Mostrando postagens com marcador ESTUDO PARA FAMÍLIA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ESTUDO PARA FAMÍLIA. Mostrar todas as postagens

Vozes em Conflito: O Que Diz a Sociedade vs. O Que Diz a Bíblia sobre Amor e Casamento

 

Homem pregando

"Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."

Romanos 12:2 (NVI)

Introdução

Vivemos em um tempo onde os conselhos sobre amor e casamento estão por toda parte. A mídia, as redes sociais, os filmes e até os conselhos populares nos dizem como devemos amar, com quem casar, quando desistir e como buscar felicidade. Porém, essas vozes nem sempre estão alinhadas com os princípios bíblicos.

A confusão nasce quando aceitamos como verdade aquilo que é apenas cultura — e não Escritura. A sociedade valoriza sentimentos passageiros; Deus valoriza compromissos duradouros. A sociedade prioriza o “eu”; a Bíblia nos chama ao “nós”. Este capítulo é um convite à reflexão: com qual voz estamos caminhando em nosso casamento?

1. A Diferença de Origem: Sentimento ou Escolha?

A sociedade diz:Case com quem você ama.”
A Bíblia diz: “Ame com quem você casou.”

O amor que o mundo exalta é muitas vezes superficial, baseado em química, atração e conveniência. Mas a Bíblia apresenta o amor como uma decisão madura e sacrificial, como vemos em Efésios 5:25:

"Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela."

Efésios 5:25 (NVI)

O casamento bíblico não sobrevive de paixão, mas de propósito. É no compromisso de amar, mesmo sem vontade, que nasce o verdadeiro amor.

2. O Foco: Encontrar a Pessoa Certa ou Ser a Pessoa Certa?

A sociedade diz: “Encontre a pessoa certa e você será feliz.”
A Bíblia diz: “Torne-se a pessoa certa e você será feliz.”

O discurso social gira em torno da satisfação individual. Já a Palavra nos chama à autotransformação. Em vez de buscar alguém que atenda às nossas expectativas, somos chamados a sermos moldados por Deus para amar bem.

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida."

Provérbios 4:23 (ARC)

3. Quando o Amor Enfrenta Dificuldades

A sociedade diz: “Se está difícil, vá embora.”
A Bíblia diz: “Quando estiver difícil, apoiem-se em Deus e um no outro.”

Crises são parte da jornada conjugal. Mas o mundo prega o descarte; Deus oferece restauração. O amor cristão resiste, perdoa, recomeça.

"Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo."

Gálatas 6:2 (NVT)

4. A Fonte da Verdadeira Felicidade

A sociedade diz:Busque sua felicidade.”
A Bíblia diz: “Busque a Deus, e a felicidade te encontrará.”

A realização no casamento não vem de exigências emocionais constantes, mas da centralidade de Deus no relacionamento. Quando os dois buscam a Deus, a alegria conjugal é consequência, não causa.

"Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas."

Mateus 6:33 (NVI)

Conclusão: Ainda Há Tempo

O que o mundo ensina parece fácil, confortável, lógico — mas, muitas vezes, é raso e destrutivo. O que Deus propõe é desafiador, exige renúncia e humildade — mas é real e duradouro.

Se você já trilhou caminhos errados, há esperança. O casamento pode ser restaurado, a visão pode ser renovada, e o amor pode ser reensinado. A promessa de Deus é que Ele faz tudo novo (Ap 21:5). A escolha está em suas mãos.

Perguntas para Autoavaliação

1.    Tenho guiado minha vida conjugal pelos valores da sociedade ou pelos princípios da Palavra?

2.    Tenho esperado que meu cônjuge me faça feliz ou estou buscando me tornar alguém melhor para ele(a)?

3.    Como reajo diante das dificuldades do casamento: com fuga ou com compromisso?

4.    Qual é a minha fonte de felicidade no casamento — Deus ou expectativas humanas?

5.    O que posso mudar hoje para alinhar minha vida conjugal com a vontade de Deus?

Referências bibliográficas

·         BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução Almeida Revista e Corrigida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

·         BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.

·         CHAPMAN, Gary. As cinco linguagens do amor: como expressar um compromisso de amor a seu cônjuge. São Paulo: Mundo Cristão, 2019.

·         HANNS, Luiz. A equação do casamento: o que pode (ou não) dar certo na vida a dois. São Paulo: Objetiva, 2015.

Amor Maduro: A Escolha de Permanecer

 


"Acima de tudo, revistam-se do amor, que é o elo perfeito."
Colossenses 3:14 (NVI)

Introdução

Muitos casais iniciam o matrimônio com expectativas moldadas por filmes românticos, novelas e idealizações intensas. Paixão à flor da pele, noites ardentes e olhares apaixonados são, sim, partes encantadoras do começo. Mas o que sustenta um casamento ao longo do tempo não é o encantamento dos primeiros meses — é a escolha contínua de permanecer, mesmo nos dias difíceis.

Neste capítulo, exploramos o conceito de amor maduro, uma construção emocional e espiritual que vai além da estética do romance. Amor maduro não ignora as crises — ele aprende a conviver com elas. Não foge do conflito — ele o enfrenta com maturidade. Não busca perfeição — valoriza o que realmente importa.

1. O Início Apaixonado: Bonito, Mas Superficial

O início de um relacionamento costuma ser marcado pela idealização. O outro é visto com lentes amplificadoras do encanto. Pequenos defeitos parecem charmosos, os ruídos da convivência são abafados pelo entusiasmo da novidade.

Essa fase — natural e saudável — é como o rótulo bonito de uma garrafa preciosa. Chama a atenção, mas ainda não revela a profundidade do conteúdo. De acordo com o psicólogo Luiz Hanns (2015), essa primeira fase é conduzida mais por dopaminas do que por decisões. É intensa, mas instável.

"O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha."
1 Coríntios 13:4 (NVI)

2. A Convivência: O Desafio Real da Relação

Com o tempo, a paixão diminui, a rotina se instala e os defeitos aparecem. A mesma risada que encantava pode começar a irritar. O comportamento antes visto como “autêntico” passa a ser visto como “egoísta”. Isso não significa que o amor acabou, mas que a fase de convivência real começou.

Nesse ponto, muitos casais se perguntam: “Será que escolhi a pessoa certa?”. A resposta, segundo o terapeuta Ivan Capelatto (2021), não está em encontrar o parceiro ideal, mas em aprender a lidar com o realismo das relações imperfeitas, inclusive dentro de nós mesmos.

3. Permanecer: Quando o Amor Vira Escolha

O verdadeiro casamento se revela quando os sentimentos oscilam, mas a decisão de permanecer se mantém. Quando o fogo da paixão diminui, mas a memória do que foi construído mantém acesa a chama do compromisso.

É aqui que o amor atinge sua forma mais nobre: o amor que se torna adulto. Aquele que se recorda dos momentos de superação, das mãos dadas na dor, das lágrimas enxugadas em silêncio. Aquele amor que honra a história construída a dois.

"Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor recompensa pelo seu trabalho. Porque, se caírem, um levanta o companheiro."
Eclesiastes 4:9-10a (ARC)

4. Amor Maduro: A Única Estrada Duradoura

Quem vive preso às falhas do outro se torna prisioneiro da frustração. Mas quem aprende a olhar com graça e memória — vê sentido onde muitos desistiriam. A longevidade conjugal não está em evitar falhas, mas em cultivar gratidão, perdão e reconstrução.

Como ensina a educadora brasileira Içami Tiba (2013), “casamentos duradouros não são isentos de conflitos; são movidos pela capacidade de administrá-los com respeito e amor.” O amor maduro é como uma casa que passou por reformas, tempestades e ajustes — mas permanece firme porque tem alicerce.

Conclusão: Uma Escolha Diária

O casamento não é uma sequência de beijos e sussurros. É uma jornada feita de escolhas diárias, muitas vezes silenciosas e discretas, mas profundamente significativas. Permanecer nem sempre é fácil, mas é uma decisão corajosa.

O amor maduro é para quem cresceu, para quem entendeu que amar não é se emocionar sempre, mas se comprometer com o que se construiu. E mesmo quando o corpo envelhece e os ritmos mudam, o que resta é o valor do caminho trilhado juntos.

Perguntas para Autoavaliação

1.    Eu tenho idealizado meu casamento ou lidado com ele de forma realista?

2.    Costumo lembrar das coisas boas que vivemos ou me prendo aos defeitos?

3.    Em momentos de crise, minha tendência é fugir ou lutar pelo relacionamento?

4.    Tenho valorizado o que construímos ou só enxergo o que falta?

5.    O que posso fazer ainda hoje para cultivar o amor maduro em meu casamento?

Referências bibliográficas

·         HANNS, Luiz. A equação do casamento: o que pode (ou não) dar certo na vida a dois. São Paulo: Objetiva, 2015.

·         NVI. Bíblia Sagrada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.

·         TIBA, Içami. Quem ama, educa!. São Paulo: Integrare Editora, 2013.

 "amor maduro", "escolha de permanecer", "relacionamentos duradouros".

Sete Lições de Vida Aprendidas com a Tragédia

Na jornada de Juliana


"Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio"
Salmos 90:12 (ARA)

Introdução

Algumas tragédias não apenas comovem — elas falam. A morte inesperada da jovem brasileira Juliana Martins, durante uma trilha no vulcão Marapi, na Indonésia, deixou uma nação em luto. Mais do que comoção, a história gerou um convite à reflexão: Estamos caminhando com sabedoria?

Em meio à dor, surgem lições valiosas que transcendem o contexto do acidente. Elas falam sobre escolhas, responsabilidade, liderança, tempo e amor. Este capítulo convida o leitor a olhar para a própria caminhada com mais consciência e reverência pela vida. Que essas sete lições possam marcar sua jornada com discernimento e sensatez.

1. Não Ande Sozinho

A vida é uma travessia que não deve ser feita em solidão. Na jornada de Juliana, a ausência de uma rede sólida de apoio no momento crítico foi determinante. E na nossa?

Estar sozinho nos fragiliza. A Bíblia nos lembra:

"Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro."
Eclesiastes 4:9-10 (ARC)

Ter companhia é ter segurança. É ter alguém que observa, cuida e estende a mão. Nenhuma montanha é segura demais para dispensar apoio — nem a vida.

2. Se Você Lidera, Não Deixe Ninguém Para Trás

Ser líder não é ser o mais rápido, mas o mais responsável. Liderar é garantir que todos cheguem ao destino, mesmo que em ritmos diferentes.

Jesus, o maior exemplo de liderança servidora, ensina:

"O maior entre vocês deverá ser servo."
Mateus 23:11 (NVI)

O verdadeiro guia espera, cuida e volta se for preciso. Lembra que liderança não é exibição, mas responsabilidade.

3. O Tempo Pode Ser Fatal

Durante a tragédia, o tempo de socorro foi decisivo. Na vida, muitas situações exigem ação imediata. Há decisões que não podem ser adiadas. Há respostas que não podem esperar.

"Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que produzirá o dia."
Provérbios 27:1 (ARC)

Deixar para depois pode custar oportunidades — ou vidas. O tempo pode ser aliado, mas também juiz. Use-o com sabedoria.

4. Saber Parar é Sabedoria

Prosseguir sem avaliar riscos pode ser destrutivo. Saber recuar, repensar ou até desistir é um ato de inteligência, não de covardia. Coragem não é impulsividade.

"O prudente vê o perigo e busca refúgio, mas o inexperiente segue em frente e sofre as consequências."
Provérbios 22:3 (NVI)

Nem toda porta aberta deve ser atravessada. Parar pode ser a mais corajosa das decisões.

5. Se Alguém Faltou, Volte

Sentiu falta de alguém na caminhada? Volte. A jornada não é sobre vencer sozinho, mas sobre chegar juntos. A ausência de um pode comprometer a vitória de todos.

"Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo."
Gálatas 6:2 (ARC)

Solidariedade é sinal de maturidade. É responsabilidade coletiva. Não avance ignorando quem ficou para trás.

6. Respeite Seus Limites

Desconsiderar os próprios limites é desonrar a vida. Juliana era jovem, sonhadora e aventureira, mas talvez não estivesse plenamente preparada para o desafio que enfrentou.

Na vida, é necessário conhecer e respeitar o que o corpo e a mente suportam.

"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém."
1 Coríntios 6:12 (NVI)

Preparo, conhecimento e autoconhecimento evitam tragédias evitáveis.

7. Nem Toda Experiência Vale o Risco

Buscar o extraordinário é nobre, mas o custo não pode ser a vida. Antes de se lançar a uma aventura, pense em quem espera por você. Emoção momentânea não pode valer mais do que o dom da vida.

"Os sábios são cautelosos e evitam o mal, mas os tolos são impetuosos e imprudentes."
Provérbios 14:16 (NVI)

Escolha viver com intensidade, mas também com responsabilidade.

Conclusão

Tragédias não precisam ser em vão. Podem se transformar em alertas que salvam outros. Que a história de Juliana sirva de marco para escolhas mais conscientes, trajetórias mais responsáveis e decisões mais sensatas.

Não espere que a vida grite para aprender. Ouça os sussurros da prudência, os conselhos da sabedoria e os chamados do cuidado. Viva, sim — mas com responsabilidade.

Perguntas para Autoavaliação

1.     Tenho trilhado minha vida de forma solitária ou cercado de pessoas confiáveis?

2.     Tenho sido um líder atento ao ritmo dos que caminham comigo?

3.     Em quais situações ignorei o tempo e perdi oportunidades?

4.     Tenho a sabedoria de parar quando percebo riscos?

5.     Tenho voltado para resgatar quem ficou para trás?

6.     Reconheço e respeito meus próprios limites?

7.     Em minha busca por experiências intensas, tenho lembrado do valor da vida?

Referências bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução Nova Versão Internacional. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução Almeida Revista e Corrigida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

CAPELATTO, Ivan. Traumas invisíveis: como reconhecer e curar feridas emocionais. São Paulo: Planeta, 2021.

HANNS, Luiz. A equação do casamento: o que pode (ou não) dar certo na vida a dois. São Paulo: Objetiva, 2015.

  

Desejo, Intimidade e Responsabilidade: O Sexo como Vínculo no Casamento

 


Prefere ouvir o conteúdo?
...

"O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e da mesma forma a esposa ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Do mesmo modo, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a esposa."
1 Coríntios 7:3-4 (NVI)


Introdução

A intimidade sexual dentro do casamento é mais do que um ato físico — é expressão de afeto, vínculo e compromisso. Ainda assim, muitos casais enfrentam períodos de frieza sexual, e o problema muitas vezes é tratado com descaso ou como algo “normal” da rotina. Contudo, a ausência contínua de desejo e de contato íntimo é, na maioria das vezes, um sintoma de que algo mais profundo está adoecendo no relacionamento.

Este capítulo trata sobre a responsabilidade mútua na área da intimidade conjugal, com uma abordagem honesta e prática. A perda do desejo pode até ser natural em alguns momentos, mas ignorar a necessidade do cônjuge é sinal de negligência, e não de maturidade emocional.


1. Quando o Desejo Some, a Vontade Deve Entrar em Cena

É comum que em determinadas fases da vida — seja por estresse, maternidade/paternidade, cansaço físico ou mental — o desejo sexual diminua. No entanto, isso não significa que o relacionamento deva parar de priorizar o vínculo íntimo. Em momentos assim, a disposição precisa ocupar o lugar do tesão.

Como ensina Gary Chapman (2019), amor é também uma decisão: escolher se doar, mesmo quando as emoções oscilam. A intimidade no casamento é alimentada tanto por sentimentos quanto por atitudes.


2. Descompasso de Desejo: Respeito Mútuo ou Negligência Velada?

É natural que os cônjuges tenham ritmos diferentes de desejo sexual. O problema começa quando um usa sua baixa libido como desculpa para simplesmente ignorar o outro. Isso pode gerar sentimentos de rejeição, abandono e até afetar a autoestima do parceiro.

A terapeuta de casais e sexóloga brasileira Ana Canosa (2019) afirma que o desejo pode ser reativado quando existe conexão emocional e intencionalidade. Evitar o assunto, por outro lado, só aumenta a distância entre o casal.

"Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete são fora do corpo; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo."
1 Coríntios 6:18 (NVI)


3. A Negligência Silenciosa e o Desgaste Progressivo

A rotina corrida, o cansaço e as tarefas acumuladas frequentemente servem de muleta emocional para justificar o esfriamento conjugal. Mulheres sobrecarregadas com filhos, casa e trabalho; homens imersos em cobranças financeiras e pressões profissionais. Tudo isso é real, mas quando passa a justificar o abandono da vida íntima, estamos diante de um problema.

Regina Navarro Lins (2012) explica que o desejo sexual exige investimento emocional, tempo e presença consciente. Um casal que apenas "sobrevive" junto pode estar emocionalmente divorciado sem nem perceber.


4. Sexo como Vínculo e Alimento

O sexo não é apenas prazer. É também reafirmação da identidade de homem e mulher, do compromisso mútuo e do amor exclusivo. Quando deixado de lado, o casal corre o risco de transformar o casamento em uma mera sociedade funcional, marcada por obrigações, mas sem paixão.

Dentro do projeto de Deus para o matrimônio, o sexo é mais do que legítimo — é necessário. Ele une, restaura, alivia tensões, cria memórias afetivas e fortalece o vínculo.

"Sejam todos respeitáveis no matrimônio e o leito conjugal seja conservado puro, pois Deus julgará os imorais e os adúlteros."
Hebreus 13:4 (NAA)


Conclusão: A Intimidade Como Escolha e Construção Diária

O esfriamento sexual no casamento não deve ser naturalizado. Ele é um alerta — não uma sentença. Quem ama precisa agir com responsabilidade afetiva. Muitas vezes, será preciso abrir mão do comodismo, do orgulho e da indiferença para resgatar a conexão conjugal.

Nem sempre o desejo virá com facilidade, mas a disposição em cuidar da intimidade pode ser o primeiro passo. Casamento sem sexo, quando isso não é fruto de acordo mútuo e temporário, é uma sociedade fragilizada emocionalmente.


Perguntas para Autoavaliação

  1. Tenho demonstrado intencionalidade em manter a intimidade no meu casamento?

  2. Tenho escutado e considerado os desejos e necessidades do meu cônjuge?

  3. Tenho usado desculpas para evitar conversas e iniciativas nessa área?

  4. Estou disposto(a) a trabalhar intencionalmente para melhorar minha vida íntima?

  5. Que mudanças práticas posso implementar ainda nesta semana?


Referências Bibliográficas 

  • CANOSA, Ana. Sexualidade e relacionamento: o que os pais precisam saber para orientar seus filhos. São Paulo: Planeta, 2019.

  • CHAPMAN, Gary. As cinco linguagens do amor: como expressar um compromisso de amor a seu cônjuge. São Paulo: Mundo Cristão, 2019.

  • LINS, Regina Navarro. O livro do amor: novas formas de amar. São Paulo: BestBolso, 2012.

  • NVI. Bíblia Sagrada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.

O PAPEL DE CADA UM NO CASAMENTO




Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela” (Efésios 5:25, NVI).

 “Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela” (Efésios 5:25, NVI).

Introdução: 

A Beleza das Diferenças no Casamento

No coração de todo casamento está a união de duas pessoas únicas, cada uma com suas características, necessidades e formas de enxergar o mundo. Homens e mulheres, como peças de um quebra-cabeça, são diferentes, mas projetados para se encaixarem de forma harmoniosa. No entanto, essas diferenças podem gerar conflitos ou se tornar a base para um relacionamento profundo e enriquecedor. Como marido e esposa podem transformar suas singularidades em forças complementares? Neste artigo, exploraremos o papel de cada um no casamento, com base em princípios bíblicos e percepções psicológicos, para construir um lar onde reine a paz, o respeito e o amor.

As Diferenças que Nos Unem

O Herói e a Rainha: Papéis Complementares

O homem, muitas vezes, encontra seu propósito em proteger, prover e liderar com coragem. Ele é movido pelo desejo de ser um “herói” – não no sentido de superpoderes, mas de ser confiável e respeitado. Estudos, como os do psicólogo brasileiro Augusto Cury, destacam que o homem tende a se sentir valorizado quando suas ações são reconhecidas e admiradas (Cury, 2018). Por outro lado, a mulher, comparada a uma “rainha”, busca ser tratada com cuidado e prioridade. Ela floresce quando sente que suas emoções são validadas e que ocupa um lugar central na vida do esposo.

Imagine que o marido chega em casa após um dia exaustivo e a esposa compartilha suas preocupações. Ele, por instinto, pode querer “resolver” o problema com soluções práticas. Ela, porém, talvez só queira ser ouvida. Um casamento saudável surge quando ele aprende a escutar ativamente, e ela reconhece o esforço dele em prover estabilidade.

 Reconhecimento x Validação Emocional

Enquanto o homem busca reconhecimento por suas conquistas – seja no trabalho, na liderança do lar ou em pequenos gestos –, a mulher anseia por validação emocional. Segundo a terapeuta familiar brasileira Margareth Reis, a comunicação no casamento é mais eficaz quando ambos entendem que “o homem se expressa mais pelas ações, e a mulher, pelas palavras” (Reis, 2020). Validar os sentimentos dela não significa concordar com tudo, mas mostrar que eles são importantes. Da mesma forma, honrar o marido é reconhecer seu esforço, mesmo quando os resultados não são perfeitos.

Quando o marido conserta algo em casa, a esposa pode dizer: “Nossa, você é incrível por cuidar tão bem de nós!” Esse elogio reforça sua autoestima. Já quando ela está ansiosa, ele pode dizer: “Entendo que você está preocupada, vamos conversar sobre isso.” Essa atitude a faz sentir-se segura.

Liderança Amorosa e Comunicação Aberta

Um lar saudável depende de uma liderança sábia e amorosa por parte do marido e de uma comunicação livre e respeitosa por parte da esposa. O versículo de Efésios 5:25 nos lembra que a liderança masculina deve espelhar o amor sacrificial de Cristo. Isso significa priorizar o bem-estar da esposa e do lar, mesmo que isso exija sacrifícios. Para a esposa, expressar-se com clareza e liberdade fortalece a conexão emocional.

Um casal pode reservar um momento semanal para conversar abertamente, sem interrupções. Ele pode compartilhar seus desafios como líder do lar, e ela, seus sentimentos e sonhos. Essa prática fortalece a confiança mútua e evita mal-entendidos.

 Honra e Prioridade: A Chave para Florescer

O homem prospera quando é respeitado – seja por suas decisões, seu trabalho ou sua dedicação. A mulher, por sua vez, se sente plena quando é prioridade no coração e na rotina do marido. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) sobre relacionamentos duradouros aponta que casais que praticam gestos diários de atenção mútua – como reservar tempo de qualidade ou expressar gratidão – têm maior satisfação conjugal (Silva, 2022).

 Ele pode planejar uma noite especial para o casal, mostrando que ela é prioridade. Ela, por sua vez, pode expressar admiração pelo esforço dele no trabalho, reforçando sua honra.

Encontrando Força na Complementaridade

Casamento: Uma Aventura que Vale a Pena Viver

 

Casamento: Uma Aventura que Vale a Pena Viver


Por mais romântico que o casamento pareça no início, a realidade logo mostra que essa união é, na verdade, uma jornada cheia de desafios, descobertas e crescimento. Em “Casamento: Uma Jornada de Aventura”, o pastor Heliton de Andrade nos convida a enxergar o casamento não como um destino, mas como uma estrada a ser percorrida com coragem, fé e propósito.

O Mito do "Felizes Para Sempre"

Um dos principais alertas do autor é contra a ilusão de que o casamento é um conto de fadas moderno. Ao invés de esperar por perfeição e conforto contínuo, os casais precisam entender que conflitos, crises e mudanças fazem parte da trajetória. Encarar o casamento como uma aventura ajuda a lidar com as surpresas inevitáveis que surgem no caminho.

O Amor como Decisão

O livro reforça que amor vai muito além de sentimentos. Amar é decidir diariamente permanecer, perdoar, dialogar e construir juntos. Em tempos onde relacionamentos são descartáveis, Heliton defende que o verdadeiro amor se revela nas pequenas escolhas do dia a dia — como manter o respeito mesmo nas diferenças, cultivar a amizade e buscar o bem do outro, mesmo quando o coração se cansa.

Três Fundamentos de um Casamento Saudável

O autor propõe três pilares essenciais para um relacionamento conjugal duradouro:

1. Aliança e Compromisso: Casamento não é um contrato que pode ser rasgado, mas uma aliança feita diante de Deus. Esse compromisso deve ser honrado mesmo nas fases difíceis.

2. Comunicação Clara e Afetuosa: Muitos casais adoecem por não saber dialogar. Falar com amor, ouvir com empatia e aprender a expressar sentimentos são atitudes que fortalecem os laços.

3. Espiritualidade no Centro: Um casal que caminha com Deus caminha junto. A oração em comum, a leitura bíblica e o envolvimento com a comunidade de fé são práticas que renovam o relacionamento.

Enfrentar Crises com Maturidade

Heliton de Andrade não ignora as crises conjugais — pelo contrário, ele as trata como oportunidades de crescimento. Em vez de fugir, o casal deve enfrentá-las juntos, com humildade e disposição para mudar. A crise, quando bem administrada, pode levar o casal a uma fase ainda mais madura e profunda do relacionamento.

O Casamento como Missão

Por fim, o autor lembra que o casamento não existe apenas para a felicidade dos cônjuges. Ele é uma missão que revela ao mundo o amor de Deus. Um lar saudável se torna um farol, uma inspiração para filhos, amigos e para a sociedade.

Conclusão

Casar é embarcar na mais ousada das aventuras. Requer coragem, fé, entrega e paciência. Mas também traz recompensas que nenhuma outra experiência é capaz de oferecer. Como ensina o pastor Heliton de Andrade, o casamento não é um destino perfeito, mas uma jornada com propósito — e vale a pena cada passo dado com amor.


A Identidade do Filho Amado: Fortalecendo Nossos Filhos para Enfrentar os Desafios do Mundo

seu filho ou filha coloca a mochila nas costas, pronto para enfrentar mais um dia na escola, na faculdade ou em qualquer outro ambiente. Esse simples ato de sair de casa pode ser comparado a uma jornada ao deserto, onde desafios, pressões e questionamentos os aguardam.


 “Este é o meu Filho amado, de quem me agrado.” (Mateus 3:17)


Introdução: A Força de uma Identidade Inabalável

Imagine a cena: seu filho ou filha coloca a mochila nas costas, pronto para enfrentar mais um dia na escola, na faculdade ou em qualquer outro ambiente. Esse simples ato de sair de casa pode ser comparado a uma jornada ao deserto, onde desafios, pressões e questionamentos os aguardam. Assim como Jesus enfrentou tentações no deserto, nossos jovens enfrentam diariamente influências que tentam abalar sua identidade e propósito. Como pais, educadores ou líderes, temos a missão de equipá-los com uma certeza inabalável: “Sou filho amado”. Este artigo explora a importância de reforçar a identidade dos nossos filhos como amados por Deus e pela família, utilizando ensinamentos bíblicos e exemplos práticos para inspirar e engajar.

A Tentação de Questionar a Identidade

No relato bíblico de Mateus 4:1-11, quando Jesus é levado ao deserto, a primeira estratégia do tentador é questionar sua identidade: “Se tu és o Filho de Deus...” (Mateus 4:3). Essa tática não é nova. No mundo atual, nossos filhos enfrentam vozes que tentam minar sua autoestima, propósito e fé. Seja nas redes sociais, no ambiente acadêmico ou entre amigos, mensagens sutis ou diretas desafiam quem eles são: “Você não é bom o suficiente”, “Você precisa provar seu valor”. 

No entanto, Jesus respondeu com confiança, ancorado na voz do Pai que declarou: “Este é o meu Filho amado” (Mateus 3:17). Essa certeza permitiu que Ele resistisse às tentações. Da mesma forma, quando nossos filhos saem de casa com a convicção de que são amados – por Deus e pela família –, eles carregam uma armadura espiritual que os protege contra as inseguranças e pressões do mundo.

O Papel dos Pais na Construção da Identidade

Estudos brasileiros, como os realizados pela psicóloga clínica Ana Maria Fonseca Zampieri, destacam a importância do vínculo familiar na formação da autoestima dos jovens. Em seu livro A Construção da Identidade na Adolescência (2019), Zampieri enfatiza que a validação emocional fornecida pelos pais é essencial para que os jovens desenvolvam resiliência diante dos desafios. Quando os filhos ouvem repetidamente que são amados e valorizados, eles internalizam essa mensagem, que se torna um escudo contra influências negativas.

Por exemplo, imagine um adolescente chamado Pedro, que enfrenta bullying na escola por não se encaixar nos padrões de beleza ou desempenho impostos pelos colegas. Se Pedro sai de casa com a certeza de que é amado por seus pais e por Deus, ele terá mais força para rejeitar as críticas e afirmar sua identidade. Essa validação pode ser reforçada por ações simples, como palavras de encorajamento diárias, tempo de qualidade em família ou orações conjuntas que reforcem a fé.

Exemplos Práticos para Fortalecer a Identidade

1. Diálogo Diário: Reserve momentos para conversar com seus filhos sobre seus sentimentos e experiências. Pergunte: “Como você se sentiu hoje?” ou “O que te fez sorrir?”. Essas conversas mostram que você valoriza quem eles são.

2. Afirmações Positivas: Inspirado pelo versículo temático, incorpore frases como “Você é amado por Deus e por nós” no dia a dia. Escreva bilhetes, envie mensagens ou diga isso pessoalmente antes de eles saírem de casa.

3. Ensinamento da Fé: Ensine seus filhos a se conectarem com a voz de Deus por meio da oração e da leitura bíblica. Mostre a eles passagens como Romanos 8:37-39, que reforçam que nada pode separá-los do amor de Deus.

4. Exemplo de Vida: Seja um modelo de confiança em Deus. Quando os filhos veem os pais enfrentando desafios com fé, eles aprendem a fazer o mesmo.

A Realidade Brasileira: Desafios e Oportunidades

No Brasil, os jovens enfrentam pressões únicas. Segundo um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, 2022), cerca de 20% dos adolescentes brasileiros relatam sintomas de ansiedade e depressão, muitas vezes relacionados à busca por aceitação social. Ambientes como a universidade, frequentemente citada no texto original como um “deserto”, podem ser lugares de grandes questionamentos. A pressão por desempenho acadêmico, a exposição às redes sociais e as influências de ideologias conflitantes podem abalar a identidade dos jovens.

Por isso, é essencial que a família e a comunidade cristã atuem como pilares de apoio. Igrejas locais, como as descritas em iniciativas da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), têm promovido grupos de jovens que reforçam a fé e a identidade cristã, oferecendo espaços seguros para diálogo e reflexão. Esses grupos ajudam os jovens a se lembrarem de quem são em Cristo, mesmo em meio aos “desertos” da vida.

Perguntas para Reflexão

1. Como você tem reforçado a identidade de seus filhos ou jovens ao seu redor como “filhos amados”?

2. Quais “desertos” seus filhos estão enfrentando hoje, e como você pode ajudá-los a carregar a voz do amor de Deus e da família?

3. De que forma a sua fé influencia a maneira como você educa ou orienta os jovens em sua vida?

Chamada para Ação

Reforçar a identidade dos nossos filhos é um chamado diário. Comece hoje dizendo a eles: “Você é amado por Deus e por mim”. Para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, recomendamos a leitura de *A Construção da Identidade na Adolescência*, de Ana Maria Fonseca Zampieri, ou a participação em grupos de apoio em sua igreja local. Compartilhe este artigo com outros pais e líderes para inspirar uma geração de jovens confiantes em sua identidade como filhos amados.

Bibliografia

BÍBLIA SAGRADA. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Saúde mental dos adolescentes brasileiros: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2022. Disponível em: <https://www.fiocruz.br>. Acesso em: 17 jun. 2025.

GONÇALVES, Josué. Instagram. Disponível em: https://www.instagram.com/reel/DK7ZZueuJ9G/?igsh=MWt2d25rb3h4ZDBheg==. Acesso em: 17 jul. 2025.

ZAMPIERI, Ana Maria Fonseca. A construção da identidade na adolescência. São Paulo: Paulus, 2019.

A Importância de Fortalecer a Identidade dos Nossos Filhos Antes de Enfrentarem o Mundo



Introdução: Uma Mochila Cheia de Certezas

Imagine seu filho ou filha saindo de casa com uma mochila nas costas, pronto para enfrentar a escola, a faculdade ou o mundo lá fora. Mas, além de livros, cadernos e garrafinha d’água, o que mais eles levam consigo? Em um vídeo inspirador postado no Instagram, o pastor e terapeuta familiar Josué Gonçalves traz uma reflexão poderosa: nossos filhos precisam sair de casa com duas certezas inabaláveis — “sou um filho amado” e “sou um filho enviado”. Essas palavras ecoam como um lembrete para os pais sobre o papel crucial de construir uma base sólida de identidade e propósito nos filhos antes que eles enfrentem os desafios do mundo. Neste artigo, exploraremos como essas certezas podem transformar a maneira como os jovens enfrentam as adversidades, com exemplos práticos e embasamento em fontes confiáveis do contexto brasileiro.

 A Base da Identidade: “Sou um Filho Amado”

Quando Josué Gonçalves cita o exemplo de Jesus no deserto, enfrentando as tentações de Satanás, ele destaca um ponto central: a primeira estratégia do inimigo é questionar a identidade. “Se tu és o Filho de Deus”, diz o tentador, tentando semear dúvida. No entanto, Jesus responde com a segurança de quem já ouviu a voz do Pai: “Este é o meu filho amado”. Essa certeza é o que nossos filhos precisam carregar.

No contexto brasileiro, onde os jovens enfrentam pressões sociais, acadêmicas e até mesmo ideológicas, a construção de uma identidade sólida começa em casa. Segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP), publicado no Jornal da USP em 2023, adolescentes que crescem em ambientes familiares onde se sentem amados e valorizados têm maior resiliência emocional e menor probabilidade de desenvolver ansiedade ou depressão. Isso reforça a ideia de que afirmar o amor incondicional pelos filhos não é apenas um gesto de carinho, mas uma ferramenta poderosa para prepará-los para os “desertos” da vida, como a faculdade, onde questionamentos sobre identidade e propósito são constantes.

Exemplo Prático: Mariana, uma jovem de 19 anos de Belo Horizonte, conta que, durante seu primeiro ano na universidade, enfrentou pressões para se encaixar em grupos que não refletiam seus valores. “Meus pais sempre me disseram que eu era amada e que tinha um propósito maior. Isso me deu força para dizer ‘não’ quando precisei e para buscar amizades que me respeitassem”, compartilha. Essa história ilustra como a certeza de ser amado pode ser um escudo contra influências negativas.

O Propósito de Ser Enviado

Além de saberem que são amados, os filhos precisam entender que são “enviados” — ou seja, que têm um propósito e uma missão. No vídeo, Josué Gonçalves  enfatiza que, assim como Jesus saiu das águas do batismo com a certeza da voz do Pai, nossos filhos devem sair de casa sabendo que têm um chamado maior. Isso não significa que todos precisam seguir uma carreira religiosa ou grandiosa, mas sim que devem compreender que suas ações têm valor e impacto.

No Brasil, onde a desigualdade social e os desafios econômicos muitas vezes desmotivam os jovens, essa mentalidade de propósito pode fazer toda a diferença. De acordo com um relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2024, cerca de 25% dos jovens entre 18 e 24 anos relatam sentir-se desmotivados em relação ao futuro profissional. Ensinar aos filhos que eles são “enviados” com um propósito — seja contribuir com a comunidade, inovar em sua área de atuação ou simplesmente viver com integridade — pode ajudá-los a encontrar sentido em meio às incertezas.

Exemplo Prático: João, um estudante de engenharia de Recife, decidiu criar um projeto voluntário para ensinar matemática a crianças de comunidades carentes. Ele conta que a certeza de que seus talentos poderiam ser usados para um bem maior veio das conversas com seus pais, que sempre reforçaram que ele tinha algo único a oferecer ao mundo. Esse senso de propósito o ajudou a superar momentos de dúvida na faculdade.

 Como Construir Essas Certezas no Dia a Dia

Construir a identidade e o propósito dos filhos não exige grandes gestos, mas sim consistência. Aqui estão algumas dicas práticas para os pais, baseadas em conselhos de especialistas brasileiros em psicologia familiar, como a psicóloga clínica Ana Maria Fonseca, autora de artigos na revista

  Psicologia em Foco:

1. Afirme o amor diariamente: Dizer “eu te amo” ou “estou orgulhoso de você” reforça a segurança emocional. Pequenos gestos, como bilhetes carinhosos ou conversas sinceras, fazem diferença.

2. Converse sobre valores e propósito: Ajude seu filho a refletir sobre o que o motiva. Pergunte: “O que você acha que pode fazer para deixar o mundo melhor?”

3. Prepare-os para os desafios: Fale abertamente sobre as pressões que enfrentarão, como as da faculdade, e ensine-os a se ancorar em seus valores.

4. Modele a fé e a resiliência: Seja um exemplo de alguém que enfrenta dificuldades com confiança e propósito, seja por meio da fé, como no exemplo de Josué Gonçalves, ou de uma visão clara de vida.

 Perguntas para Reflexão

1. Como você tem reforçado para seus filhos que eles são amados e têm um propósito?

2. Quais “desertos” seus filhos estão enfrentando hoje, e como você pode ajudá-los a se preparar para essas batalhas?

3. De que forma a fé ou os valores da sua família podem fortalecer a identidade dos seus filhos?

Chamada para Ação

Como pais, temos a missão de equipar nossos filhos com as certezas de que são amados e enviados. Comece hoje mesmo: reserve um momento para conversar com seu filho ou filha, reforçar seu amor e ajudá-los a refletir sobre seu propósito. Para aprofundar o tema, recomendamos a leitura do livro *Família, um Projeto de Deus*, de Josué Gonçalves, ou assistir a outros conteúdos do autor no Instagram (@josuegoncalvesoficial). Outra sugestão é explorar artigos sobre parentalidade no portal *Crescer* (crescer.globo.com), que traz dicas práticas para fortalecer o vínculo familiar.