Sara é uma personagem bíblica notável por vários motivos. Até os
90 anos, ela era chamada de Sarai (Gênesis 17:17; 18:9-15). Ela é a única
mulher na Bíblia que relata quantos anos ela tinha quando morreu, (Gênesis 23:1-2). O nome de Sara
aparece cerca de 47 vezes[1] o seu é o que mais aparece na bíblia de entre as mulheres mencionadas. No Antigo Testamento é a
única mulher a quem o Senhor especificamente indicou que Ele haveria de
abençoar. Sua história é uma das mais importantes da Bíblia e seu papel na
linhagem de Jesus Cristo é fundamental.
A vida de Sara ilustra de maneira vívida a santidade, a justiça e o amor de Deus. Ele não será zombado, mas demonstra verdadeira misericórdia, ouvindo as orações de Seus filhos e conhecendo os mais profundos desejos de seus corações.
Experiências de Sara
Quando encontramos Sara pela primeira vez, seu nome era Sarai. Deus modificou não apenas o nome dela, mas também o de seu marido, Abrão, ao estabelecer uma aliança com ele. Sarai tornou-se Sara, que significa princesa, e Abrão foi transformado em Abraão, pois Deus lhe disse: "...porque por pai de numerosas nações te constituí" (Gênesis 17:5).
Embora nos dias atuais as pessoas mudem seus nomes por várias razões, as alterações de nomes na Bíblia têm um significado profundo, pois são realizadas por Deus. Na mudança dos nomes de Abrão e Sarai, Deus concedeu-lhes um selo ou sinal de Sua promessa. Isso é evidenciado em Gênesis 17:3-5,15-16:
"3 Prostrou-se Abrão, rosto em terra, e Deus lhe falou: 4 Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações. 5 Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí. [...] 15 Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara. 16 Abençoá-la-ei e dela te darei um filho; sim, eu a abençoarei, e ela se tornará nações; reis de povos procederão dela."
Essa mudança de nomes foi acompanhada por uma bênção específica de Deus, reforçando Sua promessa de tornar Abraão e Sara pais de uma grande nação.
Sara nasceu na cidade de Ur, dos caldeus, na terra da Babilônia, filha de Terá, que também era pai de Abraão. Portanto, Abraão e Sara eram meio-irmãos, embora o casamento entre eles tenha sido aceito de acordo com os costumes locais, uma vez que eram filhos de mães diferentes, conforme indicado em Gênesis 20:12: "Por outro lado, ela, de fato, é também minha irmã, filha de meu pai e não de minha mãe; e veio a ser minha mulher."
Sara, a mãe das nações
Sara é notável por ser, junto com seu marido, os primeiros pais da grande raça judia, apesar de terem origens em uma cultura idólatra. Mesmo o pai de ambos, Terá, serviu a outros deuses, como registrado em Josué 24:2. Nessa época, não havia distinção clara entre judeus e gentios, pois a nação judia ainda não existia. Abraão foi o primeiro a ser reconhecido como hebreu (Gênesis 14:13) depois que Deus prometeu fazer dele uma grande nação:
"Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!" (Gênesis 12:1-2).
A mudança do nome de Sarai é relatada em Gênesis 17:15-16:
"15 Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara. 16 Abençoá-la-ei e dela te darei um filho; sim, eu a abençoarei, e ela se tornará nações; reis de povos procederão dela."
A tradição hebraica destaca Sara como a mulher mais perfeita depois de Eva, sendo chamada de "mãe de toda a humanidade" e recebendo o título de "mãe das nações". Indiscutivelmente, Sara é uma das mulheres mais importantes na história mundial.
O que tornou Sara tão importante e excepcional? Certamente, um fator essencial foi o exercício de sua fé! Hebreus 11:11 declara: "...a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa."
O segredo está claro: Sara tinha plena confiança na fidelidade de Deus às Suas promessas. Essa é uma lição crucial para cada uma de nós. Se depositarmos nossa confiança ou dependência em algo ou alguém inferior a Deus, que é o único perfeito, tornamo-nos inferiores ao que Deus deseja para nós. Muitas vezes, falhamos em nossas vidas cristãs porque confiamos em nossas próprias habilidades em vez de colocar nossa confiança em Deus. O entendimento que Sara tinha sobre Deus é a primeira e mais importante lição que podemos aprender com ela.
Deus chama Abraão
Não podemos estudar Sara sem considerar Abraão, pois eram marido e mulher. Viveram em Harã quando Deus instruiu Abraão a se mudar, não especificando o destino. Infelizmente, Abraão obedeceu parcialmente, levando consigo familiares e estabelecendo-se em Harã. Em Gênesis 12:1-5, Deus novamente fala com Abraão, instruindo-o a prosseguir para a terra que Ele mostraria.
Sara, como era esperado, acompanhou-o, deixando sua casa e tudo o que conhecia pela segunda vez. Ambos seguiram com fé, atentos às promessas do Senhor. Abraão e Sara estavam juntos nessa mudança em obediência a Deus, sem reclamações ou questionamentos. A Bíblia não indica que Sara quisesse voltar; pelo contrário, ela demonstrava respeito e obediência ao seu marido.
O compromisso mútuo de Abraão e Sara permaneceu inabalável, mesmo quando a prosperidade de Abraão aumentava. Nem riquezas nem posição influenciaram o amor e comprometimento deles. Podemos aprender com o compromisso que Sara tinha para com seu marido, especialmente em um mundo onde muitos casamentos se desfazem diante de mudanças na educação ou posição profissional.
A mentira de Abraão e Sara
Quando Abraão e Sara atravessaram a parte sul da terra que Deus lhes havia dado, enfrentaram uma grande escassez de alimentos, levando-os a decidir ir para o Egito. Sara era uma mulher notavelmente bonita, e Abraão temeu dizer ao rei do Egito que ela era sua esposa. Ele receava que o rei o matasse para ficar com Sara em seu harém. Por esse motivo, o casal elaborou um plano.
Abraão disse ao rei que Sara era sua irmã, o que era verdade, mas não completamente. O rei levou Sara para o palácio com a intenção de possuí-la. No entanto, Deus instruiu o rei a não tocá-la, pois ela era esposa de outro homem. Isso ilustra como Deus os protegeu mais uma vez. Teria sido muito melhor se eles tivessem confiado completamente nele em vez de fazerem seus próprios planos.
Pensamentos finais
Abraão e Sara pecaram da mesma forma que todos nós. A Bíblia registra o fracasso deles, e ainda assim, Deus os usou grandemente. Muitas pessoas acreditam que, se cometerem um erro, será o fim, e Deus nunca mais poderá usá-las, o que não é verdade! Se você pecou, confesse a Deus seu pecado, pois somente Ele fará as correções necessárias. A Palavra de Deus afirma em 1 João 1:9: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça."
Deus pode e perdoará o seu pecado também, restaurando-a a um lugar de alegria e serviço em Seu reino.
Sara, a esposa de Abraão, é uma personagem bíblica conhecida por suas características distintas. Aqui estão algumas de suas características positivas e negativas:
Características positivas de Sara:
- Foi uma mulher de grande beleza e encanto
- Foi uma mulher de grande fé em Deus
- Foi uma mulher de grande coragem e determinação
- Foi uma mulher de grande perspicácia e sabedoria
- Foi uma mulher que apoiou e acompanhou seu marido Abraão em sua jornada
Características negativas de Sara:
- Demonstrou ciúmes e inveja em relação a Agar, a escrava egípcia que Abraão tomou como concubina
- Tentou resolver o problema da esterilidade através de um plano próprio, em vez de confiar em Deus
- Riu da promessa de Deus de que ela teria um filho na velhice
Lembre-se de que essas características são baseadas em relatos bíblicos e interpretações históricas, e podem variar dependendo da perspectiva.
[1] Sara
é uma das mulheres mais mencionadas na Bíblia, aparecendo cerca de 47 vezes. Em
segundo lugar, temos Maria, mãe de Jesus, e em terceiro lugar, Jezabel, com
aproximadamente 20 menções. Gn 17.15; Gn 17.17; Gn 17.19; Gn 17.21; Gn 18.6; Gn
18.9; Gn 18.10; Gn 18.10; Gn 18.11; Gn 18.11; Gn 18.12; Gn 18.13; Gn 18.14; Gn
18.15; Gn 20.2; Gn 20.2; Gn 20.14; Gn 20.16; Gn 20.18; Gn 21.1; Gn 21.1; Gn
21.2; Gn 21.3; Gn 21.6; Gn 21.7; Gn 21.9; Gn 21.12; Gn 23.1; Gn 23.1; Gn 23.2;
Gn 23.2; Gn 23.19; Gn 24.36; Gn 24.67; Gn 25.10; Gn 25.12; Gn 49.31; Êx 15.26;
Sl 41.4; Sl 60.2; Sl 103.3; Sl 147.3; Is 51.2; R m 4.19; Rm 9.9; Hb 11.11; 1Pd
3.6.
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