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ESTUDO SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS




Base bíblica: 1º Coríntios 12:1,7

Introdução

Os versículos iniciais de 1º Coríntios 12 nos introduzem ao tema dos dons espirituais:

“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1º Coríntios 12:1,7).

A Bíblia apresenta diversos dons entre os crentes, classificados como dons de operação, ministeriais e espirituais. Alguns cristãos podem possuir apenas um dom, enquanto outros podem manifestar vários, inclusive todos, embora isso seja extremamente raro. Antes de abordar cada dom, é importante compreender a natureza dos dons do Espírito.

O que significa “dom”?

No grego, a palavra charisma (χαρίσμα) significa: “graça”, “favor”, “presente” ou “dom da graça de Deus”. O apóstolo Paulo usa esse termo para indicar uma capacidade especial concedida pelo Espírito Santo para o serviço no reino de Deus (1º Coríntios 12:4).

Teorias sobre a natureza dos dons

1. Capacidades naturais

Alguns defendem que os dons seriam apenas habilidades humanas naturais — por exemplo, o talento musical de um cantor ou o conhecimento científico de um médico. Embora essas habilidades sejam valiosas, isoladamente não transformam o mundo de forma sobrenatural.

2. Totalmente sobrenaturais

Outra teoria considera os dons como exclusivamente sobrenaturais, ignorando qualquer ação humana. O perigo dessa visão é desencorajar a maioria, que se sente indigna ou incapaz de exercê-los.

3. Bíblica: dons encarnacionais

A posição bíblica ensina que os dons operam através dos seres humanos que submetem mente, coração e forças a Deus. O Espírito Santo capacita o crente de forma sobrenatural, mas o dom é manifestado através da experiência, caráter e personalidade de cada pessoa. A congregação é chamada a avaliar esses dons à luz da Escritura, sem diminuir sua eficácia (1º Coríntios 12:7).

Termos gregos relacionados aos dons

  1. Pneumatika (1º Coríntios 12:1; 14:1) – dons, poderes ou manifestações espirituais.

  2. Pneumata (1º Coríntios 14:12) – espiritual ou manifestação do Espírito.

  3. Charismata (1º Coríntios 12:4,9) – dons da graça; capacidades sobrenaturais conferidas pelo Espírito Santo.

Os dons espirituais são manifestações do Espírito, distintas de talentos naturais ou do fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23).

Tipos de dons

A Bíblia apresenta três categorias principais de dons (1º Coríntios 12:4-6):

1. Dons de atuação (Romanos 12:6-8)

  • Profecia: Mensagem inspirada de Deus, transmitida com convicção (“pistis”), incluindo apóstolos e profetas da Igreja primitiva. Avaliação crítica necessária (1º João 4:1; Mateus 7:20).

  • Ministério (Diakonia): Serviço prático e administração, ajuda aos irmãos (Romanos 12:7; 2 Timóteo 4:5).

  • Exortar (Parakaleo): Aconselhar, instruir e encorajar os crentes (1º Coríntios 14:3).

  • Repartir (Metadidomi): Generosidade e dedicação à obra de Deus (Mateus 7:9-10; Lucas 21:1-5; Atos 2:45).

  • Misericórdia: Apoio a enfermos e necessitados, integrando pregação e cuidado social.

2. Dons ministeriais (Efésios 4:11-12)

  • Apóstolos: Mensageiros enviados com autoridade para missão específica (João 20:21).

  • Profetas: Divulgam mensagens inspiradas do Espírito, exortando e instruindo (Atos 13:1-2; 15:32).

  • Evangelistas: Missionários que conduzem pessoas à fé, estabelecendo congregações.

  • Pastores: Guardam e alimentam espiritualmente o rebanho; também chamados de anciãos, presbíteros ou bispos (Atos 20:28; Tito 1:9).

  • Mestres (Didaskalos): Ensinam e instruem a igreja, transmitindo conhecimento adquirido e concedido por Deus (1º Timóteo 3:2).

3. Dons espirituais (1º Coríntios 12:8-10)

  • Revelação: Palavra de sabedoria; palavra de conhecimento.

  • Poder: Fé; dons de curar; operação de maravilhas.

  • Expressão: Profecia; discernimento de espíritos; variedades de línguas e interpretação de línguas (1º Coríntios 14:20-25).

Os dons espirituais são dados segundo a graça e a vontade do Espírito para edificação da igreja.

Os nove dons espirituais

  1. Palavra da sabedoria: Ensino e aplicação prática da sabedoria divina (Lucas 21:14-15; Tiago 1:5).

  2. Palavra de conhecimento: Revelações da verdade divina, incluindo discernimento de planos e situações (Atos 5; 13:8).

  3. Fé: Capacidade sobrenatural de agir com confiança e inspirar fé nos outros (1º Reis 18:33-35; Atos 27:25).

  4. Dons de curar: Intervenção divina em enfermidades físicas ou espirituais, para glorificação de Deus (Atos 3:1-10).

  5. Operação de maravilhas: Poder extraordinário que demonstra a soberania de Deus (1º Reis 17:1; Atos 20:7-12).

  6. Profecia: Mensagem inspirada pelo Espírito para edificação, exortação e consolação da igreja (1º Coríntios 14:3-25).

  7. Discernimento de espíritos: Capacidade de identificar espíritos e julgar profecias, protegendo a igreja de enganos (1º João 4:1).

  8. Línguas: Expressão espiritual pessoal ou comunitária que necessita interpretação (1º Coríntios 14:2-4).

  9. Interpretação de línguas: Permite que toda a comunidade compreenda a mensagem espiritual (1º Coríntios 14:5).

As formas de operação das línguas incluem oração pessoal, edificação da igreja e sinais para incrédulos.

Conclusão

Os dons espirituais são instrumentos do Espírito Santo, distribuídos conforme a graça de Deus, para a edificação da igreja e a execução do plano divino. Nenhuma lista é exaustiva, e cada dom deve ser usado em obediência, avaliação e discernimento bíblico. A busca pelos dons e pelo aperfeiçoamento da fé é a vontade de Deus (Filipenses 1:6).

O Divórcio na História do Brasil



O DIVÓRCIO E O PLANO DE DEUS?

Introdução

O casamento é uma das instituições mais sagradas criadas por Deus. Entretanto, vivemos tempos em que o divórcio se tornou comum, até mesmo entre os cristãos. O texto de Mateus 19 mostra que essa não é uma questão nova — os fariseus já a usavam como armadilha para testar Jesus. A resposta do Mestre, contudo, foi clara: “Não foi assim desde o princípio” (Mt 19.8).

Hoje, apesar de o divórcio estar legalizado e amplamente aceito pela sociedade, a pergunta essencial permanece: qual é o plano de Deus para o casamento e o divórcio?

1. A Origem e o Plano de Deus

Desde Gênesis 2:24, o Senhor estabeleceu o casamento como uma aliança indissolúvel: “Portanto deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão ambos uma só carne”.
Jesus reafirmou esse princípio em Mateus 19:6 — “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.

O casamento, portanto, não é um contrato humano, mas uma aliança divina. Quando os cônjuges o encaram como uma instituição espiritual, a união se torna um testemunho vivo do amor de Cristo pela Igreja (Efésios 5:25-32).

2. O Divórcio na História do Brasil

A Lei do Divórcio, aprovada em 1977 (Lei nº 6.515), foi um marco histórico, permitindo pela primeira vez o rompimento definitivo do vínculo conjugal e o direito a um novo casamento.
Antes disso, existia apenas o “desquite”, que encerrava a convivência, mas não autorizava novas núpcias. Em 1988, com a Constituição Federal, o divórcio foi ampliado, podendo ser requerido quantas vezes fosse necessário.

Essa mudança jurídica transformou a estrutura familiar no Brasil. Porém, a liberdade civil não altera os princípios espirituais estabelecidos por Deus.
Deus declarou em Malaquias 3:6: “Eu sou o Senhor e não mudo”. Assim, o que Ele reprovou no passado, continua reprovando hoje.

3. O Divórcio na Perspectiva Bíblica

Em Malaquias 2:14-16, Deus expressa seu repúdio ao divórcio, afirmando:

“O Senhor, o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio.”

Jesus também confrontou os fariseus afirmando que Moisés permitiu o repúdio “por causa da dureza de coração” (Mt 19:8).
Ou seja, o divórcio não foi ordenado por Deus, mas tolerado por causa da fragilidade humana.

Paulo reforça em 1 Coríntios 7:10-11:

“Aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido.”

Assim, a reconciliação é o caminho que reflete o coração de Deus, enquanto o divórcio representa uma ruptura da aliança divina.

4. A Realidade Contemporânea

Segundo o IBGE, o número de divórcios no Brasil aumentou mais de 80% nas últimas duas décadas, alcançando níveis próximos aos de países como Estados Unidos, Dinamarca e Bélgica — onde as taxas de dissolução variam entre 55% e 65%.
Curiosamente, países com forte tradição religiosa, como Irlanda e Itália, registram índices abaixo de 10%, e nas Filipinas o divórcio ainda é proibido.

Essa tendência também tem atingido os cristãos, revelando um enfraquecimento dos valores bíblicos dentro da própria Igreja.
Como líderes espirituais e famílias de fé, precisamos retomar a visão divina sobre o casamento como aliança, e não contrato.

5. O Divórcio Não Diminui o Valor Humano

Embora o divórcio cause dor e consequências profundas, ele não anula o valor de quem passa por isso.
Efésios 2:10 nos lembra: “Somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras”.
Deus oferece restauração àqueles que se arrependem e buscam sua vontade.

O apóstolo Paulo assegura em Romanos 3:23-24:

“Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça.”

Portanto, mesmo diante do fracasso conjugal, há esperança de recomeço em Cristo — não necessariamente em um novo casamento, mas em uma nova vida com Deus.


6. Conclusão: O Caminho da Fidelidade

O divórcio nunca foi o plano original de Deus.
Para evitá-lo, é essencial que marido e mulher mantenham Cristo no centro do relacionamento, cultivando perdão, diálogo e fidelidade.
Deus não mudou — o que era pecado antes continua sendo pecado hoje.
Mas também não mudou Seu amor, Sua graça e Sua capacidade de restaurar corações feridos.

“O que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Mateus 19:6)

Referências Bibliográficas 

ARAÚJO, Aldenir. A verdade sobre o divórcio. Disponível em: https://www.opregadorfiel.com.br/2014/10/a-verdade-sobre-o-divorcio.html. Acesso em: 4 out. 2025.

BRASIL. Lei nº 6.515, de 26 de dezembro de 1977. Dispõe sobre os casos de dissolução da sociedade conjugal e do casamento. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6515.htm. Acesso em: 4 out. 2025.

MIGALHAS. Os 30 anos do divórcio no Brasil. Disponível em: http://m.migalhas.com.br/depeso/41269/os-30-anos-do-divorcio-no-brasil. Acesso em: 4 out. 2025.

WALLERSTEIN, Judith S. Second Chances: Men, Women, and Children a Decade After Divorce. New York: Houghton Mifflin, 1989.


CUIDADO IRMÃO COM O QUE VOCÊ ESTA VENDO




"Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo." (1 João 2:16)
"Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, assim como eu também não sou." (João 17:14)

Outrossim, a Bíblia é realmente contra o mundanismo e faz afirmações a respeito (Jo 15:19; 1 Jo 2:15). As Escrituras revelam que mundanismo é o modo de viver do mundo sem Cristo e em oposição à vontade de Deus. É um sistema de valores de qualquer cultura que faz com que o pecado se torne normal e aceitável e o que é correto e decente pareça estranho e detestável. Deste modo, a definição torna-se ampla e abrangente e acaba por envolver comportamentos, práticas e padrões que sintetizam esse antagonismo a Deus e sua revelação à raça humana.
Não obstante a colocação, precisamos salientar que a influência do mundanismo na vida de um crente estará totalmente ligada ao domínio do seu próprio “eu”. E quando interiorizamos a discussão do conceito em sua amplitude bíblica, chegaremos à inevitável batalha do espírito contra a carne (Gl 5:17).

Precisamos permitir ao Espírito que o ponto extremo de polaridade carnal seja controlado, a fim de vencermos o mundanismo residente na natureza resistente do velho homem (Ef 4:22).

Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. (Mateus 23:27)
Vamos nos limitar ao pudor sexual no vestir. Esta é uma questão de princípio moral. O Senhor Jesus Cristo disse: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para cobiçá-la, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mateus 5:27-28). Se tal desejo sexual é uma violação do sétimo mandamento, então, vestir-se intencionalmente de maneira que provoque ou estimule tal pecado também deve ser considerado pecaminoso.

As mulheres, em geral, são afetadas por uma combinação de coisas, diferentemente dos homens. O desejo sexual é imediatamente despertado nos homens pelo olhar. “Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?” (Jó 31:1). Outros trechos da Escritura confirmam esta ênfase de que os homens pecam facilmente ao olhar para uma mulher. “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia.” (1 Timóteo 2:9). Isto se refere especificamente ao vestuário feminino.

Quando Deus diz que quer seu coração, isso não quer dizer que Ele é cardiologista. Ele é um Pai que nos quer com uma mente pura, santa e cheia de sabedoria. Mas existem mulheres e moças dentro de igrejas evangélicas que estão sendo usadas pelo diabo para agredir famílias, pastores, por não entender o propósito de Deus. Quando nós dizemos para vocês que nosso Deus não está interessado na aparência de ninguém, é que Ele não é estilista! Mas isso não dá o direito de se vestirem como uma prostituta na casa do Senhor! Temos que nos olhar no espelho e perguntar para o Espírito Santo se Ele se agrada de nossa vestimenta. Deus diz na palavra d'Ele: “Seja santo porque sou santo”! E que somos cartas vivas de Cristo. Como pode ser isso? A carta viva quer dizer que os demais veem Jesus através da sua vida, da forma de falar, vestir, viver... Eu sou o tipo de pessoa que entendo todo tipo de vaidade, mesmo porque gosto dos meus penduricalhos, roupas loucas e chamativas, de cores bem excêntricas e personalizadas. Coisas de maluco mesmo! Mas nada vulgar. Deus não nos proíbe de nada, contanto que não leve o seu irmão a pecar.

Exemplo: Quando uma calça seria uma roupa vulgar? Quando é muito baixa, ao ponto de verem seu cofrinho ou a cor da calcinha. E o vestido? Quando você não se preocupa com a transparência ou com o comprimento. Aí você me diz: “o meu não é curto nem transparente.” Mas parece papel contact no corpo! Não vamos imitar o mundo. Pode usar todo tipo de roupa, mas nada que seja vulgar! Vocês querem usar essa calça legging? Então use com um camisão.


 

Infelizmente, muitas mulheres não se atentam para isso, e outras não se importam. Mas, independente de não se atentar ou não se importar, Deus se importa e traz este texto aos seus olhos para que você mude o seu guarda-roupa. Contudo, mais do que isso, é necessário mudar o seu pensamento sobre o que deve ou não vestir. “Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a qualquer que recebe como filho.” (Hebreus 12:6)

Não vamos falar sobre o que é brega e o que é bonito, nem sobre quais cores combinam melhor com o seu tom de pele. Vamos abordar o que "corrompe" a sua imagem cristã e a torna alvo dos olhares dos homens, atraídos por um bom “pedaço de carne” exposto. E não pense que os homens cristãos são “robôs” nessa área, pois são tentados a olhar para suas pernas da mesma forma – a diferença é que buscam fugir do pecado.

Por que usar as coxas e seios tão à mostra? Qual é o objetivo? Sonde o seu coração e veja qual tem sido a sua motivação. Lembre-se de que não é pela exposição do corpo que vamos chamar a atenção de um rapaz ou ter espaço em uma turma de amigos. Isso não funciona na igreja; pelo contrário, o afasta. Caso o problema seja o calor, existem outras maneiras de se refrescar em vez de usar menos roupa. Ou, se for por causa da moda, leia as dicas de moda cristã da colunista do site Lagoinha.com, Aninha Miranda, e aprenda a estar linda, na moda e dentro do que é santo.

Vamos mudar a história das nossas igrejas. Para que não sejam como o Egito (pecador), mas, sim, um lugar de santidade na presença do Senhor!


 

Sabemos que vivemos em um país de clima quente. Impor roupas de europeus é insensato; as roupas aqui são mais leves, sabemos disso. Mas dá para conciliar as duas coisas com sensatez: beleza e pudor! Paulo disse: “Fugi da impureza!” (1 Coríntios 6:18)

Poxa, tem panos lindos... e leves! Dá para ser sensual sem ser vulgar.

Eu sei que dá!






SERÁ QUE O PASTOR TEM QUE DIZER ISSO PARA UMA MULHER DE DEUS?

Outra parte do corpo que também é comum ser mostrada são os seios. Eles são referidos no contexto da fidelidade do marido à sua esposa: “Como cerva amorosa e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente.” (Provérbios 5:19). A exposição dos seios é prevista como algo legítimo apenas entre o marido e sua esposa; caso contrário, eles devem ser cobertos na presença de outros homens. Podemos concluir, com segurança, que o corpo da mulher, dos seios até as pernas, deve estar completamente coberto em todas as circunstâncias normais na presença de homens, exceto para seu marido, se ela for casada. Assim, os seios, a barriga e as pernas não devem ser expostos; a roupa deve cobri-los, estando a mulher em pé, sentada ou abaixando-se para pegar algo no chão.

NÃO PRECISA SER RADICAL, MAS TEMOS QUE PROCURAR UM EQUILÍBRIO!

A primeira roupa - Gênesis 3.21:

Vemos que o primeiro a apresentar a preocupação com a vestimenta do ser humano foi o próprio Deus. As vestimentas são medidas adotadas por Deus, relacionadas à moral e aos bons costumes, visando o bem-estar físico, social e espiritual da humanidade. Medidas que se tornaram necessárias por causa da corrupção imposta pelo pecado à natureza humana.

Nos versos 10 e 11 de Gênesis 3, o homem alegou medo de Deus devido à sua nudez. A nudez, neste contexto, representa a consciência da corrupção, da quebra de um padrão estabelecido por Deus. O homem foi criado em santidade, e a nudez não lhe causava constrangimento diante do Criador. Mas, depois do pecado, uma vez quebrada a imagem e semelhança moral de Deus no homem, a nudez passou a ser motivo de medo.

Estar na presença de Deus, consciente da nudez imoral, é afronta contra o Senhor. É pecado.

Pior ainda é a semi-nudez, que instiga e explora a sensualidade, provocando pensamentos impuros e constrangimentos ao desnudo.

Devemos observar que, mesmo sob maldição, em pecado, Deus não expulsou o homem do Éden nu para a desonra. Deus fez túnicas de peles, verso 21. Ou seja, roupa que cobre tudo o que deve ser preservado e que indica parâmetros de moralidade e de respeito entre seres humanos.




A adoração, como ato de culto, transcende meramente o reconhecimento da divindade de Deus; é um envolvimento profundo e pessoal que implica uma preparação tanto interna quanto externa. Esse momento sagrado demanda não apenas a santidade do coração, mas também uma expressão externa que reflita essa pureza. A vestimenta, nesse sentido, torna-se um símbolo poderoso da reverência que se deve ter ao se aproximar do Altíssimo.

Deus, ao estabelecer princípios sobre a adoração, também nos convida a refletir sobre a importância de nossas vestes. Roupas limpas, puras e apropriadas são mais do que uma tradição; representam o nosso esforço para honrar a presença divina. Quando nos vestimos para adorar, estamos apresentando a Deus uma oferta de respeito e dignidade, que se alinha com a santidade que Ele exige.

As Escrituras, em especial os Salmos, ressaltam a beleza e o esplendor que devem estar presentes em nossa adoração. A ideia de “esplendor do seu santuário” ou “beleza da sua santidade” nos ensina que a maneira como nos trajamos deve estar em harmonia com a glória que buscamos exaltar. Cada aspecto da nossa apresentação diante de Deus deve refletir nosso compromisso com Ele e com a Sua santidade.

Além disso, mesmo aqueles que não têm uma relação estreita com Deus são convocados a estar atentos ao modo como se apresentam diante d'Ele. A reverência deve ser palpável em todos os que se encontram na Casa do Senhor. É um lembrete de que a adoração não é um mero ritual, mas um encontro com o Criador, donde nossa atitude e aparência têm peso significativo.

Portanto, ao nos prepararmos para a adoração, é vital entendermos que cada detalhe importa, e nossas vestimentas podem ser um reflexo da nossa busca por uma vida de santidade. Que possamos estar sempre prontos para nos apresentar diante de Deus, não apenas com o coração, mas também com uma vestimenta que dialoga com o Seu amor e glória.

A realidade, amados, é que Deus requer decência de cada um de nós. Somos os sacerdotes consagrados por ele e para ele. Deus requer moralidade na adoração e na ministração dos cultos, bem como durante os cultos. A forma como nos apresentamos diante de Deus reflete o nosso reconhecimento de Sua majestade e poder.

Roupas como sinal de reverência - 2 Reis 5.1-6:

Reverência tem a ver com a postura resultante da conscientização a que chegamos em relação ao valor do outro. Esta atitude de respeitar o que é sagrado e elevado deve se manifestar não apenas em nossas ações, mas também em nossa aparência. O texto mostra que Naamã, ao se dirigir ao servo de Deus, desejando causar boa impressão e agradá-lo, levou roupas finas e luxuosas, roupas de festa. Este gesto de Naamã, além de ser uma demonstração de respeito, também aponta para a ideia de que devemos nos apresentar dignamente diante de Deus, que é digno de toda honra e glória.

Naamã, o grande general, não entendia bem tudo o que estava acontecendo. Ficou frustrado e aborrecido ao se sentir desprezado pelo profeta, bem como pelo fato de o profeta não aceitar os seus presentes. Afinal, eram roupas especiais, com aplicações em ouro, prata e cravejadas de pedras preciosas. Contudo, Deus tinha um propósito maior: não apenas curar Naamã da sua enfermidade física, mas também quebrantar seu coração e humilhá-lo diante Dele. O próprio orgulho de Naamã se tornava um obstáculo para que ele pudesse receber a cura e a salvação que Deus desejava para sua vida.

Devemos ter a consciência de que estamos diante do próprio Deus e que, por isso, devemos estar bem trajados, levando o melhor possível, mesmo que com roupas humildes e simples, mas com decência. O mais importante é que nossa atitude de reverência e humildade esteja em nossos corações, mostrando que reconhecemos a superioridade e a soberania de Deus, o Deus que está pronto a nos quebrantar e restaurar. É um convite a refletir sobre a importância de nos apresentarmos diante do Senhor de maneira que honre Sua grandiosidade, independentemente de nossas circunstâncias materiais. A verdadeira adoração começa dentro de nós e se manifesta em todas as áreas de nossas vidas, incluindo a forma como nos vestimos e nos portamos na presença do Altíssimo.



Roupas como sinal de restauração - Lucas 15.21...

O parâmetro de Deus para a vestimenta do cristão - 1 Timóteo 2.9-10:

Em contrapartida, Deus exige de seus filhos uma vestimenta decorosa e isenta de qualquer sintoma de luxúria. Ou seja, Deus espera de nós um comportamento recatado, através do qual as pessoas percebam que estamos libertos do desejo de pecar e que fomos restaurados em nossa moralidade e caráter, que agora são santificados pela ação do Espírito Santo que habita em nós.

O termo traduzido por "traje decoroso", utilizado por Paulo, no original, ultrapassa a ideia de vestuário simples. Paulo usa o termo para fazer referência também à moralidade sexual que nos é exigida por Deus e que deve se refletir em nossas roupas.

Nossas roupas indicam se temos maus ou bons costumes morais. A maneira como nos vestimos ressalta o valor moral que atribuímos ao nosso corpo diante de Deus. O jeito como nos vestimos reflete nossa consciência moral em termos de sexualidade, bem como nosso senso de preservação da nossa integridade moral. A nossa roupa pode refletir nosso caráter.

O que vestimos mostra o que esperamos que as pessoas pensem de nós em relação à maneira como tratamos nossa sexualidade. Lutamos para nos preservar em santidade diante de Deus. Isso é verdade, desde que não haja falsidade em nossos corações.

A escolha não é muito difícil: roupas sobrecarregadas de sensualidade, que refletem lascívia e libertinagem imoral, ou roupas decorosas, que refletem nossa compostura moral e espiritual. Lembre-se: suas roupas, por certo, falarão mais alto do que suas palavras.

João 19.23-24 fala das roupas de boa qualidade, de valor e de discreta beleza usadas por Jesus; Apocalipse 7.9-17 menciona a roupa dos mártires na glória, que eram as mesmas vestes que usavam aqui na terra, pois não haverá tempo para trocar de roupa antes de entrarmos no céu; e Apocalipse 16.15 descreve o fato de termos as roupas sempre à mão como sinal de preparo espiritual para o encontro com Jesus. Creio que já vimos o bastante para estabelecermos parâmetros éticos para nossa igreja no que diz respeito à vestimenta.

Devemos abordar essas questões na igreja, visto que imoralidade, promiscuidade, lascívia, exploração da sensualidade na vestimenta e o cinicamente chamado nu artístico são ações maléficas do diabo contra a natureza humana e a sociedade. O resultado dessas estratégias diabólicas tem sido a violência sexual contra crianças, a gravidez na adolescência, a prostituição desenfreada, a banalização do adultério e a aceitação parcimoniosa do divórcio, levando a famílias destroçadas. O resultado da imoralidade no vestir é uma sociedade corrompida.



Após a realização deste estudo, nossa esperança é que Deus, através do Espírito Santo, inspire nossas mentes e corações para que transformemos radicalmente nossa forma de vestir. Isso deve acontecer não apenas na Igreja, mas também em casa, no trabalho, na escola, em qualquer lugar onde estivermos no nosso dia a dia.

Seria uma bênção se nossas orientações fossem seguidas de maneira geral por todos os irmãos e irmãs, pois o pastor não deve ter a responsabilidade de vigiar as roupas dos fiéis. A intenção é que Deus restaure e transforme a consciência de cada um, pois, como pastores, não podemos substituir o Espírito Santo no convencimento das pessoas.

Em relação ao uso do púlpito, quando estamos à frente para ministrar, cantar ou realizar qualquer atividade, é importante evitar roupas como tomara que caia (que para alguns poderia ser melhor chamado de "pena que não caiu") e decotes que chamem atenção para os seios.

Devemos ter cuidado com mini-saias, micro-saias, vestidos curtos ou transparentes. Não é adequado irmos à Igreja com calças de cós baixo sem uma blusa que cubra os quadris, nem com calças muito justas que marquem o corpo de maneira inadequada. Roupas desse tipo não são apropriadas para a participação na ministração.

QUE DEUS LHE DÊ MUITA SABEDORIA!

Para finalizar, é importante mencionar que a Assembleia de Deus possui características específicas, e atualmente um tanto peculiares, em relação ao vestuário de seus membros. Os mais antigos se lembrarão das mulheres usando saias longas, meias grossas, blusas que cobriam os braços e o colo, sapatos sem salto, e cabelos longos e naturais. Os homens, geralmente, vestiam calças e camisas de mangas longas, muitas vezes usando chapéus.

Em 1975, foi realizada uma convenção importante das Assembleias de Deus do Brasil, que discutiu os modos de viver dos cristãos. Essa convenção, conhecida como a Convenção de Santo André, ficou marcada não apenas pelo nome do município, mas pelo seu conteúdo. Ela reafirmou os princípios de conduta conforme a Palavra de Deus. A partir dessa convenção, foi decidido que as igrejas da mesma fé e ordem se absteriam de certas práticas:

  1. Cabelos longos para homens;
  2. Uso de roupas masculinas por mulheres;
  3. Maquiagem e pinturas na face;
  4. Corte de cabelo para mulheres;
  5. Alterações nas sobrancelhas;
  6. Mini-saias e roupas que não representem um bom testemunho cristão;
  7. Uso de aparelho de televisão devido à qualidade de muitos programas;
  8. Consumo de bebidas alcoólicas. (Publicado no Mensageiro da Paz de abril de 1989, pág. 17)

Parece que essa diretriz ainda existe, mas não está sendo efetivada. Embora seja menos rígida em comparação a outras normas mais severas, o respeito a essas regras tem sido muitas vezes negligenciado. Membros que desrespeitavam essas orientações costumavam enfrentar consequências severas.

Observa-se um movimento de mudança em relação aos usos e costumes dentro da denominação assembleiana. Atualmente, há uma crise de valores e conceitos. Em algumas igrejas, é comum ver mulheres usando calça e brincos, e muitas vezes cortando o cabelo e pintando as unhas.

Qual é a sua opinião sobre isso? Deveríamos permitir mudanças? Quais seriam os limites das vestimentas de um cristão na congregação? Se a mencionada Geisy aparecesse em um dos nossos cultos, qual seria a nossa reação? O ato de se vestir pode ser considerado um pecado?