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PRÉ X PÓS Debate Acadêmico entre Pr. Elias Soares e Pr Carlos Vailate

 

PRÉ X PÓS - Debate Acadêmico entre Pr. Elias Soares e Pr. Carlos Vailate

O debate escatológico entre o pré-tribulacionismo e o pós-tribulacionismo é um dos temas mais acalorados e relevantes dentro do meio cristão. Neste artigo, vamos explorar profundamente as perspectivas apresentadas pelo Pr. Elias Soares e pelo Pr. Carlos Augusto Vailate, dois renomados pastores e estudiosos que discutem com base teológica, exegética e cultural se a igreja passará ou não pela grande tribulação.

Introdução ao Tema: A Grande Tribulação e o Arrebatamento da Igreja

Uma das perguntas centrais que permeia a escatologia cristã é se a igreja será arrebatada antes da grande tribulação (pré-tribulacionismo) ou se passará por este período difícil e será arrebatada somente após a tribulação (pós-tribulacionismo). Essa discussão não é nova e envolve interpretações detalhadas de passagens bíblicas chave, bem como o uso de fontes históricas e culturais para melhor compreender o contexto das Escrituras.

Para contextualizar, o debate envolve questões como a natureza do arrebatamento, o significado da grande tribulação e a ordem dos eventos da volta de Cristo. A importância dessa discussão é destacada pelo próprio apóstolo Paulo, que em sua carta aos Coríntios afirma que, se a esperança em Cristo se limitar apenas a esta vida, seremos os mais miseráveis de todos os homens, revelando a importância da escatologia para a fé cristã.

Entendendo o Noivado e Casamento Judaico como Ilustração Escatológica

Um dos pontos mais fascinantes apresentados no debate é a analogia entre o casamento judaico e a relação entre Cristo e a igreja. De acordo com o estudo do Pr. Elias Soares, o casamento judaico da época de Jesus ocorria em duas fases principais: o Kidushin (noivado) e o Nissuim (concretização do casamento).

No Kidushin, o noivo comprometia-se com a noiva e pagava o dote (chamado morar), enquanto a noiva deveria permanecer virgem até o retorno do noivo. Essa fase poderia durar anos, e durante esse tempo o noivo não podia ser convocado para a guerra, pois tinha um compromisso firme com a noiva.

Essa prática é uma rica metáfora para a obra de Cristo na encarnação e seu relacionamento com a igreja. Jesus, o noivo, veio e "se casou" com a igreja, pagando o preço com seu próprio sangue na cruz. Agora, Ele está para voltar para buscar sua noiva (a igreja) e consumar esse casamento, o que corresponde ao momento do arrebatamento (o nissuim).

A parábola das dez virgens também é usada para ilustrar esse encontro entre o noivo e a noiva, que ocorre nos ares, antes da festa nupcial de sete dias, simbolizando a grande celebração escatológica entre Cristo e a igreja.

Análise Exegética de Primeira Tessalonicenses 4:13-18

Primeira Tessalonicenses 4:16-17 é uma das passagens mais citadas no debate sobre o arrebatamento:

"Pois dada a ordem com a voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens para o encontro com o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor."

O Pr. Elias destaca que esse texto é um "cheque mate" para a compreensão do arrebatamento, pois fala de um encontro nos ares, uma descida de Cristo do céu e da união eterna com Ele. Ele argumenta que o arrebatamento é um evento único e indivisível, que ocorre antes da grande tribulação.

Por outro lado, o Pr. Carlos Vailate apresenta uma análise crítica, destacando que a palavra grega apántesis ("encontro") não é um termo técnico que necessariamente indique uma descida para a terra, e que o contexto cultural e histórico deve ser considerado para interpretar adequadamente o texto.

Além disso, ele ressalta que o termo "casa do Pai", mencionado em João 14, não se refere necessariamente ao céu, contestando a interpretação comum do pré-tribulacionismo.

Debate sobre o Termo Grego Apántesis

O termo apántesis é central para a interpretação do encontro entre Cristo e a igreja. O Pr. Vailate defende que, baseado em estudos acadêmicos, apántesis não é um termo técnico exclusivo para encontros de dignitários, e sua aplicação no texto de Tessalonicenses não implica necessariamente que Cristo descerá até a terra para ser escoltado pela igreja. Ele argumenta que essa interpretação é uma hipótese e que o texto não oferece clareza suficiente para afirmar que Cristo continuará a descida até a terra.

Já o Pr. Elias utiliza fontes culturais judaicas, como a Michná, para ilustrar que o encontro descrito é mais bem compreendido como um encontro nos ares, onde a noiva (a igreja) vai ao encontro do noivo (Cristo), que está vindo para buscá-la. Essa compreensão está alinhada com o costume do casamento judaico, onde o noivo sai e a noiva o encontra para depois irem juntos para a casa do noivo.

Importância da Michná e da Cultura Judaica no Debate

A Michná, uma codificação antiga da lei oral judaica, é utilizada para fundamentar a interpretação do casamento judaico e, por consequência, a analogia escatológica do noivo e da noiva. Segundo este documento, o casamento judaico tinha uma fase de compromisso (Kidushin) e uma fase de consumação (Nissuim), com obrigações e expectativas claras para ambas as partes.

Essa tradição ajuda a esclarecer passagens bíblicas como 2 Coríntios 11:2, onde Paulo fala da igreja como uma virgem pura preparada para o noivo, e o conceito de arrebatamento como o momento em que o noivo vem buscar sua noiva para consumar a união, simbolizando a volta de Cristo para arrebatar a igreja antes da tribulação.

Segunda Tessalonicenses 2:1-8 e a Regra de Grenville Sharp

Outro ponto crucial do debate envolve a interpretação de Segunda Tessalonicenses 2:1, que fala sobre "a vinda do Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele". O Pr. Carlos Vailate destaca a aplicação da Regra de Grenville Sharp, uma regra gramatical do grego que indica que as duas expressões referem-se a um mesmo evento, e não a dois eventos distintos.

Isso significa que a vinda de Cristo e a reunião com Ele (arrebatamento) são um único evento, o que contraria a ideia do pré-tribulacionismo que defende duas vindas separadas de Cristo.

O Significado do Termo Apostasia

O termo grego apostasia, traduzido como "apostasia" ou "rebelião", é outro ponto de discórdia. O Pr. Vailate argumenta que esse termo não pode ser interpretado como "partida da igreja" (como defendem alguns pré-tribulacionistas), mas sim como um abandono da fé e uma rebelião contra Deus que ocorrerá antes da manifestação do anticristo.

Ele apresenta cinco razões históricas e linguísticas para essa interpretação, reforçando que a igreja estará presente durante a grande tribulação, enfrentando a apostasia e o surgimento do homem do pecado.

Quem é "O Que Detém"? Análise dos Particípios Gregos

Em Segunda Tessalonicenses 2:6-7, Paulo fala sobre "o que detém" a manifestação do anticristo até o tempo determinado. O debate gira em torno da identidade desse agente restritivo.

O Pr. Vailate argumenta que, gramaticalmente, não pode ser a igreja, pois o particípio neutro e masculino usados no texto não concordam com o gênero feminino do termo "igreja" em grego. Também é difícil atribuir essa função ao Espírito Santo, pois, segundo ele, a Bíblia não o apresenta restringindo forças demoníacas diretamente.

Ele sugere hipóteses alternativas, como a atuação do arcanjo Miguel e dos exércitos angelicais, baseando-se em passagens bíblicas que mostram Miguel lutando contra Satanás e a ligação desse momento com o início da grande tribulação.

Perspectivas Teológicas e Conceituais sobre o Pré e Pós-Tribulacionismo

O Pr. Carlos Vailate apresenta suas razões para ser pós-tribulacionista, destacando quatro premissas:

  1. Base bíblica sólida para a volta de Cristo após a tribulação;
  2. Consistência histórica na interpretação dos eventos escatológicos;
  3. Coerência conceitual na compreensão da volta de Jesus como um evento único;
  4. Fundamentação escatológica que evita a divisão da vinda de Cristo em duas fases.

Ele também critica o pré-tribulacionismo por promover um arrebatamento secreto não ensinado na Bíblia e por inferir eventos que não possuem respaldo claro nas Escrituras.

Por sua vez, o Pr. Elias Soares mantém sua posição pré-tribulacionista, defendendo que Jesus voltará antes da tribulação para arrebatar a igreja, fundamentando-se em passagens como João 14, 1 Tessalonicenses 4 e na analogia do casamento judaico, além de enfatizar a iminência da volta do Senhor.

Conclusão: O Valor do Debate e a Esperança Cristã

Este debate acadêmico entre os pastores Elias Soares e Carlos Vailate oferece uma rica reflexão sobre um dos temas centrais da fé cristã: a volta de Jesus e o destino da igreja diante da grande tribulação. Apesar das divergências, ambos concordam na importância da escatologia para a vida cristã e na esperança da volta de Cristo.

A discussão demonstra que a interpretação das Escrituras deve ser feita com cuidado, considerando o contexto histórico, cultural, linguístico e teológico. Além disso, reforça a necessidade do diálogo respeitoso entre irmãos, com humildade e busca pela verdade.

Independentemente da posição adotada, a certeza da volta de Cristo e da reunião com a igreja é o ponto fundamental que fortalece a fé e a perseverança dos cristãos em todo o mundo.

Que possamos aguardar com esperança e vigilância o momento glorioso em que o noivo Jesus virá buscar sua noiva para celebrar a festa eterna.

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A Noiva e o Noivo Celestial – A Metáfora Nupcial na Relação entre Cristo e a Igreja

Introdução


A imagem da noiva é uma das metáforas mais poéticas e profundas das Escrituras, utilizada para descrever a relação entre Cristo e a Igreja. Essa alegoria, presente em diversos livros da Bíblia, evoca a ideia de um amor sagrado, compromisso e preparação para uma união eterna. Neste capítulo, exploraremos os significados teológicos e simbólicos dessa representação, analisando passagens-chave e interpretações de estudiosos brasileiros e internacionais.

1. A Alegoria Nupcial na Bíblia

A alegoria nupcial que permeia a Bíblia oferece uma profunda visão sobre a dinâmica entre Cristo e a Igreja, revelando não apenas a natureza do relacionamento espiritual, mas também a esperança escatológica que os crentes possuem. Essa metáfora é especialmente enfatizada no Novo Testamento, onde o amor sacrificial de Cristo é comparado ao amor de um noivo pela sua noiva. Efésios 5:25-27 destaca essa relação ao afirmar que Cristo amou a Igreja e se entregou por ela para santificá-la. Essa entrega reflete um compromisso profundo e inabalável, que serve como modelo para os relacionamentos entre os fiéis.

A Igreja, por sua vez, é apresentada como a noiva redimida, uma comunidade que se empenha na purificação e na santidade enquanto aguarda a consumação final das promessas divinas. O Apocalipse 19:7-8 descreve com alegria e expectativa a noiva que se prepara para o casamento do Cordeiro, uma imagem poderosa da realização do plano redentor de Deus, onde o amor e a comunhão serão plenamente restaurados.

Além disso, as referências bíblicas ilustram a continuidade da relação nupcial ao longo da Escritura. Em Apocalipse 21:2,9, a Nova Jerusalém é representada como uma noiva adornada, simbolizando a consumação da união perfeita com Deus e a realização da esperança escatológica. Em 2 Coríntios 11:2, Paulo reforça essa ideia ao se dirigir à comunidade, chamando-a de “virgem pura” prometida a Cristo, o que ressalta a santidade e a pura devoção que devem caracterizar a vida dos cristãos.

Mesmo em contextos do Antigo Testamento, como em Isaías 49:18, há uma prefiguração dessa relação nupcial, onde Deus expressa Seu amor e compromisso com Israel, reforçando a ideia de que essa ligação não é apenas uma concepção nova, mas um tema que se estende por toda a narrativa bíblica. Portanto, a alegoria nupcial não é apenas uma metáfora, mas um princípio que reflete a relação íntima e comprometida que Deus deseja ter com Seu povo, culminando na promessa de um relacionamento eterno e pleno na consumação dos tempos.

2. Interpretações Teológicas e Culturais

Estudiosos brasileiros, como Augustus Nicodemus em sua obra "A Igreja no Século XXI", oferecem um olhar profundo sobre a metáfora da noiva, destacando aspectos essenciais que fundamentam a relação entre a Igreja e Cristo. Primeiramente, essa metáfora enfatiza a eleição divina, afirmando que a Igreja é escolhida e amada antes mesmo da fundação do mundo, conforme mencionado em Efésios 1:4. Essa escolha divina não só valida a importância da Igreja no plano de salvação, mas também ressalta a singularidade do vínculo estabelecido entre a divindade e sua comunidade.

Além disso, a metáfora exige fidelidade. Assim como uma noiva deve permanecer leal e não trair seu noivo, a Igreja é chamada a uma exclusividade que reflete esse compromisso de amor e devoção, como enfatizado em Oséias 2:19-20. Essa exigência de fidelidade transcende a mera formalidade, convidando os crentes a uma vida de santidade e integridade diante do Senhor.

A visão escatológica apresentada pelo teólogo Leonardo Boff em "Igreja: Carisma e Poder", acrescenta uma dimensão mais ampla à metáfora da noiva. Ele aborda a relevância cósmica da Igreja, ligando-a à renovação da criação, conforme Romanos 8:19-23. Neste sentido, a noiva não é apenas uma figura que espera, mas um agente ativo na obra de Deus, que anseia pelo cumprimento das promessas divinas e pela transformação do mundo.

Essa interconexão entre a identidade da Igreja como a noiva de Cristo e o seu papel escatológico revela que a relação entre o Senhor e sua Igreja é vibrante e dinâmica, marcando um caminho de esperança e renovação no contexto da história da salvação.

Visão Escatológica:

O teólogo Leonardo Boff (em Igreja: Carisma e Poder) aborda a dimensão cósmica da noiva, ligando-a à renovação da criação (Romanos 8:19-23).

3. A Noiva no Contexto Litúrgico e Devocional

Na tradição cristã brasileira, hinos como "Noiva Eleita" (Harpa Cristã) e escritos de R. R. Soares reforçam a ideia de preparo para o "grande dia", que é a aguardada volta de Cristo. Esses hinos e textos enfatizam não apenas a importância da santificação pessoal, conforme indicado em 1 Pedro 1:15-16, onde somos chamados a ser santos em todos os nossos comportamentos, mas também a necessidade de estarmos vigilantes e preparados para a vinda do Senhor.

A parábola das dez virgens, descrita em Mateus 25:1-13, ilustra a expectativa da volta de Cristo de forma poderosa. Nesta parábola, cinco virgens prudentes tinham suas lamparinas abastecidas com óleo, simbolizando a preparação constante que devemos ter em nossa vida espiritual. Enquanto isso, as cinco virgens insensatas estavam despreparadas e não conseguiram entrar nas bodas quando o noivo chegou. Essa mensagem ressoa fortemente na comunidade cristã, lembrando a necessidade de manter uma vida de santidade, fé e vigilância.

Assim, o enfoque na santificação pessoal e na expectativa da volta de Cristo nos convida a refletir sobre nossa condição espiritual e a viver de maneira que honre essa chamada para sermos a noiva preparada para o grande dia. A cada dia, somos desafiados a viver em santidade e a manter nossas lamparinas cheias de óleo, prontos para o momento em que como a noiva de Cristo, nos encontraremos com Ele.

4. Críticas e Ressignificações Contemporâneas

Alguns autores, como Júlio Zabatiero (em Teologia e Narrativa), levantam uma questão provocativa sobre o uso da metáfora na teologia, sugerindo que essa figura de linguagem pode, inadvertidamente, reforçar uma imagem de passividade da Igreja, limitando sua capacidade de agir e influenciar ativamente o mundo. Zabatiero nos convida a refletir sobre como as narrativas construídas em torno da Igreja podem perpetuar dinâmicas de submissão e depender de uma interpretação que não reconhece sua força e potencial transformador.

Por outro lado, há vozes como a de Ana Flora Anderson (em Feminino e Sagrado), que oferecem uma perspectiva mais equilibrada. Anderson propõe leituras que buscam não apenas a submissão, mas também o protagonismo das mulheres e da comunidade religiosa, destacando a complexidade da experiência de fé. Ela argumenta que é possível articular a devoção e a resistência, permitindo que a Igreja não seja vista apenas como uma instituição passiva, mas como um agente ativo no diálogo social e espiritual.

Essa tensão entre passividade e protagonismo abre espaço para um debate rico sobre o papel da Igreja e as interpretações teológicas que a cercam. Através dessas duas visões opostas, desenvolve-se um campo fértil para novas abordagens que buscam integrar a tradição da metáfora com uma vivência mais dinâmica e engajada da espiritualidade.

Conclusão


A noiva de Cristo é um símbolo rico, que une teologia, poesia e esperança. Seu estudo revela tanto a profundidade do amor divino quanto o chamado à responsabilidade coletiva.

Bibliografia 

BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. São Paulo: Paulus, 2020.
BOFF, Leonardo. Igreja: Carisma e Poder. Petrópolis: Vozes, 1981.
NICODEMUS, Augustus. A Igreja no Século XXI. São Paulo: Cultura Cristã, 2015.
SOARES, R. R. A Noiva e o Noivo. Rio de Janeiro: Graça Editorial, 1999.
ZABATIERO, Júlio. Teologia e Narrativa. São Bernardo do Campo: UMESP, 2012.

O Arrebatamento, a Tribulação e a Segunda Vinda de Cristo num único capítulo

 

Introdução

Muitas pessoas têm dúvidas sobre os eventos escatológicos descritos na Bíblia, incluindo o arrebatamento, a tribulação e o retorno de Cristo em glória. No entanto, a Bíblia fornece uma visão clara e coerente desses eventos, e é importante entender o que ela diz sobre esses temas.

O Arrebatamento, a Tribulação e o Retorno de Cristo em Mateus 24

um relâmpago na nuvens

Em Mateus 24.26-27, Jesus fala sobre o arrebatamento, advertindo que não se deve acreditar em falsas profecias ou em pessoas que afirmem que Ele está aqui ou ali. Em vez disso, Ele virá como um relâmpago, que ilumina o céu de uma extremidade à outra. Aqui, Jesus não está se referindo à claridade do relâmpago, mas sim à sua rapidez e surpresa. Observe que, no verso 26, Ele diz para não procurá-lo, pois Sua vinda será rápida (verso 27).

Em seguida, em Mateus 24.29, Jesus menciona que haverá uma grande tribulação, um período de sofrimento e juízo que precederá o Seu retorno. E então, no verso 30, Ele afirma que aparecerá o sinal do Filho do Homem, e todos os olhos o verão.

Cristo no cavalho e os anjos

Finalmente, em Mateus 24.31, Jesus descreve o momento em que os anjos reunirão todos os Seus escolhidos, os crentes que foram arrebatados e transformados para viver com Ele para sempre.

O Arrebatamento e a Tribulação em 1 Tessalonicenses

 O arrebatamento antecede a tribulação, seguindo uma ordem cronológica. Esse evento marca o fim da era da Igreja, enquanto a tribulação representa um período de julgamento e purificação que ocorrerá posteriormente.

Além disso, é interessante notar a forma como o apóstolo Paulo distingue essas duas realidades em sua linguagem. Ao tratar do arrebatamento, ele afirma: "nós seremos arrebatados" (1 Tessalonicenses 4.17), incluindo-se entre os crentes que participarão desse evento. Em contrapartida, ao referir-se à tribulação, ele declara: "sobre eles sobrevirá destruição repentina" (1 Tessalonicenses 5.3), distanciando-se da experiência e direcionando sua fala aos ímpios que permanecerão.

Esse contraste evidencia que Paulo considerava o arrebatamento como um livramento para os crentes vivos, ao passo que a tribulação recairia sobre aqueles que não foram arrebatados, sendo um período de juízo divino. O arrebatamento é, portanto, um ato de resgate, enquanto a tribulação se configura como um tempo de julgamento.

Dessa forma, a sequência dos acontecimentos torna-se evidente: primeiro ocorre o arrebatamento, seguido pela tribulação. Os salvos serão retirados da Terra, enquanto os ímpios enfrentarão as consequências subsequentes.

Em 1 Tessalonicenses, o apóstolo Paulo explica que o arrebatamento ocorre antes da tribulação. Em 1 Tessalonicenses 4.13-18, Paulo afirma que os crentes serão arrebatados para estar com o Senhor antes da tribulação. Ele usa a primeira pessoa do plural, "nós", ao falar do arrebatamento, indicando que ele próprio e os crentes tessalonicenses estariam entre os que seriam arrebatados.

No entanto, ao falar da tribulação, Paulo muda para a terceira pessoa do plural, "eles", indicando que os crentes não estarão mais presentes na Terra durante esse período.

Outras Passagens Bíblicas que Apoiam o Arrebatamento Pré-Tribulacional.

Além de Mateus 24 e 1 Tessalonicenses, outras passagens bíblicas também apoiam a ideia de que os crentes não passarão pela grande tribulação. Por exemplo:

- 1 Tessalonicenses 1.10: “Paulo afirma que os crentes estão esperando por Jesus, que os livrará da ira que está para vir, referindo-se à tribulação”. danto aqui em 1Ts 1.10 como em Ap 3.10 usa o verbo “da”.

- Apocalipse 3.10: “Jesus promete que os crentes serão guardados da hora da provação que está para vir sobre o mundo inteiro, referindo-se à tribulação”.

Observe o texto que este escrito: “da hora e não na hora”. Se a passagem de Apocalipse 3.10 estivesse escrita com "na hora" em vez de "da hora", a diferença seria sutil, mas significativa.

Com "na hora", a expressão seria:

"Porque guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei na hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam na terra."

Nesse caso, "na hora" indicaria que a proteção ou guarda de Deus ocorreria exatamente no momento em que a provação ou julgamento estivesse acontecendo. Em outras palavras, a proteção seria fornecida durante a própria hora da provação.

Já com "da hora", a expressão indica que a proteção ou guarda de Deus ocorreria antes da provação ou julgamento, ou seja, que os crentes seriam guardados da própria hora da provação.

Portanto, a diferença entre "na hora" e "da hora" é que:

- "Na hora" indica proteção durante a própria hora da provação.

- "Da hora" indica proteção antes da própria hora da provação.

“Na ira” indica proteção durante a própria hora da que está para vir.

“Da ira” indica proteção antes da própria hora da que está para vir.

 Escolha da expressão "da hora" em Apocalipse 3.10 sugere que a proteção de Deus é fornecida antes da provação, e que os crentes são guardados da própria hora da provação.

Conclusão

Em resumo, a Bíblia descreve os eventos escatológicos de forma clara e coerente. O arrebatamento, a tribulação e o retorno de Cristo em glória são eventos distintos que ocorrerão em uma sequência específica. Os crentes serão arrebatados antes da tribulação, e então Jesus retornará em glória para estabelecer o Seu reino na terra. É importante entender esses eventos para que possamos viver com esperança e expectativa da volta de Jesus.

AS DUAS JERUSALÉNS: A PROMESSA DA NOVA CIDADE ETERNA

 

A visão de uma "nova Jerusalém" é uma das mais inspiradoras promessas bíblicas, representando a restauração completa e eterna da comunhão entre Deus e a humanidade. Essa cidade celestial será o centro do governo divino no estado eterno, substituindo todas as estruturas e sistemas mundanos que, ao longo da história, foram corrompidos. Abaixo, vamos explorar as características e a importância dessa nova Jerusalém.

1. A Nova Jerusalém: A Cidade Celestial

A nova Jerusalém é uma cidade especial, preparada por Deus nos céus para ser a morada dos redimidos. Após o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro, os salvos estarão eternamente com Cristo e viverão na nova cidade. João descreve essa cidade como "adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido" (Apocalipse 21:2), simbolizando sua pureza e beleza incomparável.

Essa cidade celestial não precisa de habitações comuns, pois os salvos terão corpos glorificados, semelhantes ao de Cristo ressuscitado (Filipenses 3:21), e viverão em constante comunhão com Deus, sem limitações terrenas.

2. Uma Cidade Literal e Gloriosa

A nova Jerusalém é descrita como uma cidade real e literal que desce do céu (Apocalipse 21:10). João a vê como uma cidade brilhante, refletindo a glória de Deus, com luz semelhante a uma pedra de jaspe, translúcida e resplandecente (Apocalipse 21:11). Essa cidade não é apenas uma metáfora espiritual; ela será uma realidade visível e gloriosa, com um ambiente de beleza divina, incluindo o "rio da vida" e a "árvore da vida" que produz frutos para a saúde das nações (Apocalipse 22:2).

3. Um Muro e Doze Portas

A cidade é cercada por um grande muro com doze portas, cada uma guardada por um anjo e representando as doze tribos de Israel (Apocalipse 21:12-13). Essa estrutura reflete o cuidado de Deus em honrar Suas promessas ao povo de Israel e manter Seu pacto eterno. As portas, feitas de pérolas, e a praça de ouro puro mostram a riqueza espiritual e a perfeição do trabalho divino (Apocalipse 21:21).

4. Os Doze Fundamentos da Cidade

Cada fundamento do muro da cidade traz o nome de um dos doze apóstolos, simbolizando a importância da doutrina apostólica e a base da Igreja (Apocalipse 21:14). Esses fundamentos, adornados com pedras preciosas, refletem a glória de Deus e o papel central da mensagem de Cristo em todo o plano eterno de Deus.

5. Dimensões da Cidade

A nova Jerusalém tem um formato cúbico perfeito, com cerca de 2.400 km de comprimento, largura e altura (Apocalipse 21:16-17). Essa forma simboliza a perfeição e a completude da cidade, que será suficientemente grande para acolher todos os remidos, proporcionando um ambiente de paz e harmonia eternas.

6. Uma Cidade Sem Tristeza e Sofrimento

Na nova Jerusalém, "Deus enxugará dos olhos toda lágrima", e não haverá mais morte, dor ou sofrimento (Apocalipse 21:4). Todas as tristezas e limitações do mundo atual serão esquecidas, e a presença de Deus trará alegria e conforto eternos aos seus habitantes.

7. Sem Necessidade de Templo

Na nova Jerusalém, não haverá necessidade de templos físicos para adoração, pois "o seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro" (Apocalipse 21:22). Deus estará acessível a todos diretamente, e os habitantes estarão em comunhão constante com Ele.

8. Sem Sol, Lua e Noite

A cidade não necessita do sol, da lua ou das estrelas, pois a glória de Deus ilumina todo o ambiente, e o Cordeiro é a sua lâmpada (Apocalipse 21:23). A presença divina é tão intensa que não há necessidade de fontes de luz externas, e não haverá noite ali.

9. A Cidade Como Satélite da Terra

A nova Jerusalém descerá do céu e pairará sobre a Terra como uma fonte de luz para as nações (Apocalipse 21:24-26). A cidade será um testemunho constante do poder e da majestade de Deus, e as nações reconhecerão a autoridade divina e trarão honra à cidade.

 

10. Sem Pecado

A nova Jerusalém será uma cidade pura, onde nada impuro, abominável ou mentiroso poderá entrar (Apocalipse 21:27). Apenas aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro terão acesso à cidade. Todos os ímpios e pecadores estarão fora dessa nova criação, conforme o ensino de Paulo (1 Coríntios 6:10), e o ambiente será eternamente livre do mal.

Conclusão

A nova Jerusalém representa a consumação da obra redentora de Deus e a esperança final de todo cristão. Esse lugar de comunhão, beleza e paz será o lar eterno dos remidos. Deus habitará com Seu povo para sempre, em uma cidade perfeita, onde não haverá mais tristeza, morte ou sofrimento.

Sete perguntas principais que os pós-tribulacionistas têm feito

E quero responder cada uma de maneira bem objetiva.

Primeira pergunta: Qual o texto que fala das bodas do Cordeiro durarem sete anos? 

    Essa pergunta assume que os pré-tribulacionistas afirmam que as bodas do Cordeiro duram sete anos. Não é bem assim. A posição pré-tribulacionista afirma que as bodas do Cordeiro ocorrem simultaneamente ao período tribulacional, que é de sete anos, conforme a profecia de Daniel 9:24-27. No entanto, o tempo no céu é diferente do tempo na Terra. Deus controla tanto o Cronos (tempo cronológico) quanto o Kairós (tempo divino). Portanto, enquanto as bodas ocorrem simultaneamente à tribulação de sete anos na Terra, a percepção de tempo no céu é diferente.

Segunda pergunta: Qual o texto mostra a vinda secreta e imperceptível ao mundo?

    Em Apocalipse 1:7, é dito que "todo olho verá" Jesus, referindo-se à sua manifestação em glória. No entanto, Hebreus 9:28 menciona que Jesus aparecerá "aos que o esperam para salvação". Esse verbo grego "horaō" (ser visto) é o mesmo usado em 1 Coríntios 15, onde só a igreja viu Jesus ressuscitado. Assim, o arrebatamento será invisível para o mundo, embora depois as pessoas percebam que os cristãos desapareceram.

Terceira pergunta: Qual o texto mostra conversões depois do Arrebatamento? 

    Os pré-tribulacionistas acreditam que a igreja não passará pela grande tribulação. Em Apocalipse 1:19, Jesus dá a divisão do livro a João: "as coisas que tens visto, as que são, e as que depois destas hão de acontecer." A partir do capítulo 4, João vê os 24 anciãos no céu, que representam a igreja glorificada. A abertura dos selos em Apocalipse 6 marca o início da tribulação, indicando que a igreja já está no céu. Durante a tribulação, haverá conversões, como mostrado pelos mártires do período tribulacional em Apocalipse 6:9 e 7:14.

Quarta pergunta: Quem são os santos mencionados durante a tribulação? 

    Os santos mencionados durante a tribulação são os mártires que se converteram nesse período, conforme Apocalipse 6:9 e 7:14. Eles serão salvos pela graça, assim como todos os cristãos, e não por darem suas vidas.

Quinta pergunta: A ressurreição em 1 Coríntios 15 é na última trombeta? 

    A "última trombeta" de 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17 não é a mesma trombeta de Apocalipse 11:15. A trombeta de Apocalipse 11:15 é a última de uma série de sete trombetas de juízo. Os juízos continuam após essa trombeta com as sete taças de juízo. A trombeta do arrebatamento é uma trombeta de convocação para a igreja, enquanto a de Apocalipse é de juízo.

Sexta pergunta: Jesus disse que sua volta será depois da grande tribulação? 

    O Sermão Profético de Jesus não está rigorosamente em ordem cronológica. Jesus responde à pergunta tripartida dos discípulos sobre a destruição do templo, o sinal da sua vinda e o fim dos tempos. Ele fala sobre eventos que acontecerão com Israel durante a tribulação e depois sobre sua manifestação em glória. A partir de Mateus 24:36, Jesus fala sobre a iminência do arrebatamento, destacando a necessidade de vigilância e prontidão.

Sétima pergunta: Onde está a pausa nos sete anos restantes de Daniel 9:24-27? 

    As setenta semanas de Daniel são divididas em três partes: sete semanas (49 anos), sessenta e duas semanas (434 anos) e uma semana restante (sete anos). Após a morte do Messias, houve uma pausa, referida como o "tempo dos gentios" (Lucas 21:24, Romanos 11). A última semana, de sete anos, corresponde ao período tribulacional. Estamos atualmente vivendo no intervalo entre a 69ª e a 70ª semana.

Que Deus abençoe a todos.

 

O apóstolo Pedro pretende ensinar que o Universo (Céus e Terra que hoje existem) será destruído pelo fogo como forma de purificação e renovação

 

Introdução

Se houvesse apenas um texto falando sobre o dia do Senhor e, em seguida, Pedro mencionasse a destruição do céu e da terra para dar lugar a novos céus e uma nova terra, não haveria dúvida de que tudo aconteceria de uma vez só naquele dia. Jesus viria, e tudo seria destruído e renovado ao mesmo tempo. Mas, ao lermos o terceiro capítulo de 2 Pedro, percebemos que Pedro não detalha a volta de Cristo e seu reino milenar, mas dá ênfase à destruição do universo sem especificar quando isso ocorrerá.

Objetivo de Pedro

O objetivo de Pedro, especialmente nos versículos 1 a 18 do terceiro capítulo de sua segunda carta, é incentivar-nos a viver de maneira santa. Ele não pretende fornecer detalhes específicos sobre o futuro. Por isso, esse texto não deve ser interpretado isoladamente do contexto escatológico geral. Se houvesse apenas essa passagem, pensaríamos que tudo aconteceria de uma vez só no dia da vinda de Jesus, como argumentam os pós-tribulacionistas.

Quero enfatizar que, embora Pedro não apresente uma sequência de eventos, ele também não afirma que tudo ocorrerá simultaneamente. No próprio texto, ele indica isso, embora não com a mesma clareza de Paulo, que detalha os eventos escatológicos em 1 Tessalonicenses 4 e 5 e 2 Tessalonicenses 2. Pedro não está preocupado com uma ordem sequencial, mas isso não significa que tudo acontecerá de uma vez.

A doutrina escatológica segue o princípio da prioridade, ou seja, Deus trabalha com uma ordem e prioriza certos eventos. Por exemplo, a ressurreição é um evento prioritário. A Bíblia diz que Cristo inaugurou a primeira ressurreição (1 Coríntios 15:23), seguido pelos que são de Cristo em sua vinda. Em 1 Tessalonicenses 4:13-18, Paulo esclarece que não precederemos os que dormem.

 Deus e a Ordem Divina

Vamos examinar uma passagem específica, 2 Pedro 3:7-14, para entender melhor o que Pedro quis dizer e qual era seu objetivo. Esta análise também responderá à pergunta sobre o significado da expressão "a terra será destruída pelo fogo".

Considerações sobre os Céus e a Terra

O versículo 7 menciona que "os céus e a terra que agora existem, pela mesma palavra, estão reservados para o fogo". Pedro deixa claro que os céus e a terra atuais estão destinados a uma destruição e renovação subsequente. Para nós, pode parecer estranho que Deus destrua algo para depois refazer, mas para Deus, isso ocorrerá de maneira rápida, como uma renovação. O texto afirma que haverá essa destruição, indicando que um evento sucederá ao outro.

Pedro também especifica que isso ocorrerá após o dia do juízo. Assim, entendemos que Deus trabalha com uma ordem, onde a destruição e renovação da terra se darão após o julgamento final.

O Dia do Juízo e os Julgamentos Escatológicos

O dia do juízo mencionado em 2 Pedro 3:7-14 refere-se claramente ao Juízo Final. No entanto, é importante entender que existem diferentes julgamentos escatológicos na Bíblia, cada um com características distintas.

Aspectos Diferenciadores dos Juízos

Os julgamentos escatológicos não ocorrem todos de uma vez, pois cada um possui público, critérios, local e resultados diferentes. Por exemplo, o Tribunal de Cristo ocorre imediatamente após o Arrebatamento. Jesus disse: "Eis que venho em breve, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra." Este tribunal, destinado a recompensar os crentes, não é o mesmo que o Juízo Final.

A Bíblia deixa claro que o Juízo Final acontece após o Milênio e a última revolta de Satanás, conforme descrito em Apocalipse 20:7-10. Após essa revolta, ocorre o julgamento do Grande Trono Branco, onde os mortos são julgados de acordo com suas obras.

Outros Julgamentos na Bíblia

Existem vários outros julgamentos na Bíblia, além do Tribunal de Cristo e do Juízo Final. Estes incluem:

1. Julgamento dos Gentios ou das Nações: Descrito em Mateus 25:31-46, onde as nações são julgadas por como trataram "os menores destes meus irmãos".

   2. Julgamento dos Anjos: Mencionado em 1 Coríntios 6:3, onde os crentes julgarão os anjos.

  3. Julgamento de Satanás: Após a sua última revolta, Satanás será julgado e lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:10).

  4. Julgamento de Israel: Este ocorre durante o período tribulacional e está relacionado ao retorno de Cristo e o cumprimento das promessas feitas a Israel.

Cada um desses julgamentos tem seu próprio contexto e propósito, e não devem ser confundidos com o Juízo Final. Assim, compreendemos que Deus trabalha com uma ordem específica, e cada evento escatológico ocorre no seu devido tempo.

O Juízo Final

O Juízo Final é assim chamado porque é o último dentre todos os julgamentos. Pedro, ao mencionar o "dia do juízo" e a destruição dos céus e da terra, está de acordo com a narrativa de Apocalipse. A sequência de eventos em Apocalipse 19:11 até o início do capítulo 22 descreve essa ordem claramente.

Referência a Isaías

No versículo 7 de 2 Pedro 3, Pedro faz referência ao profeta Isaías. Em Isaías 34:4 e 51:6, é dito que "todo o exército do céu se dissolverá como um pergaminho" e que "os céus desaparecerão como fumaça". Isso confirma que a profecia sobre a destruição dos céus e da terra já estava prevista nas Escrituras.

O Conceito de Tempo para Deus

Pedro menciona em 2 Pedro 3:8 que "um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia". Isso sugere que os eventos descritos por Pedro não ocorrerão de uma só vez, como em um dia de 24 horas. Ele está respondendo a uma questão levantada no versículo 3, onde escarnecedores questionam a promessa da vinda de Jesus, alegando que nada mudou desde que os pais deles morreram.

Pedro está ensinando que o tempo de Deus não é como o nosso, e os eventos profetizados não seguirão necessariamente uma sequência rápida e imediata do ponto de vista humano. Ele enfatiza que os céus e a terra estão reservados para destruição até o dia do juízo, alinhando sua mensagem com a profecia de Isaías e a narrativa do Apocalipse.

Resumo

Pedro nos ensina que a destruição dos céus e da terra ocorrerá no Juízo Final, conforme a ordem estabelecida nas Escrituras. Ele destaca que devemos entender o tempo de Deus de forma diferente da nossa percepção humana. Além disso, Pedro reforça que essa destruição foi prevista pelos profetas e faz parte do plano divino, lembrando-nos de viver em santidade enquanto aguardamos o cumprimento dessas promessas.

A Iminência do Arrebatamento

Há muita confusão sobre o que significa a iminência do arrebatamento. Muitos acreditam que iminência implica que o evento deve ocorrer em breve, mas na verdade, tem mais a ver com nossa preparação do que com o tempo de Deus. A iminência sugere que devemos estar prontos a qualquer momento, independentemente de quando exatamente acontecerá.

A Percepção do Tempo para Deus

Pedro enfatiza que para Deus, "um dia é como mil anos, e mil anos como um dia" (2 Pedro 3:8). Isso nos ensina que Deus não opera dentro das mesmas restrições temporais que nós. Nosso tempo é cronológico e quantitativo, enquanto para Deus, o tempo é mais qualitativo e Ele vê tudo como um eterno presente. Deus é onisciente e tudo está sob Seu controle, sem a divisão clara de passado, presente e futuro que nós percebemos.

Interpretação Correta do Texto

É errado forçar o texto bíblico a dizer que todos os eventos acontecerão de uma vez quando Jesus voltar. Pedro não sugere isso. Ele esclarece que a destruição e renovação dos céus e da terra não ocorrerão necessariamente em um único dia de 24 horas. Assim como João, em 1 João 2:18, menciona a "última hora", que não deve ser entendida literalmente como uma hora de 60 minutos, Pedro também indica que o "dia do Senhor" não se limita a um período cronológico de 24 horas.

Os Últimos Dias

Os "últimos dias" começaram no dia de Pentecostes, com o derramamento inaugural do Espírito Santo. Desde então, ainda vivemos nesses últimos dias. Embora possa parecer que os últimos dias se prolonguem, devemos entender que o cenário profético está sendo preparado e que as profecias estão se cumprindo gradualmente.

Pedro nos lembra que devemos estar prontos a qualquer momento, pois Deus opera fora das nossas limitações temporais. A iminência do arrebatamento nos chama à preparação constante, independentemente de quando exatamente ocorrerá. A interpretação correta das Escrituras nos ajuda a compreender que os eventos escatológicos têm uma ordem e um tempo estabelecidos por Deus, que podem não coincidir com nossa compreensão humana de tempo.

 Os Últimos Segundos dos Últimos Dias

Muitas vezes brincamos dizendo que já estamos nos últimos segundos dessa última hora ou nas últimas horas desses últimos dias, como a Bíblia menciona.

O Dia do Senhor e o Arrebatamento

Em 2 Pedro 3:9-10, Pedro diz que "o Senhor não retarda a sua promessa... mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se". Ele continua dizendo que "o dia do Senhor virá como ladrão de noite". É crucial entender que o dia do Senhor não é o mesmo que o arrebatamento da igreja.

O arrebatamento é um evento inicial no calendário profético, desencadeando o início do dia do Senhor. Este último não é um dia de 24 horas, mas um período estendido de tempo. Se o arrebatamento ocorrer hoje, ele dará início ao cumprimento do calendário profético, marcando o começo do dia do Senhor.

O Dia do Senhor na Bíblia

Os profetas do Antigo Testamento frequentemente mencionam o dia do Senhor, descrevendo-o inicialmente como um dia de juízo, mas também contendo bênçãos para o povo de Deus. Este período inclui os juízos profetizados sobre as nações que se levantarem contra Israel e sobre o próprio Israel.

Durante o dia do Senhor, a igreja já estará glorificada, tendo sido arrebatada. Este período também inclui o Milênio, que é parte do dia do Senhor, estendendo-se até antes da eternidade. Portanto, o dia do Senhor engloba todos os eventos que ocorrerão a partir do arrebatamento da igreja.

O dia do Senhor é um período profético que começa com o arrebatamento da igreja e inclui uma série de eventos, desde juízos até bênçãos, culminando no Milênio e na preparação para a eternidade. Nossa compreensão do tempo de Deus e o significado da iminência nos ajudam a viver em constante preparação, aguardando o cumprimento das promessas divinas.

O Dia do Senhor vs. o Arrebatamento

Não devemos confundir o dia do Senhor com o dia do arrebatamento da igreja. O dia do Senhor não é a mesma coisa que a vinda de Cristo para buscar sua igreja.

O Dia do Senhor Vem Como Ladrão

O dia do Senhor virá como um ladrão. Paulo, em 1 Tessalonicenses 5:1-3, menciona que "quando disserem: Paz e segurança, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto". A palavra "odim", usada por Paulo e Jesus, refere-se às dores de parto. Esse termo, recorrente na literatura apocalíptica, ilustra as dores que uma mulher sente ao se aproximar do momento do parto. Quanto mais intensas as dores, mais próximo está o momento de dar à luz. Jesus falou sobre o "princípio de dores" (Matthew 24:8), utilizando o termo grego "arche" para indicar o começo das dores, que são mais leves comparadas às dores intensas do trabalho de parto real.

A Destruição Será Repentina

Paulo ensina que a destruição será repentina e inesperada, como as dores de parto, mas a igreja já terá sido arrebatada. Pedro, em 2 Pedro 3:11, fala sobre a destruição da terra, mas não apresenta uma ordem sequencial de eventos como Paulo faz em 1 Tessalonicenses 4-5 e 2 Tessalonicenses 2. Ele destaca que, sabendo que essas coisas vão perecer, devemos viver em santidade e piedade.

Aguardando e Apressando a Vinda do Dia de Deus

Em 2 Pedro 3:12, Pedro fala sobre "aguardando e apressando a vinda do dia de Deus". Algumas versões bíblicas não incluem "apressando vos", mas a versão corrigida está correta ao dizer "apressando vos". Isso significa que devemos ter pressa em nos preparar, não que podemos acelerar a vinda de Deus através de nossas ações.

Preparação para o Dia de Deus

O arrebatamento da igreja é o evento que desencadeia o dia do Senhor. Nós, como igreja, devemos estar sempre preparados e em prontidão, vivendo de acordo com os ensinamentos de Cristo, para que, quando o arrebatamento ocorrer, estejamos prontos. A nossa preparação constante é essencial, pois a cronologia dos eventos está sob o controle de Deus, e não podemos forçar a aceleração do Seu plano.

O dia do Senhor é um período profético que começa com o arrebatamento da igreja e inclui uma série de eventos que culminam no julgamento e nas bênçãos prometidas. Nossa responsabilidade é viver em santidade, aguardando e nos preparando para esses eventos. A iminência do arrebatamento nos chama à vigilância constante e à prontidão espiritual.

O Dia do Senhor e a Iminência do Arrebatamento

Hoje, o arrebatamento da igreja é um evento iminente. A iminência significa que pode ocorrer a qualquer momento, e daqui a pouco explicaremos esse conceito.

Aguardando e Apressando a Vinda do Dia de Deus

Em 2 Pedro 3:12, Pedro fala sobre "aguardando e apressando-vos para a vinda do dia de Deus". Esse "dia de Deus" não é um período de 24 horas, mas sim um período profético que começa com o arrebatamento da igreja, se estende pelo período tribulacional e inclui o Milênio. Pedro foi cuidadoso ao mencionar que "um dia para Deus é como mil anos e mil anos como um dia" (2 Pedro 3:8), enfatizando que o tempo de Deus não deve ser entendido como um dia literal de 24 horas.

O Erro de Interpretar o Dia como Literal

É um erro comum interpretar que tudo acontecerá de uma vez no "dia" do Senhor. Jesus mencionou a ressurreição no "último dia", mas a Bíblia explica que a ressurreição dos justos é seletiva e ocorre em diferentes momentos. O livro de Apocalipse, por exemplo, mostra um intervalo de mil anos entre a primeira e a segunda ressurreição (Apocalipse 20:5-6).

O Período Escatológico

O "dia de Deus" compreende todo o período escatológico que será inaugurado pelo arrebatamento da igreja. Em 2 Pedro 3:13, ele menciona que, segundo a promessa, aguardamos "novos céus e nova terra, onde habita a justiça". Esta referência conecta-se com o Apocalipse, mostrando que, embora haja destruição, a promessa de Deus é a renovação e a criação de novos céus e nova terra.

A Necessidade de Preparação

Em 2 Pedro 3:14, Pedro enfatiza a necessidade de estarmos sempre preparados: "Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz". A preparação para o arrebatamento é essencial, pois ele é a "bem-aventurada esperança" da igreja, como descrito em Tito 2:11-14. Essa esperança nos ensina a viver em santidade e a aguardarmos a manifestação de Cristo.

A Bem-Aventurada Esperança

O arrebatamento da igreja é a bem-aventurada esperança. João, em sua primeira carta (1 João 3:2), diz: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser; mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos". Isso reflete a esperança de transformação e glorificação dos crentes na segunda vinda de Cristo.

Portanto, a compreensão correta do dia do Senhor e do arrebatamento é crucial para a fé cristã. Devemos viver em constante preparação e vigilância, sabendo que o arrebatamento é iminente e pode ocorrer a qualquer momento. Nossa esperança está na promessa de novos céus e nova terra, onde habita a justiça, e na manifestação gloriosa de Cristo, que nos transformará para sermos semelhantes a Ele.

A Importância da Esperança e da Pureza

João, em 1 João 3:3, afirma que "todo aquele que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro". Isso corrobora o que Pedro mencionou em 2 Pedro 3:14 sobre a necessidade de estarmos imaculados e irrepreensíveis. A preparação para o arrebatamento é essencial, pois ele representa um grande livramento para os crentes.

Arrebatamento como Livramento

Jesus, em Lucas 21:36, diz: "Vigiai, pois, em todo o tempo, orando para que sejais havidos por dignos de escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do Homem". Isso destaca o arrebatamento como um escape dos eventos terríveis que ocorrerão no futuro. Paulo reforça essa ideia em 1 Tessalonicenses 1:10, afirmando que Jesus nos livrará da ira futura. Essa "ira futura" refere-se ao período tribulacional, não ao inferno.

A Certeza da Salvação

Jesus afirmou em João 5:24 que "quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em juízo, mas passou da morte para a vida". Isso significa que os crentes já possuem a certeza da salvação e não enfrentarão julgamento quanto à sua salvação.

A Ira de Deus no Período Tribulacional

O período tribulacional será marcado pelo derramamento da ira de Deus e do Cordeiro sobre a Terra. Este é um tempo específico de julgamento e punição divina que não será direcionado à igreja, mas aos ímpios e adoradores do anticristo. A igreja não passará por esse período, pois será arrebatada antes que a ira de Deus seja plenamente derramada.

Distinção entre Tribulações Gerais e a Grande Tribulação

É importante distinguir entre as tribulações gerais que a igreja enfrenta no mundo e a Grande Tribulação, que é um período específico de sete anos de intensos julgamentos divinos. Atualmente, a igreja sofre a ira de Satanás e dos homens, mas na Grande Tribulação, será a ira de Deus que será derramada de maneira intensa sobre a Terra.

A Misericórdia de Deus Hoje e no Futuro

Hoje, Deus ainda age com misericórdia mesmo quando sua ira é derramada. No entanto, no período tribulacional, a ira de Deus será manifesta de modo pleno e justo, sem a atenuação da misericórdia. Para isso, Deus primeiro removerá a igreja da Terra através do arrebatamento.

Conclusão

A esperança no arrebatamento deve motivar os crentes a viverem em pureza e prontidão. O arrebatamento é um livramento da ira futura e um evento iminente que inaugura o período escatológico do Dia do Senhor. A igreja não passará pela Grande Tribulação, pois Deus não derramará sua ira sobre seus filhos. Assim, devemos vigiar, orar e nos preparar continuamente para o retorno de Cristo, mantendo-nos imaculados e irrepreensíveis diante dele.

O Significado do Dia do Senhor e o Arrebatamento da Igreja

O Arrebatamento da Igreja: Mostre crentes sendo levados aos céus, encontrando o Senhor nos ares.
8imagem gerada por inteligecia artificial. 

A interpretação de passagens escatológicas na Bíblia é um tema de grande debate entre diversas tradições cristãs. Este artigo visa esclarecer algumas dessas questões com base em uma análise detalhada das Escrituras.

2 Tessalonicenses 2:1-3 e o Arrebatamento

Primeiramente, 2 Tessalonicenses 2:1-3 é frequentemente interpretado de maneiras diferentes. Alguns acreditam que a Igreja enfrentará o Anticristo, enquanto outros, como os pré-tribulacionistas, argumentam que a Igreja será arrebatada antes desse período de tribulação.

O apóstolo Paulo, ao escrever aos Tessalonicenses, menciona a "vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com Ele". Isso é amplamente entendido como uma referência ao Arrebatamento da Igreja. Paulo havia explicado previamente em 1 Tessalonicenses 4:13-18 que os crentes seriam arrebatados para encontrar o Senhor nos ares, evitando assim a ira futura mencionada em 1 Tessalonicenses 1:10 e 5:1-9.

A Interpretação do Dia do Senhor

O "Dia do Senhor" é um conceito-chave que precisa ser bem compreendido. Muitos irmãos de outras tradições confundem esse termo com a segunda vinda de Cristo. No entanto, estudiosos como Randall Price, em sua obra "Quando a Trombeta Soar", demonstram que o Dia do Senhor se refere a um período de juízo divino, começando com a tribulação.

Paulo avisa os Tessalonicenses para não se deixarem enganar pensando que o Dia do Senhor já chegou, sem que antes venha uma grande apostasia e se manifeste o homem do pecado, o Anticristo (2 Tessalonicenses 2:3). A confusão surge quando esses eventos são desconectados do contexto global das Escrituras.

A Grande Apostasia e a Manifestação do Anticristo

Antes do início do juízo divino, haverá uma grande apostasia. Esse período de deserção em massa será seguido pela ascensão do Anticristo, que trará uma falsa paz ao mundo, representada pelo cavalo branco de Apocalipse 6. No entanto, essa paz será de curta duração, pois o juízo de Deus se seguirá.

Paulo enfatiza que, enquanto o Anticristo se manifesta, a Igreja já terá sido arrebatada. Esta sequência de eventos é crucial para entender a cronologia escatológica.

A Última Hora e os Períodos Bíblicos

É importante entender que termos como "última hora" e "últimos dias" referem-se a períodos, e não a dias literais de 24 horas. Por exemplo, no livro de Ezequiel, Deus usa dias para representar anos, o que ilustra como a Bíblia utiliza períodos simbólicos para descrever eventos proféticos.

Portanto, o Dia do Senhor é um período de juízo que começará com a grande apostasia e a manifestação do Anticristo. Esse período não será um único dia literal, mas um tempo prolongado de juízo divino sobre a Terra.

Conclusão

A interpretação correta das passagens escatológicas exige uma visão holística das Escrituras. Desconectar textos e isolar passagens pode levar a conclusões errôneas. A Bíblia, em sua totalidade, apresenta uma harmonia perfeita que deve ser respeitada. Ao entender que o Dia do Senhor é um período de juízo e que a Igreja será arrebatada antes desse tempo, podemos ter uma compreensão mais clara e coerente do plano escatológico revelado por Deus.


Este artigo pode ser usado como base para esclarecer as crenças pré-tribulacionistas e a interpretação do Dia do Senhor, ajudando os leitores a compreenderem melhor a cronologia dos eventos finais conforme descritos na Bíblia.

 

Por que a sétima trombeta do Apocalipse (Apocalipse 11:15) não pode ser a mesma mencionada em 1 Coríntios 15:52 e em 1 Tessalonicenses 4:17?

 Por que a sétima trombeta do Apocalipse (Apocalipse 11:15) não pode ser a mesma mencionada em 1 Coríntios 15:52 e em 1 Tessalonicenses 4:17?

O pós-tribulacionismo defende que a sétima trombeta do livro do Apocalipse Capítulo 11 Versículo de número 15 trata-se da mesma que aparece em primeiro os Coríntios Capítulo 15 versículo 52 e também primeiro aos Tessalonicenses Capítulo 4 Versículo 17 Será que isso é verdade?

Vamos ler os textos

Primeiro os Coríntios Capítulo 15 versículo 52

Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

A bem da verdade aqui é Um Piscar de Olhos, A última trombeta porque a trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados

Muito bem, como que tá escrito também em primeira os Tessalonicenses Capítulo 4.17 Vamos ler o 16 e 17

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.  

Existe uma grande controvérsia entre as visões pré e pós-tribulacionistas, principalmente porque ambas são as posições majoritárias. O pré-tribulacionismo é a posição predominante, com a maioria esmagadora sendo pré-tribulacionista. Há uma polarização e uma grande polêmica, com os pós-tribulacionistas defendendo que o Senhor Jesus Cristo voltará depois da grande tribulação, citando o Apocalipse Capítulo 11, Versículo 15 como sendo a mesma trombeta mencionada em primeiro aos Tessalonicenses 4.17 e em primeiro aos Coríntios 15.52. Se estiverem corretos, o Arrebatamento em teoria ocorrerá após a grande tribulação. Por isso, eles afirmam que esta sétima trombeta é a última trombeta mencionada em primeiro aos Coríntios 15.52 e também a trombeta de Deus apresentada em primeiro aos Tessalonicenses 4.17. Por que não pode ser a sétima trombeta do Apocalipse, a primeira a soar? O versículo 15 do capítulo 11 do Apocalipse menciona que ela está dentro do período da grande tribulação. No entanto, gostaria de apresentar algumas razões para questionar essa interpretação.

Primeira

Primeiramente, gostaria de abordar a questão de por que a sétima trombeta do Apocalipse 11.15 não pode ser a mesma mencionada em 1 Coríntios 15.52 e 1 Tessalonicenses 4.17. A principal razão para isso é a falta de harmonia entre essas duas passagens. Para explicar melhor, no toque da sétima trombeta em Apocalipse 11:15, não há menção de ressurreição dos mortos, ao contrário do que é descrito em 1 Coríntios 15:52, onde se fala sobre a ressurreição no momento do toque da última trombeta. “no momento no abrir e fechar de olhos ante a última trombeta” O que vai acontecer quando a trombeta tocar e os mortos ressuscitarem de forma incorruptível? Nós seremos transformados. Isso está registrado em Apocalipse 11.15, onde está escrito: "E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre." Há uma proclamação e uma glorificação aqui, e alguns até dizem que ouvem vozes de anjos e da igreja. No entanto, na visão pós-tribulacionista, a igreja não irá para o céu. Portanto, a ideia de a igreja estar junto com os anjos não tem fundamento. Por exemplo, não há menção da ressurreição dos mortos aqui, mas em 1 Coríntios 15.52, fala-se da ressurreição dos mortos. Além disso, em 1 Tessalonicenses 4.17, diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Então a ressurreição aparece primeiros coros 15.52 aparece primeiro aos Tessalonicenses 4.17 Mas onde está a ressureição dos mortos em Apocalipse Capítulo 11 Versículo 15 simplesmente não aparece. Então esta é a primeira razão.

Segunda

 A segunda razão é que a volta de Cristo não está acontecendo, os vivos não estão sendo transformados ou glorificados, nem os ressuscitados, nem aqueles que estão vivos estão sendo transformados. Isso ocorrerá somente quando o arrebatamento acontecer, de acordo com 1 Tessalonicenses 4.17.

Terceiro 

Terceiro ponto: Em Apocalipse 11.15, não há menção do arrebatamento da igreja. Antes do arrebatamento, dois eventos principais ocorrem: a ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos em um piscar de olhos, quando o Senhor arrebatará sua igreja. No entanto, em Apocalipse 11.15, não há menção da ressurreição dos mortos, transformação dos vivos ou do arrebatamento da igreja. Além disso, a trombeta mencionada não é a trombeta de Deus, como descrito em 1 Coríntios 4.16, mas a trombeta do sétimo anjo.

Após o toque da sétima trombeta, ocorre um episódio interessante. Em vez da ressurreição dos mortos, há a transformação dos vivos e o arrebatamento da igreja, desencadeando o derramamento da ira de Deus através das sete taças. Portanto, não podemos considerar a sétima trombeta do Apocalipse como a última trombeta mencionada em 1 Coríntios, nem como a trombeta de Deus em 1 Tessalonicenses 4.17.

No momento em que a sétima trombeta é tocada, algo extraordinário acontece. Em Apocalipse 15:1, lemos: "Vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos com as sete últimas pragas, pois nelas se completa a ira de Deus." É nas sete taças que a ira de Deus é consumada, de acordo com o livro de Apocalipse. “E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus”. Portanto, quando as sete taças são derramadas, elas não são derramadas de uma só vez, assim como há um intervalo para as trombetas e os selos. No toque da sétima trombeta, deveria ocorrer a ressurreição dos mortos, a transformação dos vivos e o arrebatamento da igreja. No entanto, ao contrário, a sétima trombeta anuncia o início das primeiras sete pragas, que representam a consumação da ira de Deus. Há uma outra razão importante para destacar que a sétima trombeta mencionada no Apocalipse, capítulo 11, versículo 15, não se refere ao encontro com os aptos. Essa trombeta não está relacionada ao momento em que Cristo se encontra com a igreja nos ares. Portanto, não podemos associá-la ao encontro com os aptos. A palavra "encontro" está ligada aos aptos, mas a sétima trombeta se refere à Assembleia da reunião, que ocorre na terra e não nos ares. A referência à trombeta da reunião pode ser encontrada em Mateus, capítulo 24, versículo 31.

E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.“ Também em Isaías Capítulo 27 Versículos 12 e 13

E será, naquele dia, que o SENHOR padejará o seu fruto desde as correntes do rio até o rio do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um.  E será, naquele dia, que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo, em Jerusalém.

A trombeta da reunião foi anunciada pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Ele mencionou que essa reunião ocorrerá após a grande tribulação, reunindo os salvos, incluindo os judeus e outros habitantes de Jerusalém. Ele expressou o desejo de reunir o povo, assim como a galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas, mas eles não quiseram. Ele também profetizou que a casa deles ficaria deserta até que bendito fosse aquele que viesse em nome do Senhor.

Quarto

Quarto é que é importante notar que a trombeta mencionada em Mateus 24:31 e também em Isaías 27:13 não se refere à mesma trombeta mencionada em Apocalipse 11:15. A trombeta em Mateus 24:31 soará no final da grande tribulação, enquanto a trombeta em Apocalipse 11:15 não marca o fim da grande tribulação. Na verdade, ela anuncia o derramamento das sete taças da ira de Deus, indicando que a grande tribulação ainda não terminou, já que a ira de Deus continua sendo derramada.

Portanto, existem diferentes trombetas mencionadas na Bíblia. A trombeta do encontro está em Mateus 24:31 e Isaías 27:13, enquanto a trombeta do arrebatamento é descrita como a última trombeta em 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:17. Além disso, em Apocalipse 11:15, há uma trombeta que não está relacionada nem ao arrebatamento nem ao final da grande tribulação, mas que se posiciona entre esses dois eventos.

No entanto, ela está ali como intermediária, por isso essa trombeta de Apocalipse 11.15 mais uma vez não pode ser a mesma. Agora, você pode perguntar o seguinte: "Ah, então, ela não é a última? Se é a última, então é a última de uma série." Não necessariamente. Ela não precisa ser a última de uma série, mas sim a última que vai anunciar, porque ela está anunciando o evento final, o último evento da era da igreja, da dispensação da igreja. Quando essa trombeta é tocada para a igreja, então é o final de tudo, porque logo depois do arrebatamento da igreja, o que acontece? A grande tribulação. Então ela anuncia o fim de um evento que é o arrebatamento, o arrebatamento da igreja, e o início de um outro evento.

Qual é o momento de grande tribulação para a igreja, quando não haverá mais trombeta para tocar. O toque da trombeta marcará a ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos, e a igreja será levada por Cristo para encontrar o Senhor nos céus. Este encontro será seguido pela ida para a casa do Pai.

Conclusão

O apóstolo Paulo fala sobre o último evento da igreja na terra, utilizando a cultura dos Jogos Olímpicos como exemplo. No final dos jogos, um toque de trombeta anunciava o fim do evento, e é isso que está acontecendo para nós que estamos aqui na igreja militante. A igreja triunfante, que já está no céu, experimentará o triunfo final no momento do arrebatamento, quando todos os crentes terão seus corpos transformados em incorruptíveis, imortais e glorificados.

Paulo possuía um amplo conhecimento das questões culturais, incluindo os Jogos Olímpicos, o pugilismo, a maratona, esgrima, astronomia, arquitetura, agricultura e assuntos militares. Ele fazia referência ao livro de Efésios, capítulo 6, para falar sobre armas de combate, mostrando sua conexão com esses eventos. Ele também utilizava uma linguagem atlética, comparando a vida a uma maratona nos Jogos Olímpicos, onde a trombeta anuncia o fim de tudo. Da mesma forma, essa trombeta anunciará o fim da batalha na terra e a vitória da igreja, levando-a para o céu. Portanto, a sétima trombeta do Apocalipse 4:17 não pode ser a mesma que a última trombeta mencionada em 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:17. Essa reflexão deixa uma importante mensagem para todos.