A Vida Ministerial do Marido em Casa











“Portanto, avisa o justo; se ele se desviar, o seu pecado será sobre ele. Se, porém, não o avisares, ele morrerá pelo seu pecado, mas eu requererei o seu sangue da tua mão.” (Ez 3:20-21)

Mesmo o justo precisa ser corrigido. Este texto nos alerta: Deus observa nossas atitudes dentro de casa e exige responsabilidade de nós, homens, que nos declaramos crentes ou líderes espirituais.

Reflexão Inicial

Como tem sido a tua vida ministerial em casa, marido? Será que você trata sua esposa e filhos com amor e respeito, ou governa o lar com rigidez e autoritarismo, enquanto demonstra bondade apenas na igreja?

Temos relatos tristes: mulheres desamparadas pelos maridos, que não contribuem nem para as necessidades básicas, como roupas íntimas. Ou pior, mulheres que se sentem como escravas dentro de suas próprias casas. Isso é completamente contrário ao que a Palavra de Deus ensina.

A Submissão Bíblica

A Bíblia instrui:

Mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor.” (Ef 5:22)

A palavra grega hypotasso significa “estar sob ordem” ou “obedecer”, mas não implica inferioridade ou servidão. Trata-se de cooperação voluntária, respeito e reconhecimento da liderança amorosa do marido.

Efésios 5:21 complementa:

Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.”

Submissão bíblica é recíproca: não é escravidão, mas um ato de amor e respeito mútuo. O marido, por sua vez, é chamado a amar sua esposa como Cristo amou a Igreja (Ef 5:25), entregando-se por ela, cuidando de suas necessidades físicas, emocionais e espirituais.

O Marido Amoroso

O homem que governa o lar deve ser:

  • Amável e atencioso

  • Protetor e sustentador

  • Abençoador e conselheiro

Atitudes violentas, egoístas ou avarentas não têm lugar na vida cristã. O marido não pode tratar a esposa como objeto, mas como seu próprio corpo (Ef 5:28-29). Jesus nos dá o exemplo perfeito: nunca negou ajuda, supriu necessidades e atuou sempre com amor e justiça (Mt 17:27).

A Condenação da Avarícia

O avarento — aquele que nega recursos à própria família — é condenado pela Palavra de Deus:

“Se alguém não cuida de seus parentes, especialmente de sua própria família, negou a fé e é pior do que um descrente.” (1 Tm 5:8)

Homens que ajudam a todos na igreja, mas negligenciam a esposa e filhos, não seguem a vontade de Deus. A prioridade correta é: Deus em primeiro lugar, família em segundo.

Jesus também advertiu:

Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” (Lc 16:13)

A avareza destrói lares, gera amargura e impede o amor verdadeiro de florescer.

Consequências da Soberba e da Falsa Sabedoria

O justo também precisa examinar sua vida. Arrogância, orgulho e autossuficiência afastam-nos da sabedoria de Deus:

  • Provérbios 26:12 – “Você conhece alguém que se considera muito sábio? O irresponsável tem mais esperança de vencer na vida do que ele.”

  • Isaías 5:21 – “Pobre de quem se considera muito sábio!”

  • Romanos 1:22 – “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.”

  • Tiago 3:13-16 – A verdadeira sabedoria se manifesta em bondade, humildade e ações sinceras; inveja e egoísmo geram confusão e destruição.

Conclusão

Maridos, a vida ministerial começa em casa. Amar a esposa, cuidar dos filhos e prover com generosidade não é opcional, mas mandamento de Deus. Submissão não é escravidão; é fruto de um casamento equilibrado, no qual o marido age como Cristo e a esposa responde com respeito e amor.

A Palavra de Deus é clara: liderança e amor caminham juntos, e o lar é o primeiro campo de atuação ministerial do homem. Negligenciar essa responsabilidade compromete não apenas a família, mas também a fé professada.

Pergunta para reflexão: Como você, marido cristão, tem vivido sua liderança e amor dentro do seu próprio lar?

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