CONTRADIÇÕES BÍBLICAS

 

Respostas para suas dúvidas

A Bíblia não contém erros, como já foram mencionados neste blog, os erros que existe não tira a sua inspiração.

 A Bíblia utiliza uma linguagem simples e comum, do quotidiano, que destaca a ocorrência de um não tem uma base científica. Isso não quer dizer que os autores usassem uma linguagem anti-científica ou que negassem a ciência, mas sim uma linguagem popular para descrever fenómenos científicos. (GEISLER, 1997, p.23).[i] Para compreender as escrituras, é necessário entender as três linguagens da Bíblia: a linguagem literal, a linguagem figurativa e a linguagem simbólica. A linguagem literal refere-se à interpretação ao pé da letra, enquanto a linguagem figurativa abrange as figuras de linguagem presentes na Palavra de Deus. No entanto, é importante lembrar que "é o Espírito que abre os olhos do entendimento" (Lucas 24.45).

Conforme afirmou Vilson Scholz, "A Bíblia não contém contradições, ela se interpreta a si mesma; a Bíblia também se explica por si só, sendo sua própria intérprete". (SCHOLZ, 2006, pp.10,11).[ii]

O mesmo indivíduo ainda acrescentou:

A Bíblia não tem como objetivo contar histórias antigas ou satisfazer a curiosidade dos seus leitores sobre o passado, presente ou futuro. Ela não é um livro que contém todas as respostas, pelo menos não as respostas específicas para perguntas muitas vezes sem grande importância. No entanto, ela responde às grandes questões da vida e da morte. A grande novidade da Bíblia também não está no seu ensino ético. O que a Bíblia realmente quer é tornar-nos sábios para a salvação pela fé em Cristo Jesus, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2Tm 3.14-17).

No Livro Cristianismo em Crise, Hank Hanegraaff,[1] utilizando a palavra ligths, em inglês, mostra como se deve interpretar as Sagradas Escrituras.

Hank Hanegraaff destacou que um método eficaz para combater o ensino herético é através de um sólido treinamento hermenêutico, que consiste na ciência e na arte da interpretação bíblica. A hermenêutica é considerada uma ciência por estar fundamentada em regras específicas, enquanto também é uma arte devido ao envolvimento da intuição e análise perspicaz. Um acrônimo útil para lembrar as diretrizes hermenêuticas é L-I-G-H-T-S ("luzes"). Esse método irá esclarecer o caminho enquanto se navega pela Palavra. O acrônimo representa os seguintes elementos importantes na interpretação da Bíblia:

L = Interpretação Literal

I = Iluminação Espiritual

G = Princípios Gramaticais

H = Contexto Histórico

T = Ensino Teológico

S = Simetria Bíblica

Temos também na bíblia as figura de linguagem

O que são as figuras de linguagem

... São recursos linguísticos empregados pelo literato para expressar de modo concreto suas ideias, evocando algum tipo de imagem real, comparação, ou de correspondência entre as palavras e pensamento” (BENTHO, 2005, p. 307)[2]

A Bíblia utiliza várias figuras de linguagem, todas elas são importantes para ilustrar verdades profundas e divinas. Para compreender a Bíblia, é necessário conhecer essas figuras de linguagem. (PIONEIRA.2010)[3]

Por que usá-las?

Elas contribuem para a fixação da mensagem na mente, conferem clareza, causam impacto e também captam a atenção pela sua beleza.[4]

O Pr. João de Souza comentou: É fundamental ter em mente a importância do conhecimento das figuras de linguagem para a interpretação de textos. A palavra de Deus é composta por palavras ensinadas pelo Espírito Santo (1 Co 2.13; 1 Ts 2.13; 2 Tm 3.16; 2Pd 1.21, etc.). (Souza. 2010)[5]

CLASSIFICAÇÃO

Bentho (2005, p. 307 ss) categoriza as figuras de linguagem bíblicas da seguinte forma: Comparação: Símile e Metáfora. Dicção: Pleonasmo e Hipérbole. Relação: Sinédoque e Metonímia. Contraste: Ironia, Parábola, Litote e Eufemismo. Caráter pessoal: Prosopopeia e apóstrofe.

Vamos destacar alguas delas

ANTROPOMORFISMO - É a linguagem que atribui a Deus ações e características humanas, inclusive órgãos e membros do corpo humano. Por exemplo: "E o Senhor apreciou o agradável aroma e refletiu consigo mesmo... (Gn. 8.21). "Por que escondes a tua mão e a tua direita no teu seio?" (Sl. 74.11). (PIONEIRA.2010)

HIPÉRBOLE - Figura de estilo que recorre a um exagero óbvio e intencional para enfatizar ou causar uma impressão mais profunda. As hipérboles não devem ser interpretadas literalmente.

Jesus utilizou muitas figuras de linguagem no seu ensino. Por exemplo, ele disse: “Porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu próprio olho?” (Mt 7.3) Outro exemplo: “E nem um só cabelo da vossa cabeça perecerá” (Lc 21.18) É evidente que Jesus não estava a afirmar que todos os cabelos de cada um dos seus discípulos seriam preservados. Ele utilizou uma figura de linguagem para realçar que os seus seguidores seriam protegidos apesar de serem “odiados por todos”. (Lc 21:17).[6]

Passaram-se dez minutos, dez séculos de ansiedade para Lenita.” (Júlio Ribeiro) citado por Eduardo Cajueiro.

Torrentes de água derramaram os meus olhos por causa da destruição da filha do meu povo.” (Lm 3.48)

Aqueles que me aborrecem sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça...” (Sl 69.4)[7]

TROPOLOGIA - ( modo figurativo de fala ou escrita).[8]

METÁFORA - Uma comparação em que um elemento imita ou representa outro, quando são essencialmente diferentes (“Eu sou a porta” [Jo 10.7,9][9]

Alguns versículos com a figura de linguagem Metáfora

João 15.1; Mateus 5.13,14; Mateus 6.22; Mateus 26.26; Joao 7-9; Mateus 6.48; J0ão14. 6; Jeremias 50.6; Gênesis 49.9; Salmos 71.3; 23.1; Isaías 40.6; 10.46; 1 Pedro 1.24.

HISSOPO - Planta com folhas e ramos finos utilizada para borrifar sangue ou água durante cerimónias de purificação. Provavelmente, tratava-se da manjerona (Origanum maru; Origanum syriacum). O hissopo mencionado em João 19.29 poderia ser manjerona amarrada a um galho ou a uma haste de sorgo (Sorghum vulgare), uma vez que esta planta poderia ser suficientemente longa para levar a esponja com o vinho azedo à boca de Jesus. (Êx 12:22; Sl 51:7).[10]

HIPOCATÁSTASE - A hipocatastase é uma figura de linguagem que faz uma comparação implícita, utilizando uma palavra no lugar de outra com a qual possui uma relação de semelhança no contexto específico. No trecho "Eis os Cordeiro de Deus" (João 1.29), o termo "Cordeiro de Deus" é uma hipocatastase que se refere a Jesus Cristo. A semelhança é indicada diretamente, pois Jesus é associado a um cordeiro, sugerindo sua pureza, sacrifício e redenção, como o cordeiro sacrificial do Antigo Testamento.

PROSOPOPEIA - A prosopopeia é uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados, irracionais ou abstratos. Aqui estão os exemplos bíblicos fornecidos:

"Todos os meus ossos dirão: Senhor, quem contigo se assemelha?" (Salmos 35:10) - Neste versículo, os ossos são personificados, sendo atribuída a eles a capacidade de falar e expressar louvor ao Senhor.

"Pergunte agora às alimárias; e cada uma delas te ensinará; e as aves dos céus, e elas te falarão saber". (Jó 12:7) - Neste caso, animais como as alimárias e as aves dos céus são personificados, sendo apresentados como capazes de ensinar e falar conhecimento.

"A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim". (Gênesis 4:10) - Aqui, o sangue de Abel é personificado como tendo uma voz que clama a Deus da terra, após o assassinato cometido por Caim.  (PIONEIRA.2010)

PROSOPOPEIA - A personificação consiste na atribuição de características, ações ou sentimentos humanos a seres inanimados, irracionais ou abstratos. O coqueiro não se importava com o vento que lhe desarrumava os cabelos, e continuava a interagir com o mar em fúria. (Preocupar-se e interagir são comportamentos próprios de pessoas, não de coqueiros e mares.)

"…os montes e os outeiros exultarão diante da vossa presença, e todas as árvores do campo aplaudirão." (Is 55.12) (A capacidade de exultar e aplaudir pertence aos seres humanos, não aos outeiros e árvores.)

Clamar e responder são atitudes próprias de seres humanos, não de paredes e vigas.[11]

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⇛ Saiba Mais ⇚ 



[1] HANEGRAAFF, H. (s.d.). Cristianismo em Crise. RJ: CPAD.

[2] BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada. 3 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

[3] PIONEIRA. ASSEMBLEIA DE DEUS A. ALGUMAS LINGUAGENS FIGURADAS DA BÍBLIA Dispunível em Nov-2010 https://adpioneiramidia.webnode.com.br/news/algumas-linguagens-figuradas-da-biblia/> Acessado em 20 Set. 2021.

[4] FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTO BÍBLICO Site Teologia & Discernimento"— Transcrição da apresentação. Disponível em  https://slideplayer.com.br/slide/13049958/

[5]  SOUZA  Pr. João de.  Figuras de linguagem Acessado em 7 Jan. 20210 < https://www.pastorjoaodesouza.com.br/123/?p=936 > Disponível em 16  Set. 2021

[6]  Disponível em 15 Set 2021: < https://www.jw.org/pt/biblioteca/livros/glossario-da-biblia/hiperbole/

[7] Eduardo Cajueiro “FIGURAS DE LINGUAGEM” . disponível em 16 Fev.. 2011  <http://gramaticanabiblia.blogspot.com/2011/02/figuras-de-linguagem-grupo-1.html>  disponível em 16 Set. 2021

[8] FEST – Filemom Escola Superior de Teologia “Formando Obreiros Aprovados”, Grego, p. 25

[9] "FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTO BÍBLICO Site Teologia & Discernimento"— Transcrição da apresentação. Disponível em   https://slideplayer.com.br/slide/13049958/

[10]  Disponível em 15 Set 2021: < https://www.jw.org/pt/biblioteca/livros/glossario-da-biblia/hiperbole/

[11] Gramática na Bíblia http://gramaticanabiblia.blogspot.com/2011/02/figuras-de-linguagem-grupo-1.html



[i] GEISLER, Norman & William Nix. Introdução Bíblica - Como a Bíblia Chegou Até Nós, editora vida, SP, ed. 1997.

[ii] SCHOLZ, Vilson. Princípios de Interpretação Bíblica. Editora ULBRA. 1 Edição 2006.

DINHEIRO NA BÍBLIA

O dinheiro é o objeto mais comum em todo o mundo, utilizado para comprar, vender e trocar bens. Sem dinheiro, a economia global estaria paralisada.

Antigamente, as mercadorias eram trocadas diretamente, com seu valor avaliado pelo tempo de produção, pela força de trabalho envolvida e pela importância da troca. Com a introdução da moeda, o valor do produto não dependia mais da força de trabalho envolvida na produção. Com o surgimento dos bancos, o dinheiro se tornou a própria mercadoria.

As moedas surgiram quando os metais começaram a ser usados como padrões de peso e valor. Algumas moedas tinham marcas identificadoras, referindo-se a regiões, países ou reis específicos.

A criação de um objeto metálico com valor estipulado pelo Estado, denominado "dinheiro", teve origem na Grécia no século VII a.C. (600-700 a.C), durante o reinado de Senaqueribe.

Heródoto menciona que Creso, da Lídia (562-546 a.C.), foi quem introduziu as moedas. Suas moedas de ouro eram chamadas croesides.

O primeiro rosto a ser gravado em uma moeda foi o de Alexandre, o Grande.

As moedas judaicas. Antíoco VII concedeu a Israel o direito de cunhar suas próprias moedas (140 a.C), conforme descrito em Macabeus 15.16. As moedas eram cunhadas em bronze.

No Novo Testamento, havia quatro tipos de moedas em circulação na Palestina no século I d.C.

1.  Denário: Era a moeda mais comum e tinha um valor aproximado de um dia de trabalho para um trabalhador comum. Era frequentemente mencionado nas escrituras, como na parábola dos trabalhadores na vinha (Mateus 20:2).

2.  Dracma: Uma moeda grega que era equivalente a cerca de um dia de trabalho, mas não era tão comum quanto o denário. Mencionada no Novo Testamento na parábola da mulher que perdeu uma dracma e a encontrou (Lucas 15:8-10).

3.  Quadrante: Uma moeda de baixo valor, equivalente a um quarto de um denário. Mencionada no Novo Testamento na história da viúva pobre que deu duas pequenas moedas (Marcos 12:42).

4.  Assário: Uma moeda de cobre de baixo valor, equivalente a um décimo de um denário. Mencionada no Novo Testamento na história da oferta da viúva pobre (Lucas 21:1-4).

DINHEIROS MENCIONADOS NA BÍBLIA SÃO:

 

- Siclo (Êxodo 30.13) - Valia cerca de três centavos de dólar.

- Dracma (Lucas 15.8) - Moeda de prata equivalente a aproximadamente onze centavos de dólar.

- Estáter (Mateus 17.27) - Moeda grega equivalente a cerca de quatro dracmas, ou seja, aproximadamente quarenta e quatro centavos de dólar.

- Mina (Lucas 19.13) - Não era uma moeda, mas sim uma unidade monetária grega, equivalente a cem dracmas.

- Talento (Mateus 18.24) - Moeda grega que valia aproximadamente mil e quinhentos dólares.

- Asse (Mateus 10.29) - Moeda romana que tinha o valor de um centavo.

- Quadrante (Marcos 12.42) - Moeda romana de cobre que valia um quarto de centavo.

- Denário (Mateus 18.28) - Moeda de prata do grande império romano. Em tempos normais, seu valor era de cerca de vinte centavos, mas durante o domínio de Nero, sofreu uma desvalorização, chegando a valer apenas onze centavos. Na parábola dos dois devedores, o servo não quis perdoar seu conservo pelos onze dólares que esse lhe devia; no entanto, o rei lhe havia perdoado cerca de quinze milhões de dólares.

- O presente que Naamã ofereceu a Eliseu, do qual Geazi finalmente se apropriou, equivalia a aproximadamente 48.000 dólares.

- Judas vendeu a Jesus por 30 moedas de prata, equivalentes a cerca de 20 dólares.

- O preço pelo qual os irmãos de José o venderam correspondia a aproximadamente 13 dólares.

DINHEIRO NO BRASIL

No mundo do papel, no Brasil, surgiu a emissão de bilhetes bancários pelo Banco do Brasil em 1810 d.C. Inicialmente em branco, esses bilhetes tinham o valor preenchido à mão, semelhante ao preenchimento de cheques atualmente. No entanto, essa técnica era insegura, levando os governos a emitir cédulas com valor pré-determinado para evitar fraudes e falsificações.

A economia brasileira passou por diversas fases e crises até a introdução do real. Tanto a primeira como a última moeda a circular no Brasil foram chamadas de real, de origem portuguesa. Conheça as principais etapas da evolução do dinheiro no Brasil.

1.  Real (R), do Período Colonial, até 1833. Também conhecido popularmente como Réis.

2.  Mil Réis (Rs), circulação intensa a partir do Segundo Império, até 1942.

3.  Cruzeiro (Cr$), desde a Segunda Guerra, quando o mundo sofreu uma inflação até 1967.

4.  Cruzeiro Novo (NCr$), o poder de compra do Cruzeiro diminuiu devido à inflação, e 3 zeros do Cruzeiro são cortados, até 1970.

5.  Cruzeiro (Cr$). Em 1970, o antigo Cruzeiro Novo voltou a ser chamado de Cruzeiro, até 1986.

6.  Cruzado (Cz$). Em 1986, o Plano Cruzado entra em vigor e 3 zeros existentes no Cruzeiro são cortados, até 1989.

7.  Cruzado Novo (NCzr$). No começo do ano de 1989, o Plano Verão foi criado, houve o congelamento de preços e a origem do Cruzado Novo, até 1990.

8.  Cruzeiro (Cr$), em 1990, o então presidente Collor bloqueou as aplicações e o dinheiro volta a ser chamado de Cruzeiro até 1993.

9.  Cruzeiro Real (CR$), em 1993 houve uma inflação de 3.700% e a moeda em vigor era o Cruzeiro Real, tendo a sua duração de 11 meses, até 1994.

10. Real (R$), em 1994, o presidente do Brasil Itamar Franco criou o real, cuja moeda é válida como dinheiro até nos dias atuais.

O dinheiro é um dos objetos mais comuns e importantes no mundo. Sem ele, a venda e troca de artigos essenciais para a sobrevivência humana não seria possível. Não existiria riqueza ou economia, e o fator mais importante relacionado ao poder no mundo não teria origem pré-histórica e não seria representado pelas cédulas de papel.

OS DISCÍPULOS

Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse. Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.” João 15.18-21.

Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sedes prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas Mateus 10.16-17.

1º O único seguidor de Cristo cujo fim consta na Bíblia é Judas Iscariotes, que traiu Cristo, influenciado pelo diabo. Enforcou-se, corroído pelo remorso Mateus 27.3-5.

2º Um dos apóstolos cuja morte está registrada nas Escrituras é Tiago (o irmão de João) Atos 12.1-2.

Pedro teria sido crucificado em Roma quando da perseguição do imperador Nero aos cristãos.

André, irmão de Pedro, de acordo com a crença, foi amarrado a uma cruz em forma de "X" na Grécia, onde foi para pregar o Evangelho. Também se afirma que ele foi sepultado em Patras, cidade da Acaia, após ser crucificado por Egéias, o governador dos edessenos. (FOXE, 2003, p. 17,18)[i]

Tomé, o que só acreditou na ressurreição de Jesus após ver e tocar seus estigmas tornou-se um dos mais ativos pregadores no leste da Síria. Teria sido morto na Índia por lanças de soldados locais.

Filipe teria sido executado por ordem de um nobre de Cartago (norte da África, então Ásia Menor), irado por sua esposa ter se convertido ao cristianismo pelo, o apóstolo. Uns afirmam que foi preso e torturado até morrer, enquanto outros defendem que foi crucificado. Há ainda quem diga que foi crucificado e apedrejado na Frígia, na atual Turquia.

Mateus, o ex-publicano (coletor de impostos), teria sido apunhalado na Etiópia, segundo a tradição. Acredita-se que Mateus tenha sido morto enquanto pregava o evangelho na Etiópia, onde ele teria sido martirizado por sua fé. Sua morte é lembrada como um exemplo de devoção e coragem para os seguidores do cristianismo. A tradição relata que Mateus foi fiel até o fim, mesmo diante da perseguição e do martírio. Sua memória é honrada e sua história é contada como um testemunho da força da fé.

Bartolomeu foi esfolado vivo e decapitado a mando do dirigente de Albanópolis, atual Derbent, na Rússia, onde ele teria chegado a trabalho de evangelização. Segundo Foxe, Bartolomeu que também pregou aos indianos e que traduziu o evangelho de S. Mateus para a língua deles. Por fim, em Albinópolis, cidade da grande Armênia, após várias per-seguições, foi abatido a bordoadas e depois crucificado. Em seguida, após ser esfolado, foi decapitado (FOXE, 2003, p 17).[ii]

Tiago, filho de Alfeu, pode ter sido apedrejado na cidade logo após a morte do governador romano Pórcio Festo, no ano 62, segundo o historiador Flávio Josefo em sua famosa obra “Antiguidade Judaica”.

10º Simão, o Zelote, conforme dizem, foi morto a machadadas após negar sacrificar ao deus Sol, pela multidão instigada por sacerdotes pagãos e autoridades, juntamente com Judas Tadeu. A sua recusa em adorar uma divindade pagã levou à sua morte brutal, demonstrando a sua firmeza na sua fé. Este evento trágico é um testemunho do seu compromisso com os princípios da sua religião e da sua coragem perante a perseguição religiosa.

11º Tadeu, martirizado a machadadas pelas autoridades persas e pela multidão instigada por sacerdotes zoroastristas juntamente com Simão, o Zelote.

12º João, o apóstolo do Apocalipse, pode ter sido o único discípulo direto de Jesus que teve morte natural, atingindo idade bem avançada (por volta de 100 anos). Fugindo à perseguição do imperador romano Domiciano, refugiou-se na ilha de Patmos, na Grécia, onde teria tido as visões que resultaram no texto do último livro bíblico, o Apocalipse. Segundo o historiador Eusébio de Cesareia, teria morrido em Éfeso.

Quanto aos outros discípulos diretos de Jesus, e aos que não o conheceram pessoalmente, mas o seguiu fielmente, como Paulo, suas mortes são conhecidas mais devido à reminiscência que a registros históricos. Os dados são dúbios, mas é o que de mais próximo encontramos hoje.

Matias, que substituiu Judas Iscariotes (Atos 1.15-26), segundo a tradição, seguiu a pregar pela Síria com André. Teria sido executado numa fogueira.

Marcos, o evangelista e primeiro bispo de Alexandria, difundiu o evangelho no Egito e acabou por ser amarrado, arrastado para a fogueira e queimado. Posteriormente, foi sepultado num local chamado "Bucolus", durante o reinado do imperador Trajano. (FOXE, 2003, p 17).[iii]

Lucas, o médico, teria sido enforcado em uma árvore na Grécia. A trágica história de Lucas, um médico respeitado em sua comunidade, chocou a todos. As circunstâncias que levaram a esse terrível desfecho ainda são um mistério, mas muitos acreditam que tenha sido um ato de violência sem sentido. Sua morte deixou um vazio na comunidade, e sua ausência é sentida por todos que o conheciam. As autoridades continuam investigando o caso, na esperança de encontrar respostas e justiça para Lucas. Enquanto isso, sua memória vive através das vidas que ele salvou e do legado que deixou para trás. Que sua alma descanse em paz.

E por último Paulo, o grande apóstolo dos  gentios, segundo a tradição cristão, foi decapitado em Roma por ordem do tirano Nero.

Embora descobrir como os apóstolos morreram seja de interesse geral e isso não possa ser comprovado (excetuando-se Judas Iscariotes e Tiago), é bem mais importante saber que todos estavam dispostos a dar suas vidas pela fé em Jesus Cristo.



[i] FOXE, John “O livro dos mártires”. Traduzido por Almiro Pizetta. Editora: Mundo Cristão. SP, 2003.

[ii] FOXE, p. 17.

[iii] FOXE,  p. 17.