Desde a queda do homem, a salvação sempre teve sua base na morte de Cristo. Nenhuma pessoa, seja nos tempos do Antigo Testamento ou após a cruz, poderia ser salva sem este acontecimento central da história da humanidade. A morte de Cristo pagou a pena pelos pecados passados — cometidos pelos santos do Velho Testamento — e também pelos pecados futuros, dos santos do Novo Testamento.
1. A Fé como Condição da Salvação
A salvação sempre exigiu fé. O alvo da fé, desde os tempos antigos, sempre foi Deus. Como escreveu o salmista:
“Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam” (Sl 2.12).
O que mudou ao longo do tempo foi o conteúdo da fé, não a fé em si. Deus revelou-se progressivamente à humanidade. Isso é chamado de revelação progressiva:
Adão: Creu na promessa de Gênesis 3.15, de que a Semente da mulher derrotaria Satanás. Sua fé foi demonstrada ao nomear Eva e ao aceitar a cobertura que Deus providenciou (Gn 3.20-21).
Abraão: Creu nas promessas específicas reveladas por Deus (Gn 12; 15). Antes de Moisés, nenhuma Escritura existia, mas cada pessoa era responsável pelo que Deus já havia revelado.
Crentes do Velho Testamento: A salvação vinha por crer que Deus resolveria o problema do pecado. Ainda não se sabia como, mas a fé estava em Deus e em Suas promessas.
3. Os Dias de Cristo Antes da Cruz
Os discípulos de Jesus também não compreendiam totalmente como a salvação seria realizada. Quando Jesus previu sua morte e ressurreição:
“Começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia” (Mt 16.21).
Pedro e os demais discípulos reagiram:
“Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mt 16.22).
Apesar da incompreensão, foram salvos porque confiaram em Deus para cuidar de seus pecados, assim como Adão, Abraão, Moisés ou Davi confiaram.
4. A Plenitude da Revelação em Cristo
Hoje, temos acesso à revelação completa por meio de Jesus Cristo:
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hb 1.1-2).
Nossa salvação ainda depende da morte de Cristo, a fé continua sendo condição essencial, e o alvo da fé permanece sendo Deus, agora plenamente revelado em Jesus:
“…Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia” (1Co 15.3-4).
Conclusão:
De Adão a nós, a fé sempre foi o canal pelo qual recebemos a salvação. O que muda é a compreensão do plano de Deus. Hoje conhecemos plenamente que a cruz é o ponto central da redenção, e a fé que salva é a fé em Cristo e na obra consumada por Ele.
O estudo do
pecado deve vir antes do estudo da graça salvadora de Deus (cf. I Jo I.8; 2.2).
A Epístola aos Romanos destaca que uma das principais finalidades da Lei é
revelar a gravidade do pecado (7.8,13b), pois é ao tomarmos consciência disso
que passamos a apreciar a graça de Deus em toda a sua plenitude: “Veio, porém,
a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a
graça” (5.20).
Introdução à doutrina do pecado.
O veredicto
divino é claro: “Todos pecaram” (Rm 3.23). A Palavra de Deus diz: “Não há um justo, nem um sequer” (Rm
3.10); “... não há homem que não peque”
(I Rs 8.46).
Segundo a
reta justiça do Senhor, todos os seres humanos foram considerados pecadores: “A Escritura encerrou tudo debaixo do pecado”
(G1 3.22). E ainda: “Deus encerrou a
todos debaixo da desobediência” (Rm II.32). Mas, antes de atingir a todos
os homens, mediante a desobediência de Adão, o pecado teve origem no mundo
espiritual, na corte angelical (Is 14.12-17; Ez 28.15).
No humano, o pecado está enraizado na alma, influenciando a sua vontade e manifestando-se através do corpo humano. O homem não peca primariamente por cometer pecados, mas comete pecados porque é pecador. Em outras palavras, cada indivíduo possui uma natureza pecaminosa. Por esse motivo, de acordo com a tradição em Israel, quando uma mulher dava à luz, era necessário apresentar uma oferta a Deus como forma de expiação pelo pecado (Lv 12.6; Lc 2.24).
Desta forma, da mesma maneira que o pecado entrou no mundo através de um homem, e a morte através do pecado, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12). Definição de pecado. Pecado é a causa da perdição do homem. Uma das palavras que significa "pecado" (gr. hamartia) denota tudo aquilo que não está de acordo com a lei divina; não se alinha com ela (Rm 5.20; I Jo 3.4a; 5.17b).
A Bíblia
menciona 372 formas de pecado, e existem muitas outras que não são mencionadas
nas Escrituras. Na lista das obras da carne, é dito no final: "e coisas semelhantes a estas, sobre as quais
vos declaro (...) que os que praticam
tais coisas não herdarão o Reino de Deus" (Gálatas 5.21).
O termo
"transgressão" (hb. pesha‘
e gr. kamartema) refere-se à violação das leis divinas; indica ultrapassar a
fronteira da lei, do bem, da ordem, da decência: "Aquele que esconde as suas transgressões nunca terá sucesso..."
(Pv 28.13).
Outra forma
de designar o pecado é "iniqüidade",
ou seja, estar fora do alinhamento; desviado; fora do padrão; erro; afastar-se do correto; errar o
alvo - hb. hatta't (Ez 18.20). O termo iniqüidade está relacionado
principalmente ao pecado do crente. No Novo Testamento, a palavra
correspondente é hamartano (Rm 3.23).
No Novo Testamento, a palavra equivalente é "hamartano". (Rm 3.23). Neste versículo,
“pecaram” é literalmente “erraram o alvo”. E este erro pode ser de natureza moral (2 Pe
2.18) ou na doutrina (I Jo 4.6b). Doutrina e moral devem estar alinhadas!
Por outro
lado, o termo “pecado”, como está registrado em Romanos 5.12 ("por um
homem entrou o pecado [errar o alvo] no mundo"), refere-se ao desvio do
alvo traçado por Deus, que é a Sua glorificação. Assim, o pecado acontece quando o ser humano erra o alvo ao afastar-se do propósito verdadeiro, que é a glória de Deus (Rm 3.23).
O ser humano
foi originalmente criado por Deus para viver em harmonia com a esfera divina,
no entanto, ao cometer pecado, a sua natureza foi alterada e a sua tendência
natural é apenas para pecar, mesmo que não pareça evidente. Pecar, portanto, é
o ser humano desviar-se do seu propósito moral, que é exaltar a Deus e somente
a Ele.
Outros quatro termos que expressam os
principais significados de "pecado" na Bíblia são: "desobediência",
rebelião, falta de vontade para com Deus e a sua lei;
"incredulidade", falta de confiança em Deus e dependência dEle;
"ilegalidade", subversão, oposição à lei e à ordem divinas; e
"erro", afastamento das normas divinas estabelecidas.
A lei da reprodução de acordo com a sua própria espécie está claramente evidenciada em Gênesis, onde vemos essa lei em ação nas plantas (1.11,12), nos animais (1.24,25) e no ser humano, após o pecado (5.3). O homem foi criado à imagem de Deus (1.26), e não à sua própria semelhança! Portanto, nascemos espiritualmente contaminados (Rm 5.12), como afirmou o salmista: "Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe" (SI 51.5). O homem possui uma natureza pecaminosa. Por isso, todos nós precisamos participar da natureza divina, através da conversão (2 Pe 1.4).
Os nossos
pais segundo a carne costumavam corrigir-nos de acordo com a sua vontade, mas
Deus Pai, para nosso benefício, permite-nos participar da sua santidade por um
curto período de tempo (Hb 12.10).
O "homem
natural" e o pecado. A Palavra de Deus utiliza a expressão
"homem natural" (I Co 2.14) para se referir ao estado do homem que
ainda não foi alcançado pela graça de Deus. Ele está debaixo do pecado,
espiritualmente morto, condenado e perdido.
Não existe
uma pessoa justa. Conforme vimos, a declaração de Deus é clara: "Não há uma pessoa justa; nem uma sequer".
É importante que aqueles que estudam este assunto leiam todo o capítulo 9 de
Romanos, especialmente os versículos 9-26, que tratam especificamente desta
verdade de que não há uma pessoa justa sequer. Todos os seres humanos nascem
pecadores.
Para que o
homem pudesse ser considerado justo perante Deus por mérito próprio, seria
necessário que nunca cometesse o mal e jamais desobedecesse às leis divinas.
Além disso, seria preciso que sempre praticasse o bem, conforme está escrito em
Eclesiastes 7.20: "Que faça o bem e
nunca peque". Existem pessoas que, em comparação, pecam menos, mas nem
sempre estão comprometidas em praticar o bem.
A definição
divina do pecado é fundamental, e está contida em passagens como 1 João 3.4 e
5.17. O termo "hamartema" significa errar o alvo, desviar-se do
caminho, perder-se (I Jo 3.4a; 5.17b). Já a palavra "anomia",
presente em 3.4b, implica transgressão, desordem, rebeldia, subversão. Outro
termo nessas passagens é "adikia" (5.17a), que significa injustiça.
No Salmo
41.4, o pecado é descrito como uma doença espiritual que afeta a alma:
"cura a minha alma, pois pequei contra ti". Em 1 Pedro 2.24, na
expressão "fostes sarados",
o significado é o mesmo, à luz do contexto. Essa conotação também pode ser
encontrada em outros textos:
"Nenhum habitante dirá: Estou doente; porque
o povo que nela habita será perdoado da sua iniqüidade" (Is 33.24).
"Por que seriam
castigados ainda mais, se continuassem em rebelião? Toda a cabeça está doente e
todo o coração está fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nada
saudável; só feridas, inchaços e chagas abertas, não tratadas, nem ligadas, nem
amolecidas com óleo" (Is 1.5,6).
A tradução
literal da passagem acima é: “Vê; a tua fé te curou”. O termo grego aqui é
sozo, que significa "curar", "salvar" ou "livrar"
(cf. Lc 7.50; Mt 9.22).
A origem do
pecado. No livro de Ezequiel 28.15,16, a Palavra de Deus revela a origem do pecado:
“Eras perfeito nos teus
caminhos desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na
multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e
pecaste; por isso te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei
perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas”.
Esta
descrição, ainda que de modo conotativo, relaciona-se a Satanás e sua rebelião
contra Deus.
O pecado é
algo que afeta a todos. Em Romanos 3.23, vemos que o pecado é universal:
“Porque todos pecaram e estão separados da glória de Deus”. Aqui e em outras
passagens semelhantes, fica claro que toda a humanidade, sem exceção, foi
atingida pelo pecado.
A existência
do pecado é uma realidade inegável. Mesmo que muitos tentem ignorá-lo, temos
que considerar os testemunhos esmagadores da realidade do pecado na Bíblia (Hb
12.1; Sl 51.5), na História, na consciência e no dia-a-dia. Perguntemos a Adão
após a sua queda, a Davi, a Jesus. Todos confirmarão que o pecado é uma
realidade.
Provas da
existência do pecado são tão convincentes que é absurdo negá-lo; é tolice; é
loucura. Algumas dessas provas incluem: cada hospital; cada casa funerária;
cada cemitério; cada fechadura de porta; cada cofre de banco; cada alarme
contra ladrão; cada polícia, guarda, soldado; cada tribunal; cada prisão; cada
dor, doença, deficiência, morte, tristeza, choro, guerra.
O pecado e
suas raízes. A Palavra de Deus menciona a incredulidade como a origem do pecado
(Jo 16.9; Hb 3.12) e também o egoísmo, ou seja, a adoração ao "eu", à
personalidade (Ez 28.7; Is 14.13,14; Rm 1.25). O egoísmo é uma forma de
rebelião contra a vontade e a lei de Deus; também existe o egotismo, a idolatria
do homem por si mesmo.
O pecado
como ação. Vamos agora examinar, à luz da Palavra de Deus, os detalhes internos
do pecado. É importante distinguir entre o ato e o estado pecaminoso. A Bíblia
apresenta o pecado como uma ação nossa, perpetrada por natureza e escolha
deliberada: Mas cada um é tentado, quando é atraído e seduzido pela sua própria
concupiscência.
Depois, a
concupiscência, quando concebida, dá à luz o pecado; e o pecado, quando
consumado, gera a morte (Tg 1.14,15).
De acordo
com a Bíblia, o pecador não consegue escolher o bem; ele sempre opta pelo mal.
O filho pródigo fez uma má escolha; ele preferiu o pior (Lucas 15.11-18). O ato
de pecar é um efeito, não uma causa; a causa é o pecado inato em nossa natureza
caída.
O crente
carnal também não consegue escolher o bem. Ló, por exemplo, escolheu o pior
para si e sua família (Gênesis 13.11,12). Da mesma forma, Esaú vendeu sua
primogenitura por um simples prato de lentilhas (Gênesis 25.29-34). E Marta não
fez a melhor escolha, ao contrário de sua irmã, que representa um crente
consagrado (Lucas 10.41,42).
O pecado
como estado é mencionado em Romanos 6.6, onde se afirma que "o nosso velho homem foi crucificado com
Cristo, para que o corpo do pecado seja destruído, a fim de que deixemos de ser
escravos do pecado". A expressão "corpo do pecado" refere-se
ao corpo como instrumento do pecado, não significando que o pecado tenha um
corpo tangível.
O pecado
como estado indica que todos os homens têm uma propensão para pecar. É
caracterizado pelo princípio da rebelião contra Deus, sendo um poder maléfico e
gerador do mal. É, portanto, uma causa e, consequentemente, um efeito.
Como causa,
o pecado faz parte da nossa natureza herdada de Adão. Em resumo, o homem não é
culpado apenas pelos pecados que comete, mas tem dentro de si uma natureza
pecaminosa que por si só já é pecado.
Quanto à
natureza do pecado, há o pecado praticado, ou seja, cometido, que aparece na
Bíblia no plural (I Jo 1.9). Para este tipo de transgressão, Deus oferece perdão, como podemos observar em (Lv 5.14-19) "sacrifício pela culpa". No entanto, também há
o pecado congênito, mencionado no singular (I Jo 1.7; SI 51.5; Rm 7.18,23),
para o qual só há purificação no sangue de Jesus, como vemos no "sacrifício pelo pecado" (Lv
4.1-12).
Quanto à
prática do pecado, há o pecado de comissão, que é fazer a coisa errada (Tg
I.15), e o de omissão, que significa deixar de fazer a coisa certa. Assim,
pecado não é apenas praticar o mal; deixar de fazer o que é certo também é
pecado.
A Palavra de
Deus menciona vários exemplos de pecado por omissão, como o caso do servo
inútil condenado por não ter feito nada apesar de ter recebido bens para cuidar
(Mt 25.24-30) e na parábola das dez virgens, em que as loucas não se prepararam
(Mt 25.3). Outro exemplo está no julgamento das nações: as omissas para com
Israel serão punidas (Mt 25.42-45).
Deixar de
cumprir a lei de Deus é tão pecaminoso quanto transgredi-la (cf. Jz 5.23). A
Palavra de Deus afirma que os ímpios serão lançados no inferno por omissão:
"Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de
Deus" (Sl 9.17).
Todo pecado,
independentemente de sua natureza, é inicialmente uma transgressão contra Deus.
Davi, ao pecar contra Bate-Seba, Urias e a si mesmo, reconheceu que seu pecado
primordial foi contra Deus, o Legislador: “Contra
ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal aos teus olhos...” (Salmo
51.4). O filho pródigo errou contra si mesmo, sua família e, principalmente,
seu pai na parábola, simbolizando Deus (Lucas 15.21).
A raiz do
pecado no ser humano é abordada na Bíblia, mencionando tanto o pecado físico (2
Coríntios 7.1) quanto o espiritual (2 Coríntios 7.1; Salmo 66.18). Muitos
tendem a associar o pecado a crimes como assassinato, roubo, vício,
imoralidade, adultério, entre outros pecados carnais. No entanto, os pecados
espirituais às vezes são ainda mais graves do que os pecados da carne
mencionados. Embora Davi tenha cometido pecados carnais sérios, ao ser
repreendido pelo Senhor ele reconheceu: 'Pequei contra o Senhor' (2 Samuel
12.13; Salmo 51). No entanto, ele considerou seu pecado espiritual ainda mais
grave, levando-o a confessar: 'Pequei gravemente' (1 Crônicas 21.8). 'Toda
maldade é pecado' (1 João 5.17).
Os fariseus
da época de Jesus acusavam aqueles que cometiam pecados físicos, como a mulher
adúltera perdoada por Jesus, instruindo-a a 'ir e não pecar mais' (João
8.1-11). No entanto, esses mesmos fariseus cometiam grandes pecados espirituais
(Mateus 23).
Alguns
exemplos de pecados espirituais incluem orgulho, arrogância, inveja, ganância,
ira, hipocrisia, entre outros. As consequências do pecado variam de acordo com
sua gravidade, podendo resultar em sofrimento, morte espiritual, física e até
perdição eterna.
O perdão dos
pecados é abordado na Bíblia, diferenciando os pecados perdoáveis dos
imperdoáveis (Mateus 12.31,32). O pecado imperdoável não se refere a um ato
isolado, mas sim a uma prática contínua que vai contra o Espírito Santo.
Para superar
o pecado e triunfar sobre ele, é fundamental amar a Palavra de Deus, crer no
poder redentor de Jesus Cristo e confiar na atuação do Espírito Santo em nossas
vidas. Além disso, a total submissão e entrega a Cristo são essenciais para
vencer o pecado.
Como vencer o pecado.
Os passos
para superar o pecado e triunfar sobre ele são os seguintes:
1) Valorizar
a Palavra de Deus a ponto de guardá-la em nosso coração; isso ajuda os crentes
a vencerem o pecado (Salmo 119.11).
2) Ter fé no
poder redentor do sangue de Jesus, no sacrifício que Ele fez para que o pecado
não nos domine (1 João 1.9).
3) Confiar
na influência do Espírito Santo, que habita em nós e, se permitirmos que Ele
tenha controle total em nossa vida, nos ajuda a vencer o pecado (Romanos 8.2).
4) Contar
com o ministério sacerdotal de Cristo. Ele superou tudo, e se estivermos Nele,
também venceremos o pecado (Hebreus 4.15,16).
5) Nossa fé
em Jesus Cristo também nos possibilita vencer o pecado (Filipenses 3.9).
6) Por fim,
nossa completa submissão e entrega a Cristo (Romanos 6.14). A submissão implica
em obedecer à Sua vontade e buscá-Lo por amor.
Conclusão.
Ao encerrar
este tema sobre o pecado, a recomendação final é: "Evite o pecado!" A
Palavra de Deus nos exorta: "Meus filhinhos (...) não pequem" (1 João
2.1). Lembre disso: "Obedecer é melhor do que sacrificar" (1
Samuel 15.22). E "sacrificar", neste contexto, também pode significar
"corrigir".
Portanto,
evitemos os pecados internos e externos: "Não se precipite em impor as mãos a ninguém, nem participe dos pecados
alheios; mantenha-se puro" (1 Timóteo 5.22).
Na esfera da
Soteriologia, a graça de Deus emerge como o fulcro para a redenção do pecador.
Neste contexto, diferenciamos a graça comum, estendida a todos os seres
humanos, da graça salvífica. Enquanto a primeira se refere à provisão generosa
de Deus para sustentar a vida de todos (Salmo 104:10-30), a segunda está
intrinsecamente ligada à salvação do pecador pela misericórdia divina (Romanos
3:9-26).
Graça na Salvação: Uma Perspectiva Bíblica
A graça
divina para a salvação remonta ao Antigo Testamento (Êxodo 33:13; Jeremias
3:12; 31:2), como destacado em Atos 15:10,11. No Novo Testamento, essa graça é
proclamada de maneira mais direta (Efésios 2:7,8; 1 Timóteo 1:13,16; Romanos
5:20; João 1:16,17). A salvação pela graça é um tema recorrente, exemplificado
em Tito 2:11 e Tito 3:4,5.
Vida Cristã Sustentada Pela Graça
A graça de
Deus não apenas nos salva, mas também sustenta nossa jornada espiritual. Como
ilustrado em Efésios 2:5,6, somos resgatados pela graça, sem mérito próprio.
Esta graça impulsiona nosso crescimento na fé (2 Pedro 3:18), fortalece-nos
contra o mal (Romanos 6:14; Hebreus 13:9), capacita-nos para o serviço divino
(Hebreus 12:28; 1 Coríntios 3:10), e nos inspira a expressar gratidão através
de nossa vida, talentos e recursos (2 Coríntios 8:1,6,7).
A Generosidade Inspirada Pela Graça
A
liberalidade do crente para com Deus é uma demonstração tangível de gratidão.
No Antigo Testamento, vemos diversas formas de ofertas, todas envolvendo
aspectos financeiros (Deuteronômio 12:6). Mesmo ao dar o nosso melhor para
Deus, reconhecemos que nunca podemos merecer Sua graça (Lucas 17:10). Portanto,
a humildade é essencial, pois é o humilde que recebe mais graça (Tiago 4:6).
Conclusão:A Graça de Deus Revelada
Em síntese,
a graça de Deus é o dom supremo da salvação em Cristo, sustentando-nos
diariamente em nossa jornada espiritual. É através dessa graça que recebemos
bênçãos inumeráveis e somos capacitados para servir a Deus. Que possamos,
portanto, edificar nossas vidas sobre o fundamento da graça divina, conforme
nos exorta a Palavra (1 Coríntios 3:10).
A salvação,
na experiência humana, se manifesta de forma subjetiva, abrangendo três tempos
distintos: passado, presente e futuro.
No Passado:
Refere-se à
justificação, um ato de Deus em favor do homem, que o liberta da penalidade do
pecado. Esse evento é marcado por versículos que destacam a ação passada de
Deus em favor dos crentes (1 Coríntios 6:11; Romanos 8:30, 33; 5:1; 3:23,24;
Gálatas 2:16).
No Presente:
Diz respeito
à santificação em conduta, uma obra contínua de Deus em nós para nos libertar
do poder do pecado. É um processo de aperfeiçoamento e purificação, refletido
em nossa conduta diária e em nossa busca pela santidade (2 Coríntios 7:1; 1
Tessalonicenses 5:23; 1 João 2:6; Filipenses 2:12).
No Futuro:
Envolvendo a
glorificação, é o que Deus fará conosco na glória celestial, livrando-nos da
presença do pecado e nos conformando à imagem de Cristo. Essa expectativa
gloriosa é expressa em passagens que falam da nossa futura semelhança com
Cristo e da redenção completa de nossos corpos (1 João 3:2; Romanos 8:23; Romanos
13:11; Hebreus 9:27,28).
Evidências da Experiência da Salvação:
São
manifestações tangíveis da obra de Deus em nossas vidas, incluindo o testemunho
do Espírito Santo, a confirmação da Palavra de Deus, a voz de nossa
consciência, a transformação de nossa vida, a produção de frutos espirituais, a
aversão ao pecado, a adesão à doutrina, o amor fraternal e a vitória sobre o
mundo (Romanos 8:16; Atos 16:31; 1 João 3:19; 2 Coríntios 5:17; Mateus 5:8,
7:16-20; 1 João 3:9; 2 João 9; João 13:35; 1 João 4:5). Essas evidências
corroboram a realidade da salvação em nossa vida e seu impacto transformador em
nosso caráter e conduta.
A salvação
vai para além de ser apenas uma ideia ou conceito abstrato; é um facto objetivo,
com implicações divinas e humanas. Desdobra-se em dois aspectos essenciais: o
lado objetivo, atribuído a Deus como Dador da salvação, e o lado subjetivo, que
envolve o homem como receptor.
Na sua
essência, a salvação engloba três aspetos simultâneos e interligados: a
justificação, que nos declara justos perante Deus; a regeneração, que nos
transforma em filhos espirituais; e a santificação, que nos coloca como santos
através da fé no sacrifício de Jesus.
Justificação:
Este aspecto refere-se à mudança de posição legal do pecador perante Deus,
passando da condenação para a justificação. É um evento passado que continua
presente em nossa jornada espiritual, pois pela justificação nos tornamos parte
dos justos (1 Coríntios 6:11; Romanos 8:30, 33; 5:1; 3:24; Gálatas 2:16).
Regeneração: Aqui, ocorre uma transformação na
condição do pecador, que de servo do pecado se torna filho de Deus. A
regeneração é tão significativa que é equiparada ao "batismo em
Jesus", um ato interior que abrange todo o ser e nos torna filhos de Deus
(1 Coríntios 12:13; Gálatas 3:27; Romanos 6:3; João 3:5).
Santificação: Este aspecto envolve uma mudança de
caráter e serviço, tanto subjetiva quanto objetiva, realizada "em
Cristo". É um processo contínuo que nos posiciona em Cristo e nos capacita
a viver em conformidade com sua vontade (João 15:4; 17:26).
Conclusão
Portanto, a
salvação não é apenas uma ideia abstrata, mas uma realidade tangível que transforma
profundamente a vida daqueles que a recebem. É um presente divino que abrange
desde a justificação diante de Deus até a regeneração e santificação do
indivíduo, proporcionando uma nova identidade e um novo propósito na jornada
espiritual.
A
Soteriologia, o estudo da salvação, revela-se como um vasto campo de doutrinas
que apresentam a complexidade e a abrangência da nossa redenção em Cristo. Este
estudo abreviado destaca algumas dessas doutrinas fundamentais, destacando o
profundo significado da salvação para a humanidade.
1. A Doutrina do Pecado
O ponto de
partida é a doutrina do pecado (Romanos 3:23; 5:12,20), reconhecendo-o como a
raiz da perdição humana. Compreender a gravidade do pecado é essencial para
apreciar a necessidade da salvação.
2. A Doutrina da Graça de Deus
A graça
divina é a força propulsora da salvação (Tito 2:11; 3:4). É a dádiva gratuita
de Deus que torna possível a nossa redenção.
3. A Doutrina da Expiação pelo Sangue
A expiação,
simbolizada pelo sangue (Levítico 17:11), é categórica para entender como a
salvação lida com a questão do pecado.
4. A Doutrina da Redenção
A redenção
(Efésios 1:7) destaca a libertação e o resgate do pecador, mostrando a
amplitude do amor redentor de Deus.
5. A Doutrina da Propiciação
A
propiciação (Êxodo 32:30) destaca a benevolência de Deus ao proporcionar a
salvação como um ato de reconciliação.
6. A Doutrina da Fé Salvífica
A fé
desempenha um papel central na salvação (Efésios 2:8), sendo o meio pelo qual o
pecador responde ao chamado divino.
7. A Doutrina do Arrependimento
Intimamente
ligada à fé, a doutrina do arrependimento (Marcos 1:14,15) evidencia a
transformação que ocorre no coração do crente.
8. A Doutrina da Confissão dos Pecados
A confissão
dos pecados (Romanos 10:9,10) é um passo vital na jornada da salvação,
demonstrando a sinceridade do coração arrependido.
9. A Doutrina do Perdão dos Pecados
O perdão dos
pecados (Colossenses 3:13) é uma bênção decorrente da salvação, refletindo a
misericórdia divina.
10. A Doutrina da Regeneração Espiritual
A
regeneração espiritual (1 Pedro 1:3; Tito 3:5) revela a transformação interior
que ocorre quando o pecador recebe a salvação.
11. A Doutrina da Imputação da Justiça de Deus ao Crente
A justiça de
Deus é imputada ao crente (Gênesis 15:6; Romanos 4:2-11; 5:13; Filemon 1:18;
Tiago 2:23), demonstrando a obra redentora de Cristo em favor daqueles que
creem.
12. A Doutrina da Adoção de Filhos
A adoção de
filhos (Gálatas 4:5,6) reflete a nova identidade do crente como parte da
família de Deus, fruto da sua salvação.
13. A Doutrina da Santificação do Crente
A
santificação (1 Coríntios 6:11; 2 Coríntios 7:1) aborda tanto a posição do
crente em Cristo quanto o processo contínuo de crescimento espiritual.
14. A Doutrina da Presciência de Deus
A
presciência divina (1 Pedro 1:2) revela o conhecimento prévio de Deus sobre
aqueles que seriam salvos, destacando a soberania divina na obra da salvação.
15. A Doutrina da Eleição Divina
A eleição
divina (1 Pedro 1:2) enfatiza o chamado específico de Deus para aqueles que são
salvos, mostrando a sua iniciativa na redenção.
16. A Doutrina da Predestinação dos Salvos
A
predestinação (Romanos 8:29) ressalta o plano soberano de Deus para a salvação
daqueles que ele escolheu desde antes da fundação do mundo.
17. A Doutrina da Chamada para a Salvação
A chamada
para a salvação (Romanos 8:30) é a voz de Deus que convoca os escolhidos para a
redenção em Cristo.
18. A Doutrina da Justificação Somente pela Fé em Cristo
A
justificação pela fé (Romanos 8:30) destaca que a salvação é alcançada
unicamente por meio da fé em Cristo, não por obras humanas.
19. A Doutrina do Julgamento do Crente
O julgamento
do crente (2 Coríntios 5:10; Romanos 14:10) refere-se à prestação de contas dos
salvos diante de Cristo, não para condenação, mas para recompensa.
20. As Doutrinas da Glorificação dos Salvos e da Salvação nas Eras Divinas
Futuras
Por fim, a glorificação
dos salvos (Romanos 8:30) e a salvação nas eras divinas futuras (Efésios 2:7; 1
Timóteo 1:17; João 1:29) apontam para o cumprimento final da obra redentora de
Cristo, quando os salvos desfrutarão da plenitude da salvação na presença de
Deus.
Conclusão
Essas
doutrinas formam o arcabouço teológico que sustenta nossa compreensão da
salvação em Cristo, revelando a riqueza e a profundidade do amor de Deus por
sua criação. Ao mergulharmos nesse estudo, somos convidados a contemplar a
grandiosidade da salvação que recebemos e a viver em gratidão por tão grande
dádiva.
A salvação em Cristo é muito mais do que uma simples
liberação da condenação do inferno. É uma transformação espiritual milagrosa
que afeta a alma, a vida e o caráter da pessoa que, pela fé, aceita Jesus
Cristo como seu único Salvador pessoal. Esta transformação não só resulta em
uma nova vida, mas também em um novo caráter íntegro. (Ef 2.8,9; 2 Co 5.17; Jo 1.12; 3.5). Preste atenção às declarações bíblicas sobre "ser uma nova criatura" (conversão) e "tudo se tornou novo" (nova vida, novo e íntegro caráter).
A Abrangência da Salvação
A salvação abrange todos os atos redentores e transformadores
de Deus para com o ser humano e o mundo, tanto nesta vida quanto na vindoura,
através de Jesus Cristo, (Rm I3.I I; Hb 7.25; 2 Co 3.18; Ef 3.19). Isso inclui
a regeneração espiritual do crente, a redenção do seu corpo no futuro (Rm 8.23;
I Co 15.44); e a glorificação completa do crente também no futuro, (Cl 3.4; Ef
5.27).
O Processo de Receber a Salvação
Para receber a salvação, há três passos fundamentais.
Primeiro, o reconhecimento, através do evangelho, de que somos pecadores
(Romanos 3.23). Segundo, a fé em Jesus como nosso Salvador pessoal (Atos 16.31).
Terceiro, a confissão de Jesus como nosso Senhor e Salvador, reconhecendo-o
publicamente como tal (Romanos 10.10).
Plena Consciência da Salvação
A expressão "uma tão grande salvação", mencionada
em Hebreus 2.3, denota as riquezas imensuráveis, as bênçãos subseqüentes, a
eternidade infinita, o alcance imensurável e a sublimidade da salvação. Se os
crentes tivessem plena consciência disso, suas atitudes e perspectivas seriam
profundamente transformadas.
Ter uma compreensão profunda da salvação levaria a uma vida
de regozijo, motivação, entusiasmo e convicção. Além disso, aumentaria o desejo
pelo céu e diminuiria a vulnerabilidade às tentações do inimigo. Infelizmente,
muitos crentes não percebem a grandiosidade da salvação, tornando-se assim mais
suscetíveis às ciladas do Tentador.
Portanto, é essencial que os crentes busquem uma compreensão
cada vez mais profunda da salvação em Cristo, para que possam viver de acordo
com a verdade e desfrutar plenamente das bênçãos e promessas que ela
proporciona.
Salvação em Cristo a uma Vida Transformada
Muitos crentes enfrentam uma vida espiritualmente comprometida,
negligente e sem amor devido a uma visão atrofiada da salvação em Cristo. Para uma jornada espiritual significativa, é
essencial seguir os passos fundamentais de uma vida salva, que incluem a
regeneração espiritual, a plenitude do Espírito Santo, a maturidade espiritual
e a dedicação ao Senhor no trabalho.
A Importância do Estudo da Soteriologia
A
compreensão da salvação é o alicerce da vida cristã (I Tm 2:4b) e um fator terminante
para uma experiência espiritual profunda. A Palavra de Deus nos lembra a
importância desse conhecimento em Hebreus 5:12-14, destacando a necessidade de
buscar um entendimento mais profundo da salvação.
Bênçãos Gloriosas da Salvação
As bênçãos
da salvação são vastas e incluem a experiência do batismo com o Espírito Santo,
o desenvolvimento dos dons espirituais, o amadurecimento na fé e o chamado para
o ministério. Portanto, é crucial priorizar o estudo da Soteriologia para
compreender plenamente essas bênçãos e seu impacto na vida cristã.Em Efésios 6.17, é mencionado inicialmente o capacete da salvação e a espada do Espírito. Em Lucas 1.77, está escrito: "para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados". É importante observar que, aqui, a ênfase está no "conhecimento da salvação" em primeiro lugar, e não no "sentimento da salvação". Portanto, é necessário conhecer e continuar a conhecer a salvação.
A Primeira Epístola de João aborda esse tema - a sua mensagem para os salvos é: "nós sabemos", "nós conhecemos". Nos Salmos 46.10 e 100.3, está escrito: "Sabei", e não "Senti". E Jó, em meio a muitas lutas, proclamou: "Eu sei que o meu Redentor vive" (Jó 19.25). Ao compararmos Hebreus 8.10 com 10.16, podemos observar que essas passagens mostram que a lei divina deve estar em primeiro lugar na mente do crente e depois no seu coração.
Porque este é 0 concerto quer depois daqueles dias, farei com
a casa de Israel diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em
seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.
Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei
as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos...
O Capacete da Salvação na Armadura Espiritual
Ao discutir
a armadura espiritual, o apóstolo Paulo
enfatiza o capacete da salvação como uma proteção vital para a mente do crente.
Assim como o capacete protege a cabeça, o conhecimento bíblico da salvação
protege contra os ataques mentais do inimigo e das influências corruptoras do
mundo.
A Importância do Conhecimento da Salvação
A ênfase nas
Escrituras está no conhecimento da
salvação, não apenas no sentimento. Devemos buscar conhecer e prosseguir em
conhecer a salvação para resistir às dúvidas e astúcias do Diabo, que sempre
procurará minar nossa confiança na obra redentora de Cristo.
Fortalecendo a Mente com a Verdade de Deus
Assim como
Jesus resistiu às tentações no deserto, podemos resistir às artimanhas do Diabo
ao ter as leis de Deus em nossa mente e coração. A Palavra de Deus é nossa arma
contra as ciladas do inimigo, capacitando-nos a permanecer firmes na verdade da
salvação em Cristo.
Nossa
jornada espiritual é enriquecida quando compreendemos plenamente a salvação em
Cristo e aplicamos esse conhecimento em nossa vida diária, mantendo-nos firmes
na verdade e resistindo às tentações do inimigo.
A Essência da Salvação em Cristo
A salvação é o completo trabalho de Jesus Cristo para reconciliar uma
humanidade pecadora com um Deus santo. Envolve a redenção do homem do poder do
pecado (1 Pedro 1:18-19), a libertação do cativeiro espiritual (Romanos 8:2), a
remoção do pecador das trevas do pecado (Colossenses 1:13) e o retorno do
exílio espiritual para a comunhão com Deus (Efésios 2:13). Em suma, é a
restauração do relacionamento entre o homem e Deus.
A Natureza da Salvação
É
fundamental compreender que o homem não pode realizar sua própria salvação nem
contribuir para isso. Como afirmado em Efésios 2:8-9 e Tito 2:11, a salvação é
um ato gracioso de Deus, não baseado em méritos humanos. O salmista reconheceu
essa verdade ao proclamar: "A
salvação vem do Senhor" (Salmo 3:8), enfatizando a fonte divina da
salvação.
Embora a
salvação seja pela graça de Deus, os salvos são chamados à prática de boas
obras (Efésios 2:10). Isso reflete a transformação interior causada pela
salvação, resultando em uma vida caracterizada pela piedade e serviço ao
próximo.
O Novo Nascimento e a Ressurreição Espiritual
A salvação é
comparada ao novo nascimento (João 3:5) e à ressurreição (Colossenses 3:1).
Assim como um bebê não pode fazer nada para nascer e um morto não pode
ressuscitar por si mesmo, o pecador depende inteiramente do poder de Cristo
para experimentar a salvação. É Jesus Cristo quem concede vida espiritual ao
pecador, ressuscitando-o dentre os mortos no pecado e fazendo-o nascer de novo.
Conclusão
Em
conclusão, a salvação é um ato exclusivo e gracioso de Deus, que restaura a
comunhão entre o homem e Deus mediante a fé em Jesus Cristo. O homem, por si
só, é incapaz de efetuar sua própria salvação, mas pode responder à graça de
Deus por meio da fé e da prática das
boas obras, conforme guiado pelo Espírito
Santo.