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O Impacto do Uso Excessivo de Celulares no Desenvolvimento Infantil


Introdução

O uso de dispositivos eletrônicos, como smartphones e tablets, tornou-se comum em muitas casas, inclusive entre crianças pequenas. Embora esses dispositivos possam oferecer entretenimento e até recursos educacionais, seu uso excessivo pode trazer consequências significativas para o desenvolvimento infantil. Este artigo explora, sob uma perspectiva científica e bíblica, os efeitos do uso prolongado de celulares no cérebro em desenvolvimento das crianças, destacando os impactos psicológicos, sociais e físicos. Além disso, oferece orientações práticas para pais e responsáveis, com o objetivo de promover um equilíbrio saudável no uso da tecnologia.

1. O Desenvolvimento Cerebral na Infância

O cérebro de uma criança passa por um crescimento acelerado nos primeiros anos de vida. Até os cinco anos, aproximadamente 90% do cérebro já está formado, com sinapses sendo criadas e fortalecidas em resposta a estímulos do ambiente (PERRY, 2000). Durante esse período, a exposição prolongada a telas pode interferir no desenvolvimento de funções cognitivas essenciais, como atenção, memória e habilidades de aprendizado. Estudos mostram que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos está associado à redução da capacidade de concentração e ao aumento de comportamentos impulsivos (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS, 2016).

Além disso, a dopamina, neurotransmissor relacionado ao prazer, é liberada em resposta ao estímulo constante de jogos e vídeos, criando um ciclo de dependência que pode levar à irritabilidade quando a criança é privada do dispositivo (KARDARAS, 2016). Essa dependência pode prejudicar a interação social, já que as crianças tendem a se isolar, preferindo o celular em vez de brincar com amigos ou familiares.

A Construção do Casamento e da Vida Familiar na Perspectiva Cristã

 


Introdução

O casamento, conforme ensinado nas Escrituras, não é uma instituição estática ou pronta, mas um processo dinâmico que exige construção contínua, esforço mútuo e compromisso. Inspirado no princípio bíblico de Deuteronômio 24:5, que prioriza o fortalecimento do vínculo matrimonial, este artigo explora a ideia de que o casamento, assim como os papéis de marido, esposa, filhos e a vida sexual, é algo que se desenvolve com dedicação, paciência e alinhamento com os valores cristãos. A frase “não vem pronto, se constrói” reflete a necessidade de investimento contínuo para edificar uma família sólida, em harmonia com o propósito divino.

Contexto Bíblico

Deuteronômio 24:5 estabelece que um homem recém-casado deve dedicar um ano à sua esposa, livre de obrigações cívicas, para “alegrar” seu lar: “Quando um homem tomar uma nova esposa, não sairá à guerra, nem se lhe imporá qualquer encargo; por um ano ficará livre em casa, para alegrar a mulher que tomou” (Almeida Revista e Atualizada). Este princípio sublinha que o casamento requer tempo e prioridade, um conceito que ecoa em Efésios 5:25-28, onde os maridos são chamados a amar suas esposas sacrificialmente, e em Provérbios 31:10-31, que exalta a esposa virtuosa. A construção da família é, portanto, um processo deliberado, fundamentado na fé e no amor.

A Construção do Casamento

1. O Casamento Não Vem Pronto, Se Constrói
O casamento é uma aliança divina que exige esforço contínuo. Não é um estado automático de felicidade, mas um compromisso que se fortalece por meio de comunicação, perdão e sacrifício mútuo. Em 1 Coríntios 13:4-7, o amor é descrito como paciente, benigno e perseverante, qualidades essenciais para construir um relacionamento duradouro. Estudos contemporâneos, como os de John Gottman (The Seven Principles for Making Marriage Work, 2015), reforçam que casais bem-sucedidos investem em amizade, resolução de conflitos e apoio mútuo, confirmando a sabedoria bíblica de que o casamento é um processo ativo.

2. Marido Não Vem Pronto, Se Constrói
O papel do marido exige aprendizado e crescimento. Efésios 5:25 exorta os maridos a amarem suas esposas “como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Esse amor envolve liderança servidora, responsabilidade e adaptação às necessidades da esposa. A construção do papel de marido inclui desenvolver paciência, empatia e compromisso com o bem-estar da família, superando estereótipos culturais que limitam a expressão masculina de cuidado e afeto.

3. Esposa Não Vem Pronta, Se Constrói
Da mesma forma, o papel da esposa é moldado ao longo do tempo. Provérbios 31:10-31 descreve a mulher virtuosa como trabalhadora, sábia e dedicada à família, mas essas qualidades são desenvolvidas por meio de experiência e fé. Em Tito 2:4-5, as mulheres mais jovens são encorajadas a aprenderem a amar seus maridos e filhos, indicando que o papel de esposa é um processo de crescimento espiritual e prático, que envolve paciência, generosidade e parceria.

4. Filho Não Vem Pronto, Se Constrói
A criação de filhos é um processo intencional, guiado por princípios bíblicos como Provérbios 22:6: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Os pais têm a responsabilidade de modelar valores cristãos, disciplina e amor, ajudando os filhos a se desenvolverem em caráter e fé. Estudos psicológicos, como os de Diana Baumrind (Child Development, 1991), destacam que a educação equilibrada, com afeto e limites, promove o desenvolvimento saudável, alinhando-se à visão bíblica de formação contínua.

5. Vida Sexual Não Vem Pronta, Se Constrói
A intimidade sexual no casamento é um aspecto sagrado que também requer construção. Em 1 Coríntios 7:3-5, Paulo enfatiza a mutualidade na vida sexual, onde marido e esposa devem atender às necessidades um do outro com respeito e consentimento. A construção de uma vida sexual satisfatória envolve comunicação aberta, paciência e aprendizado mútuo, superando desafios como diferenças de desejo ou expectativas culturais. A Bíblia apresenta a sexualidade como um dom divino dentro do casamento (Ct 4:1-16), que floresce com cuidado e dedicação.

Implicações Teológicas e Práticas

A metáfora da construção reflete a visão cristã de que a vida familiar é um projeto contínuo, fundamentado na graça de Deus e no esforço humano. O casamento e a família não são estáticos, mas dinâmicos, exigindo renovação diária. Essa perspectiva desafia a ideia moderna de relacionamentos instantâneos ou descartáveis, promovendo um compromisso duradouro. Na prática, isso implica:

  • Priorização do tempo: Assim como Deuteronômio 24:5 destaca a importância de dedicar tempo ao cônjuge, casais devem reservar momentos para fortalecer o relacionamento.
  • Comunicação e perdão: Resolver conflitos com base em Efésios 4:32 (“Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos mutuamente”) é essencial para a construção familiar.
  • Educação espiritual: A formação de filhos e a vida conjugal devem estar ancoradas na fé, com oração e estudo bíblico como alicerces.

Reflexão Cultural

A ideia de que “nada vem pronto” contrasta com a cultura contemporânea, que muitas vezes busca soluções rápidas ou idealiza relacionamentos perfeitos. A visão bíblica, reforçada por estudos como os de Gottman, mostra que a felicidade conjugal e familiar é fruto de esforço contínuo, não de circunstâncias automáticas. Essa abordagem ressoa com a mensagem de Zaqueu (Lc 19:1-10), onde a transformação pessoal ocorre por meio de escolhas ativas e compromisso com a justiça.

Conclusão

O casamento, os papéis de marido e esposa, a criação de filhos e a vida sexual não são realidades prontas, mas processos que exigem construção contínua, guiados por princípios bíblicos e sustentados pela graça de Deus. Assim como Deuteronômio 24:5 prioriza o fortalecimento do lar, a fé cristã chama os casais a investirem em seus relacionamentos com paciência, amor e dedicação. Ao construir a família com base nesses valores, os crentes refletem o propósito divino e contribuem para uma sociedade mais forte e harmoniosa.

Referências


Na perspectiva cristã, o casamento e a vida familiar são considerados um projeto divino, representando uma aliança sagrada entre um homem e uma mulher, refletindo o amor de Cristo pela igreja. Esta visão valoriza o compromisso, a fidelidade, o amor mútuo e o cuidado, com o objetivo de glorificar a Deus e cumprir Seus propósitos.

O que a Bíblia fala sobre família e casamento?

Qual o propósito do casamento segundo a Bíblia?

Quais são os 3 pilares do casamento segundo a Bíblia?

Quais são os 4 pilares do casamento?

 


Frequência Sexual no Casamento: Quantas Vezes por Semana é Saudável?

casal na cama


“O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa ao marido. [...] Não vos priveis um ao outro, salvo por mútuo consentimento por algum tempo, para vos dedicardes à oração; e novamente vos ajuntai, para que Satanás não vos tente por causa da vossa incontinência.”
1 Coríntios 7:3,5 (ARA)

Introdução

A intimidade sexual é um dos pilares da vida conjugal. Mais do que um ato físico, trata-se de uma linguagem emocional, espiritual e afetiva que conecta marido e mulher. Porém, uma dúvida comum entre casais, especialmente na casa dos 30 anos, é: qual é a frequência ideal das relações sexuais?

Não há uma regra rígida, mas há sim parâmetros saudáveis sugeridos por pesquisas, que podem servir como orientação. O importante é lembrar que o foco não é quantidade imposta, mas qualidade relacional, conexão emocional e espiritualidade conjugal.


Frequência Sexual e Saúde Relacional

Pesquisas internacionais e nacionais apontam que, para casais saudáveis, sem doenças físicas ou emocionais diagnosticadas, e sem interferência de medicamentos que afetam a libido, uma frequência mínima de três relações por semana é considerada ideal para manter a intimidade em dia.

Segundo o Journal of Sex & Marital Therapy (2017), casais que mantêm relações sexuais de 2 a 4 vezes por semana apresentam maior conexão emocional e níveis mais elevados de satisfação conjugal. No Brasil, dados do Instituto Data Popular (2019) sugerem que a média nacional entre casais estáveis gira entre 2 e 3 vezes por semana.

Mas atenção: esses números não devem ser encarados como pressão ou cobrança, mas como parâmetros de saúde emocional e conjugal, especialmente quando ambos os cônjuges estão em plena disposição física, emocional e espiritual.

Conexão Sexual e Distanciamento Espiritual

Quanto menos relações sexuais ocorrem entre marido e mulher, maior a probabilidade de distanciamento emocional, espiritual e até psicológico. Isso ocorre porque o sexo no casamento é uma forma de reafirmação do vínculo, do cuidado, do amor e da exclusividade.

A Bíblia, em 1 Coríntios 7, destaca que a intimidade conjugal deve ser contínua e consensual, justamente para proteger o casal contra tentações e rupturas emocionais.

A ausência prolongada de intimidade, especialmente sem diálogo e sem motivo justo, pode sinalizar áreas que precisam ser revisitadas: o diálogo, o carinho, o respeito, o desejo, a saúde física, a saúde emocional e a espiritualidade do casal.

A Frequência Ideal é Aquela que Constrói

Alguns casais praticam sexo mais de cinco vezes por semana — e isso pode ser natural, desde que haja saúde e consenso. Outros casais, por motivo de doença, filhos pequenos, estresse ou fatores externos, reduzem temporariamente essa frequência. Isso é compreensível, desde que não se torne regra permanente nem desculpa para negligência conjugal.

O importante é compreender que intimidade sexual no casamento é um presente de Deus, um alimento para a relação, e precisa ser preservada com diálogo, leveza e intencionalidade.

Conclusão

Em resumo: não existe uma fórmula matemática universal. Mas existem alertas claros:

·         Se a frequência sexual caiu significativamente sem causa justa,

·         Se há distanciamento emocional no lugar da paixão,

·         Se o casal não fala mais sobre intimidade ou evita o assunto,

... então é hora de reavaliar a conexão conjugal.

O mínimo recomendado por especialistas para casais saudáveis é de 3 vezes por semana. Porém, o ideal é o que alimenta a relação, respeita os limites de ambos, e fortalece o vínculo conjugal com alegria, entrega e presença.

Perguntas para Autoavaliação

1.      Tenho conversado abertamente com meu cônjuge sobre nossas necessidades e desejos sexuais?

2.      Como está a frequência da nossa intimidade atualmente? É resultado de saúde ou de negligência?

3.      Temos usado o sexo como forma de alimentar nossa conexão ou apenas como obrigação?

4.      Estou cuidando da minha saúde física, emocional e espiritual para estar disponível ao meu cônjuge?

5.      O que podemos fazer, juntos, para resgatar ou manter uma vida sexual saudável e significativa?

Referências Bibliográficas

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução Almeida Revista e Atualizada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

·         BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida, 2001.

·         GOTTMAN, John; SILVER, Nan. O que faz o amor durar? Como construir confiança e evitar traições. São Paulo: Objetiva, 2015.

·         PEREL, Esther. Inteligência erótica: Reaprendendo a arte do prazer. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

·         REISMAN, Sandra; GIULIANO, G. Sexualidade humana: da infância à terceira idade. São Paulo: Manole, 2012.

·         WEEKS, Gerald R.; GATZ, Nancy. Intimidade e desejo: o que o casal precisa saber sobre sexualidade. São Paulo: Roca, 2010.

 

20 ORDENANÇAS ACERCA DO CASAMENTO: Os princípios bíblicos do casamento

 20 ordenanças acerca do casamento 


O Casamento à Luz da Bíblia: Princípios de 1 Coríntios 7

"O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher." (1 Coríntios 7:3-4, ARA)

Introdução

O casamento é uma instituição divina, estabelecida por Deus desde a criação, quando Ele uniu Adão e Eva para serem "uma só carne" (Gênesis 2:24). Em um mundo onde as taxas de divórcio no Brasil atingiram um recorde de 420 mil em 2022, com quase metade dos casamentos terminando em menos de 10 anos, os ensinamentos bíblicos sobre o casamento tornam-se ainda mais relevantes. Em sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo dedica o capítulo 7 a responder perguntas sobre casamento cristão, sexualidade, separação e vida espiritual. Este artigo explora 20 princípios extraídos de 1 Coríntios 7, oferecendo sabedoria atemporal para casais que desejam construir relacionamentos sólidos e honrar a Deus. Com base em fontes brasileiras confiáveis, como os comentários de Hernandes Dias Lopes e Augustus Nicodemus, apresentamos uma análise acessível e prática, enriquecida com exemplos e reflexões para engajar os leitores.

Fundamentos Teológicos do Casamento

Na visão cristã, o casamento é mais do que uma união emocional ou social; é um pacto sagrado diante de Deus, projetado para refletir o amor de Cristo pela Igreja (Efésios 5:25). Em 1 Coríntios 7, Paulo responde a questões práticas dos cristãos de Corinto, uma cidade marcada por imoralidade e confusão espiritual. Seus ensinamentos equilibram a realidade da natureza humana com a chamada à santidade, oferecendo diretrizes que promovem fidelidade, mutualidade e compromisso. Como destaca Hernandes Dias Lopes, "Paulo mergulha nas questões levantadas pela igreja, entrelaçando a discussão doutrinária com desafios morais e eclesiásticos" (Lopes, 2011, p. 101).

Responsabilidades Mútuas no Casamento

Paulo começa 1 Coríntios 7 enfatizando a exclusividade e a mutualidade no casamento. Os primeiros seis princípios abordam a relação conjugal, especialmente no que diz respeito à intimidade sexual:

  • Cada um tenha sua própria esposa, e cada uma, seu próprio marido (1 Coríntios 7:2): Para evitar a imoralidade sexual, comum em Corinto, Paulo recomenda que cada pessoa tenha seu cônjuge, Ascensão sexual é um eufemismo para relação sexual, frequentemente sinônimo de casamento, como nota o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia (Reavivados por Sua Palavra, 2015). Essa exclusividade protege contra tentações externas.

  • Suprir as necessidades sexuais um do outro (1 Coríntios 7:3-4): O marido e a esposa têm a responsabilidade de atender às necessidades sexuais um do outro, reconhecendo que seus corpos pertencem um ao outro. Isso promove uma intimidade profunda e fortalece o vínculo conjugal.

  • Não se privar sexualmente, exceto por consentimento mútuo (1 Coríntios 7:5): Casais não devem se abster de relações sexuais, salvo por acordo mútuo e por um tempo limitado, para evitar tentações. Após períodos de jejum e oração, devem retomar a intimidade para manter a harmonia.

Exemplo Prático: Imagine um casal que, por falta de comunicação, negligencia a intimidade física. Isso pode gerar ressentimentos e vulnerabilidade a tentações externas. Como sugere Augustus Nicodemus, "o leito matrimonial deve ser marcado por mutualidade" (Nicodemus, 2021), destacando a importância de ambos os cônjuges priorizarem o bem-estar do outro.

Casamento e Autocontrole

  • Casar-se se houver dificuldade de autocontrole (1 Coríntios 7:9): Paulo reconhece que nem todos têm o dom da continência. Para aqueles que lutam contra desejos sexuais, o casamento é uma solução divina, canalizando esses desejos de forma saudável. "É melhor casar do que abrasar-se", diz Paulo, mostrando a sabedoria prática da Bíblia.

Exemplo Prático: Um jovem cristão enfrentando tentações pode encontrar no casamento um espaço seguro para expressar sua sexualidade, alinhado com os propósitos de Deus, como reforça Hernandes Dias Lopes: "O casamento é uma provisão divina para a expressão saudável da sexualidade" (Lopes, 2011, p. 103).

A Indissolubilidade do Casamento

Paulo enfatiza a permanência do vínculo conjugal, refletindo os ensinamentos de Jesus sobre a santidade do casamento:

  • Não se separar do cônjuge (1 Coríntios 7:10-11): A mulher não deve deixar o marido, nem o marido, a mulher. Se houver separação, a instrução é permanecer sem casar ou buscar a reconciliação, reforçando o compromisso vitalício.

  • Casamentos mistos (1 Coríntios 7:12-16): Em casamentos onde um cônjuge é cristão e o outro não, o crente não deve iniciar a separação se o descrente consentir em permanecer. A presença do crente pode santificar o lar, influenciando positivamente o cônjuge e os filhos. No entanto, se o descrente partir, o cristão não está obrigado a manter o casamento, estando livre do vínculo.

Exemplo Prático: Um cristão casado com um não crente pode enfrentar desafios, mas, como observa o site Apologeta, "o crente deve buscar a paz e a santificação do lar" (Apologeta, 2018). Se o cônjuge descrente insiste na separação, o cristão é liberado, refletindo a graça divina em situações complexas.

Viver na Condição em que Foi Chamado

Paulo ensina que a conversão ao cristianismo não deve ser usada como pretexto para romper relacionamentos existentes:

  • Permanecer no estado em que foi chamado (1 Coríntios 7:17-24, 27-28): Se alguém é casado ao se converter, deve permanecer casado; se solteiro, pode permanecer assim, mas casar-se não é pecado. O foco é servir a Deus na condição atual, sem buscar mudanças desnecessárias.

  • Não buscar separação ou novo casamento desnecessariamente (1 Coríntios 7:27-28): Aqueles que estão casados não devem buscar a separação, e os solteiros não precisam apressar-se para casar, embora o casamento seja permitido.

Exemplo Prático: Um novo convertido que é casado não deve usar sua fé como motivo para abandonar o cônjuge, mas sim viver sua fé dentro do casamento, como sugere Augustus Nicodemus: "Deus pode nos usar exatamente onde estamos" (Nicodemus, 2021).

Viver com Perspectiva Eterna

  • Viver como se não fosse casado (1 Coríntios 7:29-31): Paulo exorta os casados a viverem com uma perspectiva eterna, sem se deixarem consumir pelas preocupações terrenas. Isso não significa negligenciar o cônjuge, mas priorizar o reino de Deus, como explica o Comentário Bíblico Adventista: "Paulo não desvaloriza o casamento, mas alerta contra a absorção pelas coisas temporais" (Reavivados por Sua Palavra, 2015).

Exemplo Prático: Um casal pode equilibrar suas responsabilidades conjugais com o serviço na igreja, garantindo que o casamento não se torne um ídolo, mas um meio de glorificar a Deus.

Decisões sobre Casamento de Filhas

  • Permitir o casamento de filhas sem culpa (1 Coríntios 7:36-38): Pais com filhas em idade de casar podem permitir o casamento sem pecado, mas Paulo elogia a escolha de mantê-las solteiras, se for para o bem delas e para servir a Deus sem distrações.

Exemplo Prático: Em um contexto moderno, pais cristãos podem orientar suas filhas a considerar tanto o chamado para o casamento quanto a possibilidade de servir a Deus como solteiras, ponderando o que trará maior paz e propósito.

O Compromisso Vitalício do Casamento

  • Casamento até a morte (1 Coríntios 7:39): O casamento é um compromisso vitalício, e a mulher está ligada ao marido enquanto ele viver. Após a morte do cônjuge, ela pode se casar novamente, mas apenas com um cristão.

  • Remarriage apenas no Senhor (1 Coríntios 7:39): Cristãos viúvos devem buscar novos cônjuges que compartilhem sua fé, garantindo unidade espiritual.

Exemplo Prático: Uma viúva cristã pode buscar um novo parceiro na igreja, assegurando que o novo casamento seja fundamentado em valores compartilhados, como reforça Hernandes Dias Lopes: "O casamento cristão deve ser um reflexo da aliança com Deus" (Lopes, 2011, p. 107).

Conclusão

Os 20 princípios de 1 Coríntios 7 oferecem uma estrutura robusta para o casamento cristão, abordando desde a intimidade até a permanência do vínculo conjugal. Em um Brasil onde o tempo médio de casamento caiu para 13,8 anos em 2022, essas diretrizes desafiam casais a construir relacionamentos baseados em fidelidade, amor mútuo e perspectiva eterna. Ao aplicar esses ensinamentos, os casais podem fortalecer seus laços e glorificar a Deus. Para aprofundar, explore recursos como os comentários de Hernandes Dias Lopes ou os vídeos de Augustus Nicodemus, disponíveis em plataformas cristãs brasileiras.

Perguntas para Reflexão

  1. Como as responsabilidades mútuas no casamento podem fortalecer o relacionamento e prevenir conflitos?

  2. De que maneira a perspectiva eterna pode ajudar casais a equilibrarem as demandas do casamento com o serviço a Deus?

  3. Quais desafios os casamentos mistos enfrentam hoje, e como a fé cristã pode ajudar a superá-los?

  4. Como os pais podem orientar seus filhos em decisões sobre casamento, considerando os valores cristãos?

Chamada para Ação
Aprofunde seu entendimento sobre o casamento cristão lendo 1 Coríntios - Comentários Expositivos de Hernandes Dias Lopes ou assistindo ao vídeo "Casar ou ficar solteiro?" de Augustus Nicodemus no YouTube. Participe de grupos de estudo bíblico para discutir como aplicar esses princípios em sua vida.

Tabela: Princípios de 1 Coríntios 7 sobre o Casamento

Princípio

Versículo

Descrição

Aplicação Moderna

Cada um tenha sua própria esposa

7:2

Promove exclusividade e fidelidade

Evitar relacionamentos fora do casamento

Suprir necessidades sexuais

7:3-4

Mutualidade no leito conjugal

Comunicação aberta sobre intimidade

Não se privar sexualmente

7:5

Evitar privação, exceto por acordo

Priorizar a harmonia conjugal

Casar-se para autocontrole

7:9

Solução para tentações sexuais

Escolher o casamento com propósito

Não se separar

7:10-11

Permanência do vínculo conjugal

Buscar reconciliação em conflitos

Casamentos mistos

7:12-16

Não abandonar cônjuge descrente

Influenciar positivamente o lar

Permanecer no estado chamado

7:17-24

Contentamento na condição atual

Servir a Deus no estado presente

Viver com perspectiva eterna

7:29-31

Priorizar o reino de Deus

Equilibrar casamento e espiritualidade

Casamento de filhas

7:36-38

Liberdade para casar ou não

Orientar com sabedoria cristã

Compromisso vitalício

7:39

Casamento até a morte

Honrar o pacto conjugal

Bibliografia

APOLOGETA. 1 Coríntios 7 — Estudo de 1 Coríntios 7 e Comentário Explicativo. 2018. Disponível em: https://www.apologeta.com.br/1-corintios-7/. Acesso em: 6 jul. 2025.
BÍBLIA SAGRADA. Almeida Revista e Atualizada. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.
EXAME. Número de divórcios no Brasil bate recorde e chega a 420 mil, mostra IBGE. 2024. Disponível em: https://exame.com/brasil/numero-de-divorcios-no-brasil-bate-recorde-e-chega-a-420-mil/. Acesso em: 6 jul. 2025.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios - Comentários Expositivos Hagnos. São Paulo: Hagnos, 2011.
NICODEMUS, Augustus. Casar ou ficar solteiro? - 1 Coríntios 7:1-9. YouTube, 13 fev. 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=U4RRjjRNtQY. Acesso em: 6 jul. 2025.
REAVIVADOS POR SUA PALAVRA. I Coríntios 7 – Comentários Selecionados. 2015. Disponível em: https://reavivadosporsuapalavra.org/2015/03/21/i-corintios-7-comentarios-selecionados/. Acesso em: 6 jul. 2025.

CUIDADO IRMÃO COM O QUE VOCÊ ESTA VENDO




"Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo." (1 João 2:16)
"Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, assim como eu também não sou." (João 17:14)

Outrossim, a Bíblia é realmente contra o mundanismo e faz afirmações a respeito (Jo 15:19; 1 Jo 2:15). As Escrituras revelam que mundanismo é o modo de viver do mundo sem Cristo e em oposição à vontade de Deus. É um sistema de valores de qualquer cultura que faz com que o pecado se torne normal e aceitável e o que é correto e decente pareça estranho e detestável. Deste modo, a definição torna-se ampla e abrangente e acaba por envolver comportamentos, práticas e padrões que sintetizam esse antagonismo a Deus e sua revelação à raça humana.
Não obstante a colocação, precisamos salientar que a influência do mundanismo na vida de um crente estará totalmente ligada ao domínio do seu próprio “eu”. E quando interiorizamos a discussão do conceito em sua amplitude bíblica, chegaremos à inevitável batalha do espírito contra a carne (Gl 5:17).

Precisamos permitir ao Espírito que o ponto extremo de polaridade carnal seja controlado, a fim de vencermos o mundanismo residente na natureza resistente do velho homem (Ef 4:22).

Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. (Mateus 23:27)
Vamos nos limitar ao pudor sexual no vestir. Esta é uma questão de princípio moral. O Senhor Jesus Cristo disse: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para cobiçá-la, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mateus 5:27-28). Se tal desejo sexual é uma violação do sétimo mandamento, então, vestir-se intencionalmente de maneira que provoque ou estimule tal pecado também deve ser considerado pecaminoso.

As mulheres, em geral, são afetadas por uma combinação de coisas, diferentemente dos homens. O desejo sexual é imediatamente despertado nos homens pelo olhar. “Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?” (Jó 31:1). Outros trechos da Escritura confirmam esta ênfase de que os homens pecam facilmente ao olhar para uma mulher. “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia.” (1 Timóteo 2:9). Isto se refere especificamente ao vestuário feminino.

Quando Deus diz que quer seu coração, isso não quer dizer que Ele é cardiologista. Ele é um Pai que nos quer com uma mente pura, santa e cheia de sabedoria. Mas existem mulheres e moças dentro de igrejas evangélicas que estão sendo usadas pelo diabo para agredir famílias, pastores, por não entender o propósito de Deus. Quando nós dizemos para vocês que nosso Deus não está interessado na aparência de ninguém, é que Ele não é estilista! Mas isso não dá o direito de se vestirem como uma prostituta na casa do Senhor! Temos que nos olhar no espelho e perguntar para o Espírito Santo se Ele se agrada de nossa vestimenta. Deus diz na palavra d'Ele: “Seja santo porque sou santo”! E que somos cartas vivas de Cristo. Como pode ser isso? A carta viva quer dizer que os demais veem Jesus através da sua vida, da forma de falar, vestir, viver... Eu sou o tipo de pessoa que entendo todo tipo de vaidade, mesmo porque gosto dos meus penduricalhos, roupas loucas e chamativas, de cores bem excêntricas e personalizadas. Coisas de maluco mesmo! Mas nada vulgar. Deus não nos proíbe de nada, contanto que não leve o seu irmão a pecar.

Exemplo: Quando uma calça seria uma roupa vulgar? Quando é muito baixa, ao ponto de verem seu cofrinho ou a cor da calcinha. E o vestido? Quando você não se preocupa com a transparência ou com o comprimento. Aí você me diz: “o meu não é curto nem transparente.” Mas parece papel contact no corpo! Não vamos imitar o mundo. Pode usar todo tipo de roupa, mas nada que seja vulgar! Vocês querem usar essa calça legging? Então use com um camisão.


 

Infelizmente, muitas mulheres não se atentam para isso, e outras não se importam. Mas, independente de não se atentar ou não se importar, Deus se importa e traz este texto aos seus olhos para que você mude o seu guarda-roupa. Contudo, mais do que isso, é necessário mudar o seu pensamento sobre o que deve ou não vestir. “Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a qualquer que recebe como filho.” (Hebreus 12:6)

Não vamos falar sobre o que é brega e o que é bonito, nem sobre quais cores combinam melhor com o seu tom de pele. Vamos abordar o que "corrompe" a sua imagem cristã e a torna alvo dos olhares dos homens, atraídos por um bom “pedaço de carne” exposto. E não pense que os homens cristãos são “robôs” nessa área, pois são tentados a olhar para suas pernas da mesma forma – a diferença é que buscam fugir do pecado.

Por que usar as coxas e seios tão à mostra? Qual é o objetivo? Sonde o seu coração e veja qual tem sido a sua motivação. Lembre-se de que não é pela exposição do corpo que vamos chamar a atenção de um rapaz ou ter espaço em uma turma de amigos. Isso não funciona na igreja; pelo contrário, o afasta. Caso o problema seja o calor, existem outras maneiras de se refrescar em vez de usar menos roupa. Ou, se for por causa da moda, leia as dicas de moda cristã da colunista do site Lagoinha.com, Aninha Miranda, e aprenda a estar linda, na moda e dentro do que é santo.

Vamos mudar a história das nossas igrejas. Para que não sejam como o Egito (pecador), mas, sim, um lugar de santidade na presença do Senhor!


 

Sabemos que vivemos em um país de clima quente. Impor roupas de europeus é insensato; as roupas aqui são mais leves, sabemos disso. Mas dá para conciliar as duas coisas com sensatez: beleza e pudor! Paulo disse: “Fugi da impureza!” (1 Coríntios 6:18)

Poxa, tem panos lindos... e leves! Dá para ser sensual sem ser vulgar.

Eu sei que dá!






SERÁ QUE O PASTOR TEM QUE DIZER ISSO PARA UMA MULHER DE DEUS?

Outra parte do corpo que também é comum ser mostrada são os seios. Eles são referidos no contexto da fidelidade do marido à sua esposa: “Como cerva amorosa e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente.” (Provérbios 5:19). A exposição dos seios é prevista como algo legítimo apenas entre o marido e sua esposa; caso contrário, eles devem ser cobertos na presença de outros homens. Podemos concluir, com segurança, que o corpo da mulher, dos seios até as pernas, deve estar completamente coberto em todas as circunstâncias normais na presença de homens, exceto para seu marido, se ela for casada. Assim, os seios, a barriga e as pernas não devem ser expostos; a roupa deve cobri-los, estando a mulher em pé, sentada ou abaixando-se para pegar algo no chão.

NÃO PRECISA SER RADICAL, MAS TEMOS QUE PROCURAR UM EQUILÍBRIO!

A primeira roupa - Gênesis 3.21:

Vemos que o primeiro a apresentar a preocupação com a vestimenta do ser humano foi o próprio Deus. As vestimentas são medidas adotadas por Deus, relacionadas à moral e aos bons costumes, visando o bem-estar físico, social e espiritual da humanidade. Medidas que se tornaram necessárias por causa da corrupção imposta pelo pecado à natureza humana.

Nos versos 10 e 11 de Gênesis 3, o homem alegou medo de Deus devido à sua nudez. A nudez, neste contexto, representa a consciência da corrupção, da quebra de um padrão estabelecido por Deus. O homem foi criado em santidade, e a nudez não lhe causava constrangimento diante do Criador. Mas, depois do pecado, uma vez quebrada a imagem e semelhança moral de Deus no homem, a nudez passou a ser motivo de medo.

Estar na presença de Deus, consciente da nudez imoral, é afronta contra o Senhor. É pecado.

Pior ainda é a semi-nudez, que instiga e explora a sensualidade, provocando pensamentos impuros e constrangimentos ao desnudo.

Devemos observar que, mesmo sob maldição, em pecado, Deus não expulsou o homem do Éden nu para a desonra. Deus fez túnicas de peles, verso 21. Ou seja, roupa que cobre tudo o que deve ser preservado e que indica parâmetros de moralidade e de respeito entre seres humanos.




A adoração, como ato de culto, transcende meramente o reconhecimento da divindade de Deus; é um envolvimento profundo e pessoal que implica uma preparação tanto interna quanto externa. Esse momento sagrado demanda não apenas a santidade do coração, mas também uma expressão externa que reflita essa pureza. A vestimenta, nesse sentido, torna-se um símbolo poderoso da reverência que se deve ter ao se aproximar do Altíssimo.

Deus, ao estabelecer princípios sobre a adoração, também nos convida a refletir sobre a importância de nossas vestes. Roupas limpas, puras e apropriadas são mais do que uma tradição; representam o nosso esforço para honrar a presença divina. Quando nos vestimos para adorar, estamos apresentando a Deus uma oferta de respeito e dignidade, que se alinha com a santidade que Ele exige.

As Escrituras, em especial os Salmos, ressaltam a beleza e o esplendor que devem estar presentes em nossa adoração. A ideia de “esplendor do seu santuário” ou “beleza da sua santidade” nos ensina que a maneira como nos trajamos deve estar em harmonia com a glória que buscamos exaltar. Cada aspecto da nossa apresentação diante de Deus deve refletir nosso compromisso com Ele e com a Sua santidade.

Além disso, mesmo aqueles que não têm uma relação estreita com Deus são convocados a estar atentos ao modo como se apresentam diante d'Ele. A reverência deve ser palpável em todos os que se encontram na Casa do Senhor. É um lembrete de que a adoração não é um mero ritual, mas um encontro com o Criador, donde nossa atitude e aparência têm peso significativo.

Portanto, ao nos prepararmos para a adoração, é vital entendermos que cada detalhe importa, e nossas vestimentas podem ser um reflexo da nossa busca por uma vida de santidade. Que possamos estar sempre prontos para nos apresentar diante de Deus, não apenas com o coração, mas também com uma vestimenta que dialoga com o Seu amor e glória.

A realidade, amados, é que Deus requer decência de cada um de nós. Somos os sacerdotes consagrados por ele e para ele. Deus requer moralidade na adoração e na ministração dos cultos, bem como durante os cultos. A forma como nos apresentamos diante de Deus reflete o nosso reconhecimento de Sua majestade e poder.

Roupas como sinal de reverência - 2 Reis 5.1-6:

Reverência tem a ver com a postura resultante da conscientização a que chegamos em relação ao valor do outro. Esta atitude de respeitar o que é sagrado e elevado deve se manifestar não apenas em nossas ações, mas também em nossa aparência. O texto mostra que Naamã, ao se dirigir ao servo de Deus, desejando causar boa impressão e agradá-lo, levou roupas finas e luxuosas, roupas de festa. Este gesto de Naamã, além de ser uma demonstração de respeito, também aponta para a ideia de que devemos nos apresentar dignamente diante de Deus, que é digno de toda honra e glória.

Naamã, o grande general, não entendia bem tudo o que estava acontecendo. Ficou frustrado e aborrecido ao se sentir desprezado pelo profeta, bem como pelo fato de o profeta não aceitar os seus presentes. Afinal, eram roupas especiais, com aplicações em ouro, prata e cravejadas de pedras preciosas. Contudo, Deus tinha um propósito maior: não apenas curar Naamã da sua enfermidade física, mas também quebrantar seu coração e humilhá-lo diante Dele. O próprio orgulho de Naamã se tornava um obstáculo para que ele pudesse receber a cura e a salvação que Deus desejava para sua vida.

Devemos ter a consciência de que estamos diante do próprio Deus e que, por isso, devemos estar bem trajados, levando o melhor possível, mesmo que com roupas humildes e simples, mas com decência. O mais importante é que nossa atitude de reverência e humildade esteja em nossos corações, mostrando que reconhecemos a superioridade e a soberania de Deus, o Deus que está pronto a nos quebrantar e restaurar. É um convite a refletir sobre a importância de nos apresentarmos diante do Senhor de maneira que honre Sua grandiosidade, independentemente de nossas circunstâncias materiais. A verdadeira adoração começa dentro de nós e se manifesta em todas as áreas de nossas vidas, incluindo a forma como nos vestimos e nos portamos na presença do Altíssimo.



Roupas como sinal de restauração - Lucas 15.21...

O parâmetro de Deus para a vestimenta do cristão - 1 Timóteo 2.9-10:

Em contrapartida, Deus exige de seus filhos uma vestimenta decorosa e isenta de qualquer sintoma de luxúria. Ou seja, Deus espera de nós um comportamento recatado, através do qual as pessoas percebam que estamos libertos do desejo de pecar e que fomos restaurados em nossa moralidade e caráter, que agora são santificados pela ação do Espírito Santo que habita em nós.

O termo traduzido por "traje decoroso", utilizado por Paulo, no original, ultrapassa a ideia de vestuário simples. Paulo usa o termo para fazer referência também à moralidade sexual que nos é exigida por Deus e que deve se refletir em nossas roupas.

Nossas roupas indicam se temos maus ou bons costumes morais. A maneira como nos vestimos ressalta o valor moral que atribuímos ao nosso corpo diante de Deus. O jeito como nos vestimos reflete nossa consciência moral em termos de sexualidade, bem como nosso senso de preservação da nossa integridade moral. A nossa roupa pode refletir nosso caráter.

O que vestimos mostra o que esperamos que as pessoas pensem de nós em relação à maneira como tratamos nossa sexualidade. Lutamos para nos preservar em santidade diante de Deus. Isso é verdade, desde que não haja falsidade em nossos corações.

A escolha não é muito difícil: roupas sobrecarregadas de sensualidade, que refletem lascívia e libertinagem imoral, ou roupas decorosas, que refletem nossa compostura moral e espiritual. Lembre-se: suas roupas, por certo, falarão mais alto do que suas palavras.

João 19.23-24 fala das roupas de boa qualidade, de valor e de discreta beleza usadas por Jesus; Apocalipse 7.9-17 menciona a roupa dos mártires na glória, que eram as mesmas vestes que usavam aqui na terra, pois não haverá tempo para trocar de roupa antes de entrarmos no céu; e Apocalipse 16.15 descreve o fato de termos as roupas sempre à mão como sinal de preparo espiritual para o encontro com Jesus. Creio que já vimos o bastante para estabelecermos parâmetros éticos para nossa igreja no que diz respeito à vestimenta.

Devemos abordar essas questões na igreja, visto que imoralidade, promiscuidade, lascívia, exploração da sensualidade na vestimenta e o cinicamente chamado nu artístico são ações maléficas do diabo contra a natureza humana e a sociedade. O resultado dessas estratégias diabólicas tem sido a violência sexual contra crianças, a gravidez na adolescência, a prostituição desenfreada, a banalização do adultério e a aceitação parcimoniosa do divórcio, levando a famílias destroçadas. O resultado da imoralidade no vestir é uma sociedade corrompida.



Após a realização deste estudo, nossa esperança é que Deus, através do Espírito Santo, inspire nossas mentes e corações para que transformemos radicalmente nossa forma de vestir. Isso deve acontecer não apenas na Igreja, mas também em casa, no trabalho, na escola, em qualquer lugar onde estivermos no nosso dia a dia.

Seria uma bênção se nossas orientações fossem seguidas de maneira geral por todos os irmãos e irmãs, pois o pastor não deve ter a responsabilidade de vigiar as roupas dos fiéis. A intenção é que Deus restaure e transforme a consciência de cada um, pois, como pastores, não podemos substituir o Espírito Santo no convencimento das pessoas.

Em relação ao uso do púlpito, quando estamos à frente para ministrar, cantar ou realizar qualquer atividade, é importante evitar roupas como tomara que caia (que para alguns poderia ser melhor chamado de "pena que não caiu") e decotes que chamem atenção para os seios.

Devemos ter cuidado com mini-saias, micro-saias, vestidos curtos ou transparentes. Não é adequado irmos à Igreja com calças de cós baixo sem uma blusa que cubra os quadris, nem com calças muito justas que marquem o corpo de maneira inadequada. Roupas desse tipo não são apropriadas para a participação na ministração.

QUE DEUS LHE DÊ MUITA SABEDORIA!

Para finalizar, é importante mencionar que a Assembleia de Deus possui características específicas, e atualmente um tanto peculiares, em relação ao vestuário de seus membros. Os mais antigos se lembrarão das mulheres usando saias longas, meias grossas, blusas que cobriam os braços e o colo, sapatos sem salto, e cabelos longos e naturais. Os homens, geralmente, vestiam calças e camisas de mangas longas, muitas vezes usando chapéus.

Em 1975, foi realizada uma convenção importante das Assembleias de Deus do Brasil, que discutiu os modos de viver dos cristãos. Essa convenção, conhecida como a Convenção de Santo André, ficou marcada não apenas pelo nome do município, mas pelo seu conteúdo. Ela reafirmou os princípios de conduta conforme a Palavra de Deus. A partir dessa convenção, foi decidido que as igrejas da mesma fé e ordem se absteriam de certas práticas:

  1. Cabelos longos para homens;
  2. Uso de roupas masculinas por mulheres;
  3. Maquiagem e pinturas na face;
  4. Corte de cabelo para mulheres;
  5. Alterações nas sobrancelhas;
  6. Mini-saias e roupas que não representem um bom testemunho cristão;
  7. Uso de aparelho de televisão devido à qualidade de muitos programas;
  8. Consumo de bebidas alcoólicas. (Publicado no Mensageiro da Paz de abril de 1989, pág. 17)

Parece que essa diretriz ainda existe, mas não está sendo efetivada. Embora seja menos rígida em comparação a outras normas mais severas, o respeito a essas regras tem sido muitas vezes negligenciado. Membros que desrespeitavam essas orientações costumavam enfrentar consequências severas.

Observa-se um movimento de mudança em relação aos usos e costumes dentro da denominação assembleiana. Atualmente, há uma crise de valores e conceitos. Em algumas igrejas, é comum ver mulheres usando calça e brincos, e muitas vezes cortando o cabelo e pintando as unhas.

Qual é a sua opinião sobre isso? Deveríamos permitir mudanças? Quais seriam os limites das vestimentas de um cristão na congregação? Se a mencionada Geisy aparecesse em um dos nossos cultos, qual seria a nossa reação? O ato de se vestir pode ser considerado um pecado?


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