
Um conselho para os pais
Qualquer erro percebido nas mulheres cristãs sobre este assunto deve ser considerado também como uma possível falha dos maridos e pais cristãos. Os homens devem ser defensores firmes, exercendo liderança e sendo bons governantes em seus lares. O islamismo, segundo Dr. Patrick Sookhdeo, apresenta a seguinte visão sobre a mulher: “Elas são vistas como uma fonte de tentação para os homens e precisam ser resguardadas de suas próprias fraquezas” (Islam – O Desafio para a Igreja, 2006, p.32).
Maridos que permitem que suas esposas e filhas se vistam de maneira indecente agem, no melhor dos casos, de forma negligente — talvez tenham se acostumado a esse comportamento e se tornaram insensíveis ao impacto que a aparência delas causa nos outros homens. Os pais podem ser apenas fracos ao não desejarem esclarecer às suas filhas a realidade sobre a forma de se vestir ou ao esperarem que elas se deixem levar pela moda das amigas; o resultado disso é um nível de vestimenta cada vez mais baixo.[i].
Os pais e mães devem, desde cedo, ensinar seus filhos a se vestirem de forma adequada, tanto no ambiente da igreja quanto em casa. Já observei mães que vestem suas filhas com roupas excessivamente sensuais, e os pais consentem com isso. Quando essa filha chega à idade adulta, pode não querer usar roupas apropriadas, e, então, será tarde demais; como diz o Provérbio 22:6: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”.
É possível que uma mãe, habituada a ver sua filha como uma garotinha, não consiga perceber que ela cresceu e se tornou uma mulher, alvo de desejos de outros homens. Pais, vocês, como homens, devem estar atentos ao comportamento de suas filhas; não deixem para instruí-las depois, façam isso agora (Hb 3:15).
Atualmente, temos testemunhado muitos casos em que pais ou padrastos mantêm relações impróprias com suas filhas de criação. Por isso, reflitam: como tem sido o comportamento de suas filhas em casa?
Hoje em dia, a forma de se vestir é bastante voltada para a exposição do corpo. Recentemente, na rádio “Verde Mares de Fortaleza”, foi mencionado que 55% das mulheres no Brasil são vítimas de estupro. Além disso, programas jornalísticos na TV reportaram que cinco mil mulheres são estupradas anualmente e, em certas entrevistas (IPEA), 26% da população acredita que mulheres que se vestem de maneira sensual merecem esse tipo de agressão.[1].
Os outros comentaram que, segundo a legislação brasileira, “a mulher é livre” e sendo assim, ela pode escolher como se comportar. Concordo! Contudo, quero fazer uma ressalva: (deve-se comportar com decência, conforme 1 Timóteo 2:9; 1 Pedro 3:4-5). A Bíblia também afirma: “De que se queixa, pois, o homem” (Lm 3:39). Lembramos que o que plantamos é o que colhemos (Gl 6:7; Pv 1:31; 2 Co 9:6). Em Tiago 1:21 está escrito: “Portanto, deixem todo costume imoral e toda má conduta. Aceitem com humildade a mensagem que Deus planta no coração de vocês, a qual pode salvá-los”. Romanos 13:13 nos orienta: “Vivamos decentemente, como pessoas que vivem na luz do dia. Nada de festas, bebedeiras, imoralidade ou indecência...”. A mídia propaga que as mulheres devem se apresentar de forma muito provocante, enquanto Deus ensina que devem se comportar com decência. Os costumes de Sodoma e Gomorra estão se espalhando pelo mundo, não apenas no Brasil.
Deus trará juízo; muitos países já estão sendo afetados pela natureza, o que representa a ira de Deus. Ele não se deixe escarnecer, pois “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7).
Atualmente, as mulheres são frequentemente encaradas pelo capitalismo e por muitos homens como meros objetos no mercado de trabalho. Existe uma pressão para que pais apresentem suas filhas bonitas de maneira provocativa, e isso é observado até mesmo por aqueles que se dizem cristãos. É importante ter cuidado, pois a Bíblia alerta: “Pois o tempo de começar o julgamento já chegou, e os que pertencem ao povo de Deus serão os primeiros a serem avaliados”. Se o julgamento inicia conosco, o que esperar daqueles que não aderem ao evangelho de Deus?
Como está escrito: v. 18 “Se é difícil para os justos serem salvos, o que será dos pecadores que ignoram a Deus?”
V. 19 “Portanto, aqueles que sofrem, pois isso é a vontade de Deus para eles, devem, através de suas boas ações, entregar-se completamente aos cuidados do Criador, que sempre cumpre Suas promessas” (1 Pd 4:17-19). Vamos ser praticantes da palavra, e não apenas ouvintes (Tg 1:22). Pai, lembre-se: “... soldado de Cristo, não se deixe prender pelos negócios deste mundo, pois assim você não poderá agradar aquele que o alistou em Seu exército” (Tt 1:6).[3]).
Devemos ser fiéis à nossa palavra e não apenas ouvintes.
Tiago 3:10 afirma: "De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim".
Tiago observa que as palavras de uma pessoa são um reflexo da sua espiritualidade; elas revelam o que está em seu coração.
O grande desafio é que muitos se convertem, mas não transformam sua linguagem. Assim, suas bocas se tornam fontes de subversão e desgraça, falando palavras maliciosas e falsas.
Em Provérbios 11:9, encontramos: "O hipócrita com a boca destrói o seu próximo".
Certa vez, havia uma mãe que costumava falar palavrões para seus filhos. Um dia, enquanto estava no quintal de casa, seu filho fez algo que a desagradou, e, como de costume, ela soltou o verbo — especialmente quando acreditava que não havia crentes por perto. De repente, passou por ali um irmão, e ao vê-lo, colocou as mãos na cabeça e exclamou: "Esse menino me deixa louca e me faz pecar". Ela era uma crente, se é que o era.
Agora, pergunto: será que o Espírito Santo só está presente quando um crente está por perto? A Bíblia nos ensina que o Espírito habita em todos os crentes, e não apenas nos que estão ao nosso redor. Em João 14:16, lemos: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco [todos] para sempre". Devemos ter cuidado; as palavras têm poder. O livro de Gary Haynes relata casos de pessoas que, ao usarem palavras imprudentes, enfrentaram sérios problemas.
Um casal adorável, com três filhos lindos, estava se preparando para servir a Deus em um ministério ao estudar em um seminário. Todos que os viam juntos concordavam que formavam um belo par e, além disso, eram muito talentosos e carismáticos.
A esposa amava tanto seu marido que frequentemente dizia: "Se for para perder meu marido para outra mulher, prefiro morrer antes".
Os anos se passaram e o casal já atuava como ministros em uma cidade específica. Contudo, o marido começou a distanciar-se de Deus e sua espiritualidade esfriou. Nesse contexto, ele cedeu à tentação e iniciou um relacionamento extraconjugal.
A traição foi descoberta, mas antes que ele decidisse se iria terminar o casamento, a esposa foi diagnosticada com um tumor no cérebro, e os médicos previram que ela teria pouco tempo de vida. E assim ocorreu. As palavras que ela havia repetido tantas vezes se tornaram realidade.
De fato, ela não perdeu o marido para a outra mulher, pois faleceu antes que isso acontecesse, exatamente da maneira que sempre afirmara que desejava. Ela compreendeu, tarde demais, o imenso poder que nossas palavras possuem. O mais triste é que, ao pronunciar frases de morte sobre si mesma, ela acreditava que eram apenas expressões de apego ou carinho, sem consequências reais.
A Bíblia nos adverte que somos os principais afetados por nossas palavras destrutivas. O que dizemos pode até influenciar a forma como Deus nos julga. A advertência de Jesus merece máxima atenção: “Digo-vos que toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado” (Mt 12:36, 37).
Conscientes da enorme influência que nossas palavras exercem, deveríamos ter muita cautela ao nos expressar e nunca utilizar nossa fala para propagar calamidades.
A Bíblia nos adverte sobre o poder das palavras:
Em Colossenses 4:4, lemos que devemos nos expressar de maneira apropriada: “para que o manifeste, como me convém falar”.
Salmos 50:19 nos alerta: “Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano”.
Nossas palavras negativas não são apenas a saída do ar pela boca; elas podem agir como flechas que têm o potencial de causar a morte, conforme Jeremias 9:8 declara: "A língua deles é uma flecha mortal".
Colossenses 4:6 reforça: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um”.
A proferir palavras nocivas e prejudiciais sem refletir pode resultar em consequências sérias, afetando até mesmo nossa vida. É fundamental ter cuidado e evitar afirmações destrutivas.
Existem mães que, em momentos de raiva, acabam despejando palavras tóxicas sobre seus filhos, amaldiçoando-os impulsivamente, e depois se arrependem. Paulo nos lembra: “Porque ainda sois carnais...” (1 Co 3:3).
Em 2 Timóteo 1:14, somos orientados a “guardar o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós”.
Hebreus 12:1 nos exorta a deixar de lado tudo que nos impede e a correr com perseverança a corrida proposta a nós.
Colossenses 3:8 nos instruí: “Mas agora livrem-se de tudo isto: da raiva, da paixão e dos sentimentos de ódio. E que não saia da boca de vocês nenhum insulto e nenhuma conversa indecente”.
Provérbios 18:21 diz: “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto”. Esses versículos corroboram a ideia sobre o potencial destrutivo da língua fora de controle, quando usada para causar morte em vez de vida.
A expressão “morte e a vida estão no poder” não se limita ao caráter figurativo; trata-se de um princípio real que possui consequências diretas e tangíveis em nossas vidas e nas de quem nos rodeia.
No mundo antigo, a maldição, que contrasta com a bênção (cf. Dt 30:19), era considerada poderosa. Amaldiçoar alguém vai além de apenas lançar pragas; implica o desejo de que essa pessoa seja afastada da presença de Deus e sofra punição eterna. Jesus ensinou seus discípulos a não amaldiçoarem outros, mas sim a abençoar aqueles que os ofendem (Lc 6:28; cf. Rm 12:14). A gravidade da maldição está na realidade de que quem amaldiçoamos foi criado à imagem de Deus, reforçando a advertência dos rabinos: "Não se deve dizer: ‘Que meu próximo seja humilhado’, pois isso implica humilhar alguém criado à imagem divina" (Bereshith Rabba 24, sobre Gn 5.1).
Tiago manifesta de forma contundente o impacto negativo de nossas palavras, afirmando que a língua mal utilizada é um "mundo de iniquidade”, que "contamina a pessoa inteira, incendeia toda a trajetória de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno" e que é "um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero" (Tg 3:6, 8).
Os cristãos transformados pelo Espírito de Deus devem atuar com integridade e pureza de coração, expressando-se com palavras corretas e respeitosas.
Como diz Provérbios 25:15b: “... e a língua branda quebranta os ossos”. No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, uma das definições de branda é "de pouca intensidade". Esse versículo sugere que até uma palavra fraca pode ter o poder de quebrar ossos. Imagine então a força de uma palavra intensa! É essencial refletirmos sobre o que dizemos.
Muitos utilizam a expressão: Meu filho é uma bênção! de forma crítica, insinuando que na verdade é uma maldição. É fundamental ter cuidado, pois não se deve brincar com o nome do Senhor. Ao usar o nome de Deus ou de Jesus de maneira desnecessária, como um expletivo, corremos o risco de tomar Seu nome em vão, desrespeitando Sua santidade. O nome do nosso Deus não deve ser proferido de maneira aleatória ou trivial.
Antigos escribas demonstravam imenso respeito pelo nome do Senhor. Sua reverência era tanta que, ao transcrever os antigos manuscritos das Escrituras Sagradas, antes de reproduzirem o nome de Deus, passavam por um rito de purificação, preparando-se para escrever o nome de Jeová.
A Bíblia narra histórias intrigantes sobre as consequências de utilizar o nome do Senhor de forma indevida, de maneira abusiva ou ridicularizada, e como Deus reage a isso. Em 2 Reis 18 e 19, é contada a saga do rei Ezequias, que enfrenta a ameaça de Senaqueribe, rei da Assíria.
Atualmente, invocamos o nome de Jesus, que é o nome acima de todos os nomes. "E tudo o que pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei" (Jo 14:13, 14).
Observemos o poder desse nome quando Ele se dirigiu aos soldados: "Sou Eu" (Jo 18:4-7). Ao usar o nome de Deus, o Eu Sou, naquele momento, foi revelado aos soldados. A declaração da divindade de Jesus e o impacto dessa revelação foram tão intensos que eles recuaram e caíram ao chão.
O rei Davi chegou a considerar como ímpias e odiosas as pessoas que utilizam o nome do Senhor em vão. Em Salmo 139:19-22, ele diz: "Ó Deus, tu matarás certamente o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue. Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão. Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos".
Em Tiago 2:7, encontramos a afirmação: "Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado?” A difamação do bom nome era considerada extremamente grave pela igreja primitiva.
Se você tem utilizado o nome do Senhor de maneira indevida e se afastado do poder que ele oferece, reconheça isso agora, busque perdão e a ajuda do Espírito Santo para não repetir esses erros.
Não amaldiçoe seu filho; em vez disso, abençoe-o, pois eles são a bênção do Senhor.
Salmos 127:3 nos lembra: “Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão”.
Provérbios 10:22 diz: “A bênção do SENHOR é que enriquece, e ele não acrescenta dores”.
Finalizo com essas palavras de Gary Haynes:
PASSOS PARA VIVER O PODER DA LÍNGUA
Elimine qualquer palavra de morte que já foi proferida por você. Solicitando a ajuda do Espírito Santo, recorde-se das declarações passadas e, a partir de agora, faça pronúncias de vida e bênçãos, desafiando o poder da morte.Busque o perdão de Deus por entristecer o Espírito Santo ao usar desrespeitosamente o nome do Senhor. Comprometa-se seriamente a nunca mais fazer uso do nome d'Ele em vão. Peça a Deus uma renovação de reverência em seu coração em relação ao Santo Nome.
Comece a pronunciar palavras inspiradas nas promessas contidas na Palavra de Deus, liberando o poder sobrenatural do Espírito Santo. Aproveite o canal de bênçãos que o Senhor deseja proporcionar a você.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira (27) revela que 58,5% dos participantes concordam total ou parcialmente (sendo 35,3% totalmente e 23,2% parcialmente) com a afirmação "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros". Por outro lado, 37,9% dos entrevistados discordam total ou parcialmente (30,3% totalmente e 7,6% parcialmente) dessa afirmação, enquanto 3,6% se dizem neutros a respeito do tema.
Douglas J. Moo. Tiago - Introdução e Comentário. Título original: The Letter of James, An Introduction and Commentary. Traduzido por Robinson Malkomes. Reimpressões de 2011. Editora Vida Nova – SP, p. 127.
Rev. David Silversides. “Moderação Cristã no Vestir”, 1ª Edição em Português – outubro de 2012 - Edição Digital. Editora Os Puritanos 2012, p. 5, 6.
Rádio Verde Mares. “Programa João Inácio Junior” em 27/03/2014.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
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