando não conhece a Palavra de Deus, ele acaba cultuando coisas como o sol, a lua, as estrelas, a água, o fogo e até mesmo filósofos e historiadores. Mas quando o Espírito Santo entra em sua vida, um novo horizonte se abre e ele pode glorificar verdadeiramente a Deus.

O Primeiro Selo: O Nascimento Milagroso

No primeiro selo, vemos o nascimento miraculoso de Jesus Cristo, o Filho de Deus, de uma virgem. Isso foi a maior bomba que Deus lançou contra o inferno e a cabeça do diabo. Nenhum outro personagem histórico ou filosófico nasceu de uma virgem, exceto Jesus. Esse foi o início da maior obra de Deus - a salvação do homem.

O Segundo Selo: A Agonia de Getsêmani

No segundo selo, vemos Jesus entrando no Getsêmani, onde Sua salvação não aconteceu na cruz, mas naquela noite fatídica. Foi ali que Sua natureza humana se deparou com a revelação de Seus sofrimentos, e Seu suor se transformou em sangue. A cruz foi a consumação de uma decisão tomada na noite anterior.

O Terceiro Selo: O Julgamento de Jesus

No terceiro selo, Jesus é julgado por Pilatos, tanto no âmbito civil quanto no religioso. Seus próprios inimigos se reconciliam apenas para tramarem contra Ele, mas Jesus não profere uma palavra em Sua defesa.

O Quarto Selo: A Via Dolorosa

No quarto selo, Jesus percorre a Via Dolorosa carregando Sua cruz. Imagine a cena biológica e fisiológica desse momento: Seus capilares dilatados devido à imensa dor, Seu corpo exalando um mau cheiro devido aos danos internos, e Seus passos vacilantes sob o peso da cruz. Mas é nesse momento que Simão de Cirene é enviado por Deus para ajudá-Lo a carregar a cruz.

O Quinto Selo: O Sepultamento de Jesus

No quinto selo, Jesus é sepultado. Uma mulher piedosa, Maria Madalena, traz especiarias finas e ricas para ungir Seu corpo. Dois anjos são enviados por Deus para remover a pedra do túmulo, pois Ele sabia toda a pedagogia cultural de Seu povo. Ao sair do túmulo, Jesus dobra cuidadosamente o lenço que estava sobre Sua cabeça, deixando uma mensagem simbólica para Seus discípulos.

O Sexto Selo: A Ressurreição e Ascensão de Jesus

No sexto selo, Jesus se revela aos Seus discípulos por 40 dias, ensinando-lhes a pedagogia do cristianismo e renovando suas esperanças. Finalmente, no sétimo selo, Ele sobe aos céus, deixando Suas últimas palavras: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim."

Essa é a espinha dorsal do Evangelho, a essência da salvação que os pregadores modernos muitas vezes negligenciam. Sem a compreensão dessa jornada de Jesus, não há verdadeira salvação. Ela é o cerne de nossa fé cristã.

O Batismo com o Espírito Santo

Nesta noite, Deus reservou um momento especial para vocês. Não é apenas um culto religioso, mas um encontro com o poder do Espírito Santo. Aqui, não haverá apenas salvação, mas também batismo no Espírito Santo, cura e manifestação dos dons espirituais.

Quem aqui ainda não foi batizado com o Espírito Santo? Levante a mão. Agora, vamos orar para que o Senhor Jesus derrame Seu Espírito sobre vocês, batizando-os com fogo e línguas estranhas. Deixem que o Espírito Santo comece a trabalhar em suas vidas, trazendo renovação, poder e um novo vigor espiritual.

Não tenham medo de ser felizes e de glorificar a Deus. Deixem que Suas bênçãos transbordem sobre vocês nesta noite. Pois onde o Espírito do Senhor está, há liberdade!

A Igreja Não Passará pela Grande Tribulação

 


A Fidelidade da Igreja de Filadélfia

A igreja de Filadélfia é apresentada no livro de Apocalipse como um modelo de fidelidade para todas as igrejas. Ela era uma igreja que vivia em meio a oposição e adversidades, mas não negava a sua fé em Cristo. Mesmo com "pouca força", a característica que a tornava forte era a sua fidelidade à Palavra de Deus.

Jesus elogia essa igreja por ter guardado a Sua Palavra e não ter negado o Seu nome. Ele promete que fará com que os seus opositores reconheçam que Ele ama essa igreja. Essa igreja não enfrentou uma oposição ferrenha e assídua, diferente da igreja de Esmirna, que foi perseguida e alguns de seus membros lançados na prisão.

A diferença entre as duas igrejas não estava na fidelidade, mas no plano de Deus para cada uma delas. Deus permite que Seus filhos passem por provações, mas Ele os sustenta e guarda. O que importa não é se a igreja passa ou não por tribulações, mas se ela permanece fiel a Deus.

A Promessa de Jesus à Igreja de Filadélfia

Jesus promete à igreja de Filadélfia que a guardará "da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro". Essa expressão "da hora da provação" tem sido alvo de muitos debates entre os estudiosos da Bíblia.

Os pré-tribulacionistas entendem que essa expressão indica que a igreja será arrebatada antes do início da Grande Tribulação. Eles se baseiam na preposição grega "ek", que significa "de dentro de", sugerindo que a igreja será tirada do mundo antes que a Grande Tribulação venha.

Já os pós-tribulacionistas argumentam que a igreja passará pela Grande Tribulação, mas será preservada e guardada por Deus durante esse período. Eles se apoiam na mesma preposição "ek", mas a entendem como "no meio de" ou "durante".

Apesar das diferentes interpretações, ambos os grupos acreditam na fidelidade de Deus em preservar Sua igreja. A diferença está no modo como isso acontecerá. Os pré-tribulacionistas creem que a igreja será arrebatada antes da Grande Tribulação, enquanto os pós-tribulacionistas acreditam que a igreja passará por ela, mas será guardada por Deus.

A Vinda Repentina de Jesus

Outro ponto de debate é sobre a vinda de Jesus. Os pré-tribulacionistas entendem que a vinda de Jesus para o arrebatamento da igreja será repentina e inesperada, sem sinais precedentes. Eles se baseiam em passagens como 1 Tessalonicenses 5:1-11, que fala sobre o "dia do Senhor" vir como "ladrão na noite".

Já os pós-tribulacionistas acreditam que a vinda de Jesus acontecerá após a Grande Tribulação, com sinais precedentes. Eles relacionam os eventos descritos em 1 Tessalonicenses 4:13-18 (arrebatamento) com os eventos de 1 Tessalonicenses 5:1-11 (dia do Senhor).

No entanto, uma análise cuidadosa do texto original em grego mostra que Paulo está mudando de assunto entre os dois capítulos. O capítulo 4 trata do arrebatamento da igreja, enquanto o capítulo 5 fala sobre o "dia do Senhor", que se refere ao início da Grande Tribulação.

Portanto, os argumentos pré-tribulacionistas parecem ter uma base bíblica mais sólida, pois a Escritura apresenta a vinda de Jesus para o arrebatamento da igreja como um evento repentino e inesperado, sem sinais precedentes.

Conclusão

Embora existam diferentes interpretações sobre a relação da igreja com a Grande Tribulação, o que realmente importa é a fidelidade da igreja a Cristo. Independentemente de passarmos ou não por tribulações, o que nos sustenta é a nossa confiança em Deus e a nossa obediência à Sua Palavra.

A igreja de Filadélfia é um exemplo de que a força da igreja não está no seu tamanho ou organização, mas na sua fidelidade a Jesus. Que possamos seguir o exemplo dessa igreja, guardando a Palavra de Deus e não negando o Seu nome, para que sejamos encontrados fiéis quando o Senhor voltar.

A Igreja e a Grande Tribulação: Uma Perspectiva Bíblica

 


A Doutrina da Grande Tribulação

Existem diferentes interpretações sobre a relação entre a Igreja e a Grande Tribulação. Algumas denominações acreditam que a Igreja passará por esse período de juízos divinos, enquanto outras defendem que a Igreja será arrebatada antes do início da Grande Tribulação. O pastor Napoleão Falcão é um defensor da doutrina pré-tribulacionista, que acredita que a Igreja será retirada da Terra antes do início desse período.

O Quadro da Grande Tribulação

O pastor cita diversos trechos bíblicos, como Sofonias 1:14-18 e Isaías 24:1-5, para descrever o quadro desolador da Grande Tribulação. Ele fala sobre os juízos divinos que serão derramados sobre a Terra, como a cessação dos céus, a devastação da lavoura pela praga de gafanhotos e a peste que assolará a humanidade. O pastor enfatiza que essa é uma época de angústia e incapacidade de se encontrar uma saída.

A Igreja Não Entrará na Grande Tribulação

O pastor argumenta, com base em diversos textos bíblicos, que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Ele cita Apocalipse 3:10, 1 Tessalonicenses 1:10 e 5:9, para mostrar que a Igreja será guardada da "hora da provação" e não está destinada à ira, mas ao livramento. Ele também menciona 2 Pedro 2:5-7, que mostra como Deus sempre livra os justos antes de julgar os ímpios.

O Arrebatamento da Igreja

O pastor enfatiza que a Igreja será arrebatada antes do início da Grande Tribulação. Ele cita 1 Coríntios 15:52, que fala sobre a transformação dos crentes em um "momento, em um abrir e fechar de olhos". Ele também menciona Mateus 24:29 e 2 Pedro 3:10, que descrevem eventos cósmicos que ocorrerão durante a Grande Tribulação, como a perturbação dos céus e a destruição da Terra pelo fogo.

A Geração da Figueira

O pastor acredita que a geração que viu o renascimento de Israel em 1948 (a "geração da figueira") não passará até que todas essas coisas se cumpram. Ele cita a promessa de Jesus de que essa geração não passaria antes de Sua volta. O pastor enfatiza que a Rússia e seus aliados desempenharão um papel importante nos eventos que antecedem o retorno de Cristo.

O Céu e a Nova Jerusalém

O pastor descreve o céu como um palácio com três salas principais: a sala do trono, a sala do tesouro e a sala de banquetes. Ele cita a experiência de João, que foi arrebatado em espírito e viu a Nova Jerusalém, a cidade celestial que será a morada dos crentes após o arrebatamento.

Conclusão

O pastor Napoleão Falcão apresenta uma visão pré-tribulacionista da relação entre a Igreja e a Grande Tribulação. Ele enfatiza que a Igreja será arrebatada antes do início desse período de juízos divinos e que a geração que viu o renascimento de Israel presenciará o retorno de Cristo. Sua mensagem é uma exortação para que os crentes permaneçam firmes na fé e se preparem para o breve retorno do Senhor.

Pesquisa do IBGE mostra que os brasileiros estão adiando o casamento e se divorciando em idades mais jovens. Confira os dados.


 

 Figura 1 Jeremy Wong

Panorama Geral dos Casamentos no Brasil

    De acordo com os dados das Estatísticas do Registro Civil de 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade dos casamentos que terminam em divórcio no Brasil não duram mais de dez anos. O levantamento mostra que 47,7% dos casais se divorciam com menos de 10 anos de união, representando um aumento de 10,3 pontos percentuais em comparação com 2010, quando 37,4% dos casais se separavam no mesmo período.

    A mais recente Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil, publicada pelo IBGE em 27 de abril de 2024 e referente ao ano de 2022, é um importante instrumento para acompanhar a evolução populacional brasileira. Os dados coletados servem como parâmetro para a implementação de políticas públicas e fornecem uma análise detalhada das transformações nos aspectos sociais ao longo do tempo. A pesquisa engloba informações sobre nascimentos, casamentos civis, divórcios e óbitos..

Tendências nos Casamentos Brasileiros

     Os dados do IBGE oferecem um panorama dos casamentos no país. Em 2022, foram registrados 970.041 casamentos, um aumento de 4% em relação ao ano anterior. Esse crescimento confirma uma recuperação pós-pandemia, porém o número ainda está abaixo da média de 1.076.280 registrada entre 2015 e 2019. Dentre esses casamentos, 11.022 foram entre pessoas do mesmo sexo, representando um aumento de 20% em comparação com 2021.

Impacto da Legislação e Mudanças Sociais

     Klivia Brayner de Oliveira, gerente da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, observa que os dados são um reflexo das transformações na sociedade e na legislação. Desde 2013, a resolução do CNJ proíbe que os cartórios impeçam o casamento ou união estável de pessoas do mesmo sexo. Antes disso, alguns cartórios permitiam enquanto outros se recusavam. Com a resolução, os cartórios não puderam mais recusar, e as informações sobre esses casamentos passaram a ser coletadas. Oliveira observa que as pessoas que desejam formalizar seus relacionamentos agora encontram apoio na legislação, e a tendência é que o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo continue crescendo nos próximos anos.

Figura 1 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil 2022. 

Figura 2 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil 2022.


Figura 3 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil 2022.

Transformações nos Padrões de Divórcio

De acordo com a pesquisa, a duração média dos casamentos no país diminuiu de 15,9 anos em 2010 para 13,8 anos em 2022. Entre os casais heterossexuais, a idade média dos cônjuges aumentou significativamente. Em 2010, os casamentos tinham uma média de idade de 29 anos para os homens e 26 anos para as mulheres, mas agora a média subiu para 31 anos para os homens e 29 anos para as mulheres.

O aumento da idade média dos noivos coincide com outro dado interessante da pesquisa: o número de cônjuges que se casaram solteiros, embora ainda seja a maioria (69% do total em 2022), teve uma queda e agora está bem abaixo dos 86,7% de 2010 e 78,2% de 2012. Por outro lado, em 2002, os noivos que já eram divorciados ou viúvos representavam apenas 12,8% do total, mas esse número subiu para 21,4% em 2012 e agora alcança 30,4% em 2022 - nestes casos, as mulheres têm uma idade média de 41 anos e os homens de 45.


Figura 4 Infográfico mostra dados de registros de casamentos, de acordo com pesquisa do IBGE — Foto: Editoria de Arte

Novos padrões nos divórcios brasileiros

 Os dados mostram que o número de divórcios registrados no Brasil em 2022 foi de 420.039, um aumento de 8,6% em relação a 2021. Observa-se também que está aumentando a idade média dos cônjuges no momento do divórcio - os homens tinham em média 44 anos (antes era 42) e as mulheres 41 anos (antes era 39).

 Outro ponto relevante é que cresceu a porcentagem de divórcios ocorridos após menos de 10 anos de casamento, passando de 37,4% em 2010 para 47,7% em 2022. Os demais divórcios aconteceram após 10 a 19 anos (25,9%) e 20 anos ou mais (26,4%) de matrimônio.

 

Cerca de 33% dos divórcios não são consensuais, sendo que a maioria dos pedidos parte das mulheres (60%). Em relação ao regime de bens, 90,6% são com comunhão parcial, 5,1% com comunhão universal e 4,3% em separação total.

 Por fim, 47% dos casais que se divorciam têm filhos menores de idade, 29,4% não têm filhos, 15,8% possuem filhos maiores e 7,2% têm filhos de idades diferentes. Esses dados refletem as mudanças na legislação sobre guarda compartilhada desde 2014.


Figura 5 Casais divorciados com filhos — Foto: Editoria de Arte

 Mudanças na guarda de filhos nos divórcios

 Dados mostram que houve uma significativa mudança na forma como a guarda dos filhos é determinada nos divórcios no Brasil. Em 2014, em 85,1% dos casos as crianças ficavam com a mãe após a separação. Porém, esse número caiu drasticamente, chegando a apenas 50,3% em 2022.

 Em contrapartida, a porcentagem de casos de guarda compartilhada entre os pais cresceu ano a ano. Em 2014, essa modalidade representava apenas 7,5% dos divórcios, mas atingiu 37,8% em 2022.

 Segundo a pesquisadora, essas mudanças refletem facilidades legais para o divórcio atualmente, podendo ser realizado até mesmo em cartório se houver consenso entre o casal e não envolver questões relacionadas aos filhos. Além disso, a priorização da guarda compartilhada pela Justiça tem contribuído para essa transição, dividindo de forma mais equitativa as responsabilidades parentais após a separação.

 Priorização da Guarda Compartilhada

Esse cenário indica uma tendência de maior corresponsabilidade dos pais em relação aos cuidados com os filhos, mesmo após o fim do casamento.



Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2024/03/27/brasileiros-estao-se-casando-mais-tarde-e-se-divorciando-mais-cedo-aponta-pesquisa-do-ibge-veja-numeros.ghtml








A Teoria da Lacuna na Criação


Origens e Controvérsias

Existem pessoas que acreditam que o diabo é tão importante que foi capaz de fazer com que Deus tivesse que refazer Sua obra e recriar todas as coisas. Para muitos, o diabo já aparece no segundo versículo da Bíblia, onde diz "a terra era sem forma e vazia". A partir disso, surgiu a teoria da lacuna, também conhecida como teoria do intervalo ou GAP Theory em inglês.

A Abordagem da "GAP Theory"[i] na Interpretação Bíblica

Alguns teólogos, como J. Pember, Cisço Field e Laur Olson, desenvolveram a ideia de uma terra pré-adâmica caótica devido à queda de Lúcifer. Essa teoria sugere que entre Gênesis 1:1 e Gênesis 1:2 há uma lacuna de milhões de anos devido à queda de Satanás, levando Deus a destruir Sua criação e recriá-la.

Teólogos e Defensores da Teoria da Lacuna

No entanto, essa teoria é controversa e carece de base exegética sólida. A teoria da lacuna, que tenta ajustar o relato da criação da terra à Teoria da Evolução, afirma que a melhor tradução para Gênesis 1 e 2 seria "a terra tornou-se sem forma e vazia".

Críticas à Teoria da Lacuna

Isso leva à negação de que os dias mencionados são de 24 horas, buscando adaptar-se aos períodos defendidos pelos evolucionistas. No entanto, essa teoria é malsucedida, como evidenciado pela citação de Isaías 45:18, que enfatiza que Deus não criou a terra para ser vazia ou caótica.

Desafios Exegéticos e Teológicos

A teoria da lacuna não decorre de uma boa exegese e, se estivesse correta, haveria uma grande contradição na Bíblia, sugerindo que o Todo-Poderoso foi surpreendido pela queda de Lúcifer e sofreu um grande revés. Além disso, a teoria não consegue explicar de forma satisfatória os textos mencionados pelos seus defensores, incluindo Gênesis e Isaías 45:18.

Refutação da Teoria da Lacuna por Interpretações Alternativas

Este último versículo enfatiza que Deus criou a terra para ser habitada, não para ser um caos.  Vou explicar a razão pela qual a pergunta que surge é exatamente essa: Por que Gênesis 1 e 2 afirmam que a Terra era sem forma e vazia, mesmo que o texto não diga que tornou-se assim? Por que, se Deus criou a terra, ela estava ou era sem forma e vazia? É importante observar que Gênesis capítulos 1 e 2 revelam que, assim como a humanidade foi criada, formada e feita por Deus, o mesmo ocorreu com o planeta Terra.Depois de ter criado o mundo a partir do nada, ou "ex nihilo" como dizem em latim, o criador deu forma e acabamento. Basta ler Gênesis 1, do versículo 3 ao capítulo 2, versículo 3, para ver que Deus foi dando forma dia a dia ao que ele tinha previamente criado.

Revisão da Narrativa da Criação

Assim como uma obra arquitetônica, primeiro o arquiteto cria e faz o projeto, depois a equipe de engenheiros vem para dar forma àquele projeto criado e fazer também o acabamento. Da mesma forma que o ser humano foi criado, formado e feito, o universo de maneira geral e o planeta Terra em especial também foram criados, formados e feitos.

Revisão da Narrativa da Criação

Os sete dias da criação não são eras ou períodos, porque está mencionado ali que foi "tarde e manhã". Isso indica que a primeira coisa que Deus criou foi o tempo. Quando você lê "no princípio", já é a demarcação do nosso tempo, o início do nosso tempo. Deus então criou o nosso tempo e a partir daí ele foi também formando todas as coisas. Em Gênesis 1:1 vemos a criação imediata, ou seja, a partir do nada. Deus criou tudo do nada, na sua mente criou os materiais necessários para dar forma posteriormente. Em seguida, dia após dia, o criador deu forma a tudo.

Interpretação da Criação Mediata

O planeta, que é chamado de criação mediata, não deve ser confundido com a criação imediata. A criação imediata acontece quando o criador cria do nada, sem nada no meio. Por um lado, há o criador, e por outro lado, a criação. Já a criação mediata ocorre quando o criador utiliza algo que já havia criado previamente para dar forma e resultado acabado.

A Criação como Processo Dirigido por Deus

A criação mediata, também conhecida como formação, é quando Deus dá forma àquilo que Ele havia criado previamente. Podemos interpretar Gênesis 1 da seguinte forma: o primeiro verso apresenta o título ou a introdução, enquanto o segundo verso fornece informações sobre o estado das coisas quando Deus as criou do nada. A partir do terceiro verso, inicia-se a narrativa da construção ou formação daquilo que Deus havia criado.

Conclusão:

Para ilustrar, imagine a preparação de um bolo. Primeiro, os ingredientes são colocados sobre a mesa, e a criação está na receita. A pessoa então utiliza a receita para misturar os ingredientes, dar forma à massa, assar e servir. Quando a Bíblia diz que Deus criou os céus e a terra, e que a terra estava sem forma e vazia, significa que Deus passaria a dar forma à matéria que Ele mesmo criara.

 

 



[i] A Teoria da Lacuna (GAP Theory) é uma teoria que busca explicar a existência de um "intervalo" ou "lacuna" entre os eventos descritos na criação do mundo em Gênesis e a atualidade. Segundo essa teoria, esse intervalo de tempo pode ter sido marcado por eventos como a queda de Lúcifer, a destruição do mundo pré-Adâmico, ou outros eventos não mencionados na Bíblia. A GAP Theory é uma tentativa de conciliar a cronologia bíblica com as descobertas científicas sobre a idade da Terra, mas é importante ressaltar que essa teoria não é aceita por todos os estudiosos religiosos e científicos.

O Reino Milenar de Cristo: Uma Nova Era de Justiça e Paz

 

O Milênio: A Última Dispensação

De acordo com a posição dispensacionalista que defendemos, o Milênio é a última dispensação. Após o período da graça, no qual vivemos atualmente, virá o Reino Milenar de Cristo, que será seguido pela eternidade. O Milênio é o ponto de convergência de todas as alianças bíblicas, marcando o início de uma nova era de justiça e paz na Terra.

O Milênio na Terra

A Bíblia deixa claro que o Milênio ocorrerá na Terra, e não no céu. Isso fica evidente em 1 Coríntios 6:2, onde lemos que os santos julgarão o mundo. Essa "judicatura" se refere ao governo dos santos com Cristo durante o Milênio, quando a igreja estará reinando com Ele na Terra.

O Diabo Preso Durante o Milênio

Antes do início do Milênio, Satanás será preso e aprisionado por mil anos, conforme descrito em Apocalipse 20:1-7. Isso significa que a influência e a atividade do diabo serão restringidas durante esse período, permitindo que a justiça e a paz prevaleçam.

Um Reino Literal e Universal

O Reino Milenar de Cristo será um reino literal e universal. Toda oposição a Deus será neutralizada, pois todas as nações estarão sob a autoridade de Jesus. Isso cumprirá plenamente a profecia de Filipenses 2:10-11, quando todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.

Dois Tipos de Povos no Milênio

Durante o Milênio, haverá dois grupos distintos na Terra: os crentes glorificados, que incluem a igreja arrebatada e os mártires da Tribulação, e os povos naturais, que são os judeus e gentios que sobreviveram ao julgamento das nações e os que nasceram durante o Milênio. Esses povos naturais estarão sob o governo direto de Cristo.

Israel: O Protagonista do Milênio

Entre os povos naturais, Israel será o povo protagonista. A nação judaica possuirá toda a terra prometida, desde o Mediterrâneo até o Eufrates. Israel será uma bênção para o mundo, pois de Jerusalém partirão as leis e a piedade que prevalecerão entre as nações.

A Piedade Prevalecerá

No Milênio, a piedade finalmente prevalecerá entre as nações. A impiedade, a incredulidade e a rebelião não serão toleradas, pois o justo Juiz, Jesus Cristo, julgará imediatamente qualquer pecado. Não haverá mais tolerância ao pecado, como acontece hoje na era da graça.

Não Haverá Guerras

Durante o Reino Milenar, não haverá guerras, pois a autoridade e a presença de Cristo trarão paz e justiça em todas as transações. A paz e a justiça prevalecerão.

Pleno Derramamento do Espírito

Haverá um pleno derramamento do Espírito Santo, começando já no período da Tribulação, quando o Espírito de Súplica será derramado sobre o povo de Israel (Zacarias 12:10).

A Terra Será Renovada

A Terra passará por uma renovação e restauração durante o Milênio. Um rio fluirá do templo, revitalizando a região do Mar Morto e trazendo vida abundante. A Terra será abençoada com uma nova ordem climática e ambiental.

Um Novo Templo

Haverá a construção de um novo templo em Jerusalém, diferente dos templos anteriores. Esse templo cumprirá as profecias de Mateus 24:15 e 2 Tessalonicenses 2, onde se menciona a profanação do templo pelo anticristo durante o período da Tribulação.

O Governo Presencial de Cristo

Durante o Milênio, Jesus Cristo reinará pessoalmente na Terra. Embora Ele esteja em glória, não é claro se Ele será visto por todos os povos naturais, pois apenas a igreja glorificada poderá contemplá-Lo em Sua plenitude. Os povos naturais terão contato com as leis e determinações que partem de Jerusalém, sob a autoridade de Cristo.

Sacrifícios no Templo

Haverá a realização de sacrifícios de animais no novo templo durante o Milênio. Esses sacrifícios, no entanto, não serão para a salvação, mas sim como memorials da obra de Cristo. O perdão dos pecados será concedido pela graça, assim como no Antigo Testamento.

Uma Nova Ordem Mundial

O Milênio inaugurará uma nova ordem mundial, com Jerusalém como sede do governo de Cristo. Essa nova ordem mundial trará paz, justiça e prosperidade, em contraste com as tentativas falhadas de uma nova ordem mundial promovida pelos agentes do mal hoje.

Longevidade e Renovação

A vida humana será prolongada durante o Milênio, com as pessoas vivendo por muitos anos, como no início da história da humanidade. A Terra será renovada, e os efeitos deletérios do pecado serão drasticamente reduzidos, permitindo uma vida mais saudável e longeva.

Conversões durante o Milênio

Haverá conversões durante o Milênio, pois os povos naturais, embora salvos, ainda estarão sujeitos à tentação e à possibilidade de se afastar de Deus. Eles precisarão perseverar na fé e na santificação para permanecerem salvos.

O Reino Milenar de Cristo será uma época de justiça, paz e prosperidade, quando a glória de Deus será manifestada de forma plena na Terra. Essa visão bíblica do Milênio nos inspira a viver com esperança e a aguardar ansiosamente a volta de nosso Senhor Jesus Cristo.