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Três Não de Deus para o Casal

 Introdução

O casamento é uma das instituições mais importantes que Deus criou. Desde o início, em Gênesis, vemos que a união entre homem e mulher é parte do plano divino. No entanto, viver a dois não é sempre fácil. Para ajudar os casais a navegarem pelos desafios do relacionamento, Deus nos deixou orientações claras e sábias. Neste estudo, vamos explorar três "não" de Deus que são fundamentais para a vida a dois, entendendo seu significado e como aplicá-los no cotidiano.

1. E não é bom que o homem esteja só (Gênesis 2:18)

  • Reflexão: No relato da criação, Deus observa que não é bom que o homem esteja só e decide criar uma companheira. Essa afirmação destaca a importância da comunhão e do apoio mútuo. O casamento é um reflexo da relação que Deus deseja ter conosco — uma relação de amor, apoio e parceria. A solidão pode levar ao desânimo e à tristeza, enquanto a companhia traz alegria e motivação. A presença do outro nos ajuda a crescer e a nos tornarmos melhores, pois juntos podemos enfrentar os desafios da vida com mais força e resiliência.
  • Aplicação: Para que o casamento prospere, os casais devem investir tempo um no outro. Isso significa criar momentos significativos juntos, como jantares românticos, passeios ou até mesmo momentos simples de conversa. Além disso, é essencial cultivar a amizade dentro do relacionamento. Casais que se veem como amigos têm uma base mais sólida para enfrentar os desafios da vida. A comunicação aberta e honesta é crucial; falar sobre sentimentos, sonhos e preocupações ajuda a fortalecer a conexão emocional. É importante também lembrar de celebrar as pequenas vitórias e conquistas do dia a dia, pois isso reforça o vínculo e a parceria entre o casal.
  • Desafio: Reserve um tempo semanal para uma atividade juntos, onde vocês possam se desconectar das distrações diárias e se reconectar como casal. Pode ser um passeio ao ar livre, uma noite de jogos ou até mesmo um projeto em conjunto, como cozinhar uma nova receita. O importante é que esse tempo seja dedicado exclusivamente a vocês, permitindo que a relação se fortaleça e que a chama do amor continue acesa. Além disso, aproveitem para refletir sobre o que cada um aprecia no outro e como podem continuar a crescer juntos, sempre buscando o bem-estar mútuo.

2. Não adulterarás (Êxodo 20:14)

  • Reflexão: O adultério não é apenas uma traição física, mas também emocional. Ele quebra a confiança e a intimidade que são essenciais para um casamento saudável. Este mandamento é um chamado à fidelidade, que deve ser cultivada diariamente. A fidelidade não se resume apenas à ausência de traição, mas à dedicação mútua e ao investimento na relação. É fundamental que os cônjuges se sintam valorizados e respeitados, criando um ambiente onde ambos possam expressar suas necessidades e desejos sem medo de julgamento.
  • Aplicação: Os casais devem estabelecer limites claros e saudáveis em suas interações com outras pessoas. Isso pode incluir discutir o que é considerado apropriado em amizades e como lidar com situações que podem ser tentadoras. Além disso, é importante cultivar a intimidade emocional e física dentro do casamento. Isso pode ser feito através de conversas profundas, demonstrações de afeto e momentos de qualidade juntos. A prática de atividades que ambos apreciam pode fortalecer a conexão, como hobbies compartilhados, viagens ou até mesmo noites de jogos em casa. A comunicação aberta sobre sentimentos e expectativas é crucial para evitar mal-entendidos e ressentimentos.
  • Desafio: Faça uma lista de coisas que vocês podem fazer juntos para fortalecer a intimidade no relacionamento. Comprometam-se a realizar pelo menos uma dessas atividades por semana. Considere também a possibilidade de reservar um tempo a sós, longe das distrações do dia a dia, para reavivar a paixão e a conexão emocional. Além disso, reflitam sobre como cada um pode contribuir para o bem-estar do outro, criando um espaço seguro onde ambos se sintam amados e apoiados.

3. Não se divorcie (Malaquias 2:16-17)

  • Reflexão: O divórcio é uma realidade triste que afeta muitos casais, trazendo consigo uma série de consequências emocionais e sociais. Deus odeia o divórcio porque ele causa dor e separação, não apenas entre os cônjuges, mas também impacta filhos, familiares e amigos. Ele deseja que os casais permaneçam juntos, enfrentando as dificuldades e celebrando as alegrias da vida a dois. O compromisso é uma escolha diária, que exige esforço e dedicação. É importante lembrar que, mesmo em tempos difíceis, a perseverança pode levar à cura e à renovação. O amor verdadeiro é aquele que se mantém firme, mesmo quando as tempestades da vida ameaçam desestabilizar a relação.
  • Aplicação: Em momentos de crise, é fundamental buscar soluções, seja através da comunicação aberta, aconselhamento ou oração. A comunicação é a chave para entender as necessidades e sentimentos do outro. Casais que conseguem resolver conflitos de maneira saudável e respeitosa têm mais chances de superar as dificuldades. Além disso, é essencial cultivar um ambiente de perdão e compreensão. Todos cometemos erros, e a capacidade de perdoar e seguir em frente é vital para a saúde do relacionamento. Praticar a empatia e o respeito mútuo pode transformar desentendimentos em oportunidades de crescimento e fortalecimento da relação.
  • Desafio: Se você e seu parceiro estão enfrentando dificuldades, considere buscar a ajuda de um conselheiro ou terapeuta de casais. O apoio profissional pode oferecer novas perspectivas e ferramentas para a resolução de conflitos. Além disso, não hesite em investir tempo de qualidade juntos, redescobrindo o que os uniu no início da relação. Pequenos gestos de carinho e atenção podem fazer uma grande diferença na dinâmica do casal, ajudando a restaurar a conexão e a intimidade..

Conclusão

Os "nãos" de Deus não são proibições arbitrárias, mas orientações sábias que visam proteger e fortalecer o casamento. Ao seguir esses princípios, os casais podem construir uma relação mais sólida e duradoura, refletindo o amor e a graça de Deus. Lembre-se de que cada dia é uma nova oportunidade para renovar o compromisso e a dedicação um ao outro. Que possamos buscar sempre a vontade de Deus em nossos relacionamentos, confiando que Ele tem o melhor para nós.

O Casamento é Para Sempre: Uma Perspectiva Cristã

 

    O casamento, na visão cristã, é uma das mais significativas instituições condicionais a Deus, uma união sagrada que reflete o amor, a fidelidade e a aliança divina. Em tempos em que o conceito de compromisso tem sido relativizado, a afirmação de que “o casamento é para sempre” surge como um desafio e um chamado à contracultura. Mas o que significa, biblicamente, essa ideia de permanência no casamento?

1. A Origem Divina do Casamento

    Desde o início da criação, o casamento foi planejado por Deus. Gênesis 2:24 descreve: "Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne." Este texto não apenas estabelece o casamento como uma união íntima, mas também aponta para sua indissolubilidade. A frase "uma só carne" indica uma conexão tão profunda que não pode ser separada sem dor e consequências.

    Essa união transcende o mero aspecto físico, envolvendo também a dimensão emocional e espiritual. O casamento é um compromisso que exige amor, respeito e dedicação mútua. Quando duas pessoas se unem, elas não estão apenas formando uma família, mas também criando um espaço sagrado onde podem crescer juntas, enfrentar desafios e celebrar conquistas.

Além disso, o casamento é um reflexo do relacionamento entre Cristo e a Igreja, onde o amor sacrificial e a fidelidade são fundamentais. Essa comparação nos lembra da importância de cultivar um relacionamento baseado na confiança e na compreensão, onde cada parceiro se esforça para apoiar e edificar o outro.

    Portanto, ao considerarmos o significado do casamento, é essencial reconhecer que ele vai além de um simples contrato social; é uma aliança divina que deve ser honrada e valorizada. A indissolubilidade do casamento nos convida a trabalhar continuamente na relação, buscando sempre a reconciliação e o perdão, mesmo diante das dificuldades. Assim, o casamento se torna um testemunho poderoso do amor de Deus em nossas vidas e um exemplo de como podemos viver em harmonia e unidade.

2. Um Reflexo da Aliança de Deus com Seu Povo

    Em Efésios 5:25-33, Paulo compara o casamento ao relacionamento de Cristo com a igreja, estabelecendo um padrão elevado para a união matrimonial. Assim como Cristo amou a igreja a ponto de se entregar por ela, as participações são chamadas a viver em amor sacrificial, o que implica em colocar as necessidades do outro acima das próprias. Essa aliança reflete fidelidade, perdão e compromisso inabaláveis, mesmo diante de dificuldades. O amor no casamento deve ser um reflexo do amor divino, que é incondicional e perseverante. Além disso, essa passagem nos ensina que o verdadeiro amor não é apenas um sentimento, mas uma decisão consciente de agir em prol do bem-estar do cônjuge, promovendo um ambiente de respeito e apoio mútuo. O chamado à santidade no casamento é um convite para que os casais busquem constantemente a harmonia e a compreensão, superando os desafios com a mesma graça que Cristo demonstrou. Assim, o casamento se torna não apenas uma união entre duas pessoas, mas uma representação do amor de Deus na Terra, um testemunho vivo da sua fidelidade e misericórdia.

3. Desafios Modernos à Permanência no Casamento

    Embora o plano de Deus para o casamento seja uma permanência, o mundo moderno apresenta desafios significativos, como mudanças de valores sociais, infidelidade e crises emocionais. Esses desafios podem levar muitos casais a questionar a viabilidade de seus relacionamentos e a buscar soluções temporárias em vez de se comprometerem a enfrentar as dificuldades juntos. Em Mateus 19:8-9, Jesus aprova as dificuldades enfrentadas pelos casais, mas reitera que "não foi assim desde o princípio." Essa afirmação nos lembra que o ideal divino para o casamento é um compromisso duradouro, que deve ser nutrido e protegido.

    Isso nos convida a entender o casamento não apenas como uma relação contratual, mas como um pacto espiritual sustentado pela graça de Deus e pela disposição do casal em construir um relacionamento baseado na fé e na obediência ao Senhor. O verdadeiro amor conjugal exige esforço, comunicação e, acima de tudo, um compromisso mútuo de crescer juntos na fé. Quando os casais se apoiam em Deus e buscam Sua orientação, eles podem superar os desafios que surgem em seu caminho.

    Além disso, é fundamental que os casais cultivem um ambiente de respeito e compreensão, onde possam expressar suas preocupações e sentimentos sem medo de julgamento. A oração e a busca por conselhos espirituais também são ferramentas poderosas que podem fortalecer a união e ajudar a resolver conflitos. Ao reconhecer que o casamento é uma jornada que envolve tanto alegrias quanto dificuldades, os casais podem se preparar melhor para enfrentar os altos e baixos da vida a dois, sempre com a certeza de que, com a ajuda de Deus, é possível construir um relacionamento sólido e duradouro.

4. A Redenção no Casamento

    Apesar das falhas humanas que podem colocar o casamento em risco, o Evangelho nos lembra que Deus é especialista em redimir histórias. Cada relacionamento é único e, muitas vezes, as dificuldades enfrentadas pelos casais podem parecer insuperáveis. No entanto, é fundamental entender que a esperança nunca está perdida. Para casais enfrentarem crises, há esperança. A oração se torna uma ferramenta poderosa, permitindo que os parceiros se conectem não apenas entre si, mas também com o divino, buscando força e sabedoria em momentos de fraqueza.

    A busca pela orientação divina é um passo essencial nesse processo. Muitas vezes, é na quietude da oração que encontramos respostas e clareza sobre como proceder. Além disso, o acompanhamento pastoral pode ser um recurso valioso. Pastores e conselheiros espirituais podem oferecer uma perspectiva externa, ajudando os casais a verem suas situações sob uma nova luz e a encontrarem caminhos para a reconciliação.

    É importante lembrar que a cura e a restauração são possíveis, mesmo quando parece haver apenas ruína. Com comprometimento, amor e a ajuda de Deus, muitos casais conseguem não apenas superar suas dificuldades, mas também fortalecer seus laços, emergindo de suas crises mais unidos e resilientes. O Evangelho nos ensina que, mesmo nas situações mais desafiadoras, a graça e a misericórdia de Deus podem transformar corações e reescrever histórias, trazendo esperança e renovação para aqueles que se dispõem a buscar essa transformação.

5. Um Chamado à Perseverança

    A promessa de que "o casamento é para sempre" não é um fardo insuportável, mas um convite a experimentar o amor que reflete o caráter de Deus: durabilidade, paciente e fiel. Essa visão do matrimônio nos convida a enxergar além das dificuldades e a valorizar os momentos de alegria e crescimento mútuo. Os desafios existem, mas com a ajuda do Espírito Santo, os parceiros podem encontrar força para perseverar, crescer juntos e celebrar a beleza de um amor eterno.

    É nesse contexto que o compromisso se torna uma jornada de descoberta, onde cada dia traz a oportunidade de aprofundar a conexão e fortalecer os laços. O amor verdadeiro não é apenas um sentimento passageiro, mas uma decisão consciente de apoiar e cuidar um do outro, mesmo nas adversidades. Ao enfrentar os altos e baixos da vida a dois, os casais podem aprender a arte da comunicação, do perdão e da empatia, construindo assim uma base sólida para o relacionamento.

    Além disso, o casamento é um reflexo do amor divino, que é incondicional e sempre busca o bem do outro. Quando os cônjuges se comprometem a viver esse amor, eles não apenas se tornam um exemplo para os que os cercam, mas também experimentam uma transformação pessoal que os aproxima de Deus. Através da oração e da busca por orientação espiritual, eles podem encontrar a sabedoria necessária para enfrentar os desafios e celebrar as vitórias juntos.

    Portanto, ao abraçar a promessa de um casamento duradouro, os parceiros são convidados a cultivar um amor que não apenas resiste ao tempo, mas que também floresce em meio às dificuldades, refletindo a beleza e a profundidade do amor que Deus tem por nós.

Conclusão

    Defender a permanência do casamento é reafirmar os valores divinos em um mundo cada vez mais volátil. É um testemunho vivo de que, em Cristo, é possível viver uma união onde o "até que a morte nos separa" não seja apenas uma frase dita no altar, mas uma realidade que aponta para a glória de Deus na vida a dois. É um convite para que os casais renovem seus votos diante de Deus e busquem, dia após dia, a graça necessária para permanecerem firmes no compromisso que assumem. Afinal, o casamento não é apenas uma questão de amor humano, mas de obediência e fidelidade ao propósito divino.

História do casamento civil no Brasil acompanha as mudanças da família


Direito completa 123 anos e pode evoluir para incluir união homoafetiva


A origem do matrimônio civil no Brasil remonta à época da República, sob a liderança do então governante provisório Marechal Deodoro da Fonseca. O decreto número 181 entrou em vigor no dia 24 de janeiro de 1890. No Dia do Casamento Civil, este direito completa 123 anos e é motivo de reflexão. Desde então, o contrato entre duas pessoas que desejam se unir passou por profundas transformações, acompanhando as mudanças da sociedade brasileira.

A primeira delas foi a possibilidade de dissolver o contrato. No casamento religioso, a família é inseparável e utilizada para reprodução, enquanto no civil, o matrimônio é motivado pelo amor entre dois indivíduos. E essa paixão pode terminar. Contudo, essa transformação ocorreu gradualmente. A legislação estipulava a "separação de bens".

Edgar e Laura no tribunal, durante a audiência de separação (Foto: Lado a Lado/TV Globo)
Edgar e Laura no tribunal, durante a audiência de
separação (Foto: Lado a Lado/TV Globo)

Exatamente como na situação vivida pelos personagens Laura (Marjorie Estiano) e Edgar (Thiago Fragoso), que na trama da novela Lado a Lado, da Rede Globo, se separaram em 1904.


O desquite chegou em 1916, com o Código Civil. Foi 61 anos depois, em 1977, que uma emenda constitucional usou pela primeira vez, explicitamente, a palavra divórcio. Mas o casal precisava estar separado judicialmente há mais de 5 anos ou de fato há mais de 7 anos.


Casamento Civil: Miguel Antonio Silveira Ramos (Foto: Divulgação/Roseane Barbisan)
Professor de Direito da Família, Miguel Ramos
(Foto: Divulgação/Roseane Barbisan).

A mudança mais notável ocorreu com a Constituição de 1988, que expandiu o conceito de família, ultrapassando o modelo tradicional mãe-pai-filhos. "A Constituição representou um rompimento de paradigma." Começamos a valorizar as pessoas e não mais as instituições. Em outras palavras, se meu pai tivesse um filho não casado, esse filho não teria qualquer direito. "Com a Constituição, ele adquire", explica Miguel Antonio Silveira Ramos, professor de Direito de Família na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A Constituição também reconheceu a presença de diversas configurações familiares, incluindo as monoparentais (lideradas apenas por um homem ou uma mulher) e as socioafetivas, onde a interação social entre a criança e o adulto se transforma em uma relação de pai e filho. "A nova constituição deu importância ao afeto entre os indivíduos." "Porque é o sentimento, o amor, que estabelece a ligação familiar", afirma o docente. "O amor pode criar laços, mas também pode desmantelá-los", conclui.
Outro aspecto inovador foi a identificação das uniões estáveis e a opção de transformá-las em matrimônio civil.

O que falta?

As mudanças continuaram e, em 1994, houve o primeiro caso de reconhecimento à união estável homoafetiva no estado do Rio Grande do Sul. A luta para que casais do mesmo sexo tenham o direito ao casamento não é nova. “Em 1988, a Constituição formalizou a união estável entre um homem e uma mulher. Mas o judiciário reconheceu diferentes uniões, inclusive a de famílias homoafetivas. Cada juiz pode decidir fazer a conversão da união estável em casamento ou não”, conta o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) que briga para mudar os parágrafos 1, 2 e 3 do artigo 226º e incluir a possibilidade de cônjuges do mesmo sexo se casarem. “A diferença da união civil para o casamento é que o casamento muda o estado civil das pessoas de solteiro para casado. Além disso, queremos ter o direito à adoção, ao reconhecimento da relação no exterior – já que união civil não é reconhecida em outros países. O casamento amplia os direitos de todos e promove a igualdade. O futuro do casamento civil é o casamento para todos”, completa.
Publicado em: 24/01/2013 16h25 - Atualizado em 24/01/2013 16h25

Fonte: http://redeglobo.globo.com/globocidadania/noticia/2013/01/historia-do-casamento-civil-no-brasil-acompanha-mudancas-da-familia.html

Pesquisa do IBGE mostra que os brasileiros estão adiando o casamento e se divorciando em idades mais jovens. Confira os dados.


 

 Figura 1 Jeremy Wong

Panorama Geral dos Casamentos no Brasil

    De acordo com os dados das Estatísticas do Registro Civil de 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade dos casamentos que terminam em divórcio no Brasil não duram mais de dez anos. O levantamento mostra que 47,7% dos casais se divorciam com menos de 10 anos de união, representando um aumento de 10,3 pontos percentuais em comparação com 2010, quando 37,4% dos casais se separavam no mesmo período.

    A mais recente Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil, publicada pelo IBGE em 27 de abril de 2024 e referente ao ano de 2022, é um importante instrumento para acompanhar a evolução populacional brasileira. Os dados coletados servem como parâmetro para a implementação de políticas públicas e fornecem uma análise detalhada das transformações nos aspectos sociais ao longo do tempo. A pesquisa engloba informações sobre nascimentos, casamentos civis, divórcios e óbitos..

Tendências nos Casamentos Brasileiros

     Os dados do IBGE oferecem um panorama dos casamentos no país. Em 2022, foram registrados 970.041 casamentos, um aumento de 4% em relação ao ano anterior. Esse crescimento confirma uma recuperação pós-pandemia, porém o número ainda está abaixo da média de 1.076.280 registrada entre 2015 e 2019. Dentre esses casamentos, 11.022 foram entre pessoas do mesmo sexo, representando um aumento de 20% em comparação com 2021.

Impacto da Legislação e Mudanças Sociais

     Klivia Brayner de Oliveira, gerente da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, observa que os dados são um reflexo das transformações na sociedade e na legislação. Desde 2013, a resolução do CNJ proíbe que os cartórios impeçam o casamento ou união estável de pessoas do mesmo sexo. Antes disso, alguns cartórios permitiam enquanto outros se recusavam. Com a resolução, os cartórios não puderam mais recusar, e as informações sobre esses casamentos passaram a ser coletadas. Oliveira observa que as pessoas que desejam formalizar seus relacionamentos agora encontram apoio na legislação, e a tendência é que o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo continue crescendo nos próximos anos.

Figura 1 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil 2022. 

Figura 2 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil 2022.


Figura 3 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil 2022.

Transformações nos Padrões de Divórcio

De acordo com a pesquisa, a duração média dos casamentos no país diminuiu de 15,9 anos em 2010 para 13,8 anos em 2022. Entre os casais heterossexuais, a idade média dos cônjuges aumentou significativamente. Em 2010, os casamentos tinham uma média de idade de 29 anos para os homens e 26 anos para as mulheres, mas agora a média subiu para 31 anos para os homens e 29 anos para as mulheres.

O aumento da idade média dos noivos coincide com outro dado interessante da pesquisa: o número de cônjuges que se casaram solteiros, embora ainda seja a maioria (69% do total em 2022), teve uma queda e agora está bem abaixo dos 86,7% de 2010 e 78,2% de 2012. Por outro lado, em 2002, os noivos que já eram divorciados ou viúvos representavam apenas 12,8% do total, mas esse número subiu para 21,4% em 2012 e agora alcança 30,4% em 2022 - nestes casos, as mulheres têm uma idade média de 41 anos e os homens de 45.


Figura 4 Infográfico mostra dados de registros de casamentos, de acordo com pesquisa do IBGE — Foto: Editoria de Arte

Novos padrões nos divórcios brasileiros

 Os dados mostram que o número de divórcios registrados no Brasil em 2022 foi de 420.039, um aumento de 8,6% em relação a 2021. Observa-se também que está aumentando a idade média dos cônjuges no momento do divórcio - os homens tinham em média 44 anos (antes era 42) e as mulheres 41 anos (antes era 39).

 Outro ponto relevante é que cresceu a porcentagem de divórcios ocorridos após menos de 10 anos de casamento, passando de 37,4% em 2010 para 47,7% em 2022. Os demais divórcios aconteceram após 10 a 19 anos (25,9%) e 20 anos ou mais (26,4%) de matrimônio.

 

Cerca de 33% dos divórcios não são consensuais, sendo que a maioria dos pedidos parte das mulheres (60%). Em relação ao regime de bens, 90,6% são com comunhão parcial, 5,1% com comunhão universal e 4,3% em separação total.

 Por fim, 47% dos casais que se divorciam têm filhos menores de idade, 29,4% não têm filhos, 15,8% possuem filhos maiores e 7,2% têm filhos de idades diferentes. Esses dados refletem as mudanças na legislação sobre guarda compartilhada desde 2014.


Figura 5 Casais divorciados com filhos — Foto: Editoria de Arte

 Mudanças na guarda de filhos nos divórcios

 Dados mostram que houve uma significativa mudança na forma como a guarda dos filhos é determinada nos divórcios no Brasil. Em 2014, em 85,1% dos casos as crianças ficavam com a mãe após a separação. Porém, esse número caiu drasticamente, chegando a apenas 50,3% em 2022.

 Em contrapartida, a porcentagem de casos de guarda compartilhada entre os pais cresceu ano a ano. Em 2014, essa modalidade representava apenas 7,5% dos divórcios, mas atingiu 37,8% em 2022.

 Segundo a pesquisadora, essas mudanças refletem facilidades legais para o divórcio atualmente, podendo ser realizado até mesmo em cartório se houver consenso entre o casal e não envolver questões relacionadas aos filhos. Além disso, a priorização da guarda compartilhada pela Justiça tem contribuído para essa transição, dividindo de forma mais equitativa as responsabilidades parentais após a separação.

 Priorização da Guarda Compartilhada

Esse cenário indica uma tendência de maior corresponsabilidade dos pais em relação aos cuidados com os filhos, mesmo após o fim do casamento.



Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2024/03/27/brasileiros-estao-se-casando-mais-tarde-e-se-divorciando-mais-cedo-aponta-pesquisa-do-ibge-veja-numeros.ghtml








Família: Cuidados com a Era Digital e os Idosos

Introdução

A era digital e o avanço da tecnologia causaram mudanças significativas na rotina das famílias. Por um lado, a tecnologia traz benefícios como a comunicação rápida, o acesso a informações e a possibilidade de assistir a cultos e palestras online. No entanto, é preciso ter discernimento, equilíbrio e critérios para fazer um bom uso dessas ferramentas e evitar os malefícios que elas podem trazer.

1. A Era Digital e suas Transformações

1.1 Benefícios da Tecnologia

A tecnologia trouxe diversas vantagens para o nosso dia a dia. Agora podemos nos comunicar mais rapidamente, encontrar parentes e amigos que não vemos há muito tempo, acompanhar eventos em tempo real e ter acesso a uma variedade de conhecimentos e pesquisas. Além disso, as redes sociais aproximam as pessoas que estão distantes e auxiliam na propagação do evangelho.

1.2 Malefícios da Tecnologia

No entanto, é importante destacar que o uso excessivo e inadequado da tecnologia pode trazer diversos problemas. Estudos mostram que a dependência tecnológica pode causar redução da tensão, sedentarismo, obesidade, perda de identidade, estresse, depressão e dificuldades nos relacionamentos presenciais. Além disso, o vício nas redes sociais pode levar à ansiedade e à perda do contato humano, contribuindo para a superficialidade das relações.

1.3 Outros Perigos da Tecnologia

Além dos malefícios já mencionados, é importante ressaltar que a tecnologia oferece riscos adicionais, como o contato com grupos extremistas, terroristas, pedófilos e outros criminosos. É fundamental ter cuidado ao usar a internet e proteger os mais jovens contra ameaças.

2. Cuidados com os Idosos

Além dos desafios relacionados à tecnologia, é essencial considerar os cuidados com os idosos. A era digital pode trazer benefícios para essa faixa etária, como o acesso a informações e a possibilidade de se conectar com familiares e amigos. No entanto, é necessário ter em mente que os idosos podem ter dificuldades em lidar com as novas tecnologias e é importante oferecer suporte e orientação para que eles possam aproveitar esses recursos de forma segura.

Conclusão

A era digital trouxe muitos benefícios para a sociedade, mas também apresenta desafios que bloqueiam o discernimento, o equilíbrio e os critérios. É importante aproveitar as vantagens da tecnologia, mas também estar ciente de seus riscos e tomar as decisões preventivas. Além disso, devemos valorizar o contato presencial, o calor humano e os relacionamentos afetivos, para não nos tornarmos escravos das redes sociais e da superficialidade das interações virtuais.

Feito com VideoToBlog

VALORIZEM A JÓIA QUE VOCÊ TEM

Texto: “O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do SENHOR” (Pv 18. 22).

 Contexto O Reino dos céus é semelhante ao homem negociante que busca boas pérolas; 46 e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a”. (Mt 13. 45).

INTRODUÇÃO

Uma pérola, também conhecida como margarita, é um material esférico e duro de origem orgânica, produzido por alguns moluscos. Ela é formada quando um corpo estranho invade o interior de uma ostra, penetrando em seu organismo. Geralmente, esse corpo estranho é um grão de areia que se aloja entre a casca da ostra e sua carne.

 

A pérola é valorizada e utilizada na produção de joias. As melhores pérolas são encontradas no Golfo Pérsico, também conhecidas como pérolas do oriente. Além disso, a extração também ocorre na Índia, Austrália e América Central. No Japão, as pérolas cultivadas são produzidas em grande quantidade.

Composição: carbonato de cálcio 84-92%, matéria orgânica 4-13% e água (e 3-4%).

1- A semelhança do reino dos céus

Na parábola tão simples e expressiva, Jesus compara o reino dos céus a uma pérola de grande valor, ensinando que aquele que a encontra e reconhece seu valor está disposto a vender tudo o que possui para adquiri-la. Simbolicamente, a Bíblia nos mostra o valor da família. O livro de Provérbios diz: "Quem encontra uma esposa encontra algo bom; recebeu a bênção do Senhor" (Provérbios 18.22). Bênção significa prazer, deleite, favor, boa vontade. "A mulher virtuosa, quem a encontrará? O seu valor ultrapassa em muito o das joias mais finas" (Provérbios 31.10). Paulo usa a família para falar sobre a relação de Cristo com a igreja. Quero aplicar essa parábola à família, pois ela é uma joia preciosa.

2 - O processo de formação de uma pérola.

O processo de formação de uma pérola é um símbolo de grande sabedoria, revelando o profundo conhecimento de Jesus sobre a pérola, sua formação e seu verdadeiro valor. Neste contexto, podemos observar alguns aspectos da formação de uma pérola, aplicados tanto a Cristo quanto à sua igreja ou à família.

A nova vida a dois pode trazer muita dor e sofrimento, mas é importante lembrar que após tudo isso vem a alegria. Como está escrito no Salmo 126.1 "Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, [Família] ficamos como quem sonha". Também encontramos no Salmo 30.5 "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã". 

E concluímos com o Salmo 126.2-6 "Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e, por isso, estamos alegres. Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aqueles que levam a preciosa semente, andando e chorando, voltarão, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos".

2.1 O homem pagou pela pérola. Jesus pagou com a sua vida pela igreja.

A história deixa claro que esse homem reconhecia o valor daquela pérola. Por isso, ele pagou o preço sem nunca se arrepender do investimento feito para adquiri-la.

2.2        Este homem estava disposto a sacrificar tudo para ter aquela pérola em suas mãos, brilhante como sua propriedade exclusiva e particular.

2.3        A pérola tornou-se sua propriedade exclusiva.

Na época de Jesus, as pérolas eram usadas para adornar as vestes dos monarcas, representando um símbolo de beleza e glória.

Hoje, em vários países, a pérola é utilizada na medicina com diferentes propósitos:

·         - Na China, a medicina tradicional utilizava exclusivamente a pérola virgem, não perfurada, acreditando que ela tinha a capacidade de curar todas as doenças oculares. Um provérbio chinês diz: "O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do SENHOR" (Pv 18. 22).

·         - Na medicina árabe, também se reconhecem virtudes na pérola. As pérolas queimadas eram usadas para tratar doenças cardíacas, problemas digestivos, doenças mentais e mau hálito.

·         Na árabe a medicina reconhece na pérola virtudes idênticas. As pérolas queimadas eram usadas nas doenças do coração, dificuldades digestivas, doenças mentais e mau hálito.

Mulheres de Jerusalém, eu sou morena, porém sou bela. Sou morena escura como as barracas do deserto, como as cortinas do palácio de Salomão. 6  Não fiquem me olhando assim por causa da minha cor, pois foi o sol que me queimou. Meus irmãos ficaram zangados comigo e me fizeram trabalhar nas plantações de uvas. Por isso, não tive tempo de cuidar de mim mesma” (Ct 1.5-6 “NTLH”). Para Salomão ela foi a Joia “pérola” de grande valor “Eis que és formosa, ó amiga minha, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas” (Ct  1. 15 “ARC”).

 

• O Japão é reconhecido como uma fonte de energia e cálcio.

• Na Grécia antiga, era associado ao amor e ao casamento.

• A união familiar é um dos símbolos mais importantes.

• A palavra "pérola" tem origem num termo sânscrito que significa "puro".

A pérola origina-se do sofrimento de uma ostra.

·         O que distingue a pérola das outras pedras preciosas é a forma como é criada. A pérola resulta da presença de um corpo estranho dentro de uma ostra. Pode ser um grão de areia, um ovo de molusco ou algum tipo de parasita. Eles penetram na ostra, ferindo sua carne e, lá dentro, causando sofrimento. Com o passar do tempo, essa partícula rejeitada se transforma numa pérola de grande valor.

·         No livro "Primeiros Socorros para um Casamento Ferido", Marilyn Phollipps partilha a história do seu casamento com o meu marido Michael, que foi salvo pelo poder de Jesus. Há alguns anos, estávamos à beira do divórcio e Michael estava a fazer planos para se casar com outra pessoa. Os conselheiros matrimoniais não nos davam esperança, o nosso pastor resignou-se ao facto de que o casamento estava morto, e outros crentes aconselhavam-nos a juntar os pedaços e seguir em frente com as nossas vidas.  (PHOLLIPPS). 

2.3        A formação da pérola é um processo lento. Da mesma forma, o processo de vida também se desenvolve lentamente.

2.4        Embora pequena, a pérola possui um valor inestimável.

O pequeno grão de areia que se aloja no interior da ostra pode parecer inicialmente sem perspetiva, mas o resultado é surpreendente. Jesus conhece as pérolas que forma e é importante limpar o interior para que o exterior se apresente limpo.

3-    Cuidados com a pérola.

As pérolas devem ser armazenadas separadamente das outras peças, envolvidas em tecido. Limpe-as com um pano húmido e evite produtos químicos domésticos, produtos capilares, cosméticos e perfumes, pois retiram o brilho das pérolas.

3.1 O processo de separação da pérola.

O processo de separação da pérola nos ensina sobre o trabalho de Deus em nossas vidas. Viver neste mundo requer vigilância, separação e muito esforço. A natureza pecaminosa travará uma luta constante com a natureza que herdamos de Deus, sendo um verdadeiro combate, por isso precisamos estar revestidos e atentos.

3.2 A pérola é gerada num ambiente corruptível.

A pérola habita numa massa de carne viva (seu cônjuge), porém corruptível. Sua beleza só pode ser realçada após ser retirada do local e limpa de toda a impureza produzida pelo ambiente onde foi gerada.

Muitas das vezes o lar que foi criada não foi o albiente agradavel.

À semelhança da pérola, o cônjuge ainda está recoberto por uma massa de carne corruptível e, para se tornar uma jóia preciosa para o adorno de um monarca, deve ser purificado, libertando-se das coisas mundanas.

Para isso, é necessário pedir orientação ao Espírito Santo para ajudar a prepará-lo(a) de forma a tornar-se um ornamento perfeito, assim como Deus elaborou Sua pérola desconhecida e oculta, fazendo-a brilhar.

CONCLUSÃO

O processo de formação de uma pérola pode durar de dez a cinquenta anos, sendo um processo longo e paciente. Talvez a maior pergunta que nos falta responder seja: em que parte do processo estamos nós? Como estão as nossas renúncias? Está o nosso coração pronto para deixar tudo para trás? Nunca esqueçamos que Jesus desceu às mais baixas profundezas para libertar a pérola de tudo o que a envolvia e fazer dela uma preciosidade (Efésios 4.9,10).


Bibliografia

PHOLLIPPS, M. (s.d.). Primeiro socorro para um casamento ferido. SP: Ed. Pompeia,

 

AMIZADE NO CASAMENTO

TEXTO:Tenham por todos os mesmo cuidados. Não sejam orgulhosos, mas aceitem serviços humildes. Que nenhum de vocês fique pensando que é sábio!; E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis, (Rm 12.16; 1Pd 3.8 “ARC”).


I - TER RESPEITO PELO OUTRO

O respeito mútuo é um elemento fundamental para fortalecer a amizade no casamento e manter um relacionamento saudável. A Bíblia nos orienta sobre como demonstrar respeito tanto para o marido quanto para a esposa.

a) Tratar bem a esposa: A Palavra de Deus exorta os maridos a tratarem bem suas esposas. Efésios 5.28 destaca a importância do amor do marido por sua esposa, equiparando-o ao amor pelo próprio corpo. Colossenses 3.19 complementa essa orientação, instruindo os maridos a amarem suas esposas e evitarem irritação contra elas.

b) Tratar bem o esposo: Da mesma forma, as esposas são instruídas a tratar bem seus esposos. Efésios 5.22 enfatiza a importância da submissão da esposa ao marido, como ao Senhor. Gênesis 3.16 também menciona a relação de submissão da mulher ao homem. A Bíblia destaca que a esposa deve obedecer ao marido, conforme Colossenses 3.18.

É importante ressaltar que o respeito mútuo no casamento é essencial para que as orações sejam ouvidas por Deus. 1 Pedro 3.7 adverte os maridos a tratarem suas esposas com cuidado e respeito, reconhecendo-as como o sexo mais frágil. O versículo continua enfatizando que, se não houver respeito, as orações podem ser impedidas.

1 Coríntios 7.14 ressalta ainda que a relação de respeito no casamento tem implicações até mesmo na santidade dos filhos, mostrando a importância do ambiente familiar para a vida espiritual da família.

Portanto, o respeito mútuo no casamento não apenas fortalece o relacionamento entre marido e esposa, mas também tem implicações espirituais significativas para toda a família.

 

II - A PRENDA A CUIDAR UM DO OUTRO

a) Faça sua parte: A Bíblia nos ensina a praticar a reciprocidade nas relações. Mateus 7.12 nos orienta a fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem por nós, pois essa é a essência da lei e dos profetas.

b) Valorize seu cônjuge como uma joia preciosa: Provérbios 18.22 nos mostra que encontrar uma esposa é uma bênção e um sinal do favor de Deus. Este versículo ressalta a importância e o valor da esposa na vida do marido. Cantares de Salomão 2.3 destaca o desejo e a doçura da presença do cônjuge amado.

c) Cuide de seu cônjuge em todas as áreas:

Sexualidade: 1 Coríntios 7.3-5 enfatiza a importância do cuidado mútuo e do respeito no contexto da intimidade conjugal. A passagem destaca a necessidade de consentimento mútuo e equilíbrio na vida sexual do casal, evitando a privação ou a exploração do outro. É importante observar as reclamações comuns feitas por esposas e maridos em relação à vida sexual, destacando a importância da comunicação e do equilíbrio emocional e espiritual nessa área.

Afeto e carinho: Provérbios 5.19 exorta os cônjuges a se deleitarem um no outro e a encontrarem atração mútua no amor. O carinho e afeição são aspectos essenciais para fortalecer o vínculo entre o casal.

Com os filhos: A Bíblia nos lembra da importância de cuidar e educar os filhos de maneira adequada. Salmos 127.3,5 ressalta que os filhos são herança de Deus e que é uma bênção tê-los. Provérbios 22.6 destaca a responsabilidade dos pais em instruir seus filhos no caminho correto, garantindo uma base sólida para sua vida futura.

Portanto, cuidar um do outro no casamento envolve respeito, valorização mútua, atenção às necessidades emocionais, físicas e espirituais do parceiro, bem como o cuidado e a responsabilidade na criação dos filhos. Esses aspectos são essenciais para fortalecer o vínculo matrimonial e manter um relacionamento saudável e amoroso.

 

III – PERDOAR UM AO OUTRO

O perdão mútuo desempenha um papel crucial na manutenção da saúde espiritual e emocional do casamento.

  • Cuidado contra a amargura: Hebreus 12.15 nos adverte a não permitir que a amargura se enraíze em nossos corações, pois ela pode causar perturbação e prejudicar muitos na vida espiritual. Devemos vigiar e cuidar uns dos outros para evitar que a amargura se estabeleça.
  • Prática do perdão: Lucas 6.37 nos ensina que devemos perdoar para sermos perdoados. Efésios 4.32 nos exorta a sermos benignos, misericordiosos e a perdoar uns aos outros, assim como Deus nos perdoou em Cristo. Colossenses 3.13 reforça a importância do perdão mútuo, destacando que devemos perdoar como o Senhor nos perdoou.

É essencial manter as linhas de comunicação abertas e estar disposto a assumir a responsabilidade por nossos erros. Pedir perdão e expressar amor são passos cruciais para restaurar a amizade e o relacionamento conjugal. Deus responde às nossas súplicas de perdão e restaura nossa comunhão quando humildemente confessamos nossos erros.

A disposição para reconhecer nossos erros, pedir perdão e buscar a restauração do relacionamento é fundamental para evitar conflitos e promover a harmonia no casamento. Devemos ser participantes ativos na prática do perdão mútuo, agindo de acordo com os princípios da Palavra de Deus.

CONCLUSÃO: Devemos ser praticantes da Palavra e não apenas ouvintes, como nos lembra Tiago 1.22. Assim, ao aplicarmos os ensinamentos bíblicos sobre o perdão e o cuidado mútuo em nosso casamento, estaremos fortalecendo nosso relacionamento e testemunhando o amor e a graça de Deus em nossas vidas.

 

CASAMENTO UM PLANO DE DEUS

Texto: Gênesis 2.23-25 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.

  INTRODUÇÃO

 
A instituição do casamento é uma parte fundamental do plano divino, concebido por Deus para suprir a necessidade humana de companheirismo e complementação. Segundo a narrativa bíblica, a mulher foi criada por Deus a partir de uma parte do homem, simbolizando a ideia de complementaridade entre ambos os sexos. O livro de Gênesis 2:18 expressa esse conceito ao afirmar que a mulher foi feita para ser uma companheira adequada para o homem, uma verdadeira parceira que complementa sua vida. O casamento é considerado sagrado e digno de honra, conforme ressaltado em Hebreus 13:4, onde é enfatizado que Deus julgará aqueles que violam a santidade do matrimônio.

CASAMENTO

A - Conceito: O casamento é uma parceria em que os parceiros compartilham valores semelhantes e se esforçam para se complementarem mutuamente. É mais do que uma simples união física; é uma comunhão plena entre duas pessoas. A passagem de Gênesis 2:24 destaca essa união, afirmando que o homem deixará seus pais para se unir à sua esposa, tornando-se uma só carne. A santidade do casamento é enfatizada em Efésios 5:31, que adverte contra a imoralidade e a avareza entre os crentes.

B - Origem: O primeiro casamento foi instituído por Deus no jardim do Éden, no início da criação. Ao ver o homem solitário no esplendor do Éden, Deus reconheceu que não era bom que o homem estivesse só e decidiu criar uma ajudadora adequada para ele. Assim, Ele formou a mulher e a apresentou ao homem como sua companheira. Essa união matrimonial é vista como a base da família, que é ampliada pela chegada dos filhos.

 AS BASES DO CASAMENTO (Gênesis 2.24-25)

No plano original de Deus, encontramos quatro pilares fundamentais que são essenciais para a construção de um casamento feliz. Cada um desses pilares é vital para garantir harmonia e felicidade na união matrimonial.

A primeira coluna é o "deixar" - conforme descrito em Gênesis 2.24: "Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe". Para que o novo relacionamento matrimonial prospere, é necessário um desprendimento emocional por parte dos cônjuges. É fundamental que tanto o homem quanto a mulher cortem os laços de dependência emocional com seus pais.

A segunda coluna é a "união" - como diz o versículo: "e se unirá à sua mulher". Aqui, a palavra "unir" denota a ideia de cimentar, indicando a natureza permanente do casamento. Os dois se tornam uma só carne, o que significa uma união indivisível, espiritual, mental, emocional e física. O casamento é concebido como uma instituição permanente aos olhos de Deus, até que a morte os separe.

A terceira coluna é "uma só carne" - esta expressão refere-se à intimidade sexual entre marido e mulher. O casamento é não apenas um compromisso legal, mas também um pacto espiritual e físico. A consumação do casamento acontece na cama, através do ato conjugal, que é reservado exclusivamente para o casal que se "deixou" e se uniu através dos laços matrimoniais sagrados.

A Bíblia descreve este ato em Gênesis 4.1: "e conheceu Adão a Eva, sua mulher". Aqui, o termo "conhecer" vai além do aspecto físico, envolvendo também aspectos emocionais, mentais e espirituais.

A quarta coluna é a "intimidade" - conforme o versículo: "E estavam ambos nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam". A intimidade é a chave para um amor duradouro e verdadeiro. No entanto, antes de alcançar essa intimidade, o casal deve seguir a ordem estabelecida por Deus: "deixar", "unir-se" e "tornar-se". Essa sequência é essencial e não deve ser alterada.

 IV AS TRÊS FASES DO CASAMENTO

A - Encantamento: Na fase do encantamento, o casal experimenta uma sensação de estar nas nuvens, onde tudo é romântico, fascinante e idealizado. Existe uma adoração e admiração mútua, e o relacionamento parece perfeito.

B – Desilusão: Esta fase é uma das mais difíceis no casamento e é onde ocorrem a maioria das separações e divórcios. Durante esse período, muitos casais começam a enxergar as imperfeições que não foram percebidas durante o namoro e noivado. Surgem decepções, irritações, amarguras, cobranças, ofensas e um desconforto significativo no lar.

C – Maturidade: Os casais que conseguem alcançar esta fase são aqueles que se comprometem com os votos matrimoniais até que a morte os separe. Nesta fase, há uma consciência da realidade, as necessidades são atendidas mutuamente e existe disponibilidade para ajudar, encorajar, confortar, expressar gratidão e promover o crescimento conjunto.

Caro casal, em que fase se encontram atualmente? Talvez estejam a enfrentar um período de desilusão na vossa relação. Entretanto, é importante refletir sobre essa fase e considerar como superá-la. Sugiro que cada um de vocês, tanto como indivíduos quanto como casal, compartilhem suas perspectivas e ofereçam sugestões para lidar com os desafios presentes. Em seguida, dialoguem e trabalhem juntos para fortalecer o relacionamento e alcançar a maturidade conjugal.

V - VERDADES ACERCA DO CASAMENTO

1 - A IDEIA DE HOMEM E MULHER FOI DE DEUS (Gênesis 1.27): Deus criou o Homem e a Mulher conforme seus propósitos pessoais (Gn 1.27), demonstrando seu amor criativo e surpreendente. Essa diversidade de gênero foi projetada para enriquecer a vida e evitar a monotonia de um mundo com um único sexo.


2 - O CASAMENTO ALIVIA A SOLIDÃO: Deus percebeu que não era bom que o Homem estivesse só e criou a Mulher como companheira adequada para ele, tanto espiritual, intelectual, emocional quanto fisicamente (Gn 2.18). O propósito do casamento é aliviar a solidão fundamental que todo ser humano experimenta. O casamento é uma instituição criada por Deus para aliviar a solidão do ser humano. A Bíblia nos ensina que Deus percebeu que não era bom que o Homem estivesse só, e por isso criou a Mulher como companheira adequada para ele. Essa parceria é completa, abrangendo aspectos espirituais, intelectuais, emocionais e físicos.

O propósito do casamento vai além da simples união de duas pessoas. Ele tem a função de suprir a solidão fundamental que todo ser humano experimenta em algum momento da vida. A presença de um parceiro amoroso e comprometido pode trazer consolo, companheirismo e apoio nos momentos difíceis, tornando a jornada da vida mais leve e significativa.

Portanto, o casamento é uma dádiva que visa proporcionar a cada cônjuge uma fonte de amor, cuidado e companheirismo, contribuindo para a redução da solidão e o fortalecimento mútuo. É um compromisso sagrado que, quando vivido com amor e respeito, pode trazer grande satisfação e plenitude para ambos os parceiros.

3 - O CASAMENTO PROPORCIONA FELICIDADE: Adão, ao encontrar Eva, expressou alegria e surpresa, reconhecendo-a como complemento perfeito para ele (Gn 2.23). O casamento foi destinado a trazer alegria e felicidade, um design que permanece inalterado. Este encontro de Adão e Eva simboliza a união e a complementaridade entre homem e mulher, uma parceria que visa à felicidade mútua e ao crescimento conjunto. A alegria de encontrarem-se um ao outro mostra a importância de compartilhar a vida com alguém que nos completa e nos faz mais felizes. Assim, o casamento continua a ser um símbolo de amor, companheirismo e alegria, mantendo-se como um dos pilares da sociedade e da realização pessoal. FELICIDADE E NÃO TRISTEZA E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada (Gn 2.23).

Ao primeiro encontro com Eva, Adão deve ter se expressado com grande surpresa e alegria. Ah! Finalmente tenho alguém semelhante a mim! E palpando-a concluiu é “osso dos meus ossos e carne da minha carne”. E certamente ele fez uma declaração de amor com estas palavras: encontrei finalmente aquela, que pode completar-me que enche a minha solidão, que me será tão cara quanto a minha própria carne. Ela é linda! E perfeitamente adequada para mim. “É tudo que preciso”.

O casamento foi destinado a proporcionar-mos alegria, felicidade, e o designo de Deus nunca mudou.

4 - O CASAMENTO REQUER PRIORIDADE: O vínculo matrimonial requer o abandono de todos os outros relacionamentos, tornando o casamento a prioridade máxima na vida do casal - (Gênesis 2.24).

Nada deve ser mais importante do que o compromisso um com o outro, seja profissão, dinheiro, amigos, ou qualquer outra coisa. O casamento deve ser honrado e priorizado acima de tudo (1Co 7:3, 33).

O homem deve cumprir o seu dever como marido, e a mulher também deve cumprir o seu dever como esposa”. (1Co 7:3 “NTLH”), “mas um homem casado não pode fazer isso tão bem; ele precisar pensar em suar responsabilidades aqui na terra e em como agradar a esposa” (1Co 7:33 “BV”). A profissão, o dinheiro os velhos amigos, o esporte, a televisão, os pais, enfim, nada deve ser mais importante do que seu casamento.


VI-TIPOS DE CASAMENTOS

A - CASAMENTOS MORTOS: São aqueles em que ambos os cônjuges estão legalmente casados e vivem sob o mesmo teto, mas não compartilham uma vida em comum. Esses casais estão emocional, física, intelectual e espiritualmente distantes, como ilustrado na seguinte carta:

"Todos os casamentos perdem a graça depois de 25 anos? Isso acontece conosco. Meu marido e eu não temos muito sobre o que conversar. Costumávamos falar sobre nossos filhos, mas eles agora cresceram e foram embora e ficamos sem assunto. Não tenho grandes queixas, mas o antigo entusiasmo se foi. Assistimos muito à televisão e lemos, temos amigos, mas quando ficamos sozinhos, a monotonia se instala. Nós até dormimos em quartos separados agora."

Embora esses casamentos possam parecer sem esperança, eles podem ser ressuscitados.

B - CASAMENTOS EM CRISE: Nesses casamentos, não há mais respeito mútuo e a comunicação é praticamente inexistente. Os conflitos são constantes e não resolvidos, acumulando-se ao longo do tempo. Embora conflitos sejam inevitáveis em qualquer relacionamento, quando não são resolvidos com amor e prontamente, podem se tornar graves problemas. Para esses casamentos, a prescrição eficaz está contida nestas três frases: "Estou errado(a), por favor, me perdoe, amo você!" (Efésios 4.23, 26; Colossenses 3.13-14). Essas atitudes são essenciais para restaurar a comunicação, o respeito e o amor no casamento, fortalecendo os vínculos de união e perdão mútuo.

C - CASAMENTOS INFIEIS: São aqueles em que um ou ambos os cônjuges têm um relacionamento extraconjugal, mesmo vivendo juntos. Geralmente, isso ocorre quando as necessidades básicas do casamento, como carinho, atenção, comunicação e amor, não são atendidas pelo parceiro. Surge então o "mito da grama verde", em que um dos cônjuges começa a enxergar apenas as qualidades do outro parceiro, iludindo-se de que a felicidade está em outro lugar. No entanto, o livro de Provérbios nos aconselha a afastar-nos do adultério, pois ele traz destruição sexual, espiritual e social (Provérbios 5.15). Devemos valorizar nossa própria fonte de amor e fidelidade.

D - CASAMENTOS FELIZES: Embora não exista um casamento perfeito, pois não há pessoas perfeitas, é possível alcançar um casamento feliz. Isso requer um objetivo realista de aprender a desenvolver um relacionamento positivo e amoroso duradouro. Os casais felizes estão dispostos a se esforçar deliberada e inteligentemente para cultivar a intimidade e manter o amor ao longo da vida, mesmo diante das imperfeições e desafios do relacionamento.

Concluindo este estudo, é evidente que todo casamento requer uma manifestação diária de carinho, atenção, comunicação e amor. A chave para um casamento duradouro e feliz está em descobrir e suprir as necessidades do cônjuge. Que esta reflexão não apenas ajude a manter seu casamento, mas também fortaleça a união entre você e seu cônjuge, tornando-a mais bela a cada dia que passa. Que o amor e o cuidado mútuos sejam a base sólida sobre a qual vocês constroem sua vida juntos.