UM CRISTÃO VERDADEIRO PODE SER ALVO DE PRÁTICAS DE MACUMBA, BRUXARIA E FEITIÇARIA?

Introdução: A questão da influência do mal na vida dos cristãos é um tema que desperta curiosidade e preocupação em muitos fiéis. Diante das práticas de macumba, bruxaria e feitiçaria, surgem dúvidas sobre até que ponto essas investidas podem afetar a vida daqueles que creem em Deus. Neste estudo, analisaremos o que a Bíblia tem a dizer sobre essa questão, explorando passagens relevantes e esclarecedoras.

Estudo sobre a Proteção Divina e as Investidas do Mal na Vida do Cristão

1.   A Segurança da Salvação em Cristo: O cristão genuíno é selado com o Espírito Santo após crer em Jesus Cristo como seu Salvador (Efésios 1.13). Essa selagem representa a identificação como propriedade exclusiva de Deus, conferindo aos crentes o status de filhos do Altíssimo (1 Pedro 2.9).

2.   A Proteção Divina contra o Maligno: A Bíblia assegura que o Maligno não pode tocar nos filhos de Deus (1 João 5.18). Embora Satanás tente tentar os crentes, sua ação é limitada, e os fiéis podem resistir às suas investidas permanecendo vigilantes (1 Pedro 5.8).

3.   Ineficácia dos Trabalhos de Feitiçaria: Conforme as Escrituras, as práticas de macumba, bruxaria e feitiçaria não têm poder sobre os filhos de Deus. Encantamentos e adivinhações são ineficazes contra aqueles que são abençoados pelo Senhor (Números 23.23; 22.12).

4.   Confiança na Bênção Divina: Mesmo diante de possíveis trabalhos malignos, o crente confia na bênção de Deus sobre sua vida (Efésios 1.3). Qualquer tentativa de prejudicá-lo é fútil diante do poder e da proteção do Altíssimo.

5.   Aceitação das Provações como Parte do Plano Divino: Embora os crentes não sejam imunes às provações, estas ocorrem com a permissão de Deus e têm propósitos redentores. O exemplo de demonstra que o mal só pode agir dentro dos limites estabelecidos pelo Senhor (Jó 1.12).

Conclusão: Diante das incertezas e temores em relação às investidas do mal, os cristãos encontram segurança na palavra de Deus. A confiança na proteção divina e na vitória de Cristo sobre o mundo oferece conforto e paz, mesmo diante das adversidades. Portanto, o crente não deve temer as práticas malignas, mas sim depositar sua fé no Deus Todo-Poderoso, que guarda e protege aqueles que são seus filhos. Conforme prometido nas Escrituras, nenhum mal prevalecerá contra os que confiam no Senhor (Salmos 91.10-11).

As referências bíblicas citadas no texto são:

1.   Efésios 1:13 - "em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa"

2.   1 João 5:18 - "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca."

3.   1 Pedro 5:8 - "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar."

4.   Números 23:23 - "Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus!"

5.   Números 22:12 - "Então, disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado."

6.   Efésios 1:3 - "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,"

7.   João 16:33 - "Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo."

8.   Jó 1:12 - "Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR."

9.   Lucas 12:4-5 - "Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer."

Salmos 91:10-11 - "Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos".

A SORTE É REAL? O QUE A BÍBLIA TEM A DIZER SOBRE ESTE ASSUNTO?


Sempre me questionei sobre a existência da sorte. Será que as coisas boas e ruins que acontecem em nossas vidas são resultado da sorte, ou da falta dela? A Bíblia oferece alguma orientação sobre esse assunto?

Caro leitor, para responder à sua pergunta, vamos analisar o que geralmente é dito em nosso mundo e nos nossos dicionários sobre a sorte e depois comparar com o que a Bíblia Sagrada nos diz sobre esse assunto. Com essa comparação, estou confiante de que chegaremos a uma conclusão. Sorte, o que as pessoas e o dicionário dizem:

A questão da sorte é realmente interessante e a Bíblia oferece uma perspectiva única sobre isso. Aqui estão algumas reflexões sobre o tema:

1.              Conceito de sorte: O entendimento comum da sorte é muitas vezes associado ao acaso ou ao destino, como algo que acontece sem controle humano ou intervenção divina direta. No entanto, como mencionado na análise, a Bíblia apresenta uma visão diferente, onde a sorte é vista como um meio pelo qual a vontade soberana de Deus é manifestada em situações específicas.

2.              Uso dos sorteios na Bíblia: Os exemplos bíblicos de sorteios, como aqueles mencionados nos textos de Levítico, Provérbios e Atos, mostram como os sorteios eram utilizados como um meio de discernir a vontade de Deus em determinadas situações. Em vez de confiar no acaso, as pessoas lançavam sortes buscando a orientação divina.

3.              Vontade soberana de Deus: A ênfase na vontade soberana de Deus é central na compreensão bíblica da sorte. Embora os sorteios fossem usados, acreditava-se que a decisão final vinha do Senhor. Isso reflete a crença na providência divina, ou seja, que Deus governa e dirige todas as coisas de acordo com o Seu propósito.

4.              Interpretação cristã: Para os cristãos, a compreensão da sorte está enraizada na confiança na soberania de Deus e na Sua capacidade de guiar e dirigir as circunstâncias da vida. Em vez de depender da sorte no sentido secular, os crentes confiam na providência divina e buscam discernir a vontade de Deus através da oração, da sabedoria e da orientação do Espírito Santo.

Portanto, embora o conceito de sorte possa ser interpretado de maneiras diferentes, a perspectiva bíblica oferece uma compreensão profunda e significativa que reconhece a intervenção soberana de Deus na vida das pessoas e na condução dos eventos. Em vez de confiar no acaso, os cristãos confiam na vontade soberana e na orientação de um Deus amoroso e sábio.

Aqui estão as referências bíblicas mencionadas no texto:

1.   Levítico 16:8 - "Lançará sortes sobre os dois bodes: uma, para o SENHOR, e a outra, para o bode emissário."

2.   Provérbios 18:18 - "Pelo lançar da sorte, cessam os pleitos, e se decide a causa entre os poderosos."

3.   Números 26:55 - "Todavia, a terra se repartirá por sortes; segundo os nomes das tribos de seus pais, a herdarão."

4.   Atos 1:26 - "E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos."

5.   Provérbios 16:33 - "A sorte é lançada no colo, mas a decisão vem do Senhor."

HÁ UMA APARENTE CONTRADIÇÃO NOS RELATOS SOBRE A MORTE DE JUDAS NOS DOIS LIVROS DA BÍBLIA?


No livro de Atos 1.18, Judas morreu ao se jogar de um barranco, enquanto em Mateus 27.5, Ao comparar os textos de Mateus 27:5 e Atos 1:18, é evidente que ambos descrevem o evento da morte de Judas, mas com diferentes níveis de detalhes. Aqui estão algumas observações sobre esses textos:

1.   Objetividade vs. Detalhamento: Mateus é mais sucinto em sua narrativa, concentrando-se no ato principal de Judas, que é o suicídio por enforcamento. Ele não entra em detalhes sobre os eventos que se seguiram após o enforcamento. Por outro lado, Lucas, em Atos, fornece mais detalhes sobre as circunstâncias da morte de Judas, incluindo o adendo sobre o campo adquirido com o dinheiro da traição e o resultado da queda de Judas.

2.   Complementaridade das Narrativas: Embora os detalhes adicionais fornecidos por Lucas em Atos possam parecer diferentes da narrativa de Mateus à primeira vista, na verdade eles complementam a história. Enquanto Mateus se concentra no ato de Judas, Lucas esclarece os detalhes do resultado desse ato, explicando como o corpo de Judas foi encontrado e as consequências da sua queda.

3.   Interpretação não contraditória: Não há contradição entre os dois relatos, mas sim uma complementaridade que fornece uma compreensão mais completa do evento. Ambos os autores estavam interessados em transmitir a mensagem central, mas abordaram a narrativa de maneiras ligeiramente diferentes, de acordo com seus propósitos e estilos individuais de escrita.

4.   Questões não respondidasExistem algumas incertezas em relação aos detalhes precisos da morte de Judas, como o momento exato em que ele morreu durante o enforcamento ou a queda subsequente, bem como os detalhes específicos do mecanismo da queda. No entanto, essas questões menores não comprometem a integridade ou a consistência dos relatos bíblicos. Em resumo, ao examinar os textos de Mateus e Atos, não encontramos uma contradição, mas sim uma complementaridade que enriquece nossa compreensão do evento da morte de Judas Iscariotes. Ambos os relatos são consistentes entre si e oferecem perspectivas diferentes sobre o mesmo acontecimento. 

    A passagem de Mateus 27:9 menciona a profecia de Zacarias 11:13, que diz: "Tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro, na casa do Senhor", que é erroneamente identificada como uma predição de Jeremias. O autor do primeiro evangelho talvez tivesse em mente os trechos de Jeremias 18:1-4; 19:1-3 e 32:6-15, mas a profecia é claramente aquela feita por Zacarias. Lucas (em Atos 1:20) cita os trechos de Salmos 69:25 e 109:8; e assim todo o incidente da morte de Judas Iscariotes é vinculado às profecias messiânicas, o que é visto como prova da validade das reivindicações messiânicas de Jesus, pois ele cumpriu, em sua vida terrena, até mesmo profecias obscuras e de ordem secundária.


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QUEM SÃO OS ESPÍRITOS EM PRISÃO? 1 PEDRO 3:19

A passagem em questão, 1 Pedro 3:19, é realmente complexa e tem gerado diferentes interpretações ao longo da história do cristianismo. Vou tentar resumir algumas das principais interpretações e abordagens sobre esse versículo:

1.   Interpretação Tradicional: Alguns intérpretes entendem que os "espíritos em prisão" são pessoas espirituais que pecaram nos dias de Noé e foram submetidas a algum tipo de prisão espiritual. Jesus, após Sua morte, teria pregado a eles, possivelmente oferecendo-lhes uma segunda chance de arrependimento e salvação. Essa visão é baseada em uma interpretação literal do texto e em tradições teológicas antigas.

2.   Interpretação dos Anjos Caídos: Outra interpretação sugere que os "espíritos em prisão" são anjos caídos que pecaram nos dias de Noé, conforme mencionado em Gênesis 6:1-4. Esses anjos teriam sido aprisionados como punição por sua rebelião. Jesus teria proclamado Sua vitória sobre eles após Sua morte e ressurreição, demonstrando Sua autoridade sobre os poderes espirituais malignos.

3.   Interpretação Alegórica: Alguns estudiosos propõem uma interpretação alegórica ou simbólica da passagem, argumentando que os "espíritos em prisão" representam a humanidade perdida ou cativa pelo pecado. Nessa visão, a pregação de Jesus aos espíritos em prisão simboliza Sua proclamação da salvação a todas as pessoas, tanto vivas quanto mortas, demonstrando o alcance universal de Sua obra redentora.

4.   Interpretação Apocalíptica: Outra interpretação sugere que os "espíritos em prisão" são seres espirituais malignos que foram derrotados por Cristo em Sua morte e ressurreição. Esses espíritos estariam sujeitos à autoridade de Cristo e seriam demonstrações do Seu triunfo sobre as forças do mal.

 

Segundo Brauch (1984), não está claro o que Pedro quer dizer quando menciona que Cristo pregou aos espíritos em prisão. Será que isso significa que Cristo está dando uma segunda chance para as pessoas que já morreram? O que será que esses seres estão fazendo na prisão? Poderá existir algum tipo de purgatório após a morte, onde as pessoas recebem uma segunda oportunidade?

O primeiro passo para compreender esta passagem é analisá-la no contexto. O texto está dirigido aos cristãos que enfrentam a possibilidade de perseguição. Pedro está dando o exemplo de Cristo, que também foi perseguido. Este facto é importante, pois os cristãos estão a ser encorajados a identificar-se com a experiência de Cristo. Jesus também sofreu. Na verdade, ele foi "condenado à morte no corpo" (NVI) ou "na carne" (RSV), mas "vivificado pelo Espírito" ou "no espírito". Embora seja difícil de compreender, parece que se estão a descrever duas esferas diferentes da vida. Na esfera da vida humana ("carne" - a tradução da Bíblia é lamentável por não deixar isso claro), Jesus foi condenado à morte. Aos olhos do mundo, ele estava morto para sempre, executado como um criminoso. No entanto, a igreja sabia que na Páscoa ele ressuscitou, não apenas na esfera humana, mas na esfera espiritual. Assim, o seu corpo foi ressuscitado, mas não como um corpo humano natural (como o de Lázaro), mas como um corpo imortal.

Assim, encontramos relatos sobre o Cristo ressuscitado sendo capaz de realizar feitos que não podia antes da sua morte, como aparecer e desaparecer e entrar em salas fechadas. Foi nesta esfera espiritual da vida (uma tradução mais precisa do que a do NIV "através de quem" seria a do NSRV, "no qual") que Jesus foi para os "espíritos em prisão". No versículo seguinte, aprendemos que esses espíritos "desobedeceram nos dias de Noé". Quem poderiam ser então? Existem duas possibilidades. Nos dias de Noé, a terra estava cheia de violência, porque as pessoas eram muito más (ver Génesis 6:3-6, 11). Todas essas pessoas morreram no dilúvio. Será que estes espíritos poderiam ser essas pessoas? Ao analisarmos o uso do termo espírito no Novo Testamento, verificamos que quase nunca é utilizado para se referir a pessoas falecidas. Quando é usado para se referir a pessoas falecidas, é sempre qualificado de alguma forma para deixar claro que se trata de pessoas sobre as quais se está a falar (por exemplo, Hebreus 12:23). Normalmente, os seres humanos falecidos são referidos como "almas". Uma vez que não há nada neste texto que deixe claro que se trata de seres humanos sobre os quais se está a falar, é pouco provável que sejam pessoas falecidas.

Outra hipótese é que eles sejam os "filhos de Deus" mencionados em Gênesis 6:2, ou talvez a sua descendência. A expressão "filhos de Deus" refere-se a seres espirituais do conselho divino. No Novo Testamento, são referidos como anjos que "abandonaram a sua própria morada" (Judas 6) ou que "pecaram" (2 Pedro 2:4). Aqui, temos verdadeiramente espíritos rebeldes e desobedientes. Além disso, existe uma longa tradição, tanto no Novo Testamento como noutros escritos judaicos, de que estes anjos caídos foram mantidos numa prisão (ver 1 Enoque 10-16; 21 para uma discussão sobre o castigo destes "Vigilantes", como são chamados). Assim, parece ser a identificação mais provável destes "espíritos em prisão". Não estamos apenas a falar de seres geralmente designados como "espíritos", mas também de seres conhecidos pelos judeus por estarem numa "prisão".

Jesus estava a pregar o evangelho a estes "espíritos"? Estaria Ele a dar-lhes uma "segunda chance"? O termo "pregar" é comumente usado no Novo Testamento para se referir à proclamação do evangelho, mas também pode significar "anunciar" ou "declarar" (Lc 12: 3; Rom 2:21; Ap 5: 2). Portanto, não necessariamente se refere à proclamação do evangelho. Existem outras passagens na literatura judaica ou cristã em que algo é anunciado ou pregado a estes espíritos? Mais uma vez, voltamos a 1 Enoque (que era conhecido pela igreja primitiva, pois é citado em Judas) e descobrimos que Enoque declara a estes espíritos a sua condenação.

Será que esta interpretação se encaixa nesta passagem? A passagem termina com um tom triunfante, com a apresentação de todos os "anjos, autoridades e poderes" a Jesus exaltado. Embora o Novo Testamento não fale em nenhum lugar sobre pregar o evangelho aos espíritos, fala sim da vitória de Cristo sobre o mundo espiritual (por exemplo, 2 Coríntios 2:14; Efésios 6: 11-12; Col 2:15; Ap 12: 7-11). Assim, uma referência nesta passagem à proclamação dessa vitória encaixa-se bem com o tom tanto da passagem quanto do Novo Testamento em geral.

Agora podemos resumir o que a passagem está a dizer. Os cristãos da Ásia Menor estavam a enfrentar perseguição e possível martírio. Pedro exorta-os a olharem para o exemplo de Jesus. Ele foi, do ponto de vista humano, morto. No entanto, na realidade, ele ressuscitou, não apenas para uma vida renovada natural, mas para uma vida transformada no mundo espiritual, onde proclamou a sua vitória aos anjos caídos que foram desobedientes nos dias de Noé. Isto pode ter ocorrido durante a sua ascensão, pois embora este texto não nos diga onde esta prisão foi, alguns judeus localizaram-na no "segundo céu" e, portanto, no caminho entre a terra e o céu, onde Deus habita. Seja qual for o caso, no final desta secção em 1 Pedro, Cristo está no céu com todos os seres espirituais que lhe estão sujeitos.

O ponto de Pedro é que os cristãos, ao serem identificados com Cristo através do batismo, serão salvos no juízo final e partilharão o seu triunfo. Eles viverão em exaltação com Cristo, independentemente das perseguições ou condenações dos seres humanos. Quanto aos seus perseguidores, que esperança têm eles, vivendo apenas na esfera humana, se não se arrependerem? Cristo triunfou sobre os seus inimigos e proclamou a sua vitória. Os cristãos da Ásia Menor (hoje) e no futuro farão o mesmo se permanecerem fiéis a Cristo. (Brauch, 1984, pp. 614-616).


É importante notar que nenhuma dessas interpretações é totalmente consensual e que a passagem continua sendo objeto de debate entre os estudiosos da Bíblia. A compreensão exata do significado dos "espíritos em prisão" em 1 Pedro 3:19 pode depender da abordagem hermenêutica e do contexto teológico adotado por cada intérprete.

Bibliografia

Brauch, W. C. (1984). PALAVRAS DIFÍCEIS DA BÍBLIA. Sociedade Bíblica Internacional.