mas que se completam (cf. Gn 2:18; Ef 5:22-33).
No entanto, é importante fazer algumas distinções:
1. Homem e mulher podem sim compartilhar funções
o A Bíblia mostra homens cozinhando (Gn 18:7-8; Jo 21:9-13) e mulheres trabalhando fora (Pv 31:16, 24).
o O foco não é uma proibição, mas uma prioridade: o homem tem o chamado de prover e proteger, enquanto a mulher tem o chamado de edificar e organizar o lar (Pv 14:1; Tt 2:4-5).
2. Complementariedade ≠ desigualdade
o A ideia central é que cada um assume responsabilidades diferentes para não sobrecarregar o outro.
o O casamento não funciona na base da disputa de funções (“quem manda mais”), mas no princípio de que cada um deve servir ao outro (Ef 5:21).
3. Impacto do papel da mulher no lar
o Historicamente e biblicamente, o lar é o maior campo de influência da mulher. O texto de Provérbios 31 mostra uma mulher ativa na economia, mas sempre ligada à prosperidade da família.
o Paulo reforça que a prioridade dela é ser “guardiã do lar” (oikourgós) em Tito 2:5, não como limitação, mas como missão estratégica.
4. Impacto do papel do homem fora de casa
o O homem é chamado a prover (1Tm 5:8), proteger (1Pe 3:7) e liderar com amor e sacrifício (Ef 5:25).
o Se ele negligencia essas responsabilidades, a família sofre, mesmo que a mulher seja ativa externamente.
Conclusão: O ponto de equilíbrio está em reconhecer que casamento não é sobre igualdade de funções, mas sobre complementaridade. Quando cada um abraça sua vocação natural e bíblica, o peso é dividido, e a família floresce.
Referências:
• Bíblia Sagrada (Gn 2:18; Pv 31; Ef 5:21-33; 1Tm 5:8; Tt 2:4-5).
• KÖSTENBERGER, Andreas; JONES, Margaret. Deus, casamento e família. São Paulo: Vida Nova, 2012.
• GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.
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