De acordo com a posição dispensacionalista que defendemos, o Milênio é a última dispensação. Após o período da graça, no qual vivemos atualmente, virá o Reino Milenar de Cristo, que será seguido pela eternidade. O Milênio é o ponto de convergência de todas as alianças bíblicas, marcando o início de uma nova era de justiça e paz na Terra.
O Milênio na Terra
A Bíblia deixa claro que o Milênio ocorrerá na Terra, e não no céu. Isso fica evidente em 1 Coríntios 6:2, onde lemos que os santos julgarão o mundo. Essa "judicatura" se refere ao governo dos santos com Cristo durante o Milênio, quando a igreja estará reinando com Ele na Terra.
O Diabo Preso Durante o Milênio
Antes do início do Milênio, Satanás será preso e aprisionado por mil anos, conforme descrito em Apocalipse 20:1-7. Isso significa que a influência e a atividade do diabo serão restringidas durante esse período, permitindo que a justiça e a paz prevaleçam.
Um Reino Literal e Universal
O Reino Milenar de Cristo será um reino literal e universal. Toda oposição a Deus será neutralizada, pois todas as nações estarão sob a autoridade de Jesus. Isso cumprirá plenamente a profecia de Filipenses 2:10-11, quando todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.
Dois Tipos de Povos no Milênio
Durante o Milênio, haverá dois grupos distintos na Terra: os crentes glorificados, que incluem a igreja arrebatada e os mártires da Tribulação, e os povos naturais, que são os judeus e gentios que sobreviveram ao julgamento das nações e os que nasceram durante o Milênio. Esses povos naturais estarão sob o governo direto de Cristo.
Israel: O Protagonista do Milênio
Entre os povos naturais, Israel será o povo protagonista. A nação judaica possuirá toda a terra prometida, desde o Mediterrâneo até o Eufrates. Israel será uma bênção para o mundo, pois de Jerusalém partirão as leis e a piedade que prevalecerão entre as nações.
A Piedade Prevalecerá
No Milênio, a piedade finalmente prevalecerá entre as nações. A impiedade, a incredulidade e a rebelião não serão toleradas, pois o justo Juiz, Jesus Cristo, julgará imediatamente qualquer pecado. Não haverá mais tolerância ao pecado, como acontece hoje na era da graça.
Não Haverá Guerras
Durante o Reino Milenar, não haverá guerras, pois a autoridade e a presença de Cristo trarão paz e justiça em todas as transações. A paz e a justiça prevalecerão.
Pleno Derramamento do Espírito
Haverá um pleno derramamento do Espírito Santo, começando já no período da Tribulação, quando o Espírito de Súplica será derramado sobre o povo de Israel (Zacarias 12:10).
A Terra Será Renovada
A Terra passará por uma renovação e restauração durante o Milênio. Um rio fluirá do templo, revitalizando a região do Mar Morto e trazendo vida abundante. A Terra será abençoada com uma nova ordem climática e ambiental.
Um Novo Templo
Haverá a construção de um novo templo em Jerusalém, diferente dos templos anteriores. Esse templo cumprirá as profecias de Mateus 24:15 e 2 Tessalonicenses 2, onde se menciona a profanação do templo pelo anticristo durante o período da Tribulação.
O Governo Presencial de Cristo
Durante o Milênio, Jesus Cristo reinará pessoalmente na Terra. Embora Ele esteja em glória, não é claro se Ele será visto por todos os povos naturais, pois apenas a igreja glorificada poderá contemplá-Lo em Sua plenitude. Os povos naturais terão contato com as leis e determinações que partem de Jerusalém, sob a autoridade de Cristo.
Sacrifícios no Templo
Haverá a realização de sacrifícios de animais no novo templo durante o Milênio. Esses sacrifícios, no entanto, não serão para a salvação, mas sim como memorials da obra de Cristo. O perdão dos pecados será concedido pela graça, assim como no Antigo Testamento.
Uma Nova Ordem Mundial
O Milênio inaugurará uma nova ordem mundial, com Jerusalém como sede do governo de Cristo. Essa nova ordem mundial trará paz, justiça e prosperidade, em contraste com as tentativas falhadas de uma nova ordem mundial promovida pelos agentes do mal hoje.
Longevidade e Renovação
A vida humana será prolongada durante o Milênio, com as pessoas vivendo por muitos anos, como no início da história da humanidade. A Terra será renovada, e os efeitos deletérios do pecado serão drasticamente reduzidos, permitindo uma vida mais saudável e longeva.
Conversões durante o Milênio
Haverá conversões durante o Milênio, pois os povos naturais, embora salvos, ainda estarão sujeitos à tentação e à possibilidade de se afastar de Deus. Eles precisarão perseverar na fé e na santificação para permanecerem salvos.
O Reino Milenar de Cristo será uma época de justiça, paz e prosperidade, quando a glória de Deus será manifestada de forma plena na Terra. Essa visão bíblica do Milênio nos inspira a viver com esperança e a aguardar ansiosamente a volta de nosso Senhor Jesus Cristo.
Texto: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas
para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,” (1 Ts 5.9).
Contextualizando a "Ira de Deus"
Segundo a passagem
bíblica, a "ira de Deus"
refere-se ao julgamento e condenação divina que recai sobre os pecados e a
rebelião humana. Segundo dicionário da Bíblia Almeida “A ira de Deus é a sua reação contra o pecado” (Kachel & Zimmer, 2005, p. 174).
Alguns pontos
importantes sobre a ira de Deus mencionada nesta passagem:
1. Deus não nos
destinou à ira - Ou seja, a intenção de Deus não é que os seus filhos
experimentem a sua ira e condenação “do fogo eterno”, mas sim a salvação “Viver
com Ele, Eternamente”.
2. A ira de Deus é a
consequência do pecado - A Bíblia ensina que o pecado e a desobediência a Deus
atraem o juízo e a ira divina sobre o pecador.
3. Jesus nos liberta da
ira de Deus “isto, é, Condenação Eterna” - Através da sua morte na cruz, Jesus
tomou sobre si o castigo que nós merecíamos, livrando-nos assim da condenação
da ira de Deus.
4. A salvação nos
preserva da ira vindoura - Ao crermos em Jesus, recebemos a salvação e seremos
preservados do juízo final de Deus “Trono Branco” sobre o pecado e a maldade.
Portanto, a "ira
de Deus" refere-se ao seu justo julgamento sobre o pecado, do qual fomos
libertos pela graça de Deus em Jesus Cristo.
Como ressalta o rodapé
da Bíblia Anotada LTT, o verso 1: “Acordado ou dormindo, se chegar ao dia do
Arrebatamento. Deus assegurará sua salvação, esteja ele fisicamente morto ou
vivo (quer este vivo esteja, então, vivendo em “santificação e vigilância”, ou
em “negligência e mesmo pecado”)”.(LTT, 2022.). Na Bíblia Dake, ao
comentar sobre o verso 9, é mencionado que... "Deus não destinou os cristãos a passarem pela [...] ira do inferno
eterno, mas os destinou a serem libertos por meio do arrebatamento, para que,
quer vivamos, quer morramos, vivamos com Ele para sempre (v. 9.10;
4.13-18)" (DAKE, 2010).
Interpretando o Contexto Completo
No entanto, onde há
muita confusão é que os versículos anteriores falam sobre a tribulação
"dia do Senhor". É um versículo no qual os me-tribulacionistas se
apoiam, vv 2,3, ao alegar que Cristo vem na metade da tribulação.
Quando lemos os
versículos anteriores do capítulo 5, como por exemplo, o versículo 1 ao 6,
Paulo está alegando para os cristãos que nós não vamos ser pegos de surpresa no
dia da ira do Senhor, porque andamos na luz e não na escuridão. No verso 6, na
linguagem de hoje, ele diz: "Por
isso, não vamos ficar dormindo como os outros", referindo-se à pessoa
que não tem Cristo e não está atenta
à sua vinda, enquanto nós, que temos Cristo, estamos atentos. Como disse William
Hendriksen (1900/1982): “É em razão
dessas trevas que os descrentes não são sóbrios nem vigilantes (portanto, não
se acham preparados).” (HENDRIKSEN, 2001, p. 146).
Após o arrebatamento,
as pessoas vão pensar que estão em paz e que o mundo todo estará em paz, então
começam a dizer: "Tudo está claro e
seguro, está tudo bem". Os crentes afirmam que, após serem arrebatados
para os céus, virá a grande tribulação. E, então, estaremos vivendo em paz. Como
relata Marshall (1934-2015), "A fraseologia ecoa passagens
do Antigo Testamento, tais como Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10 e Mq 3.5, que falam da
atividade de falsos profetas que asseguravam ao povo que nada tinha a temer,
apesar da podridão moral que caracterizava a sociedade."(MARSHALL,
1984, p. 162). É nesse momento que se
cumpre o que Paulo diz no verso 2: "o
dia do Senhor virá para eles de surpresa como ladrão".
No verso 8, Paulo
enfatiza que estamos em perfeito juízo e devemos usar a nossa fé, amor e
esperar por essa salvação.
Conforme
salientou Goodman (apud McNair, 1985, p. 451):
O
dia do Senhor é sempre um dia de juízo e ira (veja-se Joel 2.11 e 2 Pedro 3.10
[...] Este 'dia do Senhor' é uma expressão empregada para destacar o fato de
que vem o tempo quando 'o dia do homem' (1 Co 4.3) terminará, isto é, o período
em que ao homem é permitido fazer a própria vontade, sem ser levado a um juízo
imediato.
Como também relata no
rodapé da Bíblia de Estudo de Genebra “A
"ira", nesse contexto, evidentemente é a condenação e a punição que
sobrevirão no "dia da ira"(Rm 2.5). (SPROUL &
MATHISON).
Então, como mencionei
no início, o verso 9 fala sobre a salvação eterna, mas o verso 2 fala sobre o
juízo de Deus que será a grandetribulação.
A
igreja, porém, não partilha essa situação do mundo, mantendo-se fortemente
distinta dela.“Mas
vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia vos apanhe como ladrão.”
Afinal, sua marca é justamente, cf. 1Ts 1.10, “ser servos da gleba de Deus, do
vivo e real, e aguardar seu Filho a partir dos céus”. Como seria possível ficar
totalmente surpreso com a “chegada” de alguém já aguardado há muito tempo com
ardente alegria!
Conclusão:
Os versos 1-9 de 1
Tessalonicenses capítulo 5 falam sobre a importância de estarmos vigilantes e
alerta para o retorno de Jesus Cristo. Paulo enfatiza que não devemos ser pegos
de surpresa, como aqueles que estão dormindo, mas sim devemos estar sóbrios e
vigilantes. Ele também destaca a importância da fé, do amor e da esperança como
armaduras espirituais para nos proteger. Em resumo, esses versos nos exortam a
viver uma vida de santidade, amor e esperança, enquanto aguardamos a volta de
Cristo.
Pré-Tribulacionistas e Pós-Tribulacionistas:
Os pré-tribulacionistas
acreditam que os versos 1-9 de 1 Tessalonicenses capítulo 5 apoiam a sua crença
de que a igreja será arrebatada antes da grande tribulação. Eles argumentam que
o apóstolo Paulo está a falar sobre a ira vindoura e que os crentes não estão
destinados à ira, mas à salvação. Portanto, interpretam estes versos como uma
evidência de que a igreja será arrebatada antes do período de tribulação
descrito na Bíblia.
Ospro-tribulacionistas. Conforme ressaltou Keith Sharp, a Bíblia usa os termos "arrebatados" que no grego é, (harpazo), "vinda" que no grego é,(parousia) e "manifestação" que no grego é, (epiphaneia), segundo ele "arrebatados", "vinda" e "manifestação" ocorrerá de forma intercambiável para descrever a segunda vinda de Cristo. O Senhor irá destruir o ímpio "pela manifestação (epiphaneia) de sua vinda (parousia)" (2 Tessalonicenses 2.8). Ressalta o mesmo que esta "vinda" (parousia) ocorrerá simultaneamente ao arrebatamento dos santos ( 1 Tessalonicenses 4.15,17). Jesus não retornará uma terceira ou quarta vez; haverá apenas a segunda vinda. (Sharp, 2004).
Considerações Finais:
Resposta: Para relatar
conforme argumenta Keith Sharp, teremos que
eliminar a Grande Tribulação e o Milênio. No entanto, a Bíblia deixa claro que
haverá tribulação e milênio, e não de forma figurada, mas sim literal. Apocalipse
20.6 “Bem-aventurado e santo aquele que
tem parte na primeira ressurreição;
sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de
Cristo e reinarão com ele mil anos.” Se existe primeira ressurreição, é
porque tem outras, se vai reina por mil anos. é porque Milênio é
literal.
Apocalipse 20.2 “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que
é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil
anos.” Apocalipse 20.7-8,10 “E, acabando-se os mil anos, Satanás será
solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro
cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para
as ajuntar em batalha.” verso 10 “E o
diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a
besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”
no versos 11 ao 13 NTLH, indicante fala de trono branco ressureição e novo céu
e terra.
Vi também os mortos, tanto
os importantes como os humildes, que estavam de pé diante do trono.
Foram abertos livros, e também foi aberto outro livro, o Livro da Vida. Os
mortos foram julgados de acordo com o que cada um havia feito, conforme
estava escrito nos livros. 13 Aí o
mar entregou os mortos que estavam nele. A morte e o mundo dos mortos também
entregaram os que eles tinham em seu poder. E todos foram julgados
de acordo com o que cada um tinha feito.
Ainda salientou Keith
Sharp: “Estes eventos, o arrebatamento
dos cristãos e a segunda vinda de Cristo, não serão separados por 1007 anos
(como afirmam os pré-milenaristas, com a "Grande Tribulação de sete anos
seguida pelo reinado de 1000"), mas ocorrerão ao mesmo tempo” (Ibid).
Para reafirmar isso,
preciso dizer novamente: precisamos considerar a eliminação da Tribulação e do
Milênio, mas eles são literais na Bíblia. Quando lemos Mateus 24 versos 27 ao
31
27
Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente,
assim será também a vinda do Filho do Homem. [...] 29 E, logo depois da
aflição daqueles dias, [isto é Tribulação] o sol escurecerá, e a lua não
dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão
abaladas. 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas
as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homemvindo sobre
as nuvens do céu, com poder e grande glória. [Está bem claro que depois da
tribulação Ele aparecerá e todos o verão]. 31 E ele enviará os seus anjos com
forte clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro
ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
Em
apenas quatro versículos, conceitualmente, prova que haverá uma primeira venda
tão rápida que ninguém verá, e logo depois virá a tribulação e, em seguida,
Cristo, que todos verão.
Obras Citadas
DAKE, F. J.
(2010). bíblia de estudo dake. (Atos, Ed.) PR.
HENDRIKSEN, W. (2001). Comentário Do Novo
Testamento Romanos. (V. G. Martins, Trad.) Clltura Cristã.
Kachel, W., & Zimmer, R. (2005). Dicionário da
Bíblia de Almeida (2a ed.). SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
LTT, B. (2022.). Bíblia LTT (Anotada) (3ª ed.).
RJ: BV FILMS EDITOR.
Marshall, I. H. (1984). I e II TESSALONICENSES
Introdução e Comentário (1º ed.). (G. Chown, Trad.) SP: SOCIEDADE RELIGIOSA
EDIÇÕES VIDA NOVA E ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO.
McNair, S. E. (1985). A Bíblia explicada (4ª
ed.). Rio de Janeiro: CPAD.
Sharp, K. (16 de Fevereiro de 2004). O
arrebatamento. Acesso em 27 de Abril de 2024, disponível em Estudos da
Biblia: https://estudosdabiblia.net/2004216.htm
SPROUL, R., & MATHISON, K. (s.d.). Bíblia de
Estudo de Genebra. SBB.
Após o arrebatamento da Igreja, todos os membros comparecerão perante o tribunal de Cristo. Como está escrito em II Co 5.10: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal". O apóstolo Paulo usou a palavra "bema", que significa "plataforma elevada", dando-nos uma ideia da solenidade desse momento.
É interessante notar que nos antigos jogos olímpicos, os atletas vitoriosos recebiam na plataforma o prêmio, a coroa, como mencionado em I Co 9.24. Da mesma forma, após o arrebatamento da Igreja, os santos comparecerão perante o tribunal de Cristo para receber galardões, que terão lugar nas regiões celestiais, como está escrito em I Ts 4.17.
Detalhes do tribunal de Cristo:
1 – Este tribunal não se trata do Grande Trono Branco mencionado em Apocalipse 20:11-15;
2 – O propósito não é julgar pecados, pois será para os salvos, como está escrito em I João 1:7;
3 – Não será um tribunal para condenar, conforme Romanos 8:1.
4 – A Igreja, composta pelos salvos, será julgada. Conforme II Coríntios 5:10, serão avaliadas as obras (I Coríntios 3:12-15), os sofrimentos (Mateus 5:11-12), os trabalhos para Deus (I Coríntios 15:58) e o tratamento para com os irmãos (Romanos 14:10), bem como a fidelidade (Apocalipse 2:10). É importante lembrar que o nosso caminhar é acompanhado por Deus (Salmo 139:13).
Galardão:
O galardão será uma recompensa, um reconhecimento pelo trabalho executado aqui no Reino de Deus, como mencionado em II Co 5.10. É importante ressaltar que a salvação não é alcançada por meio das obras, pois o cristão pratica boas ações por já ser salvo; a salvação é alcançada pela fé, conforme Ef 2:8-9.
O julgamento do tribunal de Cristo:
Em I Co 3:11-15, o apóstolo Paulo utiliza linguagem figurada para descrever como será esse julgamento. Em outras partes da Bíblia, a Igreja é representada como um edifício, mas aqui vemos o trabalho e o resultado do que a Igreja está realizando na terra.
É importante observar que três materiais são representados como aprovados por Deus, enquanto três elementos são reprovados. Isso serve como um alerta, pois muitos cristãos estão utilizando esses elementos reprovados por Deus.
Aprovados:
Ouro: Em 1 Coríntios 3.12, o ouro é mencionado como representante da "glória de Deus". Em Êxodo 37.7, 40.34-38 e Hebreus 9.5, o ouro é associado à presença e à glória de Deus. O ouro realmente é tudo o que exclusivamente glorifica a Deus, e devemos fazer tudo para a sua glória.
Prata: Também em 1 Coríntios 3.12, a prata é mencionada como significado de "resgate" no Antigo Testamento. Em Êxodo 26.19, a prata é associada ao resgate, e podemos entender isso como o empenho por resgatar vidas do pecado, oferecendo salvação para aqueles que perecem.
Pedras Preciosas:As pedras preciosas mencionadas em Êxodo 28:17-20 eram parte do peitoral usado pelo sumo sacerdote. Além disso, o Urim e Tumim, que representavam verdades e perfeições, eram colocados no peitoral e utilizados para discernir a vontade de Deus. Essas ferramentas eram consultadas em momentos difíceis, como para determinar a inocência ou culpa em determinadas situações.
Essas pedras preciosas, portanto, simbolizavam a orientação do Espírito Santo e a doutrina bíblica, conforme mencionado em 1 Timóteo 4:16. Elas representavam as obras realizadas pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, conforme descrito em João 15:4-6.
Reprovados
Madeira: A madeira é um material de pouca duração, em comparação com o ouro, a prata e as pedras preciosas, e o seu valor. Mt 3.10. O trabalho feito com madeira é a representação da natureza humana, que glorifica a si mesma. Lc 6.3436.
Feno: I Co 3.12 O feno é erva seca, comida de animais. Dn 4.23. este é o resultado de trabalhar na carne, com mundanismo e vaidade humana. I Co 2.14, 3:1.
Palha: I Co 3.12. A palha é mais baixa, sem valor, casca vazia do grão, uma vez retirado Sl 1.4. A falta de estabilidade espiritual está associada à palha. I Rs 18.20.
Recompensa:
1 - coroa da vida: Refere-se ao prémio ou recompensa que é concedido aos fiéis que perseveram e superam as provações da vida cristã de acordo com as passagens bíblicas Tg 1.12 e Ap 2.10.
2 - coroa da justiça: Indica a recompensa reservada para aqueles que permanecem fiéis e cumprem com justiça os desígnios de Deus, conforme mencionado em II Tm 4.8.
3 - coroa da glória: Esta coroa simboliza a recompensa celestial e a honra reservada aos que servem a Deus com devoção e fidelidade, conforme descrito em I Pe 5.34.
4 - coroa incorruptível: Refere-se ao prémio eterno e imperecível reservado para os que lutam a boa luta da fé, mencionado em I Co 9.25.
Conclusão
Neste estudo sobre o tribunal deCristo, podemos observar que após o arrebatamento da Igreja, os crentes comparecerão diante do tribunal de Cristo para receber galardões, que serão uma recompensa pelo trabalho executado aqui pelo Reino de Deus. Este julgamento não será para condenar, mas sim para avaliar as obras, sofrimentos, trabalhos para Deus, tratamentos para com os irmãos e a fidelidade dos santos. A salvação não é pelas obras, mas sim pela fé, e os galardões representam um reconhecimento pelo serviço prestado. Este estudo nos alerta para a importância de vivermos de acordo com a vontade de Deus, buscando glorificá-Lo em tudo o que fazemos, e nos incentiva a perseverar na fé e no serviço ao Senhor, visando as recompensas celestiais que nos aguardam.
Logo após a visão de Cristo no meio das igrejas, são transmitidas
mensagens para as sete igrejas. Os capítulos 2 e 3 do Apocalipse abordam
exclusivamente "as coisas que são", ou seja, os assuntos relacionados
à igreja na Terra e ao seu arrebatamento. Apocalipse 2.1—3.22
Interpretação das Sete Igrejas em Apocalipse: A abordagem
tríplice das cartas
Introdução:
O livro de Apocalipse, nos capítulos 2 e 3, apresenta mensagens diretas
às sete igrejas na Ásia Menor, revelando suas condições espirituais e oferecendo
exortações e promessas. Essas cartas, embora escritas para igrejas específicas
na época de João, têm aplicações local, profética e individual que ressoam até
os dias atuais.
a)Aplicação Local: Inicialmente, as mensagens eram dirigidas às
igrejas locais da Ásia Menor, refletindo suas condições espirituais e
oferecendo orientação para seu contexto imediato. O caráter específico das
exortações e promessas é evidente na própria estrutura das cartas e em
versículos como Apocalipse 1:4, 11 e 20.
b)Aplicação Profética: Além da aplicação local, as cartas têm uma
dimensão profética, abrangendo todas as igrejas ao longo da história até o
arrebatamento. Elas revelam a vontade de Deus para os crentes durante esta era
da igreja e oferecem direcionamento espiritual até o fim dos tempos. A natureza
profética do livro de Apocalipse confirma essa interpretação, destacando a
relevância contínua das mensagens para os crentes ao longo dos séculos.Como também
as epístolas do Novo Testamento (2Tm 3.16, 17), e outros livros a Bíblia.
As mensagens contidas nas sete cartas do Apocalipse expressam a vontade
divina em relação aos crentes desde os tempos antigos até o momento do
Arrebatamento. É evidente que as "coisas que estão ocorrendo" não
podem coincidir com as "coisas que acontecerão depois destas"
(Apocalipse 1.19; 4.1). As primeiras devem ser concluídas antes que as últimas
comecem. As sete cartas não têm apenas uma aplicação local, como outras
epístolas destinadas a comunidades e indivíduos específicos (cf. 2 Timóteo
3.16, 17). O livro como um todo é endereçado às sete igrejas, e se fosse
enviado apenas a elas, sem mais nada a se realizar, perderia sua natureza
profética de revelar "coisas que em breve acontecerão", tornando-se
apenas um registro histórico. Além disso, o Senhor não se dirige a todas as
igrejas da Ásia Menor na época de João, mas especificamente escolhe sete, pois
as condições encontradas nelas são representativas do período atual e servem
como exemplos tangíveis para as igrejas ao longo de toda essa era. Novamente,
se as cartas fossem direcionadas apenas a essas sete igrejas, não haveria
"mistério" (Apocalipse 1.20) e não haveria necessidade de um chamado
universal a todos os indivíduos desta era para ouvir e superar os desafios
propostos.
c)Aplicação Individual: As mensagens também têm um impacto
individual, alertando os crentes sobre os perigos espirituais revelados nas
cartas e encorajando-os a perseverar e superar. Cada carta oferece promessas
específicas aos que vencerem, incentivando os crentes a permanecerem fiéis em
sua jornada espiritual.
d)Refutação da Interpretação Dispensacional: Embora
algumas interpretações tentem aplicar as sete igrejas a períodos específicos da
história da igreja, essa abordagem carece de base bíblica sólida. A tentativa
de associar cada igreja a uma fase distinta da história da igreja é principalmente
baseada em teorias humanas e pode levar a interpretações equivocadas e
ensinamentos falsos.
Conclusão:
As mensagens contidas nas sete cartas do Apocalipse expressam a vontade
divina em relação aos crentes desde os tempos antigos até o momento do
Arrebatamento. É evidente que as "coisas que estão ocorrendo" não
podem coincidir com as "coisas que acontecerão depois destas"
(Apocalipse 1.19; 4.1). As primeiras devem ser concluídas antes que as últimas
comecem. As sete cartas não têm apenas uma aplicação local, como outras
epístolas destinadas a comunidades e indivíduos específicos (cf. 2 Timóteo
3.16, 17). O livro como um todo é endereçado às sete igrejas, e se fosse
enviado apenas a elas, sem mais nada a se realizar, perderia sua natureza
profética de revelar "coisas que em breve acontecerão", tornando-se
apenas um registro histórico. Além disso, o Senhor não se dirige a todas as
igrejas da Ásia Menor na época de João, mas especificamente escolhe sete, pois
as condições encontradas nelas são representativas do período atual e servem
como exemplos tangíveis para as igrejas ao longo de toda essa era. Novamente,
se as cartas fossem direcionadas apenas a essas sete igrejas, não haveria
"mistério" (Apocalipse 1.20) e não haveria necessidade de um chamado
universal a todos os indivíduos desta era para ouvir e superar os desafios
propostos.
Pontos de Semelhança nas Cartas às Sete Igrejas em Apocalipse
1.Referência às Características de Cristo: Em quase
todas as mensagens, há menção a uma ou várias das oito características de
Cristo enumeradas em Apocalipse 3, evidenciando a importância da figura de
Cristo nas exortações às igrejas.
2.Correspondência com os Cabeçalhos das Cartas: Os
cabeçalhos das cartas dirigidas aos diversos pastores correspondem a essas
características de Cristo, estabelecendo uma ligação direta entre a identidade
de Cristo e os desafios e encorajamentos dados a cada igreja.
3.Elogio às Obras e Virtudes: Cristo
elogia todas as igrejas por suas obras e outras características virtuosas,
exceto a última, destacando a importância do serviço e da retidão diante de
Deus.
4.Repreensão das Igrejas: Com exceção
da segunda e sexta igrejas, todas recebem repreensões de Cristo, evidenciando a
necessidade contínua de correção e transformação espiritual.
5.Ordem de Arrependimento: A primeira,
terceira, quinta e sétima igrejas recebem ordem de se arrepender, enquanto a
segunda, quarta e sexta são poupadas dessa exortação devido à sua fidelidade ou
purificação através da perseguição.
6.Advertência de Juízo: Todas as igrejas, exceto a segunda
e a sexta, recebem uma advertência de juízo, ressaltando a importância da
obediência e fidelidade a Deus.
7.Progressão na Corrupção: Cada igreja é apresentada como mais
corrupta que a anterior, exceto a segunda e a sexta, culminando na sétima
igreja, que é descrita como a mais corrupta de todas, sem uma única virtude a elogiar.
8.Promessa ao Vencedor: Em cada
carta, há uma promessa ao vencedor, destacando a recompensa reservada para
aqueles que perseveram na fé e superam os desafios espirituais.
9.Admoestação Universal: A mesma admoestação é dada a cada
igreja: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas",
ressaltando a importância da atenção espiritual e receptividade às mensagens
divinas.
10.Orientação de João: Em cada carta, João é instruído por Cristo a
escrever, indicando sua orientação divina e a sequência consecutiva das
mensagens, culminando na revelação das "coisas que depois destas devem
acontecer".
Portanto, uma nova sequência de eventos se desenrola após o período das
igrejas, que não se relaciona com a igreja na Terra, pois ela está
celestialmente presente durante os eventos descritos em Apocalipse 4.1 e 19.10.
A igreja retornará à Terra junto com Cristo durante Seu Segundo Advento, como
narrado em Apocalipse 19.11-21.
Igreja em Éfeso
Introdução:
A mensagem à igreja em Éfeso, como descrita no livro do
Apocalipse, apresenta uma análise minuciosa das suas ações e posturas
espirituais. Inicialmente, o Senhor elogia suas virtudes, tais como obras,
trabalho árduo, paciência e discernimento ao lidar com falsos apóstolos.
Contudo, uma repreensão crucial é feita: eles abandonaram o seu primeiro
amor, isto é, perderam a paixão e a intimidade espiritual com Deus. O
chamado é claro: recordar-se da sua queda, arrepender-se e retornar ao fervor
espiritual inicial, ou então sofrer as consequências.
É significativo observar a aversão às práticas dos nicolaítas, um
grupo associado a comportamentos contrários aos ensinamentos de Cristo. Isso
ressalta a importância da santidade e da fidelidade aos princípios cristãos.
A mensagem conclui com uma exortação universal a todos os ouvintes
espirituais e uma promessa aos vencedores: o privilégio de desfrutar da árvore
da vida no paraíso de Deus, simbolizando a vida eterna e a comunhão restaurada
com Ele.
Essa promessa não se limita a Éfeso, estendendo-se a todas as
igrejas e crentes fiéis. A referência a outras passagens bíblicas, como Mateus
26:29 e João 21:5-14, reforça a ideia de que os santos usufruirão
plenamente das bênçãos divinas em seu estado glorificado. Assim, a mensagem à
igreja em Éfeso serve como um lembrete para todos os crentes sobre a
importância de manter o fervor espiritual e a devoção a Cristo, assegurando
assim a participação nas promessas divinas de vida eterna e comunhão íntima com
Deus. Contexto da Mensagem: A carta à igreja em Éfeso começa com uma
descrição de Cristo como aquele que tem nas mãos as sete estrelas e anda no
meio dos sete castiçais de ouro, símbolos da autoridade e presença de Cristo
nas igrejas (Apocalipse 1:20).
Elogios e
Repreensões: Cristo elogia a igreja em Éfeso por suas
obras, trabalho árduo, paciência e discernimento espiritual ao testar os falsos
apóstolos. No entanto, ele também a repreende por ter abandonado seu
primeiro amor, uma indicação de que eles haviam perdido o fervor espiritual e a
paixão inicial por Cristo e seu evangelho.
Exortação
ao Arrependimento: Cristo instrui a igreja a lembrar-se de sua condição
espiritual anterior, arrepender-se e voltar às práticas e ao fervor inicial.
Ele adverte que, se não se arrependerem, ele removerá seu castiçal,
simbolizando a retirada de sua presença e bênção daquela igreja.
Rejeição
das Obras dos Nicolaítas: Cristo elogia a igreja por odiar as obras dos nicolaítas,
um grupo cujas práticas são desconhecidas, mas que eram contrárias aos
ensinamentos de Cristo e dos apóstolos.
Promessa
ao Vencedor: A carta termina com uma promessa aos que vencerem,
indicando que eles terão o direito de comer da árvore da vida, que está
no paraíso de Deus, uma imagem simbólica da vida eterna e da comunhão íntima
com Deus.
Conclusão:
Essas promessas ao vencedor refletem a esperança da vida eterna e da
comunhão restaurada com Deus para aqueles que permanecem fiéis até o fim. Elas
são um lembrete do destino glorioso reservado para os santos de Deus.
Igreja em Esmirna
Introdução:
A carta à igreja em Esmirna, conforme registrada no livro de Apocalipse,
é uma mensagem de encorajamento e promessas divinas em meio às adversidades
enfrentadas pelos crentes. Neste estudo, analisaremos os desafios enfrentados
por essa igreja e as promessas feitas aos vencedores, destacando sua relevância
contínua para os cristãos em todas as épocas.
1.Identificação do Remetente e
Reconhecimento das Circunstâncias: O Filho de Deus se apresenta como
"o Primeiro e o Último, que foi morto, e reviveu",
demonstrando Sua autoridade sobre a vida e a morte. Ele reconhece as
tribulações e a pobreza enfrentadas pela igreja em Esmirna, bem como a
blasfêmia dos falsos judeus que os perseguem, identificando-os como uma sinagoga
de Satanás (Apocalipse 2:8-9).
2.Exortação à Fidelidade e Promessa de
Recompensa: Apesar das dificuldades iminentes, os crentes são
encorajados a permanecerem firmes na fé, mesmo que isso signifique
enfrentar perseguição até a morte. A promessa é de uma coroa da vida para
aqueles que permanecerem fiéis até o fim, demonstrando a recompensa reservada
aos vencedores (Apocalipse 2:10).
3.Interpretação das Promessas ao
Vencedor: A promessa de não ser lançado no lago de fogo é uma garantia de
salvação eterna para os vencedores. Isso é corroborado por outras passagens das
Escrituras que falam sobre o destino final dos incrédulos no lago de fogo,
contrastando com a segurança dos redimidos (Apocalipse 14:9-11; 19:20;
20:13-15; 21:8).
Conclusão:
A mensagem à igreja em Esmirna nos lembra da realidade da
perseguição enfrentada pelos crentes e da importância da fidelidade até a
morte. No entanto, também oferece consolo e esperança, garantindo a recompensa
da coroa da vida e a segurança da salvação eterna para aqueles que permanecem
fiéis. Que possamos nos inspirar na coragem e na fé desses irmãos e confiar nas
promessas do nosso Senhor, mesmo em meio às tribulações.
Igreja em Pérgamo
Introdução: A carta à
igreja em Pérgamo, presente no livro
de Apocalipse, oferece uma visão reveladora das condições espirituais e morais
dessa comunidade cristã do primeiro século. Neste estudo, exploraremos as
palavras dirigidas a essa igreja, destacando tanto seus elogios quanto suas
advertências, assim como as promessas feitas aos vencedores.
1.Reconhecimento dos Aspectos Positivos: O Senhor Jesus começa
reconhecendo as obras da igreja em Pérgamo, assim como sua fidelidade em
manter Seu nome e Sua fé, mesmo em meio a uma atmosfera hostil onde
Satanás tinha influência. A menção de Antipas, um mártir fiel, destaca a
coragem e a dedicação dessa comunidade diante da perseguição (Apocalipse
2:13).
2.Identificação dos Problemas: No entanto,
Jesus identifica alguns problemas dentro da igreja, especialmente relacionados
à presença daqueles que seguem as doutrinas de Balaão e dos nicolaítas.
Essas doutrinas comprometiam a pureza doutrinária e moral da igreja, levando-a
a se envolver em idolatria e imoralidade (Apocalipse 2:14-15).
3.Chamado ao Arrependimento e Advertência: O Senhor
adverte a igreja a se arrepender de sua tolerância com essas doutrinas
corruptas, ameaçando intervir se o arrependimento não ocorrer. Ele promete
lutar contra essas práticas com a "espada da Sua boca", representando
Sua palavra de julgamento e autoridade (Apocalipse 2:16).
4.Promessas ao Vencedor: Para aqueles que permanecerem fiéis
e vencerem, há promessas de recompensa. O vencedor receberá o privilégio de
comer do "maná escondido" e será dado uma "pedra
branca" com um novo nome inscrito nela. Essas imagens simbólicas
representam bênçãos espirituais e vitória espiritual para os fiéis (Apocalipse
2:17).
Conclusão:
A carta à igreja em Pérgamo é uma poderosa exortação que ressoa ao
longo dos séculos, chamando os crentes a permanecerem fiéis à verdade e a
resistirem às influências corruptas ao seu redor. As promessas feitas aos vencedores
destacam a esperança e as recompensas reservadas para aqueles que perseveram na
fé, apesar das adversidades. Que possamos aprender com as lições dessa carta e
permanecer firmes na verdade, buscando as promessas do Senhor com confiança e
determinação.
Igreja em Tiatira
Introdução:
Continuando nosso estudo das mensagens às sete igrejas da Ásia, agora nos
voltamos para a carta à igreja em Tiatira. Esta carta, enviada pelo
apóstolo João, oferece uma análise das condições espirituais dessa congregação
específica e traz lições relevantes para a igreja de Cristo em todas as
épocas.
1.Análise das Condições Espirituais: A mensagem
começa com uma descrição do Filho de Deus, que possui olhos como chamas de fogo
e pés semelhantes ao latão reluzente. Ele conhece as obras, a caridade,
o serviço e a fé da igreja em Tiatira, mas também reprova a tolerância
em relação à influência nociva de uma mulher chamada Jezabel, que ensinava falsas
doutrinas e levava os servos de Deus à idolatria (Apocalipse 2:18-20).
2.Exortação ao Arrependimento: Apesar de
ter sido dado tempo para que Jezabel se arrependesse, ela persistiu em
sua maldade, trazendo sobre si e sobre seus seguidores uma severa punição. No
entanto, aos fiéis que permanecem firmes na verdade e não cedem à influência
maligna, é dada a promessa de que não serão sobrecarregados além do que podem
suportar (Apocalipse 2:21-25).
3.Promessas ao Vencedor: Para
aqueles que vencem e perseveram até o fim, são feitas promessas de autoridade
sobre as nações, conforme foi prometido a Cristo e aos santos ao longo
da história. Além disso, o vencedor receberá a estrela da manhã, símbolo
de bênção e orientação divina (Apocalipse 2:26-28).
Conclusão:
A carta à igreja em Tiatira oferece uma advertência clara sobre os
perigos da tolerância à falsa doutrina e da participação na idolatria.
Ao mesmo tempo, ela encoraja os fiéis a permanecerem firmes na verdade, mesmo
diante das adversidades. As promessas feitas aos vencedores demonstram o
cuidado e a fidelidade de Deus para com aqueles que permanecem fiéis,
mesmo em meio à oposição e perseguição. Que possamos aprender com essas lições
e buscar viver uma vida que honre ao Senhor em todos os aspectos.
Igreja em Sardes
Introdução:
Nossa jornada pelas cartas às sete igrejas da Ásia nos leva agora à
mensagem dirigida à igreja em Sardes. Esta carta, enviada pelo apóstolo
João, traz consigo exortações, advertências e promessas que são igualmente
relevantes para os cristãos de todas as épocas.
1.A Condição Espiritual da Igreja: A mensagem
começa com uma descrição daquele que possui os sete Espíritos de Deus e
as sete estrelas. A igreja em Sardes é repreendida por ter uma reputação
de estar viva, mas, na realidade, estar espiritualmente morta. A exortação
é para que despertem, se arrependam e fortaleçam o que resta, pois suas obras
não são perfeitas diante de Deus (Apocalipse 3:1-2).
2.Chamado ao Arrependimento e
Vigilância: A igreja é lembrada de guardar o que receberam e
ouviram, e se arrependerem de seu estado de letargia espiritual. A advertência
é clara: se não vigiarem, o Senhor virá sobre eles como um ladrão,
pegando-os desprevenidos. No entanto, há uma nota de esperança, pois mesmo em Sardes
existem aqueles que permanecem puros e dignos perante Deus (Apocalipse 3:3-4).
3.Promessas ao Vencedor: Para
aqueles que vencem, são feitas promessas de vestes brancas, simbolizando pureza
e justiça, além da garantia de que seus nomes não serão riscados do Livro da
Vida. Além disso, o Senhor promete confessar o nome do vencedor diante de Deus
e dos anjos (Apocalipse 3:5-6).
Conclusão:
A carta à igreja em Sardes nos lembra da importância da vitalidade
espiritual e da vigilância constante na vida cristã. Ela nos adverte contra a
complacência e nos chama ao arrependimento genuíno. No entanto, também nos
oferece esperança e encorajamento, prometendo recompensas eternas para aqueles
que permanecem fiéis até o fim. Que possamos aprender com as lições desta carta
e buscar viver uma vida de fidelidade e compromisso com nosso Senhor Jesus
Cristo.
Igreja em Filadélfia
Introdução:
A mensagem destinada à igreja em Filadélfia, registrada no livro
de Apocalipse, é uma carta repleta de promessas e encorajamento para os fiéis.
Neste estudo, exploraremos as exortações, promessas e simbolismos contidos
nesta carta, que ressoam através dos tempos, oferecendo orientação espiritual e
esperança aos crentes.
1.Comenda à Fidelidade: O Filho de
Deus se apresenta como o Santo e Verdadeiro, detentor das chaves de
Davi, destacando sua autoridade soberana sobre todas as coisas. Ele elogia a
igreja em Filadélfia por suas obras e fidelidade, apesar de sua aparente
fraqueza. Uma porta foi aberta diante deles, simbolizando oportunidades divinas
que ninguém pode fechar (Apocalipse 3:7-8).
2.Promessas de Proteção e Reconhecimento: A igreja é
assegurada de que aqueles que se opõem a eles, representados como a sinagoga de
Satanás, serão subjugados e forçados a reconhecer o amor de Deus por
eles. O Senhor promete protegê-los da hora da tentação que sobrevirá ao mundo.
Ele encoraja-os a manterem-se firmes, prometendo guardar suas coroas e
recompensar os vencedores com uma posição de autoridade permanente no templo de
Deus, tendo seus nomes inscritos com o nome de Deus e da nova Jerusalém (Apocalipse
3:9-12).
3.Interpretação Literal das Promessas: As promessas feitas aos
vencedores, como torná-los pilares no templo de Deus com nomes escritos,
são interpretadas literalmente, como qualquer outra forma de escrita visível
nas Escrituras. Isso contrasta com interpretações simbólicas, pois o
contexto sugere uma recompensa tangível e duradoura para os fiéis (Apocalipse
3:12).
Conclusão:
A carta à igreja em Filadélfia oferece uma mensagem de esperança e
incentivo para os crentes em todas as eras. Ela nos lembra da importância da fidelidade,
mesmo diante da adversidade, e das promessas divinas de proteção,
reconhecimento e recompensa para aqueles que permanecem fiéis. Que possamos nos
inspirar na experiência desta igreja e buscar viver uma vida de dedicação e
serviço ao nosso Senhor, confiando em Suas promessas para o futuro.
Igreja em Laodiceia
Introdução: A carta à igreja em Laodiceia, presente no livro do
Apocalipse, é uma chamada à reflexão e arrependimento. Neste estudo,
examinaremos as exortações e promessas contidas nesta carta, que oferecem uma
visão penetrante da condição espiritual da igreja e um convite para uma
transformação genuína.
1.Repreensão à Complacência Espiritual: O Senhor se identifica como "o
Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus", e
repreende a igreja em Laodiceia por
sua complacência espiritual. Ele observa que são mornos, nem fervorosos nem
frios, e adverte sobre as consequências dessa condição (Apocalipse 3:14-16).
2.Convite ao Arrependimento e
Restauração: Apesar
da repreensão, o Senhor oferece uma
oportunidade de arrependimento e restauração. Ele aconselha a igreja a buscar
verdadeiras riquezas espirituais, vestes brancas da justiça e a cura espiritual para sua cegueira. Ele os
exorta a serem zelosos e se arrependerem, abrindo a porta para que Ele entre e
comungue com eles (Apocalipse 3:17-20).
3.Promessa de Autoridade e Comunhão: Aos vencedores, é prometido um lugar
de honra e autoridade ao lado do Senhor em Seu trono, refletindo Sua própria
vitória e exaltação. Esta promessa destaca a recompensa reservada para aqueles
que superam a complacência espiritual e perseveram na fé (Apocalipse 3:21).
Conclusão: A carta à igreja em Laodiceia nos lembra da seriedade da complacência
espiritual e da importância do arrependimento genuíno. Ela nos desafia a
examinar nossas próprias vidas e buscar uma renovação espiritual através do
arrependimento e da busca por uma comunhão mais profunda com o Senhor. Que
possamos responder ao convite do Senhor para abrir a porta de nossos corações e
permitir que Ele entre, transformando-nos e capacitando-nos a vencer as
tentações da complacência e a desfrutar da plenitude de comunhão com Ele.
Apenas um
versículo em toda a Bíblia descreve com várias palavras sinônimas o significado
do "Dia do Senhor".
Sofonias 1:15 “Aquele dia é um dia
de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia
de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,” Este versículo de descreve vividamente o que será o
"Dia do Senhor", usando várias palavras sinônimas para transmitir a intensidade
e a gravidade desse evento. Aqui estão as palavras usadas e seus significados:
1.Dia de negridão: Refere-se
à escuridão total, uma escuridão profunda e impenetrável.
2.Dia de ira: Indica a
manifestação da justa ira de Deus contra o pecado e a injustiça.
3.Dia de aflição: Sugere um
período de grande angústia e sofrimento.
4.Dia de angústia: Reflete
um estado de ansiedade extrema e tormento.
5.Dia de sofrimento: Descreve
um tempo de dor intensa e sofrimento.
6.Dia de ruína: Implica
na destruição completa e total.
7.Dia de trevas: Alude à
escuridão espiritual e ao desconhecido.
8.Dia de escuridão: Refere-se
tanto à escuridão física quanto à espiritual.
9.Dia de nuvens: Sugere
uma cobertura densa e impenetrável, simbolizando o julgamento de Deus.
Essas palavras sinônimas enfatizam a severidade e a
seriedade do "Dia do Senhor", um momento em que Deus intervém na
história para julgar o mal e estabelecer sua justiça. É um evento que inspira
temor e reverência, chamando à atenção para a necessidade de preparação espiritual
e reconciliação com Deus.
Dia do Senhor no livro de Joel
No
livro de Joel, a frase "dia do Senhor" é enfatizada em cinco ocasiões
(Jl 1.15; 2.1,11,31; 3.14). Essa expressão específica também aparece em outros
lugares da Bíblia, como em Isaías 2.12; 13.6,9;58.13; Jeremias 46.10; Ezequiel
13.5; 30.3; Amós 5.18, 20; Obadias 1.15; Sofonias 1.7,14; Zacarias 14.1.
Neste artigo,
vamos explorar o conteúdo do livro de Daniel, mais especificamente, o capítulo
9, versículos 24 a 27. Esses versículos falam sobre o calendário da profecia e
as 70 semanas mencionadas. Vamos analisar a interpretação literal e futurista
dessas semanas e entender como elas se relacionam com a história e o futuro de
Israel.
O
Contexto da Visão
No início
do capítulo 9, Daniel revela que descobriu pela leitura do livro do profeta
Jeremias que o tempo do cativeiro seria de 70 anos. Ele estava na Babilônia,
como príncipe e conselheiro do rei, mas não se esqueceu das promessas de Deus e
da aliança com seu povo. Ao perceber que o tempo do cativeiro estava se
cumprindo, Daniel iniciou um período de oração e jejum, buscando o
arrependimento do povo de Judá.
A Oração
de Daniel
A oração
de Daniel está registrada nos versículos 4 a 19 do capítulo 9. Durante essa
oração, Daniel exalta a Deus, expressa arrependimento pelo pecado da nação,
confessa seus próprios pecados e clama ao Senhor por misericórdia. Ele busca a restauração
de Jerusalém e a reconstrução do templo, para que o povo de Israel volte a
adorar a Deus de acordo com a Lei.
A
Revelação do Anjo Gabriel
No
versículo 23, um anjo chamado Gabriel se aproxima de Daniel e diz que, desde o
início de suas orações, uma ordem foi emitida para a restauração de Jerusalém e
a reconstrução do templo. O anjo então revela a Daniel o significado das 70
semanas proféticas.
Interpretação
das 70 Semanas
Existem
várias formas de interpretar as 70 semanas mencionadas nos versículos. Uma
interpretação literal e futurista defende que essas semanas são semanas de anos
e que cada período de tempo possui um significado específico. As primeiras sete
semanas se referem à restauração de Jerusalém e a reconstrução do templo, que
ocorreu aproximadamente 49 anos após a emissão da ordem por Ciro. As 62 semanas
seguintes se referem ao período entre a inauguração do templo e a morte de
Jesus na cruz. A última semana, conhecida como a septuagésima semana, se refere
à tribulação e ao fim dos tempos.
A Última
Semana e o Arrebatamento da Igreja
A
interpretação literal e futurista também sugere que a igreja será arrebatada
antes do início da septuagésima semana, antes da tribulação e do período final.
Isso é baseado na ideia de que a igreja é o grande mistério do plano de Deus e
que nenhum profeta do Antigo Testamento teve visões específicas sobre a igreja
em suas profecias.
O
Cumprimento da Profecia
O
cumprimento das 70 semanas proféticas ainda está em andamento. A restauração de
Jerusalém e a reconstrução do templo são sinais claros de que estamos nos
aproximando do fim dos tempos. O mundo está trabalhando em direção a uma
aliança entre judeus e árabes, o que é um sinal importante para o cumprimento
da septuagésima semana. Quando essa aliança for estabelecida, o anticristo
surgirá e restaurará o culto no templo. A primeira metade da septuagésima
semana será um período de tribulação, seguido pela grande tribulação.
Conclusão
O
entendimento e a interpretação das 70 semanas proféticas de Daniel são complexos
e têm gerado muitas discussões ao longo da história. No entanto, é importante
lembrar que Deus tem um plano para Israel e para a igreja. Enquanto a igreja
aguarda o retorno de Jesus, devemos permanecer vigilantes e buscar a Deus em
oração e arrependimento. Que possamos estar preparados para os eventos futuros
e firmes na nossa fé.
Agradecemos por ter lido o nosso blog e esperamos que tenha encontrado estas informações úteis. Se tiver alguma questão ou quiser partilhar a sua opinião, não hesite em entrar em contato conosco pelo Email.
Que Deus abençoe a sua vida e continue a guiá-lo na sua jornada espiritual. Não se esqueça de gostar e partilhar o nosso blog e, sempre que possível, confira os nossos livros (Jarbas Epifanio) disponíveis na UICLAP, AMAZON e na VISEU.